Rootkit

Rootkit LinkPro usa eBPF para ocultar atividades maliciosas em sistemas GNULinux

Um novo rootkit para Linux, chamado LinkPro, foi descoberto utilizando a tecnologia eBPF (Extended Berkeley Packet Filter) para ocultar sua presença e garantir persistência em sistemas comprometidos. A equipe de resposta a incidentes da Synacktiv (CSIRT) identificou o malware durante uma investigação em uma infraestrutura AWS comprometida. O LinkPro atuou como um backdoor discreto em clusters do Elastic Kubernetes Service (EKS) após a exploração de um servidor Jenkins exposto (CVE-2024-238976).

Campanha de cibersegurança explora falha no Cisco IOS para implantar rootkits

Pesquisadores de cibersegurança revelaram uma nova campanha, chamada Operação Zero Disco, que explora uma vulnerabilidade crítica no Cisco IOS e IOS XE para implantar rootkits em sistemas Linux mais antigos. A falha, identificada como CVE-2025-20352, possui uma pontuação CVSS de 7.7 e permite que atacantes remotos autenticados executem código arbitrário ao enviar pacotes SNMP manipulados. Embora a Cisco tenha lançado um patch para a vulnerabilidade, ataques reais já estavam em andamento, utilizando essa falha como um zero-day. Os dispositivos mais afetados incluem as séries Cisco 9400, 9300 e 3750G. Os rootkits implantados possibilitam acesso não autorizado persistente, configurando senhas universais e instalando hooks na memória do daemon IOS. Os atacantes também tentaram explorar uma vulnerabilidade no Telnet, permitindo acesso à memória em endereços arbitrários. A operação se destacou por atingir sistemas Linux antigos sem soluções de detecção de endpoint, permitindo que os rootkits operassem sem serem detectados. A utilização de endereços IP e e-mails falsificados também foi observada durante as intrusões.

Novo rootkit LinkPro compromete infraestrutura da AWS

Uma investigação sobre a violação de uma infraestrutura hospedada na Amazon Web Services (AWS) revelou um novo rootkit para GNU/Linux, denominado LinkPro, conforme relatado pela empresa de cibersegurança Synacktiv. O ataque começou com a exploração de um servidor Jenkins exposto, vulnerável à CVE-2024–23897, que permitiu a implantação de uma imagem Docker maliciosa chamada ‘kvlnt/vv’ em vários clusters Kubernetes. Essa imagem continha um sistema baseado em Kali Linux e arquivos que permitiam a instalação de um servidor VPN e um downloader que se comunicava com um servidor de comando e controle (C2).

Vulnerabilidade SNMP da Cisco explorada para instalar rootkits Linux

Pesquisadores de cibersegurança da Trend Micro descobriram uma campanha de ataque sofisticada chamada “Operação Zero Disco”, que explora uma vulnerabilidade crítica no protocolo SNMP da Cisco para implantar rootkits Linux em dispositivos de infraestrutura de rede. A vulnerabilidade, identificada como CVE-2025-20352, permite a execução remota de código (RCE) em modelos de switches Cisco mais antigos, como as séries 9400, 9300 e 3750G. Os atacantes conseguem estabelecer acesso persistente e evitar sistemas de detecção, utilizando senhas universais que comprometem a segurança dos dispositivos. Além disso, a campanha demonstra técnicas avançadas de infiltração na rede, como manipulação de VLANs e spoofing de ARP, permitindo que os invasores contornem múltiplas camadas de segurança. A Cisco confirmou que a falha afeta diversos modelos de switches, sendo os 3750G os mais vulneráveis devido à falta de proteções modernas. A Trend Micro recomenda o uso de suas soluções de segurança para detectar e mitigar esses ataques, mas alerta que não há ferramentas automatizadas confiáveis para verificar se um switch Cisco foi comprometido, exigindo investigação manual.

Pesquisadores Revelam Técnica FlipSwitch que Supera Endurecimento do Kernel Linux

Uma nova técnica de rootkit chamada FlipSwitch foi descoberta, permitindo que atacantes contornem as melhorias de segurança do kernel Linux 6.9. Essa técnica representa um retrocesso na proteção do sistema, pois os invasores agora visam a lógica do novo despachante de chamadas do kernel, em vez de sobrescrever a tabela de chamadas de sistema, uma abordagem que se tornou obsoleta. O FlipSwitch funciona ao localizar e reescrever o código de máquina do próprio kernel dentro do despachante de chamadas do sistema, redirecionando a execução para manipuladores maliciosos. Essa técnica é reversível, permitindo que os atacantes removam vestígios de sua presença. A detecção de rootkits de kernel é desafiadora, mas pesquisadores lançaram uma assinatura YARA para identificar o FlipSwitch, tanto em disco quanto na memória. Essa evolução nas técnicas de ataque destaca a constante luta entre o endurecimento do Linux e a adaptação dos invasores, mostrando que o progresso defensivo não elimina a ameaça, mas muda suas regras.

SonicWall emite patch urgente para remover rootkit OVERSTEP

A SonicWall anunciou uma atualização de segurança urgente para seus dispositivos Secure Mobile Access (SMA) da série 100, visando eliminar um rootkit persistente conhecido como ‘OVERSTEP’. A atualização, identificada como versão 10.2.2.2-92sv, introduz verificações de integridade de arquivos aprimoradas, capazes de detectar e remover componentes maliciosos implantados por essa ameaça. Organizações que utilizam os modelos SMA 210, 410 e 500v são fortemente aconselhadas a aplicar o patch imediatamente para mitigar riscos de exploração. O rootkit OVERSTEP foi identificado pela Google Threat Intelligence Group (GTIG) como uma ameaça sofisticada, capaz de estabelecer acesso encoberto e persistente a redes corporativas, permitindo que atacantes se movam lateralmente, exfiltrando dados e implantando cargas adicionais. A SonicWall enfatiza que a única forma de eliminar a ameaça é atualizar para a versão corrigida, pois não há soluções alternativas viáveis. O não cumprimento dessa recomendação pode expor as redes a acessos não autorizados e vigilância persistente. O patch não afeta as appliances da série SMA1000 e as funcionalidades SSL-VPN em produtos de firewall da SonicWall.

Malware Linux de hackers norte-coreanos aparece online em vazamento discreto

Um recente vazamento de dados, publicado na revista Phrack, revelou um conjunto de malware sofisticado para Linux, associado a um grupo de ameaças supostamente alinhado ao governo norte-coreano. O vazamento, que parece ter origem em uma violação da infraestrutura dos atacantes, expõe táticas operacionais avançadas utilizadas contra organizações governamentais e do setor privado da Coreia do Sul e Taiwan. O malware em questão é um rootkit baseado em um módulo de kernel carregável (LKM), projetado para evitar a detecção tradicional e garantir acesso persistente e oculto a sistemas Linux. Entre suas características estão a ocultação de módulos, evasão de processos e redes, e técnicas anti-forense que dificultam a reconstrução de atividades. Os pesquisadores de segurança alertam que as defesas tradicionais são insuficientes para detectar tais ameaças, e recomendam que, se um sistema for comprometido a nível de kernel, ele deve ser isolado e reconstruído imediatamente. Este incidente destaca a crescente sofisticação das operações ligadas ao estado norte-coreano, que utilizam técnicas de stealth em nível de kernel para infiltrar redes sem serem detectados.