Vulnerabilidades

Novas vulnerabilidades críticas na plataforma Sitecore Experience

Recentemente, três novas vulnerabilidades foram identificadas na Sitecore Experience Platform, que podem ser exploradas para divulgação de informações e execução remota de código. As falhas, reportadas pelo watchTowr Labs, incluem: CVE-2025-53693, que permite envenenamento de cache HTML; CVE-2025-53691, que possibilita execução remota de código através de desserialização insegura; e CVE-2025-53694, que resulta em divulgação de informações na API ItemService, permitindo a exposição de chaves de cache por meio de um ataque de força bruta. A Sitecore lançou patches para as duas primeiras vulnerabilidades em junho e para a terceira em julho de 2025. A exploração bem-sucedida dessas falhas pode levar a acessos não autorizados e execução de código malicioso. O pesquisador Piotr Bazydlo destacou que essas vulnerabilidades podem ser encadeadas, permitindo que um ator malicioso utilize a API ItemService para enumerar chaves de cache e enviar requisições de envenenamento, culminando em uma execução de código malicioso. Essa situação representa um risco significativo para as empresas que utilizam a plataforma, especialmente considerando a possibilidade de comprometer instâncias totalmente atualizadas do Sitecore Experience Platform.

Visibilidade de Código à Nuvem A Nova Base para Segurança de Aplicativos

O artigo destaca a crescente preocupação com a segurança de aplicativos na nuvem, especialmente em um cenário onde falhas de segurança podem custar milhões às empresas. Em 2025, o custo médio de uma violação de dados é estimado em US$ 4,44 milhões, com uma parte significativa desses problemas originando-se de erros de segurança em aplicativos. A visibilidade de código à nuvem é apresentada como uma solução eficaz para identificar riscos desde a fase de desenvolvimento até a operação na nuvem. O artigo menciona que 32% das organizações enfrentam dificuldades na gestão de vulnerabilidades, enquanto 97% lidam com questões de segurança relacionadas à inteligência artificial generativa. Um webinar programado para 8 de setembro de 2025 promete oferecer insights práticos sobre como implementar essa abordagem, visando melhorar a colaboração entre equipes de desenvolvimento, operações e segurança. Os participantes aprenderão a mapear riscos, acelerar correções e se preparar para novas ameaças, tudo isso sem sobrecarregar suas operações.

Grupo de APT Salt Typhoon continua ataques globais

O grupo de ameaças persistentes avançadas (APT) conhecido como Salt Typhoon, vinculado à China, tem intensificado seus ataques a redes em todo o mundo, incluindo setores críticos como telecomunicações, governo, transporte, hospedagem e infraestrutura militar. Segundo um alerta conjunto de autoridades de 13 países, o grupo tem como alvo roteadores de grandes provedores de telecomunicações, utilizando dispositivos comprometidos para acessar outras redes. As atividades maliciosas estão associadas a três empresas chinesas que fornecem produtos e serviços cibernéticos para os serviços de inteligência da China. Desde 2019, o Salt Typhoon tem se envolvido em uma campanha de espionagem, visando violar normas de privacidade e segurança global. Recentemente, o grupo ampliou seu foco para outros setores, atacando mais de 600 organizações em 80 países, incluindo 200 nos Estados Unidos. Os atacantes exploram vulnerabilidades em dispositivos de rede, como roteadores da Cisco e Ivanti, para obter acesso inicial e manter controle persistente sobre as redes. O uso de protocolos de autenticação, como TACACS+, permite que os invasores se movam lateralmente dentro das redes comprometidas, capturando dados sensíveis e credenciais. A familiaridade do grupo com sistemas de telecomunicações proporciona uma vantagem significativa na evasão de defesas.

