Cibersegurança

Google Lança Atualização Emergencial do Chrome para Corrigir Vulnerabilidades RCE

No dia 5 de novembro de 2025, o Google lançou a versão 142 do Chrome, que corrige cinco vulnerabilidades críticas, sendo três delas de alta severidade. A atualização é especialmente importante devido à vulnerabilidade CVE-2025-12725, que envolve um erro de escrita fora dos limites na WebGPU, o componente de processamento gráfico do Chrome. Essa falha pode permitir que atacantes executem código malicioso diretamente nos sistemas dos usuários. Além disso, duas outras vulnerabilidades de alta severidade afetam o motor de processamento do Chrome: CVE-2025-12727, que atinge o motor JavaScript V8, e CVE-2025-12726, que impacta o componente Views, responsável pela interface do usuário do navegador. Ambas as falhas podem levar à corrupção de memória e execução não autorizada de código. O Google também corrigiu duas vulnerabilidades de severidade média relacionadas à barra de endereços do Chrome, a Omnibox. Os usuários são aconselhados a atualizar o navegador o mais rápido possível, e o Google recomenda a ativação de atualizações automáticas para garantir que os patches de segurança sejam aplicados prontamente.

Google alerta usuários sobre novo malware PROMPTFLUX com IA

O Google Threat Intelligence Group (GTIG) identificou um novo malware chamado PROMPTFLUX, que utiliza a API Gemini para modificar seu próprio código durante a execução. Este dropper é notável por empregar uma técnica chamada ‘just-in-time AI’, que permite que o malware altere dinamicamente sua estrutura e conteúdo, dificultando a detecção por métodos tradicionais. O PROMPTFLUX se comunica com a API Gemini para obter novas variantes de código VBScript, focadas em evadir antivírus. Um módulo denominado ‘Thinking Robot’ automatiza o processo, salvando arquivos regenerados na pasta de inicialização do Windows para garantir persistência. A análise do GTIG revelou que o malware ainda está em fase de desenvolvimento e não foi amplamente implantado. No entanto, a utilização de modelos de linguagem para metamorfose em tempo de execução indica uma evolução significativa em ecossistemas de malware autônomos. Além disso, o relatório correlaciona atividades semelhantes com outros malwares habilitados por IA, como PROMPTSTEAL e PROMPTLOCK, associados a atores estatais de países como Coreia do Norte, Irã e China. O Google reforçou suas medidas de segurança para mitigar esses riscos, destacando a importância do desenvolvimento responsável de IA.

Hyundai AutoEver Confirma Vazamento de Dados de Usuários

A Hyundai AutoEver America, LLC confirmou um vazamento de dados que expôs informações sensíveis de clientes, incluindo nomes, números de Seguro Social e dados de carteiras de motorista. O ataque cibernético ocorreu entre 22 de fevereiro e 2 de março de 2025, quando os invasores mantiveram acesso não autorizado ao ambiente de TI da empresa por aproximadamente nove dias. A empresa detectou a intrusão em 1º de março e imediatamente iniciou uma investigação, com apoio de especialistas em cibersegurança e autoridades. Os clientes afetados foram notificados com cartas personalizadas, detalhando os dados comprometidos. Para mitigar os riscos, a Hyundai AutoEver ofereceu serviços gratuitos de monitoramento de crédito e proteção contra roubo de identidade por dois anos. Especialistas recomendam que os clientes permaneçam vigilantes, revisando extratos financeiros e relatando qualquer atividade suspeita. O incidente destaca a importância de medidas de segurança robustas e a necessidade de monitoramento contínuo das informações pessoais expostas.

Múltiplas vulnerabilidades do Django expõem aplicações web a ataques

Em 5 de novembro de 2025, a equipe de segurança do Django lançou patches críticos para corrigir duas vulnerabilidades significativas que afetam várias versões do popular framework web em Python. As falhas, identificadas como CVE-2025-64458 e CVE-2025-64459, podem permitir que atacantes realizem ataques de negação de serviço (DoS) e injeções de SQL através de entradas maliciosas. A vulnerabilidade mais grave, CVE-2025-64459, afeta a funcionalidade de consulta central do Django, permitindo que atacantes explorem métodos como QuerySet.filter(), QuerySet.exclude() e QuerySet.get() utilizando um argumento _connector malicioso. Isso ocorre devido à validação insuficiente de entradas, criando uma brecha para injeções de SQL. A segunda vulnerabilidade, CVE-2025-64458, afeta especificamente implantações em Windows, explorando problemas de desempenho no processo de normalização Unicode do Python, o que pode levar a um vetor de DoS ao enviar solicitações com muitos caracteres Unicode. A equipe de segurança recomenda que todos os usuários do Django atualizem imediatamente para as versões corrigidas: 5.2.8, 5.1.14 ou 4.2.26, disponíveis no site oficial do Django.

SonicWall aponta ataque patrocinado por Estado em violação de segurança

A SonicWall confirmou que um grupo de ameaças patrocinadas por um Estado foi responsável pela violação de segurança ocorrida em setembro, que resultou na exposição não autorizada de arquivos de backup de configuração de firewall. A empresa esclareceu que a atividade maliciosa foi restrita ao acesso não autorizado a arquivos de backup na nuvem, utilizando uma chamada de API, e que o incidente não está relacionado aos ataques de ransomware Akira que afetam firewalls e outros dispositivos de borda. A SonicWall contratou a Mandiant, empresa pertencente ao Google, para investigar a violação, que afetou menos de 5% de seus clientes que utilizam o serviço de backup na nuvem. A empresa assegurou que seus produtos, firmware e outros sistemas não foram comprometidos e que várias ações corretivas recomendadas pela Mandiant foram implementadas para fortalecer sua infraestrutura de segurança. Os clientes da SonicWall são aconselhados a acessar o MySonicWall.com para verificar seus dispositivos e redefinir as credenciais dos serviços afetados, se necessário. Além disso, a empresa disponibilizou ferramentas online para análise e redefinição de credenciais, visando aumentar a segurança dos serviços.

Apps falsos no Android gravam suas conversas sem consentimento

Pesquisadores da ESET identificaram 12 aplicativos maliciosos para Android que gravam conversas e chamadas dos usuários sem o seu conhecimento. Esses aplicativos, disfarçados de plataformas de mensagens, são utilizados por cibercriminosos para instalar um spyware chamado VajraSpy nos dispositivos. O ataque começa com uma abordagem que cria uma falsa sensação de confiança, levando a vítima a instalar o aplicativo malicioso. Uma vez instalado, o VajraSpy tem acesso a informações confidenciais, como contatos, mensagens e localização, além de poder gravar áudios e chamadas. Embora alguns desses aplicativos tenham sido removidos da Google Play Store, outros ainda estão disponíveis, exigindo que os usuários tenham cautela ao baixar novos aplicativos. Para se proteger, recomenda-se não clicar em links suspeitos, verificar a reputação dos aplicativos e estar atento a sinais de infecção, como solicitações inesperadas de acesso ao microfone e consumo excessivo de bateria. A instalação de um antivírus também é uma medida recomendada para detectar atividades suspeitas em tempo real.

