Espionagem

Instituto Chinês ligado à espionagem cibernética é investigado

O Beijing Institute of Electronics Technology and Application (BIETA) é uma empresa chinesa que, segundo investigações, estaria sob a liderança do Ministério da Segurança do Estado (MSS) da China. A análise aponta que pelo menos quatro funcionários da BIETA têm vínculos diretos ou indiretos com oficiais do MSS, além de conexões com a Universidade de Relações Internacionais, conhecida por suas ligações com o MSS. A BIETA e sua subsidiária, Beijing Sanxin Times Technology Co., Ltd. (CIII), desenvolvem tecnologias que supostamente apoiam missões de inteligência e segurança nacional da China, incluindo métodos de esteganografia para comunicações secretas e ferramentas de investigação forense. A empresa também tem se envolvido em projetos que permitem monitorar e bloquear dispositivos móveis em grandes eventos, além de desenvolver softwares para simulação de comunicação e testes de penetração em sistemas. A Mastercard, que analisou a situação, sugere que a BIETA e a CIII são organizações de fachada que facilitam operações de inteligência cibernética do governo chinês. Essa revelação surge em um contexto de crescente preocupação com a segurança cibernética e a espionagem, especialmente em relação a tecnologias amplamente utilizadas no Brasil.

Grupo Hacker SideWinder Lança Portais Falsos do Outlook e Zimbra

O grupo de hackers SideWinder, associado a atividades de espionagem patrocinadas por estados, intensificou suas operações na Ásia do Sul com a campanha denominada “Operação SouthNet”. Este ataque envolve a criação de mais de 50 domínios de phishing para roubar credenciais de login de entidades governamentais e militares, especialmente no Paquistão e no Sri Lanka, mas também com atividades colaterais em Nepal, Bangladesh e Mianmar. Os atacantes utilizam serviços de hospedagem gratuitos para criar portais falsos do Outlook e Zimbra, focando em setores marítimos, aeroespaciais e de telecomunicações. A taxa de criação de novos domínios é alarmante, ocorrendo a cada 3 a 5 dias. Além disso, foram identificados documentos maliciosos disfarçados como PDFs, que visam enganar as vítimas. A pesquisa também revelou que o grupo recicla infraestrutura de comando e controle, aumentando a dificuldade de rastreamento. As medidas de mitigação recomendadas incluem monitoramento proativo de plataformas de hospedagem e treinamento em cibersegurança para reconhecer iscas documentais. A colaboração entre CERTs regionais é essencial para interromper as campanhas de espionagem do SideWinder e proteger redes sensíveis.

Hackers Chineses Patrocinados pelo Estado Coletam Dados Sensíveis

Um relatório de inteligência consolidado revelou operações de espionagem sofisticadas realizadas por um grupo de hackers conhecido como Salt Typhoon, vinculado ao Ministério da Segurança do Estado da China. Desde 2019, o grupo tem explorado vulnerabilidades em dispositivos de rede, como roteadores e firewalls, para implantar rootkits personalizados. Utilizando técnicas como a execução de binários legítimos para baixar cargas úteis disfarçadas de atualizações de firmware, os hackers conseguem manter a persistência em sistemas comprometidos por longos períodos.

Grupo APT Patchwork usa PowerShell para criar tarefas agendadas

O grupo de ameaças Patchwork APT, também conhecido como Dropping Elephant, tem aprimorado suas técnicas de espionagem utilizando um carregador baseado em PowerShell. Este método envolve a criação de tarefas agendadas e ofuscação em múltiplas etapas para garantir persistência e furtividade. Desde 2015, o grupo tem como alvo organizações políticas e militares na Ásia, utilizando engenharia social em vez de exploits zero-day. O ataque começa com um documento de spear-phishing que ativa uma macro maliciosa, baixando um arquivo LNK que, ao ser executado, ativa um script PowerShell. Este script baixa um executável disfarçado de VLC e um DLL acompanhante, além de criar uma tarefa agendada para garantir que o carregador seja executado continuamente. O método fStage é utilizado para estabelecer comunicação criptografada com o servidor do atacante, coletando informações do sistema e enviando-as de volta. A exfiltração de dados é realizada através de técnicas de codificação e execução de comandos em um processo oculto. A arquitetura complexa deste ataque destaca a adaptabilidade do Patchwork, exigindo que as organizações mantenham suas soluções de segurança atualizadas e monitorem tarefas agendadas anômalas.

Hackers chineses patrocinados pelo Estado invadem telecomunicações

Desde 2019, o grupo de hackers APT Salt Typhoon, apoiado pelo Estado chinês, tem conduzido uma campanha de espionagem altamente direcionada contra redes de telecomunicações globais. Este grupo, alinhado ao Ministério da Segurança do Estado da China, utiliza implantes de firmware personalizados e rootkits em roteadores para manter acesso persistente e discreto em ambientes de telecomunicações nos EUA, Reino Unido, Taiwan e na União Europeia.

