Criptomoedas

Extensão falsa do Chrome rouba senhas de carteiras de criptomoedas

Pesquisadores da Socket identificaram uma extensão maliciosa chamada Safery: Ethereum Wallet, disponível na Chrome Web Store, que se disfarça como uma carteira de criptomoedas segura. Desde sua publicação em 29 de setembro de 2025, a extensão tem como objetivo roubar as seed phrases, que são as senhas utilizadas para recuperar carteiras de criptomoedas. A extensão contém uma backdoor que extrai essas frases mnemônicas e as envia disfarçadas como endereços de carteiras Sui, utilizando microtransações de 0,000001 SUI para ocultar o roubo. Essa técnica permite que os hackers obtenham as seed phrases sem a necessidade de um servidor de comando e controle, tornando o ataque mais difícil de detectar. Os especialistas recomendam que usuários de criptomoedas utilizem apenas extensões confiáveis e conhecidas, além de sugerirem que organizações realizem escaneamentos em busca de códigos maliciosos em extensões instaladas. A extensão ainda está disponível para download, o que representa um risco significativo para os usuários de criptomoedas.

Exploração de Plataformas de Código para Entregar Malware

Uma nova investigação da NVISO revelou uma campanha de malware chamada “Contagious Interview”, associada a atores de ameaças alinhados à Coreia do Norte. Essa campanha utiliza serviços legítimos de armazenamento JSON, como JSON Keeper e JSONsilo, para distribuir malware a partir de repositórios de código comprometidos. O ataque se concentra em desenvolvedores de software, especialmente nos setores de criptomoedas e Web3, que são abordados por recrutadores falsos em plataformas profissionais como o LinkedIn. Os desenvolvedores são induzidos a baixar projetos de demonstração de repositórios como GitLab ou GitHub, que, embora pareçam funcionais, contêm arquivos de configuração maliciosos. Esses arquivos, ao serem decodificados, revelam URLs que carregam scripts JavaScript ofuscados, levando à instalação de um infostealer chamado BeaverTail, que coleta dados sensíveis. A segunda fase do ataque envolve um RAT modular chamado InvisibleFerret, que busca componentes adicionais em Pastebin. A NVISO alerta que os desenvolvedores devem ser cautelosos ao executar códigos de entrevistas não solicitadas e tratar variáveis de configuração como potenciais vetores de infecção.

Campanha de Malware LeakyInjector e LeakyStealer Rouba Criptomoedas e Dados

Uma nova campanha de malware, composta por LeakyInjector e LeakyStealer, foi descoberta, visando roubar ativos em criptomoedas e dados de navegação dos usuários. O LeakyInjector, um executável de 64 bits assinado com um certificado digital válido, consegue contornar a segurança ao ser executado. Ele injeta o LeakyStealer na memória, que utiliza criptografia ChaCha20 para proteger seu código. O LeakyStealer estabelece persistência no sistema e coleta informações como nomes de usuário e dados de domínios, conectando-se a um servidor de comando e controle (C2) para exfiltrar dados. O malware também possui um motor polimórfico que dificulta a detecção estática, alterando bytes de memória durante a execução. Ele busca por carteiras de criptomoedas populares e extensões de navegadores, além de exfiltrar o histórico de navegação de vários navegadores. A campanha é considerada sofisticada, com um uso abusivo de assinatura de código e mecanismos furtivos de exfiltração, exigindo atenção imediata das equipes de resposta a incidentes.

Novo vírus Android rouba criptomoedas sem deixar rastros

Um novo malware para Android, identificado como ‘Android/BankBot-YNRK’, está causando preocupação entre usuários de criptomoedas na Indonésia e em outros países do sudeste asiático. Este trojan bancário se disfarça de aplicativos populares, como WhatsApp e TikTok, e é capaz de drenar carteiras de criptomoedas sem que as vítimas percebam. O malware utiliza recursos de acessibilidade do Android para obter controle total do dispositivo, permitindo que os cibercriminosos acessem dados bancários, senhas e chaves de criptomoedas. Uma das características mais alarmantes do vírus é sua capacidade de desativar notificações e alertas, tornando difícil para o usuário perceber transações suspeitas em andamento. Além disso, o malware pode capturar imagens em tempo real, facilitando o roubo de credenciais de acesso. A Cyfirma, empresa de cibersegurança que identificou a ameaça, alerta que o vírus se espalha principalmente por meio de downloads de APKs de fontes não oficiais, enganando os usuários com simulações de verificações de dados pessoais. A situação é crítica, especialmente para dispositivos com Android 13 e versões anteriores, que oferecem permissões que facilitam a ação do malware.

