Extensões Maliciosas

Extensão maliciosa do Chrome finge ser carteira Ethereum e rouba dados

Pesquisadores de cibersegurança descobriram uma extensão maliciosa do Chrome chamada “Safery: Ethereum Wallet”, que se apresenta como uma carteira legítima de Ethereum, mas possui funcionalidades para exfiltrar as frases-semente dos usuários. Lançada na Chrome Web Store em 29 de setembro de 2025 e atualizada até 12 de novembro, a extensão ainda está disponível para download. O malware embutido na extensão é projetado para roubar frases mnemônicas de carteiras, codificando-as como endereços falsos de Sui e realizando microtransações de uma carteira controlada pelo atacante. O objetivo final é ocultar a frase-semente dentro de transações normais da blockchain, evitando a necessidade de um servidor de comando e controle. Os usuários são aconselhados a utilizar apenas extensões de carteira confiáveis e a realizar verificações em extensões que possam conter codificadores mnemônicos. A técnica utilizada pelos atacantes permite que eles mudem facilmente de cadeias e pontos de extremidade RPC, tornando as detecções convencionais ineficazes.

Navegador é porta de entrada para riscos digitais às empresas, aponta pesquisa

Um novo relatório, o Browser Security Report 2025, revela que a forma como os navegadores são utilizados nas empresas pode ser a principal fonte de ataques cibernéticos. O estudo destaca que vulnerabilidades no navegador, como extensões maliciosas e prompts enganosos, são responsáveis por muitos riscos relacionados à identidade e ao uso de inteligência artificial (IA). Quase metade dos funcionários utiliza ferramentas de IA em contas não monitoradas, aumentando a exposição a ameaças. O relatório aponta que 77% dos casos analisados envolveram cópias de dados em prompts de IA, com 82% ocorrendo em contas pessoais. Além disso, 99% dos usuários utilizam extensões, e 6% delas são consideradas maliciosas. A pesquisa alerta que 60% dos logins corporativos não utilizam autenticação única, dificultando o controle de acesso. Diante desse cenário, é crucial que as empresas adotem medidas de segurança mais rigorosas, como monitoramento de dados copiados e uso de extensões seguras, para evitar vazamentos de informações e ataques cibernéticos.

Campanha GlassWorm mira no ecossistema do Visual Studio Code

Pesquisadores de cibersegurança revelaram um novo conjunto de três extensões associadas à campanha GlassWorm, que continua a visar o ecossistema do Visual Studio Code (VS Code). As extensões, ainda disponíveis para download, incluem ‘ai-driven-dev’, ‘adhamu.history-in-sublime-merge’ e ‘yasuyuky.transient-emacs’. A campanha, documentada pela Koi Security, utiliza extensões do Open VSX Registry e do Microsoft Extension Marketplace para roubar credenciais do GitHub e de carteiras de criptomoedas, além de implantar ferramentas de acesso remoto. O malware se destaca por usar caracteres Unicode invisíveis para ocultar código malicioso, permitindo a replicação e a propagação em um ciclo autônomo. Apesar da remoção das extensões maliciosas pelo Open VSX, a ameaça ressurgiu, utilizando a mesma técnica de ofuscação para evitar detecções. A infraestrutura de comando e controle (C2) baseada em blockchain permite que os atacantes atualizem seus métodos de ataque com facilidade. A análise revelou que o ator de ameaças é de língua russa e utiliza uma estrutura de C2 de código aberto chamada RedExt. A GlassWorm também ampliou seu foco para o GitHub, utilizando credenciais roubadas para inserir commits maliciosos em repositórios.

Extensões do VS Code sequestradas para espalhar ransomware

Uma investigação recente revelou uma campanha cibernética que explora extensões maliciosas do Visual Studio Code (VS Code) para disseminar ransomware, utilizando repositórios do GitHub como parte de sua infraestrutura de comando e controle (C2). Os pesquisadores identificaram várias extensões no Marketplace do Visual Studio que continham cargas ocultas disfarçadas de utilitários legítimos para desenvolvedores. Após a instalação, esses pacotes executavam JavaScript ofuscado que lançava comandos do PowerShell. Os scripts maliciosos recuperavam cargas secundárias de repositórios do GitHub sob contas aparentemente benignas.