Golpe com Microsoft Teams falso é detectado no buscador Bing

Pesquisadores de segurança digital da Expel identificaram uma nova campanha de ransomware que utiliza anúncios falsos do Microsoft Teams para enganar usuários. A quadrilha Rhysida, conhecida por seus ataques desde junho de 2025, cria páginas que imitam o site oficial de download do Teams. Quando a vítima clica no anúncio, é redirecionada para uma página falsa, onde, ao tentar baixar o software, seu dispositivo é infectado por dois malwares: OysterLoader e Latrodectus. Esses malwares permitem que os cibercriminosos acessem remotamente o aparelho da vítima, criptografando seus dados e abrindo portas para outros golpes digitais. A Rhysida já foi responsável por ataques significativos, como o que resultou no roubo de quase 600 GB de dados da Biblioteca Britânica em 2023. A campanha atual destaca a importância de cautela ao clicar em anúncios, mesmo em plataformas confiáveis como o Bing, e reforça a necessidade de medidas de segurança robustas para proteger dados sensíveis.

Novo vírus Android rouba criptomoedas sem deixar rastros

Um novo malware para Android, identificado como ‘Android/BankBot-YNRK’, está causando preocupação entre usuários de criptomoedas na Indonésia e em outros países do sudeste asiático. Este trojan bancário se disfarça de aplicativos populares, como WhatsApp e TikTok, e é capaz de drenar carteiras de criptomoedas sem que as vítimas percebam. O malware utiliza recursos de acessibilidade do Android para obter controle total do dispositivo, permitindo que os cibercriminosos acessem dados bancários, senhas e chaves de criptomoedas. Uma das características mais alarmantes do vírus é sua capacidade de desativar notificações e alertas, tornando difícil para o usuário perceber transações suspeitas em andamento. Além disso, o malware pode capturar imagens em tempo real, facilitando o roubo de credenciais de acesso. A Cyfirma, empresa de cibersegurança que identificou a ameaça, alerta que o vírus se espalha principalmente por meio de downloads de APKs de fontes não oficiais, enganando os usuários com simulações de verificações de dados pessoais. A situação é crítica, especialmente para dispositivos com Android 13 e versões anteriores, que oferecem permissões que facilitam a ação do malware.

Estudo do MIT sobre ransomware e IA é retirado após críticas

Um estudo da MIT Sloan School of Management, que afirmava que 80,83% dos ataques de ransomware eram realizados por criminosos utilizando inteligência artificial (IA), foi retirado após críticas severas de especialistas em cibersegurança. O estudo, co-autorado por pesquisadores do MIT e executivos da Safe Security, foi amplamente desacreditado por figuras proeminentes da área, como Kevin Beaumont e Marcus Hutchins, que consideraram as alegações como ‘ridículas’ e ‘sem provas’. Beaumont destacou que o estudo mencionava grupos de ransomware que não utilizam IA e até citou o Emotet, que não está ativo há anos. Após a repercussão negativa, o MIT anunciou que o documento estava sendo revisado. O autor Michael Siegel afirmou que o objetivo do estudo era alertar sobre o aumento do uso de IA em ataques cibernéticos e a necessidade de medições adequadas. A controvérsia ressalta a tensão crescente na pesquisa em cibersegurança, onde o entusiasmo por IA pode ofuscar a análise factual. Embora a IA tenha potencial tanto para ataques quanto para defesas, exagerar seu uso malicioso pode distorcer prioridades, especialmente quando proveniente de instituições respeitáveis como o MIT.

Previsão de Cibersegurança 2026 Google prevê aumento de ataques impulsionados por IA

O relatório ‘Cybersecurity Forecast 2026’ do Google Cloud destaca uma mudança significativa no cenário de cibersegurança, com a adoção crescente de inteligência artificial (IA) tanto por atacantes quanto por defensores. O documento, que se baseia em análises de especialistas em segurança do Google, prevê que o próximo ano será marcado por uma evolução tecnológica rápida e técnicas de ataque cada vez mais sofisticadas. Um dos principais achados é a normalização do uso de IA por cibercriminosos, que estão integrando essa tecnologia em todos os ciclos de ataque, permitindo campanhas mais rápidas e ágeis. A vulnerabilidade de injeção de prompt, onde atacantes manipulam sistemas de IA para executar comandos ocultos, é uma preocupação crescente. Além disso, a engenharia social habilitada por IA, como campanhas de vishing com clonagem de voz, está se tornando mais comum, dificultando a detecção de ataques de phishing. O relatório também menciona que o ransomware e a extorsão continuarão a ser as categorias mais disruptivas e financeiramente prejudiciais, com foco em provedores terceirizados e vulnerabilidades críticas. A previsão sugere que as equipes de segurança devem se adaptar rapidamente, utilizando metodologias de IA para fortalecer suas defesas e preparar-se para um aumento nas atividades de engenharia social e operações de estados-nação.

Grupo de ransomware Interlock ataca Departamento de Polícia de Shelbyville

O grupo de ransomware Interlock reivindicou um ataque cibernético ao Departamento de Polícia de Shelbyville, no Kentucky, ocorrido em outubro de 2025. O chefe da polícia, Bruce Gentry, confirmou que a rede de computadores da instituição foi comprometida, resultando na interrupção de suas operações. Interlock alegou ter roubado 208 GB de dados, incluindo gravações de câmeras de segurança, e publicou amostras para corroborar sua afirmação. Até o momento, o departamento não confirmou a veracidade das alegações nem se pagará o resgate exigido. Interlock, que começou a operar em outubro de 2024, já reivindicou 72 ataques, sendo 35 confirmados por organizações-alvo. O grupo também é responsável por outras violações de dados em entidades governamentais. Os ataques de ransomware a entidades governamentais nos EUA têm se tornado cada vez mais frequentes, com 68 incidentes confirmados em 2025, causando interrupções significativas em serviços essenciais. O caso do Departamento de Polícia de Shelbyville destaca a vulnerabilidade das instituições públicas e a necessidade urgente de medidas de segurança cibernética eficazes.

Google descobre malware PROMPTFLUX que usa IA para evasão

O Google revelou a descoberta de um novo malware chamado PROMPTFLUX, que utiliza um script em Visual Basic (VBScript) para interagir com a API do modelo de inteligência artificial Gemini. Este malware é capaz de gerar seu próprio código-fonte, permitindo técnicas de ofuscação e evasão em tempo real, o que dificulta a detecção por sistemas de segurança baseados em assinaturas estáticas. A funcionalidade inovadora do PROMPTFLUX é parte de um componente denominado ‘Thinking Robot’, que consulta periodicamente o modelo de linguagem Gemini para obter novas técnicas de evasão. Embora atualmente o malware não tenha capacidade de comprometer redes ou dispositivos, sua evolução e a possibilidade de auto-modificação indicam um potencial de ameaça crescente. O Google também observou que atores maliciosos estão utilizando IA não apenas para aumentar a produtividade, mas para desenvolver ferramentas que se adaptam durante a execução. Além disso, o uso de IA por grupos patrocinados por estados, como os da China e Irã, para criar conteúdo enganoso e desenvolver infraestrutura técnica para exfiltração de dados, destaca a crescente sofisticação das ameaças cibernéticas. A expectativa é que o uso de IA por atores maliciosos se torne a norma, aumentando a velocidade e a eficácia de suas operações.