As operações começam com a exploração de vulnerabilidades conhecidas em dispositivos de rede, como roteadores e firewalls. Após a invasão, o grupo implanta ferramentas que sobrevivem a atualizações de software, permitindo a coleta de dados sensíveis, como registros de chamadas e informações de roteamento SS7. Um ataque em 2024 resultou no roubo de terabytes de metadados de operadoras como AT&T e Verizon.

Golpes de Contratação Falsos Levam a Ataques de Malware Avançados

Desde o início de 2025, pesquisadores da Check Point identificaram um aumento nas atividades de espionagem cibernética do grupo Nimbus Manticore, que utiliza portais de recrutamento falsos para disseminar malware sofisticado. Inicialmente focado em alvos do setor aeroespacial e de defesa no Oriente Médio, o grupo agora se expande para a Europa Ocidental, mirando empresas de defesa, telecomunicações e aeroespaciais em países como Dinamarca, Suécia e Portugal.

O malware principal, conhecido como MiniJunk, evoluiu para uma variante avançada que utiliza técnicas inovadoras para evitar a detecção. A infecção começa com e-mails de spear-phishing que se passam por recrutadores de grandes empresas, levando as vítimas a páginas de login falsificadas. Após o login bem-sucedido, um arquivo malicioso é entregue, permitindo que os atacantes monitorem as interações e capturem dados sensíveis.

Atores de ameaça ligados à China usam novo malware contra militares das Filipinas

Pesquisadores da Bitdefender alertaram sobre um novo malware sem arquivo, chamado EggStreme, que foi utilizado por um ator de ameaça chinês para atacar uma empresa militar nas Filipinas. O EggStreme é uma estrutura modular que permite acesso remoto, injeção de payloads, registro de teclas e espionagem persistente. O malware é composto por seis componentes principais, incluindo um carregador inicial que estabelece uma conexão reversa e um backdoor principal que suporta 58 comandos. A entrega do malware ocorre por meio de um arquivo DLL carregado lateralmente, que é ativado por executáveis confiáveis, permitindo que ele contorne controles de segurança. Embora a Bitdefender tenha tentado atribuir o ataque a grupos APT chineses conhecidos, não conseguiu estabelecer uma conexão clara, mas os objetivos do ataque se alinham com as táticas de espionagem cibernética frequentemente associadas a esses grupos. O ataque destaca a crescente preocupação com a segurança cibernética na região da Ásia-Pacífico, onde atores estatais têm se mostrado ativos em várias nações vizinhas, incluindo Vietnã e Taiwan.

Grupo APT da China compromete empresa militar nas Filipinas com EggStreme

Um grupo de ameaça persistente avançada (APT) da China foi responsabilizado pelo comprometimento de uma empresa militar nas Filipinas, utilizando um malware fileless inédito chamado EggStreme. Segundo a pesquisa da Bitdefender, o EggStreme é uma ferramenta multifásica que permite espionagem discreta, injetando código malicioso diretamente na memória e utilizando técnicas de DLL sideloading para executar cargas úteis. O componente central, EggStremeAgent, atua como um backdoor completo, permitindo reconhecimento extensivo do sistema, movimentação lateral e roubo de dados através de um keylogger.

Usuários do Windows em Risco - Exploração de PDFs e Arquivos LNK

Uma operação de espionagem cibernética sofisticada, conhecida como Operação HanKook Phantom, expôs usuários do Windows na Ásia e no Oriente Médio a uma ameaça avançada que utiliza PDFs e arquivos de atalho do Windows (LNK) como principais vetores de infecção. A campanha, descoberta por pesquisadores do Seqrite Lab, está ligada ao grupo patrocinado pelo Estado norte-coreano APT-37, famoso por ataques de spear-phishing. Os alvos incluem organizações governamentais, de defesa e acadêmicas, que recebem arquivos que aparentam ser boletins informativos legítimos, mas que contêm arquivos LNK maliciosos. Quando executados, esses arquivos não apenas abrem documentos, mas também extraem e executam cargas úteis maliciosas através do PowerShell. A operação se destaca pelo uso inovador de serviços de nuvem populares para comunicação de comando e controle, disfarçando o tráfego de exfiltração de dados como uploads normais de PDF. Essa abordagem minimiza a detecção por antivírus tradicionais e destaca a necessidade de monitoramento avançado por parte das organizações, especialmente em relação à atividade de arquivos LNK e tráfego anômalo em serviços de nuvem.

Grupo de APT Salt Typhoon continua ataques globais

O grupo de ameaças persistentes avançadas (APT) conhecido como Salt Typhoon, vinculado à China, tem intensificado seus ataques a redes em todo o mundo, incluindo setores críticos como telecomunicações, governo, transporte, hospedagem e infraestrutura militar. Segundo um alerta conjunto de autoridades de 13 países, o grupo tem como alvo roteadores de grandes provedores de telecomunicações, utilizando dispositivos comprometidos para acessar outras redes. As atividades maliciosas estão associadas a três empresas chinesas que fornecem produtos e serviços cibernéticos para os serviços de inteligência da China. Desde 2019, o Salt Typhoon tem se envolvido em uma campanha de espionagem, visando violar normas de privacidade e segurança global. Recentemente, o grupo ampliou seu foco para outros setores, atacando mais de 600 organizações em 80 países, incluindo 200 nos Estados Unidos. Os atacantes exploram vulnerabilidades em dispositivos de rede, como roteadores da Cisco e Ivanti, para obter acesso inicial e manter controle persistente sobre as redes. O uso de protocolos de autenticação, como TACACS+, permite que os invasores se movam lateralmente dentro das redes comprometidas, capturando dados sensíveis e credenciais. A familiaridade do grupo com sistemas de telecomunicações proporciona uma vantagem significativa na evasão de defesas.

