Espionagem Cibernética

Grupo Phantom Taurus Espionagem Cibernética Alinhada à China

Nos últimos dois anos e meio, organizações governamentais e de telecomunicações na África, Oriente Médio e Ásia têm sido alvo de um ator de ameaças de estado-nacional alinhado à China, conhecido como Phantom Taurus. O foco principal do grupo inclui ministérios das relações exteriores, embaixadas e operações militares, com o objetivo de coletar informações confidenciais e realizar espionagem. O grupo, que foi inicialmente identificado como CL-STA-0043, demonstrou uma capacidade notável de adaptação em suas táticas e técnicas, utilizando ferramentas personalizadas, como um malware chamado NET-STAR, desenvolvido em .NET para atacar servidores web IIS. As operações do Phantom Taurus frequentemente coincidem com eventos geopolíticos significativos, refletindo um interesse estratégico por informações de defesa e comunicações diplomáticas. A abordagem do grupo inclui a exploração de vulnerabilidades conhecidas, como ProxyLogon e ProxyShell, em servidores Microsoft Exchange e IIS, além de um método inovador que permite a extração de dados diretamente de bancos de dados SQL. A complexidade e a sofisticação das técnicas empregadas pelo Phantom Taurus representam uma ameaça significativa para servidores expostos à internet, exigindo atenção redobrada de profissionais de segurança cibernética.

Grupo de espionagem cibernética da China ataca setores nos EUA

Um grupo de espionagem cibernética suspeito de estar vinculado à China, identificado como UNC5221, tem como alvo empresas dos setores de serviços jurídicos, provedores de software como serviço (SaaS), terceirização de processos de negócios (BPOs) e tecnologia nos Estados Unidos. O grupo utiliza um backdoor conhecido como BRICKSTORM, que permite acesso persistente às organizações atacadas por mais de um ano. O objetivo principal é acessar dados de clientes e informações relacionadas à segurança nacional e propriedade intelectual. O BRICKSTORM, documentado pela primeira vez no ano passado, explora vulnerabilidades zero-day em dispositivos Ivanti Connect Secure e tem sido utilizado em ambientes Windows na Europa desde novembro de 2022. Este malware, desenvolvido em Go, possui funcionalidades avançadas, como manipulação de arquivos e execução de comandos shell, e se comunica com um servidor de comando e controle via WebSockets. A campanha é caracterizada por sua capacidade de permanecer indetectável, com um tempo médio de permanência nas redes das vítimas de 393 dias. A Google desenvolveu um scanner para ajudar potenciais vítimas a identificar a presença do BRICKSTORM em seus sistemas. A complexidade e a furtividade dessa campanha representam uma ameaça significativa para organizações que utilizam tecnologias vulneráveis.

Grupo de espionagem cibernética iraniano ataca telecomunicações na Europa

Um grupo de espionagem cibernética vinculado ao Irã, conhecido como UNC1549, está por trás de uma nova campanha que visa empresas de telecomunicações na Europa. A empresa suíça de cibersegurança PRODAFT identificou que o grupo infiltrou 34 dispositivos em 11 organizações localizadas em países como Canadá, França, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Estados Unidos. Os atacantes se disfarçam como representantes de recursos humanos em plataformas como o LinkedIn, utilizando uma abordagem de recrutamento falsa para enganar funcionários e instalar um backdoor chamado MINIBIKE. Este malware permite a coleta de dados sensíveis, como credenciais do Outlook e informações de navegação. A campanha é caracterizada por um planejamento meticuloso, onde os atacantes realizam reconhecimento extensivo para identificar alvos com acesso elevado a sistemas críticos. Além disso, a operação é apoiada por técnicas avançadas de ofuscação e comunicação, utilizando serviços legítimos de nuvem para evitar detecções. O grupo UNC1549, ativo desde pelo menos junho de 2022, é associado à Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e tem como objetivo a coleta de dados estratégicos para espionagem de longo prazo.

Campanhas de espionagem cibernética da China visam EUA durante negociações comerciais

O Comitê Selecionado da Câmara dos EUA sobre a China emitiu um alerta sobre uma série de campanhas de espionagem cibernética altamente direcionadas, supostamente ligadas à República Popular da China (RPC), em meio a negociações comerciais tensas entre os EUA e a China. As campanhas têm como alvo organizações e indivíduos envolvidos na política comercial e diplomática entre os dois países, incluindo agências governamentais dos EUA, empresas, escritórios de advocacia em Washington e grupos de reflexão. Os atacantes, identificados como APT41, usaram e-mails de phishing se passando pelo congressista republicano John Robert Moolenaar para enganar os destinatários e obter acesso não autorizado a sistemas e informações sensíveis. O objetivo final era roubar dados valiosos, utilizando serviços de software e nuvem para ocultar suas atividades. O ataque mais recente envolveu um e-mail que continha um anexo malicioso que, ao ser aberto, implantava malware para coletar dados sensíveis. O comitê acredita que essas ações são parte de uma operação de espionagem cibernética apoiada pelo estado chinês, visando influenciar as deliberações políticas dos EUA e obter vantagens nas negociações comerciais.

