Políticas De Segurança

A queda da KNP Logistics um alerta sobre segurança de senhas

O caso da KNP Logistics Group, que operou por 158 anos, ilustra a fragilidade da segurança cibernética em empresas, mesmo as mais estabelecidas. Em junho de 2025, a empresa foi alvo do grupo de ransomware Akira, que acessou seus sistemas ao adivinhar uma senha fraca de um funcionário. A falta de autenticação multifatorial (MFA) permitiu que os hackers se infiltrassem facilmente, criptografando dados críticos e destruindo backups, resultando em uma demanda de resgate de £5 milhões. Apesar de ter seguro contra ataques cibernéticos e conformidade com normas de TI, a KNP não conseguiu se recuperar e acabou entrando em administração, resultando na demissão de 700 funcionários. O incidente destaca a importância de políticas de senhas robustas e da implementação de MFA, além de um plano de recuperação de desastres eficaz. Com 19.000 empresas no Reino Unido atacadas por ransomware no último ano, a situação é alarmante e exige atenção urgente das organizações para evitar consequências devastadoras.

Cinco regras para uma adoção segura de IA nas empresas

O uso de Inteligência Artificial (IA) nas empresas está crescendo rapidamente, com colaboradores utilizando-a para redigir e-mails, analisar dados e transformar o ambiente de trabalho. No entanto, a adoção acelerada da IA traz desafios significativos em termos de segurança, especialmente pela falta de controle e salvaguardas adequadas. Para os Chief Information Security Officers (CISOs), a prioridade é garantir que a inovação não comprometa a segurança. O artigo apresenta cinco regras essenciais para uma adoção segura da IA: 1) Visibilidade e descoberta da IA, que exige monitoramento contínuo do uso de ferramentas de IA; 2) Avaliação de risco contextual, que considera o nível de risco associado a diferentes aplicações de IA; 3) Proteção de dados, estabelecendo limites sobre quais informações podem ser compartilhadas com ferramentas de IA; 4) Controles de acesso e diretrizes, que garantem que o uso da IA esteja dentro de políticas de segurança definidas; e 5) Supervisão contínua, para adaptar as medidas de segurança conforme as aplicações evoluem. A adoção segura da IA não deve ser vista como uma barreira, mas como uma oportunidade de inovar de forma responsável, garantindo a proteção dos dados e a conformidade com regulamentações como a LGPD.

A Importância da Cultura de Segurança nas Organizações

Após duas décadas de desenvolvimento de arquiteturas de segurança, as organizações enfrentam um desafio crucial: ferramentas e tecnologias sozinhas não são suficientes para mitigar riscos cibernéticos. Com o aumento da sofisticação das tecnologias, os atacantes passaram a explorar mais as vulnerabilidades humanas. Dados do relatório da Verizon indicam que, em 2024, quase 60% das violações de dados envolveram um elemento humano. A cultura de segurança, definida como as percepções e atitudes compartilhadas sobre cibersegurança, é fundamental para a mitigação de riscos. Para que os colaboradores se comportem de maneira segura, é necessário que a segurança esteja integrada ao ambiente de trabalho, e não apenas como uma camada adicional. Quatro fatores principais influenciam essa cultura: sinais da liderança, engajamento da equipe de segurança, design de políticas e treinamento em segurança. A falta de alinhamento entre esses fatores pode levar à erosão da confiança e ao aumento do risco. Portanto, é essencial que as organizações priorizem o desenvolvimento de uma cultura de segurança forte, que simplifique e apoie comportamentos seguros entre os colaboradores.