Até que ponto você confia na sua nuvem? Hackers exploram vulnerabilidades

Hackers chineses, conhecidos como Murky Panda, estão utilizando a confiança que as empresas depositam em seus provedores de nuvem para realizar ataques cibernéticos. Desde 2023, a Crowdstrike identificou pelo menos dois casos em que esses hackers exploraram falhas zero-day para invadir ambientes de provedores de SaaS. Após a invasão, eles analisam a lógica do ambiente de nuvem da vítima, permitindo que se movam lateralmente para clientes downstream. Essa abordagem representa um ataque cibernético de terceiros por meio de um serviço baseado em nuvem, sendo menos monitorada em comparação com vetores de acesso mais comuns, como contas de nuvem válidas. Os alvos principais incluem setores como governo, tecnologia e serviços profissionais, principalmente na América do Norte. Os hackers têm utilizado vulnerabilidades conhecidas, como a CVE-2023-3519, que afeta instâncias do Citrix NetScaler, além de comprometer dispositivos de pequenas empresas. O foco principal parece ser a espionagem cibernética e a coleta de inteligência.

Dentro do Mustang Panda - Analisando as Táticas Cibernéticas de um Grupo Chinês

O grupo de ameaças ligado à China, Mustang Panda, tem se destacado como uma sofisticada organização de espionagem, visando governos, ONGs e think tanks nos EUA, Europa e Ásia. Desde sua identificação pública em 2017, suas operações, que provavelmente começaram em 2014, têm se concentrado na coleta de inteligência. As campanhas de spear-phishing do grupo utilizam narrativas geopolíticas e documentos em língua local como iscas para disseminar malware avançado, como PlugX e Poison Ivy. Em uma operação conjunta em 2025, autoridades dos EUA e da França neutralizaram variantes do PlugX que estavam sendo espalhadas por drives USB infectados, afetando mais de 4.200 dispositivos globalmente.

Hackers chineses UNC6384 usam certificados de assinatura para evitar detecção

Em março de 2025, o Google Threat Intelligence Group (GTIG) revelou uma campanha de espionagem cibernética sofisticada atribuída ao grupo de hackers UNC6384, vinculado à República Popular da China (RPC). O foco principal da campanha foram diplomatas e setores governamentais no Sudeste Asiático, mas também afetou organizações globais. Os hackers exploraram uma funcionalidade legítima dos navegadores para detectar portais cativos, utilizando ataques do tipo adversário-no-meio (AitM) em dispositivos comprometidos. Isso permitiu que os atacantes redirecionassem os usuários para uma infraestrutura controlada por eles, onde eram apresentados a uma página de atualização falsa que disfarçava um instalador de malware como uma atualização de plugin do Adobe. O malware, denominado STATICPLUGIN, foi entregue como um instalador assinado digitalmente, levantando questões sobre a origem do certificado utilizado. Após a execução, o STATICPLUGIN baixou um pacote MSI que continha um backdoor chamado SOGU.SEC, permitindo que os hackers exfiltrassem arquivos e executassem comandos remotamente. O GTIG destacou que as táticas de UNC6384 refletem uma tendência mais ampla da RPC em usar malware assinado digitalmente e técnicas de engenharia social para espionagem estratégica. O Google já tomou medidas para bloquear domínios maliciosos e revogar certificados abusados, alertando usuários afetados. A situação destaca a necessidade de uma vigilância constante e de uma reavaliação das práticas de segurança em relação a certificados digitais.

Grupo de espionagem cibernética da China explora vulnerabilidades na nuvem

Pesquisadores de cibersegurança alertam sobre atividades maliciosas do grupo de espionagem cibernética Murky Panda, vinculado à China, que utiliza relacionamentos de confiança na nuvem para invadir redes empresariais. O grupo é conhecido por explorar vulnerabilidades de dia zero e dia N, frequentemente obtendo acesso inicial por meio de dispositivos expostos à internet. Murky Panda, que já atacou servidores Microsoft Exchange em 2021, agora foca na cadeia de suprimentos de TI para acessar redes corporativas. Recentemente, o grupo comprometeu um fornecedor de uma entidade norte-americana, utilizando o acesso administrativo para criar uma conta de backdoor no Entra ID da vítima, visando principalmente o acesso a e-mails. Outro ator relacionado, Genesis Panda, tem explorado sistemas de nuvem para exfiltração de dados, enquanto Glacial Panda ataca o setor de telecomunicações, visando registros de chamadas e dados de comunicação. A crescente sofisticação desses grupos destaca a necessidade de vigilância contínua e medidas de segurança robustas para proteger ambientes de nuvem.