Criptografia

Signal Implementa Ratchet Híbrido Pós-Quântico para Mitigar Riscos

A Signal, plataforma de mensagens com criptografia de ponta a ponta, anunciou uma inovação criptográfica chamada Sparse Post Quantum Ratchet (SPQR), que visa enfrentar as ameaças emergentes dos computadores quânticos. O SPQR é integrado ao protocolo Double Ratchet existente, formando o Triple Ratchet, que garante proteção contínua contra ataques quânticos sem comprometer a segurança atual. Essa nova abordagem assegura a confidencialidade das mensagens, mesmo que uma chave de sessão seja comprometida, e protege contra ataques do tipo ‘captura agora, decifra depois’, onde adversários capturam tráfego criptografado com a intenção de decifrá-lo no futuro. A implementação do Triple Ratchet é transparente para os usuários, ocorrendo em segundo plano e permitindo a interoperabilidade entre diferentes versões do protocolo. Para mitigar o aumento do uso de dados devido a chaves pós-quânticas maiores, a Signal utiliza técnicas avançadas de otimização de largura de banda. O desenvolvimento do SPQR foi fundamentado em rigorosas garantias de segurança, com a colaboração de instituições acadêmicas e a utilização de ferramentas de verificação formal. Essa iniciativa reafirma o compromisso da Signal em se antecipar aos desafios criptográficos futuros, posicionando-se como líder em plataformas de comunicação seguras.

Criptografia para iniciantes o que é e por que é importante?

A criptografia é uma técnica fundamental para garantir a segurança e a privacidade das informações na era digital. Em termos simples, trata-se da ciência de codificar e decodificar dados, assegurando que apenas pessoas autorizadas possam acessá-los. O artigo explora os três componentes básicos da criptografia: texto simples, texto cifrado e chave. Além disso, apresenta a evolução histórica da criptografia, desde métodos simples utilizados na Antiguidade até técnicas complexas como a máquina Enigma da Segunda Guerra Mundial.

BlackNevas A Ameaça Cibernética que Criptografa Dados e Rouba Segredos

O grupo de ransomware BlackNevas, surgido no final de 2024, rapidamente se tornou uma ameaça significativa para empresas e infraestruturas críticas em todo o mundo. Diferente de muitos grupos que operam sob o modelo Ransomware-as-a-Service (RaaS), o BlackNevas realiza campanhas direcionadas com precisão devastadora. Com operações concentradas na região Ásia-Pacífico, especialmente no Japão, Coreia e Tailândia, o grupo também tem atacado países europeus como Reino Unido, Itália e Lituânia, além de regiões nos Estados Unidos, como Connecticut.

Um grande retrocesso para a privacidade a indústria de VPN se manifesta contra o Chat Control

A indústria de VPNs expressou forte oposição ao projeto de lei dinamarquês conhecido como Chat Control, que visa obrigar serviços de mensagens a escanear chats de usuários em busca de material de abuso sexual infantil (CSAM). A VPN Trust Initiative (VTI), um consórcio de provedores de VPN, alertou que a proposta pode comprometer os padrões de criptografia, essenciais para a privacidade digital. O projeto exige que mensagens sejam escaneadas antes de serem criptografadas, o que, segundo especialistas, cria vulnerabilidades de segurança. Críticos, como Emilija Beržanskaitė da VTI, afirmam que a criptografia deve proteger todos ou ninguém. A proposta, que já enfrenta resistência de vários países da UE, pode ser aprovada em breve, com um prazo até 14 de outubro. Mais de 500 cientistas em criptografia assinaram uma carta alertando sobre os riscos da proposta. Apesar do apoio de 15 países, a oposição está crescendo, com oito nações já se manifestando contra. A VTI defende que a solução para a segurança infantil deve ser baseada em investigações direcionadas e não em escaneamento indiscriminado que compromete a privacidade de todos.