Nova extensão maliciosa no Open VSX distribui trojan SleepyDuck

Pesquisadores de cibersegurança identificaram uma nova extensão maliciosa no registro Open VSX, que contém um trojan de acesso remoto chamado SleepyDuck. A extensão, denominada juan-bianco.solidity-vlang (versão 0.0.7), foi publicada em 31 de outubro de 2025, inicialmente como uma biblioteca inofensiva, mas foi atualizada para a versão 0.0.8 em 1º de novembro, após atingir 14.000 downloads. O malware utiliza técnicas de evasão de sandbox e um contrato Ethereum para atualizar seu endereço de comando e controle caso o original seja desativado. O ataque é ativado ao abrir uma nova janela de editor de código ou selecionar um arquivo .sol, permitindo que o malware colete informações do sistema e as exfiltre para um servidor remoto. Além disso, a extensão pode se reconfigurar para contornar a detecção e executar comandos de emergência. Este incidente se junta a uma série de campanhas que visam desenvolvedores de Solidity, destacando a necessidade de cautela ao baixar extensões. A Microsoft anunciou que está implementando varreduras periódicas no marketplace para proteger os usuários contra malware.

Registro Open VSX corrige falha de segurança após vazamento de tokens

O Open VSX Registry e a Eclipse Foundation relataram um incidente de segurança envolvendo o vazamento de tokens de desenvolvedores e a publicação de extensões maliciosas que exploraram essas credenciais. A situação foi identificada por pesquisadores de segurança da Wiz, que encontraram tokens expostos em repositórios de código público. Esses tokens pertenciam a usuários do Open VSX e foram utilizados por atacantes para publicar extensões prejudiciais na plataforma. A Eclipse Foundation esclareceu que a exposição dos tokens foi resultado de descuidos dos desenvolvedores, e não de uma violação de infraestrutura. Após a identificação dos tokens comprometidos, a equipe os revogou imediatamente e implementou melhorias significativas na segurança, incluindo a colaboração com o Microsoft Security Response Center para criar um formato de prefixo de token que facilita a detecção de exposições em repositórios públicos. Embora o ataque tenha sido considerado sério, a equipe do Open VSX afirmou que não se tratava de um verme autônomo, mas sim de um malware que exigia intervenção humana para se propagar. Todas as extensões maliciosas foram removidas rapidamente, e o incidente foi declarado totalmente contido em 21 de outubro de 2025, sem evidências de compromissos em andamento.

Extensões falsas de IA podem roubar senhas enquanto você conversa

Pesquisadores da SquareX alertam sobre um novo vetor de ataque que utiliza extensões maliciosas para criar barras laterais falsas em navegadores. Essas barras laterais imitam assistentes de IA legítimos e podem capturar informações sensíveis, como senhas e tokens de autenticação, sem que o usuário perceba. O ataque se dá através da injeção de JavaScript nas páginas da web, permitindo que a interface falsa sobreponha a verdadeira, dificultando a detecção. Os especialistas destacam que muitas extensões solicitam permissões amplas, como acesso a hosts e armazenamento, o que torna a análise de permissões uma estratégia de detecção menos eficaz. A crescente popularidade de navegadores com assistentes de IA pode aumentar a superfície de ataque, tornando a segurança mais desafiadora. Os usuários são aconselhados a tratar esses assistentes como recursos experimentais e evitar o manuseio de dados sensíveis. As equipes de segurança devem implementar controles mais rigorosos sobre extensões e monitorar atividades anômalas para mitigar riscos. O artigo enfatiza a necessidade de verificações de integridade da interface e uma melhor orientação sobre o uso aceitável dessas ferramentas.

Mais de 130 extensões maliciosas do Chrome expostas em ataque a usuários do WhatsApp

Pesquisadores de cibersegurança da Socket descobriram uma campanha sofisticada de spam que envolve 131 extensões do Chrome, direcionadas a usuários do WhatsApp. Essas extensões, que compartilham códigos e infraestrutura idênticos, afetam pelo menos 20.905 usuários ativos, violando as políticas do Chrome Web Store e do WhatsApp. A operação é conduzida pela DBX Tecnologia, uma empresa brasileira que licencia versões personalizadas das extensões para revendedores, prometendo margens de lucro significativas. Apesar da diversidade de marcas, todas as extensões foram publicadas por apenas duas contas de desenvolvedor. As extensões utilizam métodos técnicos avançados para injetar código malicioso na interface do WhatsApp Web, permitindo o envio automatizado de mensagens em massa, o que contraria as políticas de consentimento do WhatsApp. A Socket já solicitou a remoção das extensões e a suspensão das contas dos desenvolvedores. A empresa recomenda que organizações adotem ferramentas de proteção para extensões do Chrome e monitorem as permissões e atualizações das extensões em uso.