CISA Lança Guia para Caçar e Mitigar Ameaças Patrocinadas pelo Estado Chinês

Em agosto de 2025, a NSA, CISA e FBI, em conjunto com parceiros internacionais, emitiram um alerta sobre uma campanha de comprometimento de redes patrocinada pelo Estado Chinês, envolvendo atores de Ameaça Persistente Avançada (APT). O guia detalha as táticas, técnicas e procedimentos (TTPs) utilizados para infiltrar redes de telecomunicações, governo, transporte e hospedagem em todo o mundo. Os atacantes exploram vulnerabilidades conhecidas, especialmente em roteadores e dispositivos de borda, utilizando exploits de alta gravidade, como os CVEs que afetam fornecedores como Cisco e Palo Alto Networks. Após a invasão, os atacantes alteram configurações de dispositivos para manter acesso persistente e evitar detecção. O guia recomenda ações como auditoria de tabelas de roteamento, monitoramento de portas de gerenciamento não padrão e isolamento do plano de gerenciamento. A importância da caça a ameaças e resposta rápida a incidentes é enfatizada, com um apelo para que as organizações relatem detalhes de compromissos para melhorar a compreensão coletiva e facilitar a mitigação.

Seu carro pode estar em risco nova onda de furtos com Flipper Zero

Um dispositivo de hacking chamado Flipper Zero, que custa cerca de US$ 199, está sendo utilizado por ladrões para desbloquear veículos remotamente. Segundo um relatório da 404 Media, hackers subterrâneos desenvolveram e estão vendendo patches de software que podem ser carregados no Flipper Zero para desbloquear diversos modelos de carros, incluindo marcas renomadas como Ford, Audi e Kia. O Flipper Zero é descrito como uma ‘ferramenta multifuncional para geeks’, capaz de explorar sistemas de controle de acesso e protocolos de rádio. O método de ataque é semelhante ao usado por um grupo conhecido como ‘Kia Boys’, que utiliza cabos USB para roubar Kias. Os patches atualmente permitem apenas abrir os veículos, mas especialistas alertam que em breve poderão ser desenvolvidos para contornar sistemas de segurança e permitir que os ladrões iniciem e dirijam os carros. Apesar dos esforços das montadoras para implementar correções de segurança, a rápida evolução das técnicas de hacking torna difícil para elas se manterem à frente dos criminosos. A situação é preocupante, especialmente para os proprietários de Kia e Hyundai, que já foram alertados sobre a necessidade de instalar dispositivos de segurança adicionais.

CISA publica novos avisos sobre vulnerabilidades críticas em ICS

A Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura (CISA) dos EUA divulgou três novos avisos sobre Sistemas de Controle Industrial (ICS) que destacam vulnerabilidades críticas em produtos de automação e controle. Os avisos, publicados em 26 de agosto de 2025, abordam falhas em softwares de interface homem-máquina, controladores lógicos programáveis e dispositivos de monitoramento de bombas. Cada aviso classifica a severidade das vulnerabilidades utilizando o Sistema Comum de Pontuação de Vulnerabilidades (CVSS) e oferece estratégias de mitigação, como endurecimento de configurações e atualizações de software. As organizações que utilizam os produtos afetados são instadas a avaliar sua exposição, implementar soluções alternativas e aplicar patches fornecidos pelos fornecedores imediatamente. Além disso, recomenda-se que os administradores validem os controles de segmentação de rede, reforcem políticas de acesso e monitorem atividades anômalas que possam indicar tentativas de exploração. As vulnerabilidades identificadas têm severidades que variam de 7.8 a 9.1, sendo a mais crítica a relacionada ao software VT-Designer da INVT Electric. A CISA enfatiza a importância de uma gestão eficaz de patches e um monitoramento contínuo para proteger as operações industriais contra possíveis ataques.

Exploração Ativa de Vulnerabilidades no Citrix NetScaler ADC e Gateway

A Cloud Software Group emitiu um alerta de segurança urgente sobre três vulnerabilidades críticas que afetam os produtos NetScaler ADC e NetScaler Gateway. A mais grave, identificada como CVE-2025-7775, possui um escore CVSS de 9.2 e permite a execução remota de código ou negação de serviço devido a condições de overflow de memória. Explorações dessa vulnerabilidade já foram observadas em dispositivos não mitigados, tornando a aplicação de patches uma prioridade imediata. As outras duas vulnerabilidades, CVE-2025-7776 e CVE-2025-8424, também apresentam riscos significativos, com escores de 8.8 e 8.7, respectivamente. A primeira está relacionada a configurações do NetScaler Gateway que podem levar a negação de serviço, enquanto a segunda envolve uma falha de controle de acesso na interface de gerenciamento do NetScaler, permitindo acesso administrativo não autorizado. A empresa recomenda a atualização para versões corrigidas, destacando a importância de agir rapidamente para proteger a infraestrutura de rede e dados sensíveis das organizações.

