Cibersegurança

Vazamento de dados do Discord afeta milhares de usuários

O Discord, plataforma popular entre gamers, confirmou um vazamento de dados que comprometeu informações pessoais de aproximadamente 70.000 usuários globalmente. O incidente, que ocorreu devido a uma vulnerabilidade em uma empresa terceirizada de suporte ao consumidor, foi revelado no dia 3 de outubro, com detalhes adicionais divulgados em 8 de outubro. Os hackers acessaram o sistema de suporte por 58 horas, invadindo a conta de um funcionário e obtendo documentos de identificação, como carteiras de motorista e passaportes, que eram utilizados para verificação de idade. Embora o Discord tenha contestado números mais altos divulgados por hackers, que afirmaram ter acessado até 1,6 TB de dados, a empresa garantiu que não pagaria resgate e cortou vínculos com a prestadora de serviços. Informações como endereços de IP, usernames e dados parciais de pagamento também foram expostas. Todos os usuários afetados foram notificados, e a empresa reafirmou seu compromisso com a segurança dos dados dos usuários.

Ataque DDoS derruba Steam, PSN, Xbox, Fortnite e LoL simultaneamente

Na última terça-feira (7), diversas plataformas de jogos online, incluindo Steam, PlayStation Network, Xbox Live, e títulos populares como Fortnite e League of Legends, enfrentaram lentidão e quedas simultâneas, sugerindo um ataque DDoS. O Downdetector registrou mais de 36.000 reclamações de usuários do Steam, com a Epic Games Store e PlayStation também reportando problemas significativos. A Riot Games, responsável por LoL e Valorant, confirmou sobrecarga em seus servidores, coincidindo com os problemas enfrentados por outras plataformas. Embora não haja confirmação oficial, especula-se que a botnet Aisuru esteja por trás do ataque, que visa grandes plataformas para demonstrar sua capacidade de causar interrupções. A Epic Games reconheceu as instabilidades, mas não forneceu detalhes sobre as causas ou possíveis responsáveis. Este incidente destaca a vulnerabilidade das infraestruturas de jogos online e a necessidade de medidas de segurança mais robustas para proteger os usuários e as plataformas.

Grupo de ransomware Qilin ataca distrito escolar no Texas

O grupo de ransomware Qilin reivindicou um ataque cibernético ao Uvalde Consolidated Independent School District, ocorrido entre 15 e 18 de setembro de 2025. Durante o ataque, as escolas do distrito foram fechadas devido à interrupção de serviços essenciais, como telefonia, ar-condicionado e câmeras de segurança. Embora o distrito tenha afirmado que não houve acesso não autorizado a dados sensíveis, Qilin alegou ter roubado informações pessoais de funcionários e alunos, além de dados financeiros. Para corroborar sua afirmação, o grupo publicou imagens de documentos que afirmam ter sido extraídos dos servidores do distrito. Até o momento, o Uvalde CISD não confirmou a veracidade das alegações do grupo. O Qilin é um grupo de ransomware que opera um modelo de ransomware como serviço, permitindo que afiliados utilizem seu malware para realizar ataques. Em 2025, foram confirmados 106 ataques atribuídos ao Qilin, com o grupo já tendo atacado diversas instituições educacionais nos Estados Unidos. Os ataques de ransomware têm se tornado cada vez mais comuns no setor educacional, com 34 incidentes confirmados em 2025, impactando operações diárias e colocando em risco a segurança de dados de alunos e funcionários.

Brasil enfrenta novo vírus que se espalha pelo WhatsApp Web

Pesquisadores da Trend Micro Research identificaram uma nova campanha de malware chamada Water Saci, que utiliza o WhatsApp Web para infectar computadores no Brasil. O vírus, conhecido como SORVEPOTEL, não se limita a roubar dados, mas foi projetado para se espalhar rapidamente, explorando a confiança dos usuários. A campanha utiliza mensagens de phishing que contêm arquivos ZIP maliciosos, persuadindo as vítimas a abrir anexos que parecem legítimos, como comprovantes de pagamento. Após a instalação, o malware se propaga automaticamente para todos os contatos do usuário no WhatsApp Web.

