Telegram

Hackers lançam campanha de phishing sofisticada se passando por grandes marcas

Um novo relatório da Cyble Research and Intelligence Labs (CRIL) revela uma campanha de phishing em larga escala que utiliza arquivos HTML com JavaScript embutido para roubar credenciais de usuários. Ao invés de redirecionar as vítimas para URLs maliciosas, os hackers enviam e-mails com anexos que imitam páginas de login da Adobe e Microsoft. Esses arquivos, que aparentam ser comunicações comerciais legítimas, como solicitações de cotações, contêm um prompt central para login que coleta informações de acesso e as envia para bots controlados pelos atacantes via Telegram.

Máfia das VPNs do Irã é culpada por atraso na liberação do Telegram

O Irã continua a manter a proibição do Telegram, que já dura sete anos, e um legislador iraniano atribui essa situação à chamada ‘máfia das VPNs’. O secretário da Comissão de Indústrias e Minas do parlamento, Mostafa Pourdehghan, afirmou que o lobby em favor da venda de VPNs, que movimenta cerca de 50 trilhões de tomans (aproximadamente 450 milhões de dólares), está impedindo a liberação do aplicativo. Desde 2018, os cidadãos iranianos têm acesso ao Telegram apenas por meio de VPNs, devido a restrições impostas em nome da segurança nacional. Apesar de o governo estar em conversações para potencialmente desbloquear o serviço, as condições impostas incluem a limitação de conteúdo considerado provocativo e a colaboração com a justiça iraniana em solicitações de dados. Essas exigências, segundo Pourdehghan, estão em desacordo com os princípios de liberdade de expressão defendidos pelo fundador do Telegram, Pavel Durov. A crescente utilização de VPNs no Irã, que atinge cerca de 90% da população, reflete a repressão à liberdade de acesso à internet, com a maioria das plataformas de redes sociais ainda bloqueadas no país. A situação levanta preocupações sobre a liberdade digital e os direitos dos cidadãos no Irã.

Grupos de cibercrime se unem como Scattered LAPSUS Hunters

Um novo consórcio de cibercriminosos, denominado Scattered LAPSUS$ Hunters (SLH), surgiu a partir da fusão de três grupos notórios: Scattered Spider, ShinyHunters e LAPSUS$. De acordo com a equipe de inteligência de ameaças da Trustwave SpiderLabs, o SLH é descrito como uma “aliança federada” que oferece Extorsão como Serviço (EaaS), herdando características operacionais do ecossistema cibercriminoso conhecido como The Com. O grupo utiliza o Telegram como plataforma de coordenação e identidade pública, mesclando motivação financeira com um estilo hacktivista. Desde sua primeira aparição em agosto de 2025, o SLH tem demonstrado uma notável capacidade de adaptação, reestabelecendo sua presença mesmo após frequentes desmantelamentos. O grupo promove seu modelo EaaS, convidando afiliados a “alugar” sua marca para campanhas de extorsão. Além disso, o SLH está desenvolvendo um ransomware chamado “Sh1nySp1d3r”. As táticas do grupo incluem engenharia social avançada e exploração de vulnerabilidades, como CVE-2025-31324 e CVE-2025-61882, indicando uma possível colaboração com outros operadores de ransomware. A análise sugere que o SLH representa uma reestruturação estratégica de operadores veteranos, sinalizando um novo modelo de ciberextorsão para 2026.

Grupo cibercriminoso Scattered LAPSUS Hunters se expande no Telegram

Um novo coletivo cibercriminoso, formado por grupos como Scattered Spider, LAPSUS$ e ShinyHunters, tem se destacado por sua atividade no Telegram, onde já criou 16 canais desde agosto de 2025. O grupo, denominado Scattered LAPSUS$ Hunters (SLH), tem se envolvido em ataques de extorsão de dados, visando empresas que utilizam plataformas como Salesforce. O SLH oferece um serviço de extorsão como serviço (EaaS), permitindo que afiliados se unam para exigir pagamentos em troca do uso de sua marca. Além disso, o grupo tem se posicionado como uma entidade organizada, utilizando uma estrutura administrativa que confere legitimidade a suas operações. As atividades incluem campanhas de pressão contra executivos de alto escalão e a promoção de uma nova família de ransomware chamada Sh1nySp1d3r, que pode rivalizar com grupos estabelecidos como LockBit. A análise da Trustwave sugere que o SLH combina motivações financeiras com elementos de hacktivismo, utilizando técnicas de engenharia social e desenvolvimento de exploits para realizar suas operações. O uso do Telegram como plataforma central para coordenação e visibilidade reflete uma estratégia de comunicação eficaz entre os membros do grupo.

Brasil é o segundo maior alvo de novo vírus que rouba contas do Telegram

O malware Baohuo, que se disfarça como versões falsas do Telegram X, já infectou mais de 58 mil dispositivos globalmente, com 12 mil vítimas no Brasil, representando 20,5% do total. A ameaça, identificada pela empresa de segurança Doctor Web, não se limita a smartphones, afetando também tablets e sistemas de infotenimento. Os criminosos utilizam sites fraudulentos em português que imitam lojas de aplicativos, atraindo usuários com promessas de recursos aprimorados. O Baohuo opera de forma discreta, permitindo que os cibercriminosos tenham controle total sobre as contas do Telegram das vítimas sem que elas percebam. O malware se destaca por sua sofisticação, utilizando técnicas como backdoors e um sistema de comando e controle baseado em Redis, que permite a exfiltração de dados e controle remoto das funcionalidades do aplicativo. A campanha começou em meados de 2024 e continua ativa, com cerca de 20 mil conexões de dispositivos infectados. A escolha do Brasil como alvo prioritário se deve à alta penetração do Telegram e à vulnerabilidade dos usuários a golpes.