Nove pessoas são presas por lavagem de dinheiro com criptomoedas na Europa

Uma operação coordenada de aplicação da lei resultou na prisão de nove indivíduos envolvidos em uma rede de lavagem de dinheiro com criptomoedas, que enganou vítimas em um total de €600 milhões (aproximadamente $688 milhões). A ação, realizada entre 27 e 29 de outubro, abrangeu países como Chipre, Espanha e Alemanha, com o apoio de agências de outros países europeus, incluindo França e Bélgica. Os suspeitos foram acusados de criar plataformas de investimento em criptomoedas fraudulentas que prometiam altos retornos, atraindo vítimas por meio de publicidade em redes sociais, chamadas frias e depoimentos falsos. Após os investimentos, os ativos eram lavados utilizando tecnologia de blockchain. A investigação começou após reclamações de vítimas que não conseguiam recuperar seus investimentos, levando às prisões e apreensões de €800.000 em contas bancárias, €415.000 em criptomoedas e €300.000 em dinheiro. A Europol destacou que o uso criminoso de criptomoedas está se tornando cada vez mais profissional e organizado, exigindo uma resposta colaborativa e eficaz das autoridades.

Ataques exploram vulnerabilidade RCE do XWiki para minerar criptomoedas

Uma vulnerabilidade de execução remota de código (RCE) não autenticada no XWiki, identificada como CVE-2025-24893, está sendo ativamente explorada por atacantes para implantar malware de mineração de criptomoedas. Essa falha, que permite a injeção de templates, possibilita a execução de código arbitrário em sistemas vulneráveis sem necessidade de autenticação, representando uma ameaça significativa para organizações que utilizam versões não corrigidas do XWiki.

A análise da VulnCheck revelou uma cadeia de ataque sofisticada em duas etapas, onde os atacantes inicialmente enviam uma solicitação GET maliciosa para um endpoint específico, que baixa um arquivo malicioso para o diretório /tmp do sistema alvo. O primeiro estágio do downloader, denominado x640, puxa scripts adicionais que estabelecem operações de mineração de criptomoedas. O segundo estágio prepara o ambiente do sistema e inicia um minerador de Monero, demonstrando práticas avançadas de segurança operacional para evitar detecções.

Grupo Chollima da Coreia do Norte amplia arsenal com BeaverTail e OtterCookie

O grupo de ameaças cibernéticas conhecido como Famous Chollima, vinculado ao Bureau Geral de Reconhecimento da Coreia do Norte, aprimorou suas capacidades de malware ao combinar as funcionalidades dos malwares BeaverTail e OtterCookie em variantes unificadas de infostealers. A nova campanha do grupo utiliza táticas enganosas de recrutamento de emprego e ataques à cadeia de suprimentos através de pacotes maliciosos do NPM, visando profissionais de criptomoedas e blockchain.

O ataque recente focou em um aplicativo de xadrez temático de criptomoedas chamado Chessfi, distribuído por meio de um repositório comprometido do Bitbucket. Ao clonar o repositório, os usuários baixaram automaticamente o pacote malicioso “node-nvm-ssh” do NPM, que executou scripts JavaScript ofuscados. O BeaverTail se concentra na enumeração de perfis de navegador, visando extensões de carteiras de criptomoedas como MetaMask e Phantom, enquanto o OtterCookie oferece acesso remoto e coleta de dados sensíveis.