Ransomware evolui para sequestro e ameaças físicas

O Relatório de Ameaças Europeu de 2025, da Crowdstrike, revela um aumento alarmante de 13% nos ataques de ransomware na Europa, com o Reino Unido sendo o país mais afetado. Entre setembro de 2024 e agosto de 2025, 1.380 vítimas enfrentaram vazamentos de dados, com 92% delas sofrendo encriptação e roubo de informações. Os setores mais atingidos incluem manufatura, serviços profissionais e tecnologia. Os grupos de ransomware mais ativos foram Akira, LockBit e RansomHub, focando em grandes empresas, uma prática conhecida como ‘big game hunting’. Além disso, o relatório destaca um aumento no uso de ‘violência como serviço’ (VaaS), que envolve ameaças físicas e sequestros, com 17 incidentes relacionados a criptomoedas, sendo a maioria na França. O caso do co-fundador da Ledger, sequestrado em janeiro de 2025, exemplifica essa nova tática. O aumento de ataques de vishing e ClickFix também foi notado, evidenciando a evolução das técnicas de engenharia social utilizadas pelos hackers.

IA de segurança do Google, Big Sleep, descobre vulnerabilidades no Safari

A ferramenta de cibersegurança da Google, Big Sleep, identificou cinco vulnerabilidades no Webkit do navegador Safari, da Apple. Essas falhas, se exploradas, poderiam causar colapsos no navegador ou corrupção de memória. As vulnerabilidades foram corrigidas pela Apple em atualizações recentes, que incluem melhorias na checagem de limites e no manejo de estado e memória. As falhas identificadas são: CVE-2025-43429, um buffer overflow; CVE-2025-43430, uma vulnerabilidade não especificada; CVE-2025-43431 e CVE-2025-43433, que causavam corrupção de memória; e CVE-2025-43434, uma vulnerabilidade use-after-free. A Apple lançou patches para iOS, iPadOS, macOS, tvOS, watchOS e visionOS, exceto para dispositivos mais antigos. Embora não haja relatos de exploração ativa dessas vulnerabilidades, é crucial que os usuários atualizem seus dispositivos para evitar possíveis ataques. A Big Sleep, desenvolvida pela Google, é uma ferramenta de IA que automatiza a descoberta de vulnerabilidades e já havia identificado falhas em outras plataformas, como o SQLite.

Microsoft alerta sobre recuperação do BitLocker em sistemas Windows

A Microsoft identificou um problema que pode afetar usuários de sistemas operacionais Windows após a atualização de segurança de outubro de 2025. Dispositivos com processadores Intel que suportam a tecnologia Connected Standby podem apresentar telas de recuperação do BitLocker inesperadamente durante reinicializações, exigindo que os usuários insiram manualmente a chave de recuperação para restaurar a funcionalidade normal. O problema afeta as versões do Windows 11 (24H2 e 25H2) e do Windows 10 (22H2). A situação ocorre após a instalação de atualizações lançadas em ou após 14 de outubro de 2025. A Microsoft está investigando a causa raiz e já ativou um recurso de reversão de problemas conhecido (KIR) para mitigar o impacto. Embora a interrupção seja temporária e a funcionalidade de criptografia permaneça intacta, a empresa recomenda que os usuários mantenham suas chaves de recuperação acessíveis e monitorem o painel de saúde do Windows para atualizações sobre a resolução do problema. Servidores Windows não são afetados, limitando o impacto principalmente a estações de trabalho de consumidores e empresas.

Falha no Driver Mini Filter do Windows Cloud Files é Explorável para Escalação de Privilégios

Uma vulnerabilidade crítica de escalonamento de privilégios foi identificada no Windows Cloud Files Mini Filter Driver, classificada como CVE-2025-55680. Essa falha explora uma vulnerabilidade do tipo time-of-check to time-of-use (TOCTOU), permitindo que atacantes locais contornem restrições de gravação de arquivos e obtenham acesso não autorizado a nível de sistema. A origem da vulnerabilidade remonta a uma divulgação do Project Zero em 2020, que visava prevenir ataques de links simbólicos. No entanto, a validação de strings de caminho ocorre no espaço do usuário antes do processamento em modo kernel, criando uma janela crítica para exploração. Um atacante pode modificar a memória entre a verificação de segurança e a operação real do arquivo, contornando todas as proteções. O processo de exploração envolve a função HsmFltProcessHSMControl da API do Cloud Files, que, ao chamar HsmFltProcessCreatePlaceholders, pode criar arquivos em diretórios protegidos com privilégios de modo kernel. A Microsoft já disponibilizou patches para corrigir essa vulnerabilidade, e as organizações devem priorizar sua aplicação, uma vez que o ataque requer apenas acesso local ao sistema e não necessita de interação do usuário.

APT-C-60 Ataca Candidatos a Emprego com VHDX Malicioso no Google Drive

O grupo de ameaças APT-C-60 intensificou suas atividades entre junho e agosto de 2025, visando organizações japonesas com e-mails de spear-phishing sofisticados. Nesta nova campanha, os atacantes se disfarçaram como candidatos a emprego, enviando mensagens diretamente aos recrutadores. Ao contrário de campanhas anteriores, onde os arquivos maliciosos eram baixados via Google Drive, nesta fase, os arquivos VHDX foram anexados diretamente aos e-mails. Dentro do contêiner VHDX, os alvos encontravam arquivos de atalho (LNK) e currículos falsos. Ao serem clicados, os arquivos LNK executavam um binário legítimo, gcmd.exe, que rodava um script malicioso chamado glog.txt, criando e executando cargas adicionais enquanto exibia um currículo falso para enganar as vítimas.

Malware NGate permite saques em caixas eletrônicos com cartões roubados

Um novo malware para Android, denominado NGate, foi descoberto pela CERT Polska, utilizando uma técnica sofisticada de relé NFC para atacar usuários de bancos na Polônia. O ataque permite que criminosos realizem saques em caixas eletrônicos usando os próprios cartões de pagamento das vítimas, sem a necessidade de roubo físico. O processo começa com mensagens de phishing que se disfarçam de alertas bancários, levando as vítimas a instalar um aplicativo malicioso que simula ferramentas legítimas de banco móvel. Após a instalação, os usuários são induzidos a confirmar seus cartões através de NFC, o que resulta na captura de dados sensíveis, como o número do cartão e o PIN, que são enviados em tempo real para os atacantes. A análise técnica revelou que o aplicativo malicioso opera como um serviço de emulação de cartão, interceptando a comunicação NFC e transmitindo os dados para um servidor controlado pelos criminosos. A CERT Polska recomenda que os usuários baixem apenas aplicativos bancários verificados e entrem em contato diretamente com seus bancos ao receber solicitações suspeitas. Este incidente destaca a necessidade de vigilância constante e educação sobre segurança cibernética entre os usuários de serviços financeiros.