Golpe do cartão de crédito da Shopee promete limite alto para roubar seu PIX

Uma nova campanha de phishing, identificada pela Swarmy, está explorando a popularidade da Shopee para enganar usuários. O golpe promete um cartão de crédito com limite pré-aprovado de R$ 4.700 e sem anuidade, atraindo vítimas com a promessa de uma análise de crédito simplificada, sem consulta a órgãos como SPC ou Serasa. Ao clicar no link, a vítima é levada a uma página onde é informada que deve pagar R$ 45,90 via PIX para ativar o cartão. Os golpistas utilizam 332 domínios diferentes para disseminar o golpe e criam um senso de urgência, informando que a aprovação do crédito só é válida por 10 minutos, o que leva as vítimas a agirem impulsivamente. Além do roubo financeiro, os golpistas coletam dados pessoais, como CPF, nome completo e data de nascimento, que podem ser utilizados em futuros ataques de phishing. A Shopee já se manifestou, alertando que não oferece cartões de crédito e recomendando que os usuários não compartilhem informações pessoais ou bancárias. O alerta é um lembrete da importância de verificar a autenticidade de ofertas e serviços online.

Google não corrigirá falha no Gemini que executa código invisível

A Google decidiu não corrigir uma vulnerabilidade de segurança em sua ferramenta de inteligência artificial, Gemini, que permite a execução de códigos maliciosos ocultos em textos invisíveis. Essa técnica, conhecida como ASCII smuggling, utiliza caracteres especiais do Unicode para inserir comandos maliciosos na LLM (Large Language Model) sem que o usuário perceba. Embora a falha não seja nova, os riscos aumentaram com a maior autonomia e acesso a dados sensíveis que assistentes como o Gemini possuem. O pesquisador de segurança Viktor Markopoulos, da FireTail, testou várias ferramentas de IA e encontrou vulnerabilidades semelhantes em algumas delas, mas não em outras como Claude, ChatGPT e Microsoft Copilot, que possuem validação de dados de entrada. A Google, ao ser informada sobre a vulnerabilidade, minimizou o problema, alegando que ele só poderia ser explorado por meio de engenharia social. No entanto, a possibilidade de que convites de calendário e e-mails no Google Workspace possam incluir códigos maliciosos representa um risco significativo, pois esses códigos podem instruir as LLMs a acessar dados sensíveis do dispositivo da vítima e enviá-los aos atacantes.

Os impostores silenciosos como domínios semelhantes ameaçam a confiança empresarial no Reino Unido

No contexto da economia digital do Reino Unido, a confiança é fundamental para operações como bancos online e comunicações do NHS. No entanto, essa confiança está sendo ameaçada por domínios semelhantes, que imitam endereços legítimos e são usados em ataques de impersonação via e-mail. Um exemplo notável envolve um domínio falso que se assemelhava a uma plataforma de logística conhecida, resultando em perdas financeiras significativas, estimadas entre £40.000 e £160.000 por incidente. Os atacantes exploram variações sutis nos nomes de domínio, como troca de caracteres ou alteração de domínios de nível superior, para contornar defesas tradicionais. Esses ataques são particularmente perigosos em setores como logística e finanças, onde a comunicação por e-mail é comum e urgente. Além disso, os domínios semelhantes são utilizados em fraudes de faturas e na impersonação de executivos, levando a transferências de fundos não autorizadas. A detecção desses domínios é desafiadora, pois muitas vezes não acionam filtros de segurança convencionais. Para mitigar esses riscos, as empresas precisam adotar uma postura proativa, investindo em inteligência de ameaças e promovendo a conscientização entre os funcionários sobre a verificação de solicitações inesperadas.

Nova botnet RondoDox ataca dispositivos conectados globalmente

Pesquisadores de segurança estão alertando sobre a nova botnet RondoDox, que explora 56 vulnerabilidades em mais de 30 tipos de dispositivos conectados à internet. Diferente de botnets tradicionais que costumam focar em uma única vulnerabilidade, RondoDox adota uma abordagem chamada ’exploit shotgun’, atacando múltiplas falhas simultaneamente, o que a torna barulhenta e facilmente detectável por defensores. Os dispositivos afetados incluem roteadores, câmeras de segurança e sistemas de DVR de marcas conhecidas como QNAP, D-Link e Netgear. A maioria das vulnerabilidades já possui patches disponíveis, o que facilita a defesa. As recomendações incluem manter o firmware atualizado, isolar redes e usar senhas fortes. A campanha ainda está ativa, e a rápida evolução das táticas de cibercriminosos indica um futuro preocupante para a segurança cibernética, com a exploração automatizada de infraestruturas antigas em larga escala.