Ataque à cadeia de suprimentos afeta gerenciador NuGet com typosquats

Pesquisadores de cibersegurança identificaram um novo ataque à cadeia de suprimentos que visa o gerenciador de pacotes NuGet, utilizando typosquats maliciosos da plataforma Nethereum, que integra o Ethereum com .NET. O pacote malicioso, denominado Netherеum.All, foi projetado para decodificar um ponto de controle e comando (C2) e exfiltrar frases mnemônicas, chaves privadas e dados de armazenamento de carteiras. O pacote foi carregado por um usuário chamado ’nethereumgroup’ em 16 de outubro de 2025 e removido quatro dias depois por violar os termos de uso do NuGet. O ataque se destaca pelo uso de um homoglyph cirílico que substitui a letra ’e’, enganando desenvolvedores desavisados. Além disso, os atacantes inflaram artificialmente as contagens de download, alegando 11,7 milhões de downloads, o que é um sinal de alerta, já que é improvável que uma nova biblioteca alcance tal número rapidamente. A principal funcionalidade maliciosa está em uma função chamada EIP70221TransactionService.Shuffle, que extrai dados sensíveis da carteira do usuário. Este incidente ressalta a vulnerabilidade do NuGet, que não impõe restrições rigorosas sobre esquemas de nomenclatura, ao contrário de outros repositórios de código aberto. Para mitigar riscos, os usuários devem verificar cuidadosamente as bibliotecas antes de baixá-las e monitorar o tráfego de rede anômalo.

Hackers norte-coreanos utilizam EtherHiding em esquema sofisticado de roubo de criptomoedas

O Google Threat Intelligence Group (GTIG) revelou que o grupo de hackers norte-coreano UNC5342 está utilizando uma técnica inovadora chamada EtherHiding para realizar roubos em larga escala de criptomoedas. Essa técnica, que foi inicialmente associada a grupos motivados financeiramente, envolve a inserção de códigos maliciosos em contratos inteligentes de blockchains, como BNB Smart Chain e Ethereum, transformando esses registros descentralizados em servidores de comando e controle à prova de desativação.

O mundo online e a evolução das fraudes cibernéticas

O cenário da cibersegurança está em constante transformação, com novas fraudes e ataques surgindo a cada semana. Hackers estão se tornando mais sofisticados, utilizando aplicativos confiáveis e sites legítimos para enganar usuários e roubar informações sem que eles percebam. Um exemplo alarmante é a operação do governo dos EUA que apreendeu US$ 15 bilhões em criptomoedas de uma rede de fraudes que operava na Ásia, onde trabalhadores eram forçados a realizar esquemas de investimento fraudulentos. Além disso, um novo trojan bancário chamado Maverick, que utiliza o WhatsApp para roubar dados de usuários brasileiros, foi identificado, destacando a vulnerabilidade de plataformas populares. Pesquisas também revelaram que é possível interceptar comunicações de satélites militares e comerciais com equipamentos comuns, expondo dados sensíveis. Por fim, protocolos legados do Windows continuam a ser explorados para roubo de credenciais, evidenciando a necessidade de atualização e segurança em sistemas. Este artigo destaca a urgência de uma resposta proativa na defesa contra essas ameaças emergentes.

Mais de 1.400 sites retirados do ar na Operação Hércules da polícia alemã

A ‘Operação Hércules’, realizada pela polícia alemã em colaboração com autoridades da Bulgária e a Europol, resultou na desativação de mais de 1.400 sites fraudulentos que enganavam vítimas com promessas de investimentos em criptomoedas. Os golpistas utilizaram inteligência artificial para criar sites convincentes, simulando retornos financeiros significativos. Após o fechamento das páginas, foram registradas mais de 860.000 tentativas de acesso, evidenciando a popularidade dessas plataformas de investimento falsas. Os usuários eram induzidos a registrar contas e a investir, sendo inicialmente permitidos a retirar pequenas quantias, o que os levava a acreditar na legitimidade dos sites. Quando tentavam retirar valores maiores, eram informados sobre taxas ou impostos, e, em muitos casos, os sites simplesmente saíam do ar. Apesar da magnitude da operação, não houve prisões, o que sugere que os golpistas podem retomar suas atividades rapidamente. Especialistas alertam para a crescente incidência de fraudes relacionadas a criptomoedas, especialmente em um ambiente regulatório fraco, e recomendam cautela ao considerar investimentos em plataformas online.