Novo backdoor MystRodX representa ameaça significativa à segurança

Pesquisadores de cibersegurança revelaram um novo backdoor chamado MystRodX, que se destaca por suas características furtivas e flexíveis, permitindo a captura de dados sensíveis de sistemas comprometidos. Desenvolvido em C++, o MystRodX, também conhecido como ChronosRAT, possui funcionalidades como gerenciamento de arquivos, redirecionamento de portas e shell reverso. A sua capacidade de se ocultar é aprimorada pelo uso de múltiplos níveis de criptografia, enquanto a flexibilidade permite a escolha entre diferentes protocolos de comunicação e métodos de criptografia para proteger o tráfego de rede.

Campanha de espionagem utiliza servidor de atualização abandonado

Uma campanha de espionagem cibernética, identificada como TAOTH, foi revelada por pesquisadores da Trend Micro, destacando o uso de um servidor de atualização abandonado do software Sogou Zhuyin para disseminar diversas famílias de malware, como C6DOOR e GTELAM. Os alvos principais incluem dissidentes, jornalistas e líderes de tecnologia na China, Taiwan, Hong Kong, Japão e Coreia do Sul. Os atacantes se apropriaram de um domínio que não recebia atualizações desde 2019, utilizando-o para distribuir atualizações maliciosas a partir de outubro de 2024. A cadeia de infecção começa quando usuários baixam o instalador legítimo do Sogou Zhuyin, que, após a instalação, busca atualizações maliciosas. As famílias de malware implantadas têm funções variadas, como acesso remoto e roubo de informações, utilizando serviços de nuvem para ocultar suas atividades. A Trend Micro recomenda que organizações realizem auditorias regulares em seus ambientes e revisem as permissões de aplicativos em nuvem para mitigar esses riscos.

Convites em PDF se tornam letais - Exploits do UAC-0057 ativam execução de shell

Uma campanha de espionagem cibernética sofisticada, atribuída ao grupo UAC-0057, vinculado ao governo da Bielorrússia, tem como alvo organizações na Ucrânia e na Polônia desde abril de 2025. Os atacantes utilizam arquivos comprimidos armados que contêm convites em PDF que parecem legítimos e planilhas Excel maliciosas. Os documentos de disfarce são projetados para parecer autênticos, como um convite oficial para uma assembleia geral da União de Municípios Rurais da Polônia e um documento sobre serviços do Ministério da Transformação Digital da Ucrânia. Após a execução de macros ofuscadas em arquivos XLS, os atacantes conseguem instalar DLLs maliciosas que coletam informações do sistema. A infraestrutura de suporte do UAC-0057 demonstra técnicas de imitação sofisticadas, registrando domínios que se assemelham a sites legítimos. A persistente mira na Ucrânia e na Polônia reflete os interesses geopolíticos do grupo, alinhados com o governo bielorrusso.

Campanha de espionagem cibernética da Coreia do Norte atinge embaixadas

Entre março e julho de 2025, atores de ameaças da Coreia do Norte realizaram uma campanha coordenada de espionagem cibernética, visando missões diplomáticas na Coreia do Sul. Os ataques foram realizados por meio de pelo menos 19 e-mails de spear-phishing que se faziam passar por contatos diplomáticos confiáveis, com o intuito de enganar funcionários de embaixadas e do ministério das relações exteriores. Os pesquisadores da Trellix identificaram que os atacantes utilizaram o GitHub como um canal de comando e controle, além de serviços de armazenamento em nuvem como Dropbox e Daum Cloud para distribuir um trojan de acesso remoto chamado Xeno RAT. Este malware permite que os atacantes assumam o controle dos sistemas comprometidos. Os e-mails, escritos em vários idiomas, incluíam assinaturas oficiais e referências a eventos reais, aumentando sua credibilidade. A análise sugere que a campanha pode ter ligações com operativos baseados na China, levantando a possibilidade de uma colaboração entre grupos de hackers. A situação é preocupante, especialmente considerando o aumento de atividades de espionagem cibernética e fraudes envolvendo trabalhadores de TI norte-coreanos em empresas ao redor do mundo.