Como evitar o burnout em equipes de cibersegurança

O burnout nas equipes de Segurança da Informação (SOC) é um problema crescente, causado principalmente pela sobrecarga de alertas e pela falta de ferramentas adequadas. O artigo apresenta três passos práticos para mitigar esse desgaste e melhorar a eficiência das equipes. O primeiro passo é reduzir a sobrecarga de alertas, utilizando análises em tempo real que oferecem contexto completo sobre as ameaças, permitindo que os analistas priorizem e ajam com confiança. O segundo passo envolve a automação de tarefas repetitivas, liberando os analistas para se concentrarem em investigações mais complexas. A combinação de automação com análise interativa pode aumentar significativamente a eficiência das operações. Por fim, a integração de inteligência de ameaças em tempo real ajuda a minimizar o trabalho manual, permitindo que os analistas acessem dados atualizados sem precisar alternar entre várias ferramentas. Essas melhorias não apenas ajudam a prevenir o burnout, mas também tornam as equipes mais ágeis e focadas em suas atividades principais.

EUA impõem sanções a indivíduos e entidades da Coreia do Norte por cibercrime

O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou sanções contra oito indivíduos e duas entidades ligadas à Coreia do Norte, acusados de lavagem de dinheiro para financiar atividades ilícitas, incluindo cibercrime e fraudes trabalhistas. Segundo John K. Hurley, Subsecretário do Tesouro, hackers patrocinados pelo Estado norte-coreano têm roubado e lavado dinheiro para sustentar o programa de armas nucleares do regime, representando uma ameaça direta à segurança global. Entre os sancionados estão Jang Kuk Chol e Ho Jong Son, que gerenciavam fundos de um banco sancionado anteriormente, e a Korea Mangyongdae Computer Technology Company, que utilizava trabalhadores de TI para ocultar a origem de seus rendimentos. O artigo destaca que, nos últimos três anos, cibercriminosos ligados à Coreia do Norte roubaram mais de US$ 3 bilhões, principalmente em ativos digitais, utilizando malware sofisticado e engenharia social. A atividade criminosa inclui a contratação de programadores estrangeiros para estabelecer parcerias comerciais, com parte da receita sendo enviada de volta à Coreia do Norte. As sanções visam cortar as fontes de receita ilícitas do regime, que utiliza tanto canais tradicionais quanto digitais, como criptomoedas, para financiar suas operações.

Grupo de ciberespionagem iraniano ataca acadêmicos e especialistas

Um novo grupo de ciberespionagem, codinome UNK_SmudgedSerpent, foi identificado como responsável por uma série de ataques cibernéticos direcionados a acadêmicos e especialistas em política externa entre junho e agosto de 2025, em meio a tensões geopolíticas entre Irã e Israel. Segundo a Proofpoint, os ataques utilizam iscas políticas, como mudanças sociais no Irã e investigações sobre a militarização do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC). As táticas empregadas são semelhantes às de grupos de espionagem cibernética iranianos anteriores, como TA455 e TA453, com e-mails que se assemelham a ataques clássicos de phishing. Os atacantes se envolvem em conversas benignas antes de tentarem roubar credenciais, utilizando URLs maliciosas que disfarçam instaladores de software legítimos, como o PDQ Connect. A operação sugere uma evolução na cooperação entre entidades de inteligência iranianas e unidades cibernéticas, focando na coleta de informações sobre análises de políticas ocidentais e pesquisas acadêmicas. O ataque destaca a necessidade de vigilância contínua e medidas de segurança robustas para proteger informações sensíveis.

Desmistificando a Segurança do Android com Samsung Knox

O artigo aborda a segurança dos dispositivos Android, especialmente os da linha Samsung Galaxy, desmistificando a ideia de que o sistema é inerentemente inseguro. Com o aumento do trabalho remoto, a segurança dos dados corporativos se torna uma preocupação central para administradores de TI. A plataforma Samsung Knox é apresentada como uma solução robusta que combina proteções de hardware e software, permitindo um controle mais profundo sobre os dispositivos e dados da empresa. Entre as funcionalidades destacadas, estão a proteção proativa contra malware, com o Google Play Protect e o Samsung Message Guard, que previnem ataques de zero-click. Além disso, a plataforma oferece ferramentas para gerenciar atualizações de forma eficiente, permitindo que administradores controlem o timing e a versão dos updates, minimizando interrupções. O artigo também enfatiza que a maioria das violações de segurança está relacionada a falhas humanas, e não apenas a vulnerabilidades de plataforma. Portanto, a implementação de políticas de segurança e a utilização de soluções como o Samsung Knox são essenciais para garantir a proteção dos dados corporativos.

Vulnerabilidades no ChatGPT podem expor dados pessoais de usuários

Pesquisadores de cibersegurança revelaram um conjunto de sete vulnerabilidades que afetam os modelos GPT-4o e GPT-5 da OpenAI, incluindo técnicas de injeção de prompt que podem ser exploradas por atacantes para roubar informações pessoais dos usuários. As falhas permitem que um invasor manipule o comportamento esperado do modelo de linguagem, levando-o a executar ações maliciosas sem o conhecimento do usuário. Entre as vulnerabilidades estão a injeção de prompt indireta via sites confiáveis, a injeção de prompt sem clique e a injeção de memória, que podem comprometer a privacidade dos dados armazenados nas interações do ChatGPT. A OpenAI já tomou medidas para corrigir algumas dessas falhas, mas a pesquisa destaca a necessidade de mecanismos de segurança mais robustos. Além disso, o estudo alerta para a crescente complexidade das ameaças, como ataques de injeção de prompt que podem ser realizados com um número reduzido de documentos maliciosos, tornando esses ataques mais acessíveis para potenciais invasores. A situação exige atenção redobrada de empresas e profissionais de segurança da informação, especialmente em um cenário onde a proteção de dados pessoais é cada vez mais crítica.

FIN7 utiliza backdoor SSH no Windows para acesso remoto furtivo

O grupo de ameaças FIN7, também conhecido como Savage Ladybug, continua a utilizar um backdoor baseado em SSH específico para Windows, que foi identificado pela primeira vez em 2022. Recentemente, a Prodaft revelou que a campanha mais recente do grupo faz uso de um conjunto de ferramentas OpenSSH personalizadas e um script de instalação chamado install.bat, que estabelece canais de acesso remoto criptografados e facilita a exfiltração de dados.