Cidadã chinesa é condenada por esquema fraudulento de criptomoedas

Uma cidadã chinesa, Zhimin Qian, também conhecida como Yadi Zhang, foi condenada no Reino Unido por sua participação em um esquema fraudulento de criptomoedas que resultou na defraudação de mais de 128 mil vítimas. Durante uma operação policial em sua residência em Londres, as autoridades confiscou £5,5 bilhões (aproximadamente $7,39 bilhões) em criptomoedas, totalizando 61.000 Bitcoins, o que representa a maior apreensão desse tipo no mundo. A investigação, iniciada em 2018, revelou que Zhang enganou principalmente pessoas entre 50 e 75 anos, prometendo lucros garantidos e dividendos diários. Após fugir da China com documentos falsos, ela tentou lavar o dinheiro por meio da compra de propriedades no Reino Unido. Outro envolvido, Jian Wen, também foi condenado e teve que devolver mais de £3,1 milhões. Além disso, a INTERPOL anunciou a Operação Contender 3.0, que resultou na prisão de 260 suspeitos em 14 países africanos, visando combater fraudes online, como golpes românticos e sextorsão, que afetaram 1.463 vítimas e geraram perdas de $2,8 milhões.

Cibercriminosos Usam Infostealer Acreed com C2 pela Plataforma Steam

Pesquisadores identificaram 18 amostras distintas do Acreed, um infostealer avançado que está se tornando popular entre redes de cibercriminosos. A arquitetura do Acreed é notável por seu mecanismo inovador de recuperação de comando e controle (C2), que utiliza tanto a BNB Smartchain Testnet quanto a plataforma de jogos Steam como resolutores de dead drop. Ao embutir instruções criptografadas em transações de blockchain e chamadas legítimas da API do Steam, os atacantes garantem comunicações C2 resilientes que se misturam ao tráfego de rede benigno.

Grupo da Coreia do Norte utiliza malware para atacar desenvolvedores

O grupo de ameaças associado à Coreia do Norte, conhecido como Contagious Interview, foi vinculado a uma nova backdoor chamada AkdoorTea, além de outras ferramentas como TsunamiKit e Tropidoor. A campanha, monitorada pela empresa de cibersegurança ESET sob o nome DeceptiveDevelopment, visa desenvolvedores de software em diversas plataformas, especialmente aqueles envolvidos com criptomoedas e projetos Web3. Os atacantes se fazem passar por recrutadores, oferecendo vagas atraentes em plataformas como LinkedIn e Upwork. Após o contato inicial, os alvos são solicitados a realizar uma avaliação em vídeo ou um exercício de programação que, na verdade, instala malware em seus sistemas. Os malwares identificados incluem BeaverTail, que exfiltra dados sensíveis, e WeaselStore, que atua como um RAT (trojan de acesso remoto). A campanha utiliza técnicas de engenharia social e ferramentas de código aberto, demonstrando um modelo de operação distribuído e criativo. Além disso, há uma conexão com um esquema de fraude de trabalhadores de TI da Coreia do Norte, que visa infiltrar agentes em empresas utilizando identidades roubadas. Essa situação representa um risco significativo para a segurança cibernética, especialmente para empresas que operam no setor de tecnologia e criptomoedas.

Fraude online em criptomoedas resulta em prisão de cinco suspeitos na Europa

Autoridades de segurança na Europa prenderam cinco suspeitos envolvidos em um esquema de fraude online que desviou mais de €100 milhões (cerca de $118 milhões) de mais de 100 vítimas na França, Alemanha, Itália e Espanha. A operação, coordenada pela Eurojust, incluiu buscas em cinco locais na Espanha e Portugal, além de ações em Itália, Romênia e Bulgária, resultando no congelamento de contas bancárias e ativos financeiros relacionados ao crime. O principal acusado foi denunciado por fraudes em larga escala e lavagem de dinheiro, operando uma plataforma de investimento online que prometia altos retornos em criptomoedas. Após os depósitos, os fundos eram transferidos para contas na Lituânia para lavagem. Vítimas que tentaram retirar seus investimentos foram solicitadas a pagar taxas adicionais, após o que o site desapareceu. A investigação envolveu várias agências judiciais e de segurança de diferentes países europeus e destacou a crescente preocupação com fraudes online, especialmente em investimentos. Em um contexto mais amplo, a Comissão Federal de Comércio dos EUA relatou perdas recordes de $12,5 bilhões em fraudes em 2024, com os esquemas de investimento sendo os mais prejudiciais. Além disso, um ataque de engenharia social em uma plataforma de blockchain resultou na recuperação de $13 milhões, demonstrando a importância da detecção precoce e ação rápida contra fraudes.

