Web3

Exploração de Plataformas de Código para Entregar Malware

Uma nova investigação da NVISO revelou uma campanha de malware chamada “Contagious Interview”, associada a atores de ameaças alinhados à Coreia do Norte. Essa campanha utiliza serviços legítimos de armazenamento JSON, como JSON Keeper e JSONsilo, para distribuir malware a partir de repositórios de código comprometidos. O ataque se concentra em desenvolvedores de software, especialmente nos setores de criptomoedas e Web3, que são abordados por recrutadores falsos em plataformas profissionais como o LinkedIn. Os desenvolvedores são induzidos a baixar projetos de demonstração de repositórios como GitLab ou GitHub, que, embora pareçam funcionais, contêm arquivos de configuração maliciosos. Esses arquivos, ao serem decodificados, revelam URLs que carregam scripts JavaScript ofuscados, levando à instalação de um infostealer chamado BeaverTail, que coleta dados sensíveis. A segunda fase do ataque envolve um RAT modular chamado InvisibleFerret, que busca componentes adicionais em Pastebin. A NVISO alerta que os desenvolvedores devem ser cautelosos ao executar códigos de entrevistas não solicitadas e tratar variáveis de configuração como potenciais vetores de infecção.

Grupo ligado à Coreia do Norte ataca setores de Web3 e blockchain

Recentemente, o grupo de ameaças cibernéticas associado à Coreia do Norte, conhecido como Lazarus Group, tem direcionado suas atividades para os setores de Web3 e blockchain através de duas campanhas chamadas GhostCall e GhostHire. De acordo com a Kaspersky, essas operações fazem parte de uma iniciativa mais ampla chamada SnatchCrypto, que está em andamento desde 2017. A campanha GhostCall foca em dispositivos macOS de executivos de empresas de tecnologia e capital de risco, utilizando táticas de engenharia social via Telegram para convidar as vítimas a reuniões de investimento em sites de phishing que imitam plataformas como Zoom. Já a GhostHire visa desenvolvedores Web3, induzindo-os a baixar repositórios maliciosos do GitHub sob o pretexto de avaliações de habilidades. Ambas as campanhas têm mostrado um aumento na atividade desde 2023, com um foco particular em países como Japão, Itália e Austrália. As técnicas utilizadas incluem a instalação de malwares sofisticados que podem roubar credenciais e dados sensíveis, representando um risco significativo para as organizações afetadas.