O malware transforma sistemas Windows em clientes SSH, permitindo a criação de túneis reversos para servidores controlados pelos atacantes, contornando restrições de firewall. Após a ativação, o malware possibilita sessões SFTP seguras para transferências de dados discretas e controle contínuo pelos operadores. A aparência modular e legítima dos componentes OpenSSH torna a detecção difícil, pois imita utilitários administrativos inofensivos.

Ataque Crítico de DLL Sideloading Usa OneDrive.exe para Executar Código Malicioso

Pesquisadores de segurança revelaram uma técnica de ataque sofisticada que utiliza o Microsoft OneDrive para executar código malicioso, contornando defesas de segurança tradicionais. O método, conhecido como DLL sideloading, explora a ordem previsível de busca de bibliotecas dinâmicas do Windows. Quando o OneDrive.exe é iniciado, o sistema operacional procura arquivos necessários, como version.dll, em várias localizações, começando pelo diretório do aplicativo. Os atacantes aproveitam esse comportamento ao inserir uma versão maliciosa do arquivo version.dll no diretório do OneDrive, fazendo com que o aplicativo carregue código controlado pelo invasor em vez das bibliotecas legítimas da Microsoft.

Profissionais de segurança são acusados por ataques com ransomware ALPHV

Dois ex-profissionais de segurança cibernética, Ryan Clifford Goldberg e Kevin Tyler Martin, foram acusados de liderar uma operação de ransomware sofisticada que visava empresas americanas. Entre maio de 2023 e abril de 2025, eles supostamente utilizaram a variante ALPHV BlackCat para atacar pelo menos cinco grandes corporações em setores como dispositivos médicos e farmacêuticos. As acusações incluem conspiração para extorsão e danos intencionais a computadores protegidos. Os criminosos operavam por meio de um painel na dark web, onde as vítimas podiam negociar pagamentos em criptomoedas. O caso destaca a crescente capacidade das autoridades de rastrear cibercriminosos, mesmo em um ambiente de criptomoedas, e representa um aumento significativo nas ações legais contra operadores de ransomware. Os réus enfrentam penas de até 20 anos de prisão por extorsão e 10 anos por danos a computadores, além de possíveis multas e confisco de ativos relacionados ao esquema de ransomware.

Vulnerabilidade de Configuração do Jupyter Permite Acesso Root

Um recente teste de penetração revelou uma vulnerabilidade crítica de escalonamento de privilégios nas instalações do Jupyter Notebook, uma plataforma amplamente utilizada para ciência de dados. A falha não é decorrente de um erro de código, mas sim de uma combinação perigosa de configurações padrão e padrões de implantação que muitas equipes de segurança frequentemente ignoram. Quando o Jupyter é executado com privilégios de root e a autenticação está desativada, o recurso de API de terminal se torna um acesso direto ao sistema. Os pesquisadores descobriram que, ao acessar o endpoint da API REST /api/terminals, um invasor pode criar sessões de terminal sem autenticação. Utilizando ferramentas compatíveis com WebSocket, como websocat, os atacantes podem interagir com a interface do terminal e obter acesso root sem a necessidade de técnicas tradicionais de escalonamento de privilégios. Uma vez que o acesso root é alcançado, os invasores podem acessar arquivos de configuração do Jupyter, permitindo a criação de shells reversos persistentes e backdoors. Para mitigar essa vulnerabilidade, é crucial que o Jupyter não seja executado como root em ambientes de produção e que medidas de segurança, como autenticação obrigatória e desativação da API de terminal, sejam implementadas.

Vazamento de dados em empresa de TI sueca expõe informações de 1,5 milhão de usuários

Um grave vazamento de dados na empresa de TI sueca Miljödata comprometeu informações pessoais de mais de 1,5 milhão de pessoas, levando a Autoridade Sueca de Proteção de Dados (IMY) a abrir uma investigação. O incidente, ocorrido no final de agosto, envolveu o roubo de grandes volumes de dados pessoais, que foram posteriormente publicados na Darknet. A IMY está avaliando se a Miljödata e várias organizações do setor público, como a Cidade de Gotemburgo e a Prefeitura de Älmhult, cumpriram as exigências do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR). A investigação busca entender como o ataque ocorreu, quais dados foram afetados e se as medidas de segurança da empresa eram adequadas. A IMY enfatizou a necessidade de examinar as práticas de proteção de dados, especialmente em relação a informações sensíveis, como dados de crianças e indivíduos com identidades protegidas. O incidente levanta questões críticas sobre a segurança cibernética e a gestão responsável de dados na Suécia, refletindo preocupações que também podem ser relevantes para o Brasil, especialmente em relação à conformidade com a LGPD.

Hackers se unem a gangues para roubar cargas de cadeias de suprimentos

Hackers estão colaborando com gangues de crime organizado para roubar cargas diretamente das cadeias de suprimentos, conforme relatado pela ProofPoint. Esses ataques envolvem o envio de links maliciosos para empresas de logística, permitindo que os criminosos acessem sistemas e redirecionem remessas para destinos fraudulentos. Através de engenharia social, os hackers conseguem identificar cargas de alto valor e se passam por representantes legítimos, manipulando motoristas e eliminando notificações de despachantes. Embora não haja relatos de violência, a possibilidade de danos físicos aos motoristas é uma preocupação real. O roubo de cargas já representa um custo anual de aproximadamente 34 bilhões de dólares, e a digitalização das cadeias de suprimentos aumenta a vulnerabilidade a esses ataques. A combinação de habilidades cibernéticas e táticas tradicionais de roubo sugere uma evolução preocupante no crime, exigindo atenção redobrada das empresas de logística e transporte.

300 milhões de registros pessoais vazaram na dark web em 2025

Uma pesquisa da Proton revelou que 300 milhões de registros pessoais foram vazados na dark web, com 49% contendo senhas de usuários. O estudo, realizado com a ferramenta Data Breach Observatory, destacou que 71% dos dados expostos pertencem a pequenas e médias empresas. Além das senhas, 72% dos registros incluíam números de telefone e endereços, enquanto 34% continham informações de saúde e dados governamentais. O vazamento de credenciais é um indicativo de falhas graves na segurança digital, expondo os usuários a riscos de fraudes e ataques cibernéticos. A análise da Fortinet aponta que a combinação de contas legítimas com credenciais roubadas dificulta a detecção de fraudes, uma vez que os cibercriminosos podem se infiltrar nas atividades normais das empresas. A pesquisa também alerta que muitos vazamentos ocorrem com logins simples, sem a necessidade de técnicas sofisticadas. Para se proteger, é essencial adotar senhas fortes e únicas, além de implementar a autenticação de dois fatores sempre que possível.

