Vulnerabilidades Zero-Day

Grupo de espionagem cibernética da China ataca setores nos EUA

Um grupo de espionagem cibernética suspeito de estar vinculado à China, identificado como UNC5221, tem como alvo empresas dos setores de serviços jurídicos, provedores de software como serviço (SaaS), terceirização de processos de negócios (BPOs) e tecnologia nos Estados Unidos. O grupo utiliza um backdoor conhecido como BRICKSTORM, que permite acesso persistente às organizações atacadas por mais de um ano. O objetivo principal é acessar dados de clientes e informações relacionadas à segurança nacional e propriedade intelectual. O BRICKSTORM, documentado pela primeira vez no ano passado, explora vulnerabilidades zero-day em dispositivos Ivanti Connect Secure e tem sido utilizado em ambientes Windows na Europa desde novembro de 2022. Este malware, desenvolvido em Go, possui funcionalidades avançadas, como manipulação de arquivos e execução de comandos shell, e se comunica com um servidor de comando e controle via WebSockets. A campanha é caracterizada por sua capacidade de permanecer indetectável, com um tempo médio de permanência nas redes das vítimas de 393 dias. A Google desenvolveu um scanner para ajudar potenciais vítimas a identificar a presença do BRICKSTORM em seus sistemas. A complexidade e a furtividade dessa campanha representam uma ameaça significativa para organizações que utilizam tecnologias vulneráveis.