Novo ataque de engano de cache explora descompasso entre cache e servidor web

O ataque de engano de cache é uma técnica sofisticada que permite que atacantes manipulem regras de cache para expor conteúdos sensíveis. Ao explorar inconsistências entre uma rede de entrega de conteúdo (CDN) e o servidor web de origem, os invasores conseguem enganar o cache, armazenando endpoints privados sob regras de ativos estáticos e, posteriormente, recuperando essas informações.

As CDNs geralmente diferenciam entre ativos estáticos (como imagens e arquivos CSS) e páginas dinâmicas, aplicando cabeçalhos permissivos a arquivos estáticos e restrições a páginas dinâmicas. No entanto, quando um caminho de URL imita um recurso estático, a CDN pode armazená-lo, enquanto o servidor de origem o trata como uma página dinâmica. Técnicas de exploração incluem confusão de extensão, discrepâncias de delimitadores e confusão de travessia de caminho, permitindo que os atacantes acessem conteúdos que deveriam ser privados.

Falhas de segurança da McDonalds expostas após tentativa de resgate de recompensas

Um pesquisador de segurança, conhecido como ‘BobDaHacker’, descobriu vulnerabilidades significativas nos sistemas online da McDonald’s enquanto tentava resgatar uma recompensa de nuggets grátis pelo aplicativo da empresa. A falha permitiu acesso ao ‘Feel-Good Design Hub’, uma plataforma centralizada para ativos de marketing utilizada em mais de 120 países. Além disso, a McDonald’s não possui um canal claro para que pesquisadores relatem vulnerabilidades, o que dificultou a comunicação de Bob com a empresa. Ele teve que buscar contatos no LinkedIn e fazer várias ligações até conseguir uma resposta. Mesmo após a substituição do sistema de senhas por um login baseado em conta, uma nova falha foi identificada: ao alterar a URL de ’login’ para ‘register’, Bob conseguiu criar novas contas com acesso total. O sistema ainda enviava senhas em texto simples, uma prática considerada insegura. Embora a McDonald’s tenha corrigido a maioria das vulnerabilidades, a falta de um canal de reporte confiável pode resultar em falhas sérias sendo ignoradas no futuro. Este incidente levanta questões sobre a prioridade da segurança cibernética na empresa, especialmente considerando que informações de funcionários e clientes podem estar em risco.

Ataque inédito pode rebaixar conexões 5G sem estação falsa

Um grupo de acadêmicos da Universidade de Tecnologia e Design de Cingapura desenvolveu um novo ataque que permite rebaixar uma conexão 5G para uma geração inferior, sem a necessidade de uma estação base falsa. O ataque utiliza um kit de ferramentas de código aberto chamado Sni5Gect, que intercepta mensagens não criptografadas entre a estação base e o equipamento do usuário (como smartphones) e injeta mensagens no dispositivo alvo. Essa técnica pode causar falhas no modem do dispositivo, rebaixar a conexão para 4G e contornar autenticações. O ataque é realizado durante a fase inicial de conexão, onde as mensagens trocadas não são criptografadas, permitindo que o invasor capture e injete dados sem precisar das credenciais do usuário. Em testes com cinco smartphones, a equipe obteve uma taxa de sucesso de 70-90% na injeção de mensagens a uma distância de até 20 metros. A GSMA reconheceu a gravidade do ataque, atribuindo-lhe o identificador CVD-2024-0096. Os pesquisadores afirmam que o Sni5Gect é uma ferramenta fundamental para a pesquisa em segurança 5G, permitindo avanços na detecção e mitigação de intrusões em redes móveis.