Jogo no Steam rouba doações para tratamento de câncer de streamer

Um incidente alarmante ocorreu com o streamer letão Raivo Plavnieks, conhecido como RastalandTV, que teve mais de R$ 170 mil roubados de sua carteira de criptomoedas após baixar o jogo Block Blasters, disponível na plataforma Steam. O jogo, que estava ativo entre 30 de julho e 21 de setembro de 2025, foi inicialmente considerado seguro, mas em 30 de agosto, recebeu um dropper que instalou um aplicativo malicioso em computadores de jogadores. O malware coletava informações sensíveis, como dados de login do Steam e endereços IP, enviando-os para os golpistas. A investigação revelou que até 478 contas de usuários do Steam foram comprometidas, com perdas totais estimadas em até US$ 150.000. O caso destaca a vulnerabilidade de jogadores que possuem criptomoedas e a necessidade de cautela ao baixar jogos, especialmente aqueles com avaliações positivas, mas que podem esconder malwares. A Valve, responsável pelo Steam, ainda não se pronunciou sobre o incidente. Usuários afetados são aconselhados a trocar suas senhas e transferir seus ativos digitais para carteiras mais seguras.

Polícia Canadense Fecha TradeOgre Após Roubo de Criptomoedas de 56 Milhões

A Real Polícia Montada do Canadá (RCMP) desmantelou a TradeOgre, uma exchange de criptomoedas, após a maior apreensão de criptomoedas da história do país, totalizando mais de $56 milhões. A operação, anunciada em 18 de setembro de 2025, foi motivada por investigações que começaram em junho de 2024, quando a Europol sinalizou atividades suspeitas na plataforma. A TradeOgre era conhecida por permitir negociações anônimas, sem exigir verificação de identidade, o que a tornava um alvo atrativo para organizações criminosas que buscavam lavar dinheiro. A plataforma não estava registrada no Centro de Análise de Transações Financeiras do Canadá (FINTRAC) e não implementava controles de prevenção à lavagem de dinheiro (AML) ou procedimentos de conhecimento do cliente (KYC), exigidos pela legislação canadense. A análise técnica dos dados de transações em blockchain revelou que a maioria dos ativos digitais movimentados pela TradeOgre tinha origem em atividades criminosas. A operação da RCMP não só resultou na apreensão financeira, mas também na interrupção de uma infraestrutura crítica utilizada por criminosos. A investigação continua, com a possibilidade de novas acusações à medida que os dados da plataforma são analisados.

Variante de Malware BeaverTail Explora Repositórios para Atacar Varejo

Uma nova variante do malware BeaverTail, associada a operadores estatais da Coreia do Norte, está sendo utilizada para atacar o setor de varejo e criptomoedas. Desde maio de 2025, os atacantes têm refinado sua infraestrutura de distribuição de malware, utilizando executáveis compilados e iscas de engenharia social através de uma plataforma de contratação falsa. Essa abordagem visa expandir o número de vítimas potenciais, focando em funções de marketing e vendas, ao invés de apenas desenvolvedores de software.

Extensões falsas do VSCode roubam criptomoedas e senhas de programadores

Um grupo hacker conhecido como WhiteCobra está atacando desenvolvedores por meio de extensões falsas para editores de código como VSCode, Cursor e Windsurf. Essas extensões maliciosas têm como objetivo roubar credenciais de acesso e carteiras de criptomoedas. A descoberta foi feita pelo programador Zak Cole, que teve sua carteira comprometida após instalar uma extensão que parecia legítima, mas que possuía um número de downloads inflacionado artificialmente. Pesquisadores da Koi Security identificaram pelo menos 24 extensões falsas disponíveis em marketplaces oficiais, como o Visual Studio Marketplace e Open VSX. O malware se adapta ao sistema operacional do usuário, utilizando scripts que baixam um software malicioso, como o LummaStealer, em Windows e um binário Mach-O em macOS. O grupo WhiteCobra é descrito como altamente organizado, capaz de lançar ataques em menos de três horas. Para evitar esses golpes, os programadores devem verificar a autenticidade das extensões, desconfiar de nomes que imitam extensões conhecidas e analisar a quantidade de downloads e avaliações positivas em um curto período.

