Mitigação

Ataque DDoS recorde de 1,5 bilhão de pacotes por segundo

Um ataque DDoS sem precedentes, com pico de 1,5 bilhão de pacotes por segundo, foi detectado e mitigado pela FastNetMon. O ataque, que visou um fornecedor de mitigação DDoS na Europa Ocidental, utilizou dispositivos IoT e roteadores MikroTik comprometidos, abrangendo mais de 11.000 redes ao redor do mundo. O tráfego malicioso foi predominantemente um flood UDP, e a resposta rápida da FastNetMon permitiu que a empresa alvo resistisse ao ataque sem interrupções visíveis em seus serviços. Pavel Odintsov, fundador da FastNetMon, alertou que esse evento é parte de uma tendência perigosa, onde dispositivos de consumo podem ser facilmente sequestrados para realizar ataques em larga escala. A empresa enfatizou a necessidade de filtragem em nível de ISP para prevenir futuros ataques dessa magnitude. O incidente segue um ataque volumétrico anterior, que alcançou 11,5 Tbps, destacando um aumento nas inundações de pacotes e largura de banda, o que pressiona as capacidades das plataformas de mitigação em todo o mundo.

Botnet DDoS L7 sequestra 5,76 milhões de dispositivos para ataques massivos

Em 1º de setembro de 2025, a Qrator.AntiDDoS conseguiu neutralizar um dos maiores ataques de negação de serviço distribuído (DDoS) da camada 7 já registrados, que envolveu 5,76 milhões de endereços IP únicos. O alvo foi uma organização do setor público, e o ataque ocorreu em duas ondas distintas. A primeira onda, com 2,8 milhões de dispositivos comprometidos, lançou um ataque de inundação HTTP, enquanto uma segunda onda, com cerca de 3 milhões de dispositivos, se juntou uma hora depois para intensificar o ataque. A Qrator bloqueou todos os IPs maliciosos, garantindo a continuidade dos serviços. Desde sua primeira aparição em março de 2025, a botnet cresceu rapidamente, com um aumento de 25% em três meses, sendo o Brasil o maior contribuinte, seguido por países como Vietnã e Estados Unidos. A botnet utiliza técnicas avançadas para contornar medidas de mitigação, ajustando dinamicamente os cabeçalhos das requisições e alternando entre ataques de alta intensidade e tráfego sustentado para esgotar os recursos dos servidores. Especialistas alertam que a rápida evolução dessa botnet exige que as organizações adotem estratégias de defesa em múltiplas camadas para se proteger contra esses ataques.

CISA Lança Guia para Caçar e Mitigar Ameaças Patrocinadas pelo Estado Chinês

Em agosto de 2025, a NSA, CISA e FBI, em conjunto com parceiros internacionais, emitiram um alerta sobre uma campanha de comprometimento de redes patrocinada pelo Estado Chinês, envolvendo atores de Ameaça Persistente Avançada (APT). O guia detalha as táticas, técnicas e procedimentos (TTPs) utilizados para infiltrar redes de telecomunicações, governo, transporte e hospedagem em todo o mundo. Os atacantes exploram vulnerabilidades conhecidas, especialmente em roteadores e dispositivos de borda, utilizando exploits de alta gravidade, como os CVEs que afetam fornecedores como Cisco e Palo Alto Networks. Após a invasão, os atacantes alteram configurações de dispositivos para manter acesso persistente e evitar detecção. O guia recomenda ações como auditoria de tabelas de roteamento, monitoramento de portas de gerenciamento não padrão e isolamento do plano de gerenciamento. A importância da caça a ameaças e resposta rápida a incidentes é enfatizada, com um apelo para que as organizações relatem detalhes de compromissos para melhorar a compreensão coletiva e facilitar a mitigação.

Atores de Ameaças Usam Resumos Gerados por IA para Entregar Ransomware

Um novo método de engenharia social, denominado ClickFix, está sendo utilizado por cibercriminosos para implantar ransomware através de resumos gerados por inteligência artificial (IA). Essa técnica envolve a injeção de comandos maliciosos em elementos HTML, que se tornam invisíveis para os usuários, mas são processados por modelos de IA. Os atacantes escondem instruções em caracteres de largura zero, texto branco sobre fundo branco e fontes minúsculas, fazendo com que os resumos gerados incluam guias passo a passo para a instalação de ransomware. Quando os destinatários confiam nesses resumos, podem executar comandos sem perceber que estão seguindo instruções maliciosas. O ataque reduz a barreira técnica para usuários não especializados, permitindo que eles se tornem vetores de ransomware. Para mitigar esses riscos, recomenda-se a sanitização de atributos CSS invisíveis, filtragem de prompts e reconhecimento de padrões de payload. À medida que as ferramentas de resumo de IA se tornam comuns, essa técnica pode ser rapidamente adotada por criminosos, exigindo uma colaboração entre desenvolvedores de IA e equipes de segurança para prevenir campanhas de ransomware mediadas por IA.