Controle de Chats Alemanha se opõe à varredura obrigatória de conversas privadas

A Alemanha e Luxemburgo se juntaram a um crescente grupo de países que se opõem ao projeto de lei controverso que propõe a varredura obrigatória de mensagens privadas em busca de material de abuso sexual infantil (CSAM). O projeto, conhecido como ‘Chat Control’, exige que serviços de mensagens na Europa escaneiem chats, mesmo que criptografados, para identificar conteúdos conhecidos e desconhecidos relacionados a CSAM. O escaneamento deve ocorrer diretamente nos dispositivos antes da criptografia das mensagens, o que levanta preocupações sobre a privacidade e segurança das comunicações dos cidadãos. O governo alemão, que anteriormente apoiava a criptografia, agora expressa resistência a quebrar essa proteção, destacando que a introdução de ‘backdoors’ para facilitar a vigilância pode resultar em vulnerabilidades de segurança. O debate sobre a proposta está se intensificando, com 15 países da UE apoiando a medida, enquanto oito, incluindo Alemanha e Luxemburgo, se opõem. A decisão da Alemanha pode influenciar significativamente o resultado das votações futuras sobre o projeto.

Organizações Sob Ataque - Como o Ransomware NightSpire Explora Vulnerabilidades

O ransomware NightSpire, detectado pela primeira vez em fevereiro de 2025, rapidamente se tornou uma das principais ameaças cibernéticas para corporações globais. Utilizando um modelo de Ransomware-as-a-Service (RaaS), o grupo aperfeiçoou sua estratégia de dupla extorsão e métodos avançados de criptografia, afetando setores variados, como varejo, manufatura e serviços financeiros. NightSpire escolhe suas vítimas com base na exploração sistemática de vulnerabilidades em redes mal protegidas, frequentemente devido à falta de atualizações de segurança e falhas na gestão de credenciais. Após a infiltração, o ransomware criptografa arquivos e diretórios, interrompendo operações comerciais essenciais. As vítimas recebem notas de resgate e são pressionadas por meio de um site de vazamento dedicado, que também serve como plataforma de negociação. A técnica de criptografia do NightSpire é notável, utilizando chaves simétricas AES e RSA, o que dificulta a recuperação dos dados. A combinação de expertise técnica e guerra psicológica coloca o NightSpire na vanguarda da evolução do ransomware, exigindo que as empresas adotem defesas e planos de resposta a incidentes urgentes e sistemáticos.

Ransomware PromptLock usa IA para gerar scripts maliciosos em tempo real

A empresa de cibersegurança ESET revelou a descoberta de um novo ransomware chamado PromptLock, que utiliza inteligência artificial para gerar scripts maliciosos em tempo real. Escrito em Golang, o PromptLock emprega o modelo gpt-oss:20b da OpenAI através da API Ollama para criar scripts em Lua que podem enumerar sistemas de arquivos, inspecionar arquivos-alvo, exfiltrar dados e criptografar informações. Este ransomware é compatível com Windows, Linux e macOS, e é capaz de gerar notas personalizadas para as vítimas, dependendo dos arquivos afetados. Embora ainda não se saiba quem está por trás do malware, a ESET identificou que artefatos do PromptLock foram enviados ao VirusTotal a partir dos Estados Unidos em 25 de agosto de 2025. A natureza do ransomware, que é considerada uma prova de conceito, utiliza o algoritmo de criptografia SPECK de 128 bits. A ESET alerta que a variabilidade dos indicadores de comprometimento (IoCs) torna a detecção mais desafiadora, complicando as tarefas de defesa. O surgimento do PromptLock destaca como a IA pode facilitar a criação de campanhas de malware, mesmo para criminosos com pouca experiência técnica.

Governo do Reino Unido desiste de exigir backdoor da Apple

O governo do Reino Unido abandonou suas tentativas de forçar a Apple a enfraquecer suas proteções de criptografia, que incluiriam a implementação de um backdoor para acesso a dados criptografados de cidadãos americanos. A decisão foi anunciada pela Diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, que destacou a importância da proteção das liberdades civis dos americanos. A Apple havia desativado sua funcionalidade de Proteção Avançada de Dados (ADP) para iCloud no Reino Unido em fevereiro de 2025, em resposta a exigências governamentais por acesso a dados criptografados. A empresa reiterou que nunca construiu um backdoor para seus produtos e serviços. A ordem secreta que exigia a implementação do backdoor foi emitida pelo Ministério do Interior do Reino Unido sob a Lei de Poderes de Investigação, visando acesso irrestrito a dados criptografados, incluindo backups. Críticos alertaram que tal acesso poderia ser explorado por cibercriminosos e governos autoritários. Enquanto isso, o Google e a Meta afirmaram não terem recebido solicitações semelhantes do governo britânico. A situação destaca a tensão entre segurança digital e privacidade, especialmente em um contexto de crescente preocupação com violações de dados e privacidade do consumidor.