Defesa Em Profundidade

Ferramenta Obex Impede Carregamento de Bibliotecas EDR em Tempo de Execução

A Obex, um coletivo de pesquisa em segurança, revelou uma técnica sofisticada que permite a adversários evitar a detecção ao impedir que bibliotecas dinâmicas (DLLs) específicas sejam carregadas em processos-alvo. Essa abordagem representa um risco significativo para soluções de segurança que dependem exclusivamente de hooks em modo de usuário ou inspeção obrigatória em processos, uma vez que essas técnicas não conseguem monitorar a atividade maliciosa. A pesquisa mostra que, ao controlar os parâmetros de lançamento do processo, atacantes podem especificar uma lista restrita de DLLs, bloqueando a inicialização de módulos de telemetria ou inspeção. Isso permite que malware seja executado sem ser detectado. Para mitigar essa vulnerabilidade, a pesquisa sugere a implementação de proteções em modo de kernel, que garantem a integridade do carregamento de bibliotecas, independentemente dos parâmetros de modo de usuário. A Obex enfatiza a necessidade de uma defesa em profundidade, onde múltiplas camadas de segurança são essenciais para enfrentar adversários sofisticados. As organizações devem adotar medidas complementares, como detecção de anomalias em rede e verificação de integridade da memória, para fortalecer suas defesas contra essas técnicas de evasão.

Ferramentas de Cibersegurança Baseadas em IA Vulneráveis a Ataques de Injeção

Um estudo recente revelou que agentes de cibersegurança alimentados por inteligência artificial (IA) estão vulneráveis a ataques de injeção de prompt, um novo vetor de ameaça que pode comprometer redes inteiras. Esses ataques exploram a capacidade dos Modelos de Linguagem de Grande Escala (LLMs) de interpretar comandos em linguagem natural, transformando respostas confiáveis em comandos não autorizados. O processo do ataque ocorre em quatro etapas: reconhecimento, recuperação de conteúdo, decodificação de comandos e execução de um shell reverso, permitindo que atacantes obtenham acesso total ao sistema em menos de 20 segundos. Além da obfuscação básica em base64, o estudo identificou seis vetores adicionais que aumentam o risco, como a exfiltração de variáveis de ambiente e ataques homográficos em Unicode. Para mitigar essa ameaça, os pesquisadores propuseram uma arquitetura de defesa em quatro camadas, que inclui isolamento de operações, proteção contra padrões suspeitos e validação em múltiplas camadas. Testes mostraram que essas defesas conseguiram bloquear todas as tentativas de injeção, embora com um pequeno aumento na latência. Essa vulnerabilidade representa um risco significativo para a segurança cibernética, exigindo atenção imediata de profissionais da área.