Setor elétrico brasileiro enfrenta 535 mil tentativas de ataque em 6 meses

O setor elétrico brasileiro está sob crescente ameaça de ciberataques, com 535 mil tentativas registradas apenas no primeiro semestre de 2025, conforme divulgado pela ANEEL durante um painel sobre segurança online. Apesar de todas as tentativas terem sido bloqueadas, a superintendente de Gestão Técnica da Informação da ANEEL, Adriana Drummond Vivan, alertou para a vulnerabilidade dos sistemas de segurança do setor. Ela destacou a importância de uma regulamentação que, embora sirva como diretriz, não deve limitar a atuação dos profissionais da área. Vivan enfatizou que a regulação deve ser constantemente atualizada para acompanhar as rápidas mudanças no ambiente digital. Além disso, ela mencionou que um ataque cibernético ao setor elétrico pode ter um efeito dominó, afetando outras áreas, como telecomunicações, o que poderia resultar em sérios problemas de segurança de dados. Para mitigar esses riscos, a cooperação entre diferentes setores é essencial, permitindo um compartilhamento eficaz de informações e estratégias de defesa.

Assalto ao Museu do Louvre senha de câmeras era Louvre

No dia 19 de outubro de 2025, o Museu do Louvre, em Paris, foi alvo de um assalto audacioso, resultando no roubo de joias avaliadas em cerca de R$ 543 milhões. Os assaltantes exploraram falhas de segurança, incluindo senhas fracas como ‘Louvre’ para acessar as câmeras de segurança. A invasão foi facilitada por uma combinação de técnicas de OSINT e conhecimento sobre a movimentação de visitantes no museu. Documentos de segurança de 2014 e 2024 já apontavam para vulnerabilidades, como sistemas desatualizados e senhas inadequadas. O incidente expôs a fragilidade das medidas de segurança, mesmo em uma instituição de renome, e levantou questões sobre a gestão de tecnologia e segurança. Apesar de algumas tentativas de distração, como atear fogo em uma escada móvel, a operação dos criminosos foi marcada por amadorismo, evidenciado pela perda de uma coroa durante a fuga. A reputação do Louvre foi severamente afetada, destacando que a tecnologia avançada não é suficiente sem uma administração eficaz das medidas de segurança.

Sites de turismo no Brasil têm vulnerabilidades para golpes

Com a aproximação das férias de fim de ano, uma pesquisa da Proofpoint revela que mais da metade dos principais sites de turismo no Brasil, como Booking, Airbnb e Tripadvisor, não adotam práticas adequadas de segurança digital. O estudo analisou 20 plataformas populares e constatou que 55% delas não implementam medidas básicas, como o bloqueio de e-mails falsos, o que aumenta o risco de fraudes online. Embora 80% dos sites utilizem o protocolo DMARC (Domain-based Message Authentication, Reporting and Conformance), apenas 45% o fazem de forma avançada, deixando uma brecha para cibercriminosos que podem falsificar identidades e aplicar técnicas de phishing. Para evitar golpes, os usuários devem desconfiar de links suspeitos, verificar a autenticidade de mensagens e evitar senhas fracas. A pesquisa destaca a necessidade urgente de melhorias na segurança digital dessas plataformas, especialmente em um período em que o turismo tende a aumentar.

Vírus disfarçado de WhatsApp rouba SMS e códigos de verificação bancária

Uma nova campanha de cibercriminosos tem se aproveitado da popularidade do WhatsApp e de ferramentas de inteligência artificial para roubar dados pessoais dos usuários. Identificada pela empresa de segurança Appknox, a campanha envolve aplicativos falsos que imitam a interface do WhatsApp, ChatGPT e DALL·E, disponíveis em lojas digitais alternativas. Esses aplicativos maliciosos, como o WhatsApp Plus, solicitam permissões excessivas, como acesso a SMS e registros de chamadas, permitindo que os criminosos capturem informações sensíveis sem o consentimento dos usuários. O malware pode operar mesmo quando o aplicativo está fechado, utilizando bibliotecas nativas para monitorar atividades. A Appknox alerta que a falha nos mecanismos de verificação de aplicativos torna a situação ainda mais crítica, exigindo uma vigilância constante nas lojas de aplicativos e a educação dos usuários sobre a instalação de aplicativos apenas em plataformas oficiais. A descoberta dessa campanha é um sinal de alerta para empresas, pois dispositivos comprometidos podem ser usados para roubar códigos de verificação bancária e facilitar fraudes.

Hackers roubam US 100 milhões explorando protocolo DeFi Balancer

O ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi) enfrentou uma grave violação de segurança, com hackers explorando vulnerabilidades no protocolo Balancer, resultando em perdas superiores a US$ 100 milhões. O ataque focou nas V2 Composable Stable Pools, que operam em várias blockchains e possuem um recurso de segurança chamado ‘janela de pausa’, destinado a interromper transações em situações de emergência. No entanto, muitas dessas pools estavam ativas além do período em que essa proteção poderia ser acionada, deixando-as vulneráveis ao ataque. Após a descoberta da violação, a equipe de segurança do Balancer trabalhou rapidamente com especialistas em cibersegurança para conter os danos, interrompendo todas as pools elegíveis para pausa de emergência. Apesar das rigorosas práticas de segurança do Balancer, incluindo auditorias e programas de recompensas por bugs, o ataque demonstrou a sofisticação crescente das ameaças no setor DeFi. O Balancer alertou os usuários sobre tentativas de phishing que se aproveitaram da situação, enfatizando a importância de confiar apenas em fontes oficiais para informações. A equipe continua a colaborar com autoridades e especialistas para investigar o ataque e buscar a recuperação dos fundos.

Credenciais do Microsoft Entra no Authenticator serão apagadas em dispositivos jailbreak

A Microsoft anunciou uma nova medida de segurança que entrará em vigor em fevereiro de 2026, visando proteger as credenciais do Microsoft Entra armazenadas em dispositivos móveis comprometidos. A partir dessa data, o aplicativo Microsoft Authenticator detectará iPhones com jailbreak e dispositivos Android com root, removendo automaticamente todas as credenciais armazenadas. Essa ação visa prevenir o acesso não autorizado e o roubo de credenciais, uma vez que dispositivos modificados desativam as proteções de segurança padrão, permitindo que aplicativos maliciosos acessem dados sensíveis. A remoção das credenciais é uma resposta a um vetor de ataque crítico que cibercriminosos exploram ativamente. Embora a funcionalidade do Authenticator para contas Microsoft Entra seja desativada em dispositivos comprometidos, contas pessoais e métodos de autenticação de terceiros continuarão operando normalmente. As organizações devem comunicar essa mudança aos usuários para evitar interrupções operacionais e desenvolver estratégias de comunicação claras sobre a importância dessa medida de segurança. Essa decisão da Microsoft reflete uma tendência crescente na indústria de priorizar a segurança em dispositivos móveis, especialmente em um cenário onde o trabalho remoto e os serviços baseados em nuvem dependem cada vez mais da autenticação móvel.