Citrix corrige falhas críticas no NetScaler ADC e Gateway

A Citrix anunciou a correção de três vulnerabilidades de segurança em seus produtos NetScaler ADC e NetScaler Gateway, sendo uma delas, identificada como CVE-2025-7775, alvo de exploração ativa. Essa vulnerabilidade, com uma pontuação CVSS de 9.2, permite a execução remota de código e/ou negação de serviço, enquanto as outras duas, CVE-2025-7776 e CVE-2025-8424, apresentam pontuações de 8.8 e 8.7, respectivamente, e podem causar comportamentos errôneos e problemas de controle de acesso. Para que as falhas sejam exploradas, configurações específicas do NetScaler são necessárias, como a utilização como Gateway ou a presença de perfis PCoIP. As versões afetadas incluem o NetScaler ADC e Gateway 13.1 e 14.1, com correções disponíveis nas versões mais recentes. A Citrix reconheceu a contribuição de pesquisadores na identificação dessas vulnerabilidades. Este incidente é parte de uma série de falhas críticas que têm sido descobertas em um curto espaço de tempo, destacando a necessidade de atenção contínua à segurança em ambientes corporativos que utilizam essas tecnologias.

Até que ponto você confia na sua nuvem? Hackers exploram vulnerabilidades

Hackers chineses, conhecidos como Murky Panda, estão utilizando a confiança que as empresas depositam em seus provedores de nuvem para realizar ataques cibernéticos. Desde 2023, a Crowdstrike identificou pelo menos dois casos em que esses hackers exploraram falhas zero-day para invadir ambientes de provedores de SaaS. Após a invasão, eles analisam a lógica do ambiente de nuvem da vítima, permitindo que se movam lateralmente para clientes downstream. Essa abordagem representa um ataque cibernético de terceiros por meio de um serviço baseado em nuvem, sendo menos monitorada em comparação com vetores de acesso mais comuns, como contas de nuvem válidas. Os alvos principais incluem setores como governo, tecnologia e serviços profissionais, principalmente na América do Norte. Os hackers têm utilizado vulnerabilidades conhecidas, como a CVE-2023-3519, que afeta instâncias do Citrix NetScaler, além de comprometer dispositivos de pequenas empresas. O foco principal parece ser a espionagem cibernética e a coleta de inteligência.

CISA adiciona falhas de segurança da Citrix e Git ao catálogo KEV

A Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura dos EUA (CISA) incluiu três vulnerabilidades críticas em seu catálogo de Vulnerabilidades Conhecidas e Exploradas (KEV), relacionadas ao Citrix Session Recording e ao Git. As falhas CVE-2024-8068 e CVE-2024-8069, ambas com uma pontuação CVSS de 5.1, permitem a escalada de privilégios e execução remota de código, respectivamente, quando um atacante é um usuário autenticado na mesma rede do servidor de gravação de sessões. A terceira vulnerabilidade, CVE-2025-48384, com uma pontuação CVSS de 8.1, está relacionada ao Git e resulta em execução arbitrária de código devido ao tratamento inconsistente de caracteres de retorno de carro em arquivos de configuração. As falhas da Citrix foram corrigidas em novembro de 2024, enquanto a vulnerabilidade do Git foi abordada em julho de 2025. A CISA não forneceu detalhes adicionais sobre a atividade de exploração, mas exigiu que as agências federais implementassem as mitig ações necessárias até 15 de setembro de 2025.

Cibersegurança Brechas e Ameaças em um Mundo Conectado

O cenário atual de cibersegurança é profundamente influenciado pela dinâmica política global, onde uma única violação pode impactar cadeias de suprimento e alterar o equilíbrio de poder. Recentemente, vulnerabilidades em gerenciadores de senhas foram descobertas, permitindo ataques de clickjacking que podem comprometer credenciais e dados financeiros. Além disso, hackers russos estão explorando uma falha antiga em dispositivos Cisco, coletando arquivos de configuração e alterando configurações para obter acesso não autorizado a redes críticas. A Apple também lançou correções para uma vulnerabilidade zero-day em seus sistemas operacionais, que estava sendo ativamente explorada. Outro ator, conhecido como Murky Panda, tem abusado de relações de confiança na nuvem para invadir redes empresariais. A INTERPOL anunciou a prisão de mais de 1.200 cibercriminosos na África, destacando a necessidade de cooperação internacional no combate ao cibercrime. Esses incidentes ressaltam a importância de uma abordagem estratégica em cibersegurança, onde as decisões de segurança transcendem a TI e se conectam a questões de negócios e confiança.

