Grupo de ciberespionagem Tick explora falha crítica no Motex Lanscope
Um grupo de ciberespionagem conhecido como Tick, também chamado de Bronze Butler, tem explorado uma vulnerabilidade crítica no Motex Lanscope Endpoint Manager, identificada como CVE-2025-61932, com uma pontuação CVSS de 9.3. Essa falha permite que atacantes remotos executem comandos arbitrários com privilégios de sistema em versões locais do software. O JPCERT/CC confirmou que a vulnerabilidade está sendo ativamente utilizada para instalar um backdoor em sistemas comprometidos. A campanha sofisticada, observada pela Sophos, utiliza um backdoor chamado Gokcpdoor, que estabelece uma conexão proxy com um servidor remoto e permite a execução de comandos maliciosos. Além disso, o ataque envolve o uso do framework Havoc para pós-exploração e ferramentas como goddi e Remote Desktop para movimentação lateral e exfiltração de dados. O Tick já havia sido observado explorando falhas zero-day em campanhas anteriores, como em 2017, quando comprometeu o SKYSEA Client View. A Sophos recomenda que as organizações atualizem seus servidores Lanscope vulneráveis e revisem a necessidade de expô-los publicamente na internet.
