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Vulnerabilidade Zero-Day da Fortinet FortiWeb é Explorável para Sequestro de Contas Admin

Uma grave vulnerabilidade zero-day no Fortinet FortiWeb está sendo ativamente explorada por cibercriminosos, permitindo acesso total a contas de administrador do firewall de aplicações web sem necessidade de autenticação. Essa falha de segurança afeta organizações globalmente que utilizam o FortiWeb para proteger suas aplicações web contra tráfego malicioso. A vulnerabilidade foi divulgada em 6 de outubro de 2025, após ser descoberta por pesquisadores da empresa Defused, que a identificaram em sua infraestrutura de honeypots. Testes realizados pela Rapid7 confirmaram a eficácia do exploit contra a versão 8.0.1 do FortiWeb, lançada em agosto de 2025, permitindo a criação de contas de administrador maliciosas. Embora a versão mais recente, 8.0.2, tenha mostrado respostas de ‘403 Forbidden’ durante tentativas de exploração, organizações que ainda operam versões anteriores enfrentam riscos significativos. A Fortinet ainda não forneceu orientações oficiais ou um identificador CVE para essa vulnerabilidade, o que levanta preocupações sobre sua abrangência. As organizações são aconselhadas a atualizar imediatamente para a versão 8.0.2 ou a remover interfaces de gerenciamento da exposição pública na internet.

Vulnerabilidade de bypass de autenticação no Fortinet Fortiweb WAF

Pesquisadores de cibersegurança alertam sobre uma vulnerabilidade de bypass de autenticação no Fortinet FortiWeb WAF, que pode permitir que atacantes assumam contas de administrador e comprometam completamente o dispositivo. A equipe watchTowr identificou a exploração ativa dessa vulnerabilidade, que foi silenciosamente corrigida na versão 8.0.2 do produto. A falha permite que atacantes realizem ações como usuários privilegiados, com foco na adição de novas contas de administrador como um mecanismo de persistência. A empresa conseguiu reproduzir a vulnerabilidade e criou uma prova de conceito, além de disponibilizar uma ferramenta para identificar dispositivos vulneráveis. O vetor de ataque envolve o envio de um payload específico via requisição HTTP POST para criar contas de administrador. Até o momento, a identidade do ator por trás dos ataques é desconhecida, e a Fortinet ainda não publicou um aviso oficial ou atribuiu um identificador CVE. A Rapid7 recomenda que organizações que utilizam versões anteriores à 8.0.2 do FortiWeb tratem a vulnerabilidade com urgência, já que a exploração indiscriminada sugere que dispositivos não corrigidos podem já estar comprometidos.

Credenciais Roubadas e Motivação Financeira Impulsionam Ataques Cibernéticos

O relatório da FortiGuard sobre a primeira metade de 2025 revela que ataques cibernéticos motivados financeiramente dominaram os padrões de incidentes, destacando o uso abusivo de credenciais legítimas e ferramentas de gerenciamento remoto. Os atacantes estão optando por métodos de intrusão discretos e de baixa complexidade, utilizando logins válidos e canais de acesso remoto para se misturar às operações normais das empresas. O relatório também aponta que, embora ataques cibernéticos habilitados por IA chamem atenção, há pouca evidência de seu uso operacional eficaz. As violações baseadas em credenciais e o uso indevido de acesso remoto continuam sendo os principais vetores de acesso inicial. As técnicas de acesso inicial mais comuns incluem credenciais comprometidas e exploração de serviços VPN expostos. Após a intrusão, os atacantes utilizam ferramentas legítimas como AnyDesk e Splashtop para manter a persistência e exfiltrar dados. A Fortinet recomenda que as defesas se concentrem em detecções baseadas em identidade e comportamento, além de implementar controles de segurança como autenticação multifator (MFA) e políticas de acesso condicional. O alerta é claro: os atacantes não precisam mais hackear para entrar, eles simplesmente fazem login.

Relatório mostra ligação operacional entre grupos cibernéticos Belsen e ZeroSeven

Uma análise recente da empresa de inteligência em ameaças KELA revelou paralelos operacionais significativos entre dois grupos cibernéticos ligados ao Iémen: o recém-surgido Belsen Group e o mais estabelecido ZeroSevenGroup. Embora não haja provas definitivas de liderança compartilhada, as táticas, técnicas e procedimentos (TTPs) sobrepostos sugerem uma possível afiliação ou atividade coordenada. Em janeiro de 2025, o Belsen Group publicou 1,6 GB de dados sensíveis de dispositivos Fortinet FortiGate, incluindo endereços IP e credenciais de VPN de mais de 15.000 aparelhos vulneráveis, explorando uma vulnerabilidade crítica (CVE-2022-40684) que foi corrigida em outubro de 2022. O grupo começou a vender acesso a redes corporativas, visando vítimas na África, EUA e Ásia. Por sua vez, o ZeroSevenGroup, que surgiu em julho de 2024, também se destacou por suas operações de exfiltração de dados, incluindo um ataque à Toyota. Ambos os grupos utilizam formatos de postagem semelhantes e hashtags comuns, indicando uma possível colaboração. A análise sugere que a infraestrutura operacional entre os dois grupos pode ser mais interligada do que se pensava anteriormente.

Brasil registra 315 bilhões de tentativas de ciberataques em 2025

Uma pesquisa da Fortinet revelou que o Brasil acumulou 315 bilhões de tentativas de ciberataques no primeiro semestre de 2025, representando mais de 80% do total de ataques na América Latina. Durante o Fortinet Cybersecurity Summit 2025, o vice-presidente de engenharia da empresa, Alexandre Bonatti, destacou que a maioria dos ataques no Brasil é direcionada, visando alvos específicos e com o objetivo de monetização. Os criminosos agora tratam os ataques como uma estratégia de negócios, buscando maximizar lucros. O Brasil se torna um alvo atraente devido à combinação de grandes instituições e baixa maturidade em segurança cibernética, especialmente em um cenário de transformação digital. Bonatti também mencionou que setores que utilizam Internet das Coisas (IoT), como indústria e saúde, estão entre os mais vulneráveis, principalmente quando operam com dispositivos desprotegidos ou desatualizados. A pesquisa indica que a educação em cibersegurança no Brasil ainda é precária, o que facilita a exploração por criminosos. Com o aumento da lucratividade dos ataques, a situação exige atenção urgente das empresas e profissionais de segurança da informação.