Zscaler adquire SPLX para aprimorar Zero Trust Exchange com IA

A Zscaler anunciou a aquisição da SPLX, uma empresa pioneira em segurança com inteligência artificial (IA), ampliando significativamente sua plataforma Zero Trust Exchange. Esta aquisição é estratégica, pois permite que as organizações protejam todo o ciclo de vida da IA, desde o desenvolvimento até a implantação, em uma única plataforma integrada. Com investimentos em infraestrutura de IA projetados para ultrapassar US$ 250 bilhões até o final de 2025, surgem novos desafios de segurança, como a proliferação de IA não gerenciada e superfícies de ataque emergentes que ferramentas tradicionais não conseguem abordar.

Aumentam os ataques de ransomware setor de saúde é o mais afetado

Os ataques de ransomware aumentaram 25% em outubro de 2025, totalizando 684 incidentes, o terceiro maior número mensal do ano. O setor industrial continua sendo o mais atacado, com 19% dos casos, mas o setor de saúde registrou um aumento alarmante de 115%, passando de 26 para 56 ataques. O grupo de ransomware Qilin destacou-se como o mais ativo, reivindicando 186 vítimas em outubro. Dos 684 ataques, 47 foram confirmados, sendo 27 em empresas, 10 em entidades governamentais e 3 em empresas de saúde. Os dados indicam que mais de 162 TB de dados foram supostamente roubados em 315 casos. Os Estados Unidos lideraram o número de ataques, com 374 incidentes, seguidos por aumentos significativos na Austrália e no Japão. O cenário é preocupante, especialmente para o setor de saúde, que já contabiliza 104 ataques confirmados em 2025, o que levanta questões sobre a segurança de dados sensíveis e conformidade com a LGPD.

Campanha de Malware Foca em Setor de Defesa na Rússia e Bielorrússia

Recentemente, uma nova campanha de ciberespionagem, chamada Operação SkyCloak, foi identificada, visando o setor de defesa na Rússia e na Bielorrússia. Os atacantes utilizam e-mails de phishing com anexos maliciosos, disfarçados como documentos militares, para implantar um backdoor persistente em sistemas comprometidos. O malware utiliza OpenSSH e um serviço oculto Tor para ofuscação de tráfego, permitindo que os invasores mantenham controle remoto sobre as máquinas infectadas.

O ataque começa com um arquivo ZIP que contém um atalho do Windows (LNK) e um segundo arquivo compactado. Quando o atalho é aberto, comandos PowerShell são executados, iniciando uma cadeia de infecção. O malware realiza verificações para evitar ambientes de análise, como sandboxes, e, uma vez que as condições são atendidas, exibe um documento PDF como isca. Além disso, cria tarefas agendadas para garantir sua persistência e estabelece um serviço SSH que permite a transferência de arquivos e acesso remoto.

Ransomware Ameaça crescente à segurança digital global

O ransomware é um software malicioso que bloqueia o acesso a sistemas ou criptografa dados até que um resgate seja pago. Este tipo de ataque cibernético é uma das ameaças mais comuns e prejudiciais no cenário digital, afetando indivíduos, empresas e infraestruturas críticas em todo o mundo. Os ataques geralmente começam com a infiltração do malware por meio de e-mails de phishing, downloads maliciosos ou exploração de vulnerabilidades de software. Uma vez ativado, o ransomware utiliza algoritmos criptográficos para tornar os arquivos inacessíveis, exigindo pagamento, frequentemente em criptomoedas como Bitcoin, para fornecer a chave de descriptografia.

Vulnerabilidades no Microsoft Teams expõem usuários a ataques de engenharia social

Pesquisadores de cibersegurança revelaram quatro falhas de segurança no Microsoft Teams que podem ter exposto usuários a ataques de impersonificação e engenharia social. As vulnerabilidades permitiram que atacantes manipulassem conversas, se passassem por colegas e explorassem notificações. Após a divulgação responsável em março de 2024, a Microsoft abordou algumas dessas questões em agosto de 2024, com patches subsequentes lançados em setembro de 2024 e outubro de 2025. As falhas possibilitam a alteração do conteúdo das mensagens sem deixar o rótulo de ‘Editado’ e a modificação de notificações para alterar o remetente aparente, permitindo que atacantes enganem vítimas a abrirem mensagens maliciosas. Além disso, os atacantes podiam alterar nomes de exibição em conversas privadas e durante chamadas, forjando identidades de remetentes. A Check Point destacou que essas vulnerabilidades minam a confiança essencial nas ferramentas de colaboração, transformando o Teams em um vetor de engano. A Microsoft classificou uma das falhas, CVE-2024-38197, como um problema de spoofing de severidade média, afetando o Teams para iOS, o que pode permitir que atacantes enganem usuários a revelarem informações sensíveis. Com a crescente adoção do Teams, a segurança dessas plataformas se torna crítica para a proteção de dados corporativos.

Vulnerabilidade crítica no pacote npm do React Native expõe riscos

Uma vulnerabilidade crítica foi identificada e corrigida no pacote npm ‘@react-native-community/cli’, utilizado por desenvolvedores para construir aplicações móveis em React Native. A falha, classificada como CVE-2025-11953, possui um score CVSS de 9.8, indicando sua gravidade. Essa vulnerabilidade permite que atacantes remotos não autenticados executem comandos arbitrários no sistema operacional da máquina que roda o servidor de desenvolvimento do React Native, o que representa um risco significativo para os desenvolvedores. O problema surge porque o servidor de desenvolvimento Metro, por padrão, se conecta a interfaces externas e expõe um endpoint ‘/open-url’ vulnerável a injeções de comandos do sistema. Com isso, um atacante pode enviar uma solicitação POST maliciosa para o servidor e executar comandos indesejados. Embora a falha já tenha sido corrigida na versão 20.0.0 do pacote, desenvolvedores que utilizam frameworks que não dependem do Metro não são afetados. Essa situação destaca a importância de uma análise de segurança automatizada e abrangente em toda a cadeia de suprimentos de software para evitar que falhas facilmente exploráveis impactem as organizações.

Vulnerabilidade em Claude permite exfiltração de dados por hackers

Pesquisadores de segurança descobriram uma vulnerabilidade crítica no sistema de IA Claude, da Anthropic, que permite a atacantes explorar prompts indiretos para roubar dados sensíveis dos usuários através da API de Arquivos da plataforma. A falha foi documentada publicamente em 28 de outubro de 2025 e revela como os criminosos podem manipular o interpretador de código e as funcionalidades da API do Claude para extrair informações confidenciais diretamente dos ambientes de trabalho das vítimas.