Criminosos cibernéticos usam falsas alegações de direitos autorais para espalhar malware

Cibercriminosos estão utilizando alegações de direitos autorais falsas, potencializadas por ferramentas de inteligência artificial, para disseminar malware em plataformas online. De acordo com uma pesquisa da Cofense Intelligence, atacantes têm enviado mensagens que imitam solicitações legítimas de remoção de conteúdo, visando pressionar as vítimas a clicarem em links que, em vez de resolver problemas de copyright, levam ao download de malware. Um ator de ameaça vietnamita, conhecido como Lone None, tem se destacado nessa prática, utilizando traduções automáticas para alcançar um público mais amplo. Os operadores embutem informações de carga maliciosa em perfis de bots do Telegram, direcionando as vítimas a arquivos hospedados em plataformas gratuitas, onde aplicativos legítimos são disfarçados junto a arquivos maliciosos. O malware, que inclui um novo tipo chamado Lone None Stealer, é projetado para roubar informações, especialmente relacionadas a criptomoedas, ao substituir endereços de carteiras por aqueles controlados pelos atacantes. Embora as campanhas atuais se concentrem em roubo de informações, a flexibilidade da infraestrutura pode permitir a entrega de ransomware em futuras iterações. A detecção pode ser facilitada por indicadores técnicos, mas a melhor defesa continua sendo a conscientização e treinamento dos usuários.

Módulo Go malicioso exfiltra credenciais via bot do Telegram

Pesquisadores de cibersegurança descobriram um módulo Go malicioso que se apresenta como uma ferramenta de brute-force para SSH, mas na verdade exfiltra credenciais para um bot do Telegram controlado pelo criador do malware. Nomeado ‘golang-random-ip-ssh-bruteforce’, o pacote foi publicado em 24 de junho de 2022 e está vinculado a uma conta do GitHub que foi removida, mas ainda está disponível em pkg.go.dev. O módulo escaneia endereços IPv4 aleatórios em busca de serviços SSH expostos na porta TCP 22, tentando logins com uma lista de nomes de usuário e senhas fracas. Após um login bem-sucedido, as credenciais são enviadas para um bot do Telegram. O malware desabilita a verificação de chave do host, permitindo conexões inseguras. A lista de senhas inclui combinações comuns como ‘root’, ‘admin’ e ‘12345678’. O código malicioso opera em um loop infinito, gerando endereços IPv4 e tentando logins simultâneos. O tráfego gerado parece normal, dificultando a detecção por controles de saída. Este incidente destaca a necessidade de vigilância e proteção contra ameaças emergentes na segurança da cadeia de suprimentos de software.

Módulo Go vinculado ao Telegram se torna ferramenta de força bruta SSH

Um novo ataque cibernético sofisticado foi descoberto, visando profissionais de segurança através de um pacote Go malicioso chamado golang-random-ip-ssh-bruteforce. Este pacote, que se disfarça como uma ferramenta legítima de teste de força bruta SSH, exfiltra secretamente credenciais de login bem-sucedidas para um ator de ameaça de língua russa via Telegram. O funcionamento do pacote envolve um loop infinito que gera endereços IPv4 aleatórios e verifica o acesso ao serviço SSH na porta TCP 22. Ao encontrar um servidor SSH acessível, ele tenta autenticações usando uma lista de senhas padrão, desabilitando a verificação de chaves de host, o que permite conexões inseguras. As credenciais roubadas são enviadas para um bot do Telegram, transformando os usuários em coletadores involuntários de dados para operações cibernéticas criminosas. O pacote foi publicado em junho de 2022 por um usuário do GitHub identificado como IllDieAnyway, que é avaliado como um ator de ameaça de língua russa. A recomendação é tratar todas as ferramentas ofensivas de fontes não confiáveis como hostis e implementar controles rigorosos para APIs de mensagens.

Ações policiais falham enquanto fraudes por ghost tapping prosperam

Um novo tipo de fraude conhecido como “ghost tapping” está se espalhando rapidamente, especialmente no Sudeste Asiático, desde 2020. Essa prática envolve o uso de dados de cartões de pagamento roubados, frequentemente obtidos por meio de phishing e engenharia social, que são carregados em celulares descartáveis, conhecidos como “burner phones”. Os criminosos conseguem contornar a segurança interceptando senhas de uso único enviadas às vítimas e, em seguida, utilizam esses dados para realizar compras em lojas ou retirar dinheiro de caixas eletrônicos. As mercadorias adquiridas, como joias e eletrônicos, são rapidamente revendidas em canais clandestinos, como o Telegram. Apesar das ações policiais, as redes de fraude se adaptaram, migrando para plataformas alternativas que continuam a facilitar essas transações fraudulentas. A falta de verificações rigorosas de identidade em muitos estabelecimentos torna a detecção de fraudes no ponto de venda extremamente difícil. Em Cingapura, por exemplo, a polícia registrou centenas de incidentes relacionados a dados de cartões de pagamento, resultando em perdas significativas. A situação exige que bancos, varejistas e provedores de pagamento adotem medidas mais robustas de segurança e autenticação para proteger os consumidores e mitigar os riscos associados a essa nova onda de fraudes.