Living Off the Land

O que é um ciberataque living off the land?

Os ataques ’living off the land’ (LotL) são uma técnica de cibercrime que utiliza ferramentas legítimas já instaladas no sistema da vítima para realizar atividades maliciosas. Ao invés de depender de malwares que podem ser facilmente detectados por antivírus, os criminosos exploram softwares como o PowerShell e o WMI, que são essenciais para a administração do sistema. Isso torna a detecção desses ataques extremamente difícil, pois os programas de segurança não conseguem identificar a diferença entre ações benignas e maliciosas.

Hackers russos realizam ataques furtivos em entidade governamental

Uma campanha de intrusão de dois meses, recentemente descoberta, visou uma grande organização de serviços empresariais na Ucrânia, além de um ataque de uma semana contra uma entidade governamental local. Os atacantes, associados a grupos de ameaças russos, utilizaram táticas de ‘Living-off-the-Land’, evitando o uso de malware convencional e mantendo acesso persistente enquanto minimizavam os riscos de detecção. A invasão começou em 27 de junho de 2025, quando os hackers implantaram webshells em servidores expostos, provavelmente explorando vulnerabilidades não corrigidas. Um dos webshells identificados foi o Localolive, associado ao subgrupo Sandworm, uma unidade de inteligência militar da Rússia. Após a invasão inicial, os atacantes realizaram uma fase de reconhecimento metódica, coletando credenciais e configurando ferramentas legítimas para garantir acesso contínuo. A campanha destaca a sofisticação técnica dos atacantes e a necessidade de as organizações implementarem soluções robustas de detecção e resposta a incidentes, além de programas abrangentes de gerenciamento de vulnerabilidades.

Relatório de Cibersegurança da Bitdefender de 2025 revela preocupações

O Relatório de Avaliação de Cibersegurança de 2025 da Bitdefender apresenta um panorama alarmante sobre a defesa cibernética atual. A pesquisa, que envolveu mais de 1.200 profissionais de TI e segurança em seis países, revelou que 58% dos profissionais foram instruídos a manter a confidencialidade após uma violação, um aumento de 38% em relação a 2023. Essa pressão por silêncio pode comprometer a confiança dos stakeholders e a conformidade regulatória. Além disso, 84% dos ataques de alta severidade utilizam técnicas de ‘Living Off the Land’, que exploram ferramentas legítimas já presentes nas organizações, levando 68% das empresas a priorizarem a redução da superfície de ataque. A pesquisa também destaca um descompasso entre executivos e equipes operacionais, com 45% dos executivos se sentindo confiantes na gestão de riscos cibernéticos, enquanto apenas 19% dos gerentes de nível médio compartilham dessa confiança. O relatório conclui que a resiliência cibernética exige estratégias proativas, como a redução de superfícies de ataque e a melhoria da comunicação entre liderança e equipes de segurança.