Ciberataques globais com 175 pacotes npm maliciosos visam empresas de tecnologia e energia

A equipe de pesquisa de ameaças da Socket revelou uma sofisticada campanha de phishing chamada ‘Beamglea’, que utilizou 175 pacotes npm maliciosos para atacar mais de 135 empresas industriais, de tecnologia e de energia em todo o mundo. Esses pacotes acumularam mais de 26.000 downloads, servindo como infraestrutura para ataques de coleta de credenciais. A campanha explorou o registro público do npm e a rede de entrega de conteúdo do unpkg.com para hospedar scripts de redirecionamento que direcionavam as vítimas a páginas de phishing. Diferente dos ataques tradicionais de cadeia de suprimentos, esses pacotes não executam código malicioso ao serem instalados, mas abusam do npm como uma infraestrutura gratuita para ataques de phishing. Os atacantes desenvolveram ferramentas em Python para automatizar a geração e distribuição dos pacotes, utilizando nomes aleatórios e injetando endereços de e-mail das vítimas. A análise identificou mais de 630 iscas de phishing em HTML, disfarçadas como documentos de negócios. A campanha teve como alvo principalmente empresas de manufatura, tecnologia e energia, com foco geográfico na Europa Ocidental. As organizações devem redefinir senhas, habilitar autenticação multifatorial e revisar logs de e-mail para mitigar riscos.

Dispositivos SonicWall SSL VPN são alvo de ransomware Akira

Desde julho de 2025, operadores do ransomware Akira têm explorado dispositivos SonicWall SSL VPN, utilizando uma vulnerabilidade conhecida (CVE-2024-40766) que afeta versões do SonicOS. Essa falha, que foi divulgada e corrigida em agosto de 2024, permite acesso inadequado e tem sido utilizada para comprometer redes empresariais em diversos setores. A campanha inclui técnicas avançadas de coleta de credenciais e exfiltração de dados, com um ataque documentado em agosto de 2025 que resultou na transferência de aproximadamente 2 GB de dados sensíveis. Os atacantes utilizaram métodos sofisticados, como a técnica ‘UnPAC the hash’, para escalar privilégios dentro da rede. A Darktrace, empresa de segurança, conseguiu conter o ataque, mas a exploração contínua da vulnerabilidade destaca a importância de práticas de gerenciamento de patches atualizadas, especialmente para dispositivos que oferecem acesso remoto. O incidente ressalta a necessidade de vigilância constante e resposta rápida a ameaças cibernéticas, especialmente em um cenário onde a segurança de dados é crítica.

Chaosbot usa senhas do CiscoVPN e Active Directory para comandos de rede

Em setembro de 2025, a unidade de resposta a ameaças da eSentire, conhecida como TRU, identificou um sofisticado backdoor em Rust, chamado ‘ChaosBot’, que visa ambientes de serviços financeiros. Este malware inova ao utilizar credenciais comprometidas do CiscoVPN e uma conta de Active Directory com privilégios excessivos para implantar e controlar sistemas infectados. O ataque se inicia com a obtenção de credenciais válidas ou por meio de arquivos de atalho maliciosos que executam comandos PowerShell para baixar o payload principal. O ChaosBot se esconde utilizando componentes legítimos do Microsoft Edge para evitar detecções iniciais e se comunica com os atacantes via Discord, demonstrando técnicas avançadas de evasão e persistência. As recomendações incluem a implementação de autenticação multifatorial e a limitação de privilégios de contas de serviço, além de manter patches atualizados e soluções de EDR/NGAV para detectar atividades suspeitas. A análise da TRU isolou a máquina infectada para conter a violação e orientar os esforços de remediação.

Ataque cibernético expõe dados de mais de 40 mil pessoas em Coös County

Em julho de 2025, Coös County Family Health Services confirmou que 40.185 pessoas tiveram seus dados comprometidos em um ataque cibernético. O grupo de ransomware Run Some Wares reivindicou a responsabilidade pelo ataque em agosto. A investigação revelou que, em 9 de julho, houve acesso não autorizado aos servidores, onde dados sensíveis, como datas de nascimento, informações de contato, números de Seguro Social e dados médicos, podem ter sido visualizados ou copiados. Embora Coös County não tenha confirmado a natureza do ataque, a organização está oferecendo monitoramento de crédito gratuito por 12 meses aos afetados. Este incidente se insere em um contexto mais amplo, onde o setor de saúde dos EUA já registrou 63 ataques confirmados em 2025, resultando em mais de 6,2 milhões de registros expostos. O ataque em Coös County é um exemplo claro do impacto devastador que os ataques de ransomware podem ter sobre instituições de saúde, tanto em termos de tempo de inatividade quanto na violação de dados. A situação é alarmante, especialmente considerando que o setor de saúde é um alvo frequente para esses tipos de ataques.