Ataque a pacotes npm com 2 bilhões de downloads semanais abala ecossistema

Um dos maiores ataques a pacotes do npm foi detectado pela Aikido Security, envolvendo 18 pacotes populares, como chalk e debug, que foram comprometidos para roubar carteiras de criptomoedas. O ataque ocorreu após a invasão de um mantenedor confiável, conhecido como qix, que caiu em um golpe de phishing. Esses pacotes, que somam mais de 2 bilhões de downloads semanais, impactaram um grande número de usuários. O malware injetado altera transações de criptomoedas feitas por navegadores, redirecionando fundos para endereços controlados pelos hackers, mesmo que a interface mostre informações corretas. A detecção do ataque foi rápida, ocorrendo em cinco minutos, e a contenção foi realizada em uma hora, minimizando os danos. Especialistas recomendam que desenvolvedores revertam para versões anteriores dos pacotes afetados e monitorem transações de criptomoedas para evitar perdas. Este incidente destaca a vulnerabilidade de ambientes de desenvolvimento e a necessidade de vigilância constante contra ataques de phishing e malware.

Salat Stealer utiliza infraestrutura avançada para roubo de credenciais

Pesquisadores de cibersegurança da CYFIRMA identificaram um infostealer sofisticado, denominado Salat Stealer (ou WEB_RAT), que opera com uma infraestrutura avançada de comando e controle (C2) para extrair dados sensíveis de sistemas Windows. Este malware é especialmente eficaz na exfiltração de credenciais de navegadores, informações de carteiras de criptomoedas e dados de sessão, utilizando diversas técnicas de evasão para evitar a detecção. O arquivo analisado, com 3,14 MB, apresenta um alto valor de entropia, indicando forte ofuscação. Ao ser executado, o Salat Stealer implementa mecanismos de persistência, como entradas no registro e tarefas agendadas com nomes enganosos, para se disfarçar como processos legítimos do sistema.

Pacotes npm comprometidos em ataque à cadeia de suprimentos de software

Um ataque à cadeia de suprimentos de software comprometeu múltiplos pacotes do npm após o roubo da conta de um mantenedor, Josh Junon, em um ataque de phishing. O e-mail fraudulento, que se disfarçou como uma comunicação oficial do npm, induziu Junon a inserir suas credenciais e token de autenticação de dois fatores (2FA) em uma página falsa. Isso permitiu que os atacantes publicassem versões maliciosas de 20 pacotes populares, que juntos somam mais de 2 bilhões de downloads semanais. O malware injetado foi projetado para interceptar solicitações de transações de criptomoedas, substituindo o endereço da carteira de destino por um controlado pelos atacantes. A análise do código malicioso revelou que ele atua como um interceptor baseado em navegador, comprometendo o tráfego de rede e APIs de aplicativos. O incidente destaca a vulnerabilidade dos ecossistemas de pacotes, como o npm, que são alvos frequentes devido à sua popularidade. Especialistas alertam para a necessidade de vigilância constante e fortalecimento das práticas de segurança nas cadeias de suprimentos de software.

Pacote npm malicioso compromete carteiras de criptomoedas no Windows

Pesquisadores em cibersegurança descobriram um pacote npm malicioso chamado nodejs-smtp, que se disfarça como uma biblioteca de e-mail legítima (nodemailer) e tem como alvo aplicativos de desktop para carteiras de criptomoedas, como Atomic e Exodus, em sistemas Windows. Desde sua publicação em abril de 2025, o pacote teve 347 downloads antes de ser removido do registro npm. Ao ser importado, ele utiliza ferramentas do Electron para descompactar o arquivo app.asar da Atomic Wallet, substituindo um pacote legítimo por um payload malicioso e reempacotando o aplicativo, eliminando vestígios da operação. O principal objetivo é redirecionar transações de criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum, para carteiras controladas pelo atacante, atuando como um ‘clipper’ de criptomoedas. Apesar de sua funcionalidade maliciosa, o pacote ainda opera como um mailer, o que reduz a suspeita dos desenvolvedores. Essa descoberta ressalta os riscos associados a importações rotineiras em estações de trabalho de desenvolvedores, que podem modificar silenciosamente aplicativos de desktop e persistir após reinicializações.

