Vigilância

Senha do sistema de vigilância do Louvre era LOUVRE

Um recente roubo de joias no Museu do Louvre, onde ladrões disfarçados de trabalhadores da construção roubaram peças avaliadas em cerca de €88 milhões, expôs sérias falhas de segurança cibernética na instituição. Relatórios indicam que a senha do servidor de vigilância do museu era simplesmente ‘LOUVRE’, evidenciando a falta de medidas adequadas de proteção. Uma auditoria realizada em 2017 já havia alertado sobre a possibilidade de um ataque significativo, destacando que menos da metade das salas do museu eram monitoradas por câmeras. Após o roubo, a Agência Nacional de Segurança Cibernética da França (ANSSI) constatou que a rede de escritório do Louvre ainda utilizava sistemas obsoletos, como Windows 2000 e Windows Server 2003, sem proteção antivírus adequada. Embora não esteja claro se essas vulnerabilidades estavam presentes durante o roubo de outubro de 2025, um relatório de 2014 já havia revelado a fragilidade da rede de vigilância. A diretora do museu, Laurence des Cars, admitiu que a falha na detecção dos ladrões se deu pela ineficácia do sistema de câmeras. O governo francês planeja criar um novo departamento de segurança e aumentar a vigilância, especialmente em áreas críticas como a sala da Mona Lisa.

Vazamento massivo de dados revela mais de 500GB do Grande Firewall da China

Um vazamento de dados sem precedentes expôs mais de 500 GB de documentos sensíveis do Grande Firewall da China (GFW) em 11 de setembro de 2025. Este é o maior vazamento de documentos internos do GFW na história, oferecendo uma visão detalhada do sistema de censura e vigilância digital da China. A análise inicial indica que o vazamento inclui código-fonte, registros de trabalho, comunicações internas e arquivos de pacotes RPM. Os dados vazados originaram-se de duas organizações-chave: Geedge Networks e o MESA Lab do Instituto de Engenharia da Informação da Academia Chinesa de Ciências. A Geedge Networks, liderada por Fang Binxing, conhecido como o ‘Pai do Grande Firewall’, é a força técnica central por trás das operações do GFW. O vazamento revela também que a China exporta sua tecnologia de censura para outros países, como Myanmar e Paquistão, sob a iniciativa da Rota da Seda. Especialistas em segurança alertam que a profundidade do vazamento pode alterar a compreensão global sobre os mecanismos de controle da internet em regimes autoritários e exigem cautela no manuseio dos dados vazados, recomendando ambientes isolados para análise.