Atualização do WSUS da Microsoft Interrompe Hotpatching no Windows Server 2025

A Microsoft reconheceu um erro crítico na distribuição de uma atualização do Windows Server Update Services (WSUS) que afetou sistemas do Windows Server 2025 inscritos no programa Hotpatch. Essa atualização foi distribuída acidentalmente para máquinas que deveriam receber apenas atualizações Hotpatch, resultando em uma interrupção significativa no processo de aplicação de patches sem reinicialização do sistema. Embora a Microsoft tenha corrigido rapidamente o erro, as organizações afetadas enfrentarão um intervalo de três meses na funcionalidade do Hotpatch e precisarão seguir procedimentos específicos para restaurar as operações normais. Os sistemas que instalaram a atualização incorreta não receberão atualizações Hotpatch programadas para novembro e dezembro de 2025, mas sim atualizações mensais padrão que exigem reinicializações. Para mitigar o problema, a Microsoft oferece um procedimento para que administradores que ainda não instalaram a atualização problemática possam reverter para a versão correta. A situação destaca a complexidade da gestão de múltiplos canais de atualização em ambientes corporativos grandes e a importância de um gerenciamento cuidadoso de patches.

Microsoft revela backdoor que usa API da OpenAI para comunicação

A Microsoft divulgou detalhes sobre um novo backdoor chamado SesameOp, que utiliza a API de Assistentes da OpenAI para comunicações de comando e controle (C2). Em um relatório técnico, a equipe de Resposta a Incidentes da Microsoft (DART) explicou que, em vez de métodos tradicionais, os atacantes abusam da OpenAI como um canal C2 para orquestrar atividades maliciosas de forma furtiva. O backdoor foi descoberto em julho de 2025, após uma intrusão sofisticada que permitiu que os atacantes mantivessem acesso persistente ao ambiente comprometido por vários meses. O malware é projetado para executar comandos recebidos através da API da OpenAI, que serve como um mecanismo de armazenamento ou retransmissão. A cadeia de infecção inclui um componente carregador e um backdoor baseado em .NET, que busca comandos criptografados, os decodifica e os executa localmente. Os resultados são enviados de volta à OpenAI. A Microsoft informou que compartilhou suas descobertas com a OpenAI, que desativou uma chave de API e uma conta associada ao adversário. Este incidente destaca o uso crescente de ferramentas legítimas para fins maliciosos, dificultando a detecção de atividades maliciosas em redes normais.

Trio é acusado de extorquir empresas dos EUA com ransomware BlackCat

Três indivíduos foram acusados de invadir redes de cinco empresas nos EUA utilizando o ransomware BlackCat, também conhecido como ALPHV, entre maio e novembro de 2023. Os acusados, Ryan Clifford Goldberg, Kevin Tyler Martin e um co-conspirador não identificado, teriam atacado uma empresa de dispositivos médicos na Flórida, uma farmacêutica em Maryland, um consultório médico na Califórnia, uma empresa de engenharia na Califórnia e um fabricante de drones na Virgínia. Os ataques resultaram em extorsões, com a empresa de dispositivos médicos pagando cerca de 1,27 milhão de dólares em criptomoeda, embora os outros ataques não tenham gerado pagamentos. Os acusados foram identificados como negociadores de ameaças de ransomware e um gerente de resposta a incidentes em empresas de cibersegurança. As acusações incluem conspiração para interferir no comércio interestadual por extorsão e danos intencionais a computadores protegidos, com penas que podem chegar a 50 anos de prisão. O caso destaca a crescente ameaça do ransomware e a necessidade de vigilância constante na segurança cibernética.

Google AI descobre falhas de segurança no Safari da Apple

O agente de cibersegurança da Google, Big Sleep, foi responsável por identificar cinco vulnerabilidades no WebKit, componente utilizado no navegador Safari da Apple. As falhas, se exploradas, poderiam causar travamentos ou corrupção de memória. As vulnerabilidades identificadas incluem: CVE-2025-43429, uma vulnerabilidade de buffer overflow; CVE-2025-43430, uma falha não especificada que pode levar a um travamento inesperado; CVE-2025-43431 e CVE-2025-43433, que podem resultar em corrupção de memória; e CVE-2025-43434, uma vulnerabilidade de uso após liberação que também pode causar travamentos. A Apple lançou patches para corrigir essas falhas em suas atualizações de software, incluindo iOS 26.1 e macOS Tahoe 26.1. Embora nenhuma das vulnerabilidades tenha sido explorada ativamente até o momento, é recomendável que os usuários mantenham seus dispositivos atualizados para garantir a proteção adequada.

Ataque de phishing no LinkedIn visa executivos com convites falsos

Uma nova campanha de phishing tem como alvo executivos do setor financeiro no LinkedIn, conforme identificado pela Push Security. Os cibercriminosos enviam mensagens diretas com convites falsos para reuniões de diretoria, utilizando a isca de uma oportunidade de trabalho promissora. Ao clicar no link contido na mensagem, a vítima é redirecionada por várias páginas até chegar a um site falso que simula uma plataforma de compartilhamento de dados do LinkedIn. Esse site apresenta documentos falsos e, ao tentar acessá-los, a vítima é levada a uma página que exige autenticação na Microsoft, onde uma técnica chamada Adversary-in-the-Middle (AITM) é utilizada para roubar credenciais de login e cookies do navegador.

Proposta do governo prevê Anatel como agência de cibersegurança no Brasil

Uma nova proposta do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sugere que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) assuma a responsabilidade pela cibersegurança no Brasil. Essa iniciativa surge em meio à crescente preocupação com a segurança digital no país, especialmente após a aprovação da Política Nacional de Cibersegurança em 2023. O GSI, em colaboração com a Anatel e o Ministério da Gestão, está revisando um anteprojeto que, após aprovação pela Casa Civil, será enviado ao Parlamento como um Projeto de Lei. O ministro-chefe do GSI, Marcos Antonio Amaro dos Santos, destacou a necessidade de um marco legal mais robusto para a cibersegurança, e a Anatel, já estabelecida e com ampla capilaridade, é vista como uma solução viável. A proposta original de criar uma nova agência, a Agência Nacional de Cibersegurança (ANCiber), foi descartada devido a restrições orçamentárias. A Anatel demonstrou interesse em assumir essa nova missão, o que fortalece a proposta nos bastidores. Essa mudança pode impactar significativamente a forma como a cibersegurança é gerida no Brasil, refletindo a urgência em enfrentar as ameaças digitais atuais.

Campanhas de desinformação médica utilizam deepfakes de profissionais de saúde

No Fórum Latinoamericano de Cibersegurança da ESET, a pesquisadora Martina López destacou o uso crescente de deepfakes em campanhas de desinformação médica. A tecnologia, que simula rostos e vozes de forma convincente, tem sido utilizada para criar perfis falsos de médicos, alterando suas credenciais e especializações. Essas campanhas se espalham principalmente em redes sociais menos moderadas, como TikTok e Facebook, e em grupos de aplicativos de mensagens como Telegram e Discord, visando manipular principalmente leigos e pessoas com menor nível educacional. Para combater essa desinformação, iniciativas como o Ato de Inteligência Artificial da União Europeia buscam implementar marca d’água em conteúdos gerados por IA. A especialista recomenda que os usuários verifiquem a fonte das informações e utilizem ferramentas de busca reversa para identificar conteúdos falsos. A crescente sofisticação dos deepfakes exige uma vigilância redobrada, pois a tecnologia pode impactar a percepção pública e a saúde coletiva.