Campanhas de cibersegurança expõem servidores Redis a ataques

Pesquisadores em cibersegurança alertam sobre campanhas que exploram vulnerabilidades conhecidas, expondo servidores Redis a atividades maliciosas, como botnets IoT e mineração de criptomoedas. A exploração da vulnerabilidade CVE-2024-36401, com uma pontuação CVSS de 9.8, permite que criminosos implantem kits de desenvolvimento de software (SDKs) legítimos ou aplicativos modificados para gerar renda passiva através do compartilhamento de rede. Os atacantes têm acessado instâncias do GeoServer expostas na internet desde março de 2025, utilizando um servidor de compartilhamento de arquivos privado para distribuir executáveis personalizados. Esses aplicativos consomem poucos recursos e monetizam a largura de banda dos usuários sem a necessidade de malware tradicional.

Grupo de espionagem cibernética da China explora vulnerabilidades na nuvem

Pesquisadores de cibersegurança alertam sobre atividades maliciosas do grupo de espionagem cibernética Murky Panda, vinculado à China, que utiliza relacionamentos de confiança na nuvem para invadir redes empresariais. O grupo é conhecido por explorar vulnerabilidades de dia zero e dia N, frequentemente obtendo acesso inicial por meio de dispositivos expostos à internet. Murky Panda, que já atacou servidores Microsoft Exchange em 2021, agora foca na cadeia de suprimentos de TI para acessar redes corporativas. Recentemente, o grupo comprometeu um fornecedor de uma entidade norte-americana, utilizando o acesso administrativo para criar uma conta de backdoor no Entra ID da vítima, visando principalmente o acesso a e-mails. Outro ator relacionado, Genesis Panda, tem explorado sistemas de nuvem para exfiltração de dados, enquanto Glacial Panda ataca o setor de telecomunicações, visando registros de chamadas e dados de comunicação. A crescente sofisticação desses grupos destaca a necessidade de vigilância contínua e medidas de segurança robustas para proteger ambientes de nuvem.

Falha grave em gerenciadores de senha expõe 40 milhões a roubo de dados

O hacker ético Marek Tóth revelou vulnerabilidades críticas em gerenciadores de senha populares, como Dashlane, Nordpass e 1Password, durante a conferência DEF CON 33. As falhas, relacionadas ao clickjacking, permitem que elementos invisíveis sejam sobrepostos na tela, levando os usuários a fornecerem dados sensíveis, como números de cartões de crédito e credenciais de acesso. Tóth testou 11 gerenciadores de senha e encontrou que a maioria não implementou proteções adequadas contra essas técnicas de invasão. Apesar de algumas empresas terem atualizado suas extensões para corrigir as falhas, versões anteriores ainda podem estar vulneráveis. O hacker alertou as empresas sobre as vulnerabilidades meses antes de sua divulgação pública, mas algumas, como 1Password e LastPass, minimizaram a gravidade do problema. Tóth recomenda que os usuários desativem o preenchimento manual de senhas e mantenham suas extensões atualizadas para evitar ataques. Estima-se que até 40 milhões de pessoas possam ter sido afetadas por essas vulnerabilidades.