Grupo de hackers utiliza ClickFix para implantar backdoor CORNFLAKE.V3

Recentemente, a Mandiant, empresa de cibersegurança pertencente ao Google, revelou que um grupo de ameaças, identificado como UNC5518, está utilizando uma técnica de engenharia social chamada ClickFix para implantar um backdoor versátil conhecido como CORNFLAKE.V3. O ataque começa quando usuários são atraídos para páginas falsas de verificação CAPTCHA, onde são induzidos a executar um script PowerShell malicioso. Este script permite que os atacantes acessem os sistemas das vítimas e implantem cargas adicionais. O CORNFLAKE.V3, que é uma versão atualizada de um backdoor anterior, suporta a execução de diversos tipos de payloads e coleta informações do sistema, transmitindo-as para servidores externos através de túneis do Cloudflare, dificultando a detecção. Além disso, a Mandiant também destacou uma campanha em andamento que utiliza drives USB infectados para implantar mineradores de criptomoedas, demonstrando a eficácia contínua desse vetor de ataque. Para mitigar esses riscos, recomenda-se que as organizações desativem o diálogo de execução do Windows e realizem simulações regulares de engenharia social.

Membro do grupo Scattered Spider é condenado a 10 anos de prisão nos EUA

Noah Michael Urban, um jovem de 20 anos, foi condenado a dez anos de prisão nos Estados Unidos por sua participação em uma série de ataques cibernéticos e roubos de criptomoedas, relacionados ao infame grupo de cibercrime conhecido como Scattered Spider. Urban, que se declarou culpado de fraude eletrônica e roubo de identidade agravado, também foi condenado a pagar US$ 13 milhões em restituição às vítimas. Entre agosto de 2022 e março de 2023, ele e seus cúmplices realizaram ataques de SIM swapping, que permitiram o acesso não autorizado a contas de criptomoedas, resultando em um roubo de pelo menos US$ 800 mil de cinco vítimas diferentes. Além disso, o Departamento de Justiça dos EUA revelou que Urban e outros membros do grupo utilizaram técnicas de engenharia social para invadir redes corporativas e roubar dados proprietários, além de desviar milhões de dólares em criptomoedas. O Scattered Spider, que se uniu a outros grupos de cibercrime, está se tornando uma ameaça crescente, utilizando táticas que exploram vulnerabilidades humanas em vez de apenas técnicas. A condenação de Urban destaca a necessidade de vigilância contínua e medidas de segurança robustas para proteger informações sensíveis em um cenário de cibercrime em evolução.

Trabalhadores de TI da DPRK Expostos - Padrões de E-mail e Estratégias de Recrutamento Revelados

Recentes vazamentos de dados revelaram que grupos patrocinados pelo Estado da Coreia do Norte, como o ‘Jasper Sleet’, estão intensificando suas operações cibernéticas ao se infiltrar em empresas estrangeiras por meio de empregos remotos legítimos, especialmente nas áreas de Web3, blockchain e criptomoedas. A análise de endereços de e-mail vazados mostra padrões críticos que podem ajudar organizações a identificar candidatos fraudulentos antes de conceder acesso aos sistemas corporativos.

Os vazamentos expuseram 1.389 endereços de e-mail, muitos dos quais estavam associados a uma operação anterior, indicando uma infraestrutura operacional bem estabelecida. A maioria dos endereços utiliza o Gmail, com uma significativa presença de serviços de e-mail temporários, sugerindo práticas de segurança operacional sofisticadas. Além disso, a análise de senhas revelou padrões comuns, com algumas senhas únicas que não aparecem em bancos de dados conhecidos.

EUA renovam sanções contra exchange russa Garantex por cibercrime

O Departamento do Tesouro dos EUA renovou sanções contra a plataforma de câmbio de criptomoedas russa Garantex, acusada de facilitar atividades de ransomware e outros crimes cibernéticos, processando mais de US$ 100 milhões em transações ilícitas desde 2019. As sanções também foram estendidas ao sucessor da Garantex, Grinex, e a três de seus executivos. O Tesouro destacou que o uso de ativos digitais para lavagem de dinheiro e ataques de ransomware representa uma ameaça à segurança nacional e prejudica a reputação de provedores legítimos de serviços de ativos virtuais. Garantex já havia sido sancionada em abril de 2022 por facilitar transações de mercados darknet. Após a apreensão do site da Garantex em março de 2025, a plataforma rebranded como Grinex, continuando a processar transações ilícitas. O Tesouro também anunciou recompensas por informações que levem à prisão de executivos da Garantex. Além disso, o Departamento de Justiça dos EUA revelou a apreensão de mais de US$ 2,8 milhões em criptomoedas relacionadas a atividades de ransomware, destacando a importância de ações coordenadas contra redes criminosas.