Vazamento de Tokens em Extensões do VS Code Aumenta Risco de Malware

Uma nova pesquisa revelou que mais de 100 extensões do Visual Studio Code (VS Code) vazaram tokens de acesso, permitindo que atacantes atualizassem essas extensões com malware, representando um risco crítico à cadeia de suprimentos de software. Os pesquisadores da Wiz identificaram mais de 550 segredos validados em mais de 500 extensões, incluindo tokens de acesso pessoal do VS Code Marketplace e do Open VSX, que poderiam ser explorados por cibercriminosos. Com uma base de instalação acumulada de 150.000, a possibilidade de distribuição de malware é alarmante. Além disso, um grupo de ameaças conhecido como TigerJack publicou extensões maliciosas que roubam código-fonte e mineram criptomoedas, utilizando uma abordagem de cavalo de Troia para enganar desenvolvedores. A Microsoft respondeu ao problema revogando os tokens vazados e implementando recursos de verificação de segredos. Os usuários do VS Code são aconselhados a limitar o número de extensões instaladas e a revisar cuidadosamente as extensões antes de baixá-las.

Aumento de ataques baseados em navegador o que você precisa saber

Nos últimos anos, os ataques cibernéticos que visam usuários em navegadores da web aumentaram de forma alarmante. Esses ataques, conhecidos como ‘browser-based attacks’, têm como objetivo comprometer aplicativos empresariais e dados, explorando a vulnerabilidade dos usuários. O phishing, por exemplo, evoluiu para um modelo multi e cross-channel, utilizando mensagens instantâneas, redes sociais e até mesmo serviços SaaS para enganar os usuários e coletar credenciais. Além disso, técnicas como ClickFix e consent phishing têm se tornado comuns, onde os atacantes induzem as vítimas a executar comandos maliciosos ou a autorizar integrações com aplicativos controlados por eles. Outro vetor preocupante são as extensões de navegador maliciosas, que podem capturar logins e credenciais. A crescente complexidade do ambiente de trabalho moderno, com a utilização de aplicativos descentralizados, torna a detecção e prevenção desses ataques ainda mais desafiadoras. As organizações precisam estar cientes dessas ameaças e implementar medidas de segurança robustas para proteger seus dados e sistemas.

Anúncios Maliciosos no Facebook Usam Meta Verified para Roubar Contas

Uma nova campanha de malvertising no Facebook está explorando o programa Meta Verified para roubar contas de usuários. Os atacantes, presumivelmente de origem vietnamita, criaram anúncios enganosos que prometem ensinar como obter o selo de verificação azul por meio de uma extensão de navegador maliciosa. Os anúncios, que totalizam pelo menos 37, redirecionam os usuários para um vídeo tutorial e um arquivo .CRX hospedado no Box.com. Após a instalação, a extensão injeta um script nas páginas do Facebook, interceptando cookies de sessão e enviando informações roubadas para um bot no Telegram. Além do roubo de cookies, algumas variantes da extensão conseguem acessar tokens de acesso, permitindo que os atacantes explorem contas comerciais no Facebook, que são vendidas em mercados clandestinos. Essa operação representa um ciclo de receita autossustentável, onde contas comprometidas são reutilizadas para novas campanhas maliciosas. Para se proteger, os usuários devem evitar extensões não verificadas e adotar práticas de segurança como autenticação em duas etapas e monitoramento de alertas de login.

Vulnerabilidade no Marketplace do Visual Studio Code expõe riscos de malware

Pesquisadores de cibersegurança descobriram uma falha no Marketplace do Visual Studio Code que permite a reutilização de nomes de extensões removidas, facilitando a criação de novas extensões maliciosas. A empresa ReversingLabs identificou uma extensão chamada ‘ahbanC.shiba’, que atua como downloader de um payload PowerShell, semelhante a extensões previamente removidas. Essas extensões maliciosas visam criptografar arquivos em pastas específicas e exigem pagamento em tokens Shiba Inu. A reutilização de nomes de extensões deletadas representa um risco significativo, pois qualquer um pode criar uma nova extensão com o mesmo nome de uma popular que foi removida. Além disso, a vulnerabilidade não é exclusiva do Visual Studio Code, já que repositórios como o Python Package Index (PyPI) também permitem essa prática. A situação é alarmante, pois os atacantes estão cada vez mais utilizando repositórios de código aberto como vetores de ataque, o que exige que organizações e desenvolvedores adotem práticas de desenvolvimento seguro e monitorem ativamente essas plataformas para evitar ameaças à cadeia de suprimentos de software.