Commvault corrige vulnerabilidades críticas que permitem execução remota de código

A Commvault lançou atualizações para corrigir quatro vulnerabilidades de segurança que poderiam ser exploradas para execução remota de código em instâncias vulneráveis. As falhas, identificadas nas versões anteriores à 11.36.60, incluem: CVE-2025-57788, que permite a atacantes não autenticados executar chamadas de API sem credenciais; CVE-2025-57789, que permite o uso de credenciais padrão para obter controle administrativo; CVE-2025-57790, uma vulnerabilidade de travessia de caminho que possibilita acesso não autorizado ao sistema de arquivos; e CVE-2025-57791, que permite a injeção de argumentos de linha de comando devido à validação insuficiente de entradas. Pesquisadores da watchTowr Labs descobriram e relataram essas falhas em abril de 2025. As vulnerabilidades foram resolvidas nas versões 11.32.102 e 11.36.60, e a solução SaaS da Commvault não foi afetada. O artigo destaca que as falhas podem ser combinadas em cadeias de exploração para execução de código, especialmente se a senha do administrador não tiver sido alterada desde a instalação. Essa divulgação ocorre após a identificação de uma falha crítica anterior na Commvault, que foi adicionada ao catálogo de vulnerabilidades exploradas ativamente pela CISA.

Falha de segurança no McDonalds permitiu pedidos de comida grátis

Uma hacker ética, conhecida como Bobdahacker, descobriu várias falhas críticas nos sistemas do McDonald’s, incluindo o aplicativo de delivery e sites de parceiros. A primeira vulnerabilidade identificada permitia que usuários fizessem pedidos de comida gratuitamente, pois as checagens de segurança eram realizadas apenas no lado do cliente, sem validações no servidor. Além disso, a empresa não possuía um arquivo security.txt, dificultando a comunicação sobre vulnerabilidades. Outras falhas incluíam a possibilidade de criar contas no site de marketing da empresa sem ser funcionário, senhas em texto claro e chaves de API expostas. Apesar de algumas correções terem sido feitas, a segurança do site ainda é considerada insuficiente. A hacker também encontrou problemas em um chatbot de IA usado para contratações, que tinha uma senha extremamente fraca. A falta de um canal claro para reportar vulnerabilidades e a resposta lenta da empresa levantam preocupações sobre a segurança dos dados e a possibilidade de ataques de phishing.

Microsoft restringe acesso a sistemas de alerta cibernético para empresas chinesas

A Microsoft decidiu restringir o acesso de algumas empresas chinesas ao seu sistema de alerta antecipado sobre vulnerabilidades cibernéticas, conhecido como MAPP (Microsoft Active Protections Program). Essa decisão foi tomada após uma série de ataques que exploraram falhas na plataforma SharePoint da empresa, afetando até 400 organizações. Suspeitas de envolvimento do governo chinês nos ataques levaram a Microsoft a acreditar que houve um vazamento de informações dentro do programa MAPP, que é utilizado para alertar empresas de segurança sobre ameaças e permitir que elas se preparem para possíveis ataques. As vulnerabilidades já foram corrigidas, mas foram utilizadas anteriormente para implantar ransomware, permitindo que atacantes extraíssem chaves criptográficas de servidores da Microsoft. A empresa confirmou que não enviará mais códigos de prova de conceito para empresas chinesas, uma medida que visa evitar que informações sobre as defesas dos sistemas sejam usadas por atacantes. A Microsoft continua a revisar os participantes do MAPP e pode suspender ou remover aqueles que violarem os termos do contrato, que proíbe a participação em ataques ofensivos.

Mozilla corrige falhas críticas que permitem execução remota de código

A Mozilla lançou a versão 142 do Firefox, que corrige nove vulnerabilidades de segurança, incluindo falhas de alta gravidade que podem permitir a execução remota de código. O aviso de segurança, divulgado em 19 de agosto de 2025, destaca problemas que vão desde corrupção de memória até bypass de políticas de mesma origem, que podem comprometer dados do usuário e a segurança do sistema.

A vulnerabilidade mais crítica, identificada como CVE-2025-9179, envolve uma falha de escape de sandbox no componente Audio/Video GMP (Gecko Media Plugin), permitindo que atacantes realizem corrupção de memória em um processo que lida com conteúdo de mídia criptografada. Outra falha significativa, CVE-2025-9180, permite o bypass da política de mesma origem no componente Graphics Canvas2D, o que pode facilitar ataques cross-site e acesso não autorizado a dados.

