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Relatório mostra ligação operacional entre grupos cibernéticos Belsen e ZeroSeven

Uma análise recente da empresa de inteligência em ameaças KELA revelou paralelos operacionais significativos entre dois grupos cibernéticos ligados ao Iémen: o recém-surgido Belsen Group e o mais estabelecido ZeroSevenGroup. Embora não haja provas definitivas de liderança compartilhada, as táticas, técnicas e procedimentos (TTPs) sobrepostos sugerem uma possível afiliação ou atividade coordenada. Em janeiro de 2025, o Belsen Group publicou 1,6 GB de dados sensíveis de dispositivos Fortinet FortiGate, incluindo endereços IP e credenciais de VPN de mais de 15.000 aparelhos vulneráveis, explorando uma vulnerabilidade crítica (CVE-2022-40684) que foi corrigida em outubro de 2022. O grupo começou a vender acesso a redes corporativas, visando vítimas na África, EUA e Ásia. Por sua vez, o ZeroSevenGroup, que surgiu em julho de 2024, também se destacou por suas operações de exfiltração de dados, incluindo um ataque à Toyota. Ambos os grupos utilizam formatos de postagem semelhantes e hashtags comuns, indicando uma possível colaboração. A análise sugere que a infraestrutura operacional entre os dois grupos pode ser mais interligada do que se pensava anteriormente.

Brasil registra 315 bilhões de tentativas de ciberataques em 2025

Uma pesquisa da Fortinet revelou que o Brasil acumulou 315 bilhões de tentativas de ciberataques no primeiro semestre de 2025, representando mais de 80% do total de ataques na América Latina. Durante o Fortinet Cybersecurity Summit 2025, o vice-presidente de engenharia da empresa, Alexandre Bonatti, destacou que a maioria dos ataques no Brasil é direcionada, visando alvos específicos e com o objetivo de monetização. Os criminosos agora tratam os ataques como uma estratégia de negócios, buscando maximizar lucros. O Brasil se torna um alvo atraente devido à combinação de grandes instituições e baixa maturidade em segurança cibernética, especialmente em um cenário de transformação digital. Bonatti também mencionou que setores que utilizam Internet das Coisas (IoT), como indústria e saúde, estão entre os mais vulneráveis, principalmente quando operam com dispositivos desprotegidos ou desatualizados. A pesquisa indica que a educação em cibersegurança no Brasil ainda é precária, o que facilita a exploração por criminosos. Com o aumento da lucratividade dos ataques, a situação exige atenção urgente das empresas e profissionais de segurança da informação.