Reconhecimento Facial

Falha no Windows permite acesso de hackers com qualquer rosto

Pesquisadores da empresa ERNW descobriram uma vulnerabilidade crítica no Windows Hello, sistema de login que utiliza reconhecimento facial, permitindo que hackers acessem computadores usando o rosto de outra pessoa. Denominado Faceplant, o ataque foi apresentado na conferência Black Hat 2025. O método envolve o cadastro do rosto do hacker em um computador que gera um modelo biométrico. Após isso, os criminosos extraem e injetam esse modelo na base de dados biométrica da vítima, permitindo que se passem pelo usuário legítimo. Essa técnica é mais sofisticada que o ataque anterior, conhecido como Face Swap, que trocava identificadores entre contas já cadastradas. Para realizar o ataque, o hacker precisa de permissões de administrador, que podem ser obtidas através de malwares ou phishing. Para se proteger, recomenda-se desconfiar de mensagens suspeitas e utilizar autenticação em dois fatores.

Tecnologia de reconhecimento facial não está pronta para uso policial

Pesquisadores da Universidade de Oxford alertam sobre as falhas da tecnologia de reconhecimento facial utilizada por forças policiais em diversos países, como Estados Unidos e Reino Unido. A pesquisa destaca que as condições reais de identificação são muito mais complexas do que as simuladas em ambientes laboratoriais, resultando em prisões injustas de indivíduos inocentes. A Avaliação de Tecnologia de Reconhecimento Facial (FRTE) do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) é frequentemente utilizada para justificar o uso dessa tecnologia, mas apresenta limitações significativas, como a falta de representatividade demográfica nos bancos de dados e a incapacidade de lidar com imagens de baixa qualidade. Estudos demonstram que, embora os modelos de reconhecimento facial possam apresentar uma precisão de até 99,95% em condições ideais, essa taxa cai drasticamente em situações do mundo real. Além disso, a tecnologia tende a falhar desproporcionalmente em relação a grupos marginalizados. Os pesquisadores concluem que a tecnologia ainda é muito falha para ser utilizada de forma segura por agências policiais e recomendam uma revisão das políticas de direitos civis relacionadas ao seu uso.