CISA emite quatro avisos sobre vulnerabilidades críticas em ICS

No dia 19 de agosto de 2025, a Cybersecurity and Infrastructure Security Agency (CISA) divulgou quatro novos avisos sobre Sistemas de Controle Industrial (ICS), abordando vulnerabilidades em componentes de infraestrutura crítica de grandes fornecedores, como Siemens, Tigo Energy e EG4 Electronics. Os avisos destacam os desafios de segurança contínuos em ambientes de tecnologia operacional que suportam serviços essenciais em diversos setores da indústria.

Dentre os avisos, dois focam em produtos da Siemens, que são amplamente utilizados em infraestrutura crítica. O primeiro, ICSA-25-231-01, trata de vulnerabilidades na família de produtos Desigo CC e nos sistemas SENTRON Powermanager, comuns em instalações comerciais e hospitais. O segundo, ICSA-25-231-02, aborda o módulo SAML da Mendix, que lida com protocolos de autenticação, permitindo acesso não autorizado a sistemas críticos.

Infraestrutura Crítica em Risco - Hackers Russos Visam Roteadores e Equipamentos de Rede

O FBI emitiu um alerta urgente sobre operações cibernéticas sofisticadas conduzidas por hackers associados ao serviço de inteligência russo, que estão comprometendo redes de infraestrutura crítica nos Estados Unidos e internacionalmente. Os atacantes, vinculados ao Centro 16 do FSB, têm explorado vulnerabilidades em equipamentos de rede, como o protocolo Simple Network Management Protocol (SNMP) e uma falha não corrigida no Cisco Smart Install (CVE-2018-0171). Essa vulnerabilidade permitiu acesso não autorizado a sistemas sensíveis em diversos setores. A operação é extensa, com o FBI identificando a coleta de arquivos de configuração de milhares de dispositivos de rede. Além disso, os hackers demonstraram habilidades avançadas ao modificar arquivos de configuração para garantir acesso persistente, permitindo uma exploração detalhada das redes das vítimas, especialmente em sistemas de controle industrial. O grupo, conhecido por vários nomes, como ‘Berserk Bear’, tem operado por mais de uma década, visando dispositivos que utilizam protocolos legados. O FBI recomenda que organizações suspeitas de comprometimento avaliem imediatamente seus dispositivos de rede e relatem incidentes às autoridades competentes.

Vulnerabilidades em gerenciadores de senhas expõem dados de usuários

Pesquisas recentes revelaram que plugins populares de gerenciadores de senhas para navegadores estão vulneráveis a ataques de clickjacking, que podem ser usados para roubar credenciais de contas, códigos de autenticação de dois fatores (2FA) e detalhes de cartões de crédito. O pesquisador Marek Tóth apresentou essa técnica, chamada de clickjacking baseado em Document Object Model (DOM), durante a conferência DEF CON 33. O ataque ocorre quando um site malicioso manipula elementos da interface de usuário (UI) em uma página da web, tornando-os invisíveis e induzindo o usuário a clicar em áreas aparentemente inofensivas. Isso pode resultar no preenchimento automático de informações sensíveis, que são então enviadas para um servidor remoto. O estudo focou em 11 extensões de gerenciadores de senhas, incluindo 1Password e iCloud Passwords, todas suscetíveis a esse tipo de ataque. Apesar da divulgação responsável, seis fornecedores ainda não corrigiram as falhas. Enquanto isso, recomenda-se que os usuários desativem a função de preenchimento automático e utilizem o método de copiar e colar para proteger suas informações. Para usuários de navegadores baseados em Chromium, é aconselhável configurar o acesso do site para ‘ao clicar’ nas configurações da extensão, permitindo um controle manual sobre a funcionalidade de preenchimento automático.

