Reconhecimento Facial

Tecnologia de reconhecimento facial não está pronta para uso policial

Pesquisadores da Universidade de Oxford alertam sobre as falhas da tecnologia de reconhecimento facial utilizada por forças policiais em diversos países, como Estados Unidos e Reino Unido. A pesquisa destaca que as condições reais de identificação são muito mais complexas do que as simuladas em ambientes laboratoriais, resultando em prisões injustas de indivíduos inocentes. A Avaliação de Tecnologia de Reconhecimento Facial (FRTE) do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) é frequentemente utilizada para justificar o uso dessa tecnologia, mas apresenta limitações significativas, como a falta de representatividade demográfica nos bancos de dados e a incapacidade de lidar com imagens de baixa qualidade. Estudos demonstram que, embora os modelos de reconhecimento facial possam apresentar uma precisão de até 99,95% em condições ideais, essa taxa cai drasticamente em situações do mundo real. Além disso, a tecnologia tende a falhar desproporcionalmente em relação a grupos marginalizados. Os pesquisadores concluem que a tecnologia ainda é muito falha para ser utilizada de forma segura por agências policiais e recomendam uma revisão das políticas de direitos civis relacionadas ao seu uso.