CERTCC emite alerta sobre falhas críticas em software contábil municipal

O CERT/CC divulgou um alerta sobre duas falhas de segurança críticas no software de contabilidade municipal da Workhorse Software Services, que podem permitir que agentes não autorizados acessem e exfiltrarem bancos de dados contendo informações financeiras sensíveis e dados pessoais identificáveis. As vulnerabilidades, identificadas como CVE-2025-9037 e CVE-2025-9040, afetam todas as versões do software anteriores à 1.9.4.48019 e resultam de fraquezas de design nos mecanismos de autenticação e nos protocolos de proteção de dados.

Explorando os Riscos Ocultos - Como Apps de VPN Estão Ligados a Falhas de Segurança

Um estudo abrangente revelou vulnerabilidades alarmantes em aplicativos de VPN populares, indicando que provedores aparentemente distintos compartilham não apenas a mesma propriedade, mas também falhas de segurança que comprometem a privacidade dos usuários. A pesquisa identificou três famílias de provedores de VPN com mais de 700 milhões de downloads na Google Play Store, todas apresentando vulnerabilidades críticas que permitem a descriptografia do tráfego dos usuários. Entre as descobertas mais preocupantes estão senhas hard-coded do Shadowsocks, que estão embutidas diretamente no código dos aplicativos. Isso permite que atacantes acessem comunicações que deveriam ser protegidas. Além disso, a pesquisa revelou que provedores como TurboVPN e VPN Monster compartilham infraestrutura de servidor e credenciais criptográficas, evidenciando conexões ocultas entre eles. As falhas incluem a coleta não autorizada de dados de localização e a utilização de implementações de criptografia fracas. Essas descobertas ressaltam a importância da transparência na propriedade do ecossistema de VPN e como práticas comerciais enganosas podem estar ligadas a implementações de segurança comprometidas.

Sites da Intel explorados em ataque a dados confidenciais de funcionários

Uma investigação de segurança revelou vulnerabilidades críticas em quatro sites internos da Intel, permitindo acesso não autorizado a informações detalhadas de mais de 270 mil funcionários globalmente. O pesquisador de segurança Eaton identificou técnicas de bypass de autenticação e credenciais hardcoded que possibilitaram acesso extensivo aos sistemas internos da Intel entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025. As falhas de autenticação afetaram sistemas como o de pedidos de cartões de visita e o de gerenciamento de fornecedores, permitindo que atacantes manipulassem funções JavaScript para contornar proteções do Microsoft Azure Active Directory. O ataque mais significativo ocorreu no site de pedidos de cartões de visita da Intel na Índia, onde um endpoint de API não autenticado forneceu tokens de acesso sem verificação adequada, resultando na extração de um arquivo JSON de quase 1 GB com dados de funcionários, incluindo nomes, cargos e contatos. A resposta da Intel às divulgações de vulnerabilidades revelou desafios significativos em seu processo de segurança, com a empresa apenas reconhecendo automaticamente os relatórios enviados. Embora a Intel tenha expandido seu programa de recompensas por bugs, as questões de segurança em sites ainda não estão totalmente cobertas. Este incidente destaca a necessidade de revisões abrangentes de segurança em aplicações web internas, especialmente em grandes corporações de tecnologia.

Fraude Móvel e Vulnerabilidades em Cibersegurança Aumentam no Brasil

Recentemente, o Brasil tem enfrentado um aumento significativo em fraudes móveis, destacando-se o trojan PhantomCard, que utiliza comunicação de campo próximo (NFC) para realizar ataques de relay em transações bancárias. Usuários que instalam aplicativos maliciosos são induzidos a colocar seus cartões de crédito ou débito na parte traseira do celular, permitindo que os dados sejam enviados a servidores controlados por atacantes. Além disso, duas falhas de segurança na plataforma N-able N-central foram exploradas ativamente, permitindo execução de comandos e injeção de comandos, com patches já disponíveis. O grupo de ameaças Curly COMrades também foi identificado, visando entidades na Geórgia e Moldávia, alinhado com estratégias geopolíticas russas. Por fim, a descoberta de backdoors em imagens do Docker relacionadas ao XZ Utils ressalta a importância de utilizar imagens atualizadas para evitar riscos de segurança. O artigo destaca a necessidade de ações rápidas e claras para mitigar riscos em um cenário de cibersegurança em constante evolução.