Pacotes maliciosos no npm facilitam ataques de phishing globalmente

Pesquisadores de cibersegurança identificaram 175 pacotes maliciosos no registro npm, utilizados em uma campanha de coleta de credenciais chamada Beamglea. Esses pacotes, que foram baixados 26.000 vezes, servem como infraestrutura para um ataque de phishing direcionado a mais de 135 empresas dos setores industrial, tecnológico e energético ao redor do mundo. Os pacotes, com nomes aleatórios, dificultam a instalação acidental por desenvolvedores, mas as contagens de download incluem pesquisadores de segurança e scanners automáticos. Os pacotes hospedam scripts de redirecionamento que levam as vítimas a páginas de captura de credenciais. Um arquivo Python, chamado “redirect_generator.py”, é utilizado para criar pacotes npm com URLs de phishing personalizadas. Quando as vítimas abrem arquivos HTML maliciosos, o JavaScript redireciona automaticamente para páginas de phishing, preenchendo o campo de e-mail com o endereço da vítima, aumentando assim a credibilidade do ataque. Essa situação destaca a evolução das táticas de cibercriminosos, que abusam de infraestruturas legítimas para realizar ataques em larga escala.

Falha crítica no GoAnywhere MFT pode ter sido explorada ativamente

A Fortra divulgou os resultados de sua investigação sobre a vulnerabilidade CVE-2025-10035, uma falha crítica no GoAnywhere Managed File Transfer (MFT), que está sendo explorada ativamente desde pelo menos 11 de setembro de 2025. A investigação foi iniciada após um cliente relatar uma ‘potencial vulnerabilidade’, levando a Fortra a identificar atividades suspeitas relacionadas à falha. A empresa notificou clientes que tinham o console administrativo do GoAnywhere acessível na internet e também alertou as autoridades policiais. Um hotfix foi disponibilizado no dia seguinte, e versões completas com o patch foram lançadas em 15 de setembro. A Fortra destacou que o risco é limitado a clientes com o console administrativo exposto, mas admitiu que há relatos de atividades não autorizadas associadas à vulnerabilidade. A CVE-2025-10035 refere-se a uma vulnerabilidade de desserialização no License Servlet, que pode resultar em injeção de comandos sem autenticação. A Microsoft informou que um grupo de ameaças, identificado como Storm-1175, está explorando essa falha para implantar ransomware Medusa. A Fortra recomenda que os usuários restrinjam o acesso ao console administrativo pela internet e mantenham o software atualizado.

Grupo Storm-2657 desvia salários de funcionários nos EUA

O grupo de cibercriminosos conhecido como Storm-2657 está atacando organizações nos Estados Unidos, especialmente no setor de educação superior, com o objetivo de desviar pagamentos salariais para contas controladas pelos atacantes. Segundo um relatório da equipe de Inteligência de Ameaças da Microsoft, esses ataques não exploram falhas de segurança nas plataformas de software como serviço (SaaS), mas utilizam táticas de engenharia social e a falta de autenticação multifatorial (MFA) para assumir o controle das contas dos funcionários. Os atacantes têm utilizado e-mails de phishing para coletar credenciais e códigos MFA, acessando contas do Exchange Online e modificando perfis no Workday, uma plataforma de gestão de recursos humanos. Além disso, eles criam regras na caixa de entrada para ocultar notificações de mudanças não autorizadas, redirecionando pagamentos salariais para suas contas. A Microsoft identificou 11 contas comprometidas em três universidades, que foram usadas para enviar e-mails de phishing a quase 6.000 contas em 25 instituições. Para mitigar os riscos, recomenda-se a adoção de métodos de MFA resistentes a phishing, como chaves de segurança FIDO2, e a revisão de contas em busca de atividades suspeitas.

Campanha de malware Stealit utiliza Node.js para distribuição

Pesquisadores de cibersegurança revelaram uma campanha ativa de malware chamada Stealit, que utiliza a funcionalidade Single Executable Application (SEA) do Node.js para distribuir seus payloads. De acordo com o Fortinet FortiGuard Labs, o malware é propagado por meio de instaladores falsos de jogos e aplicativos de VPN, frequentemente carregados em sites de compartilhamento de arquivos como Mediafire e Discord. A SEA permite que aplicações Node.js sejam empacotadas como executáveis independentes, facilitando a execução em sistemas sem o Node.js instalado.

Microsoft alerta sobre hackers comprometendo contas de funcionários para roubo de salários

A Microsoft emitiu um alerta sobre um grupo de hackers, conhecido como Storm-2657, que está realizando campanhas de roubo de salários em organizações dos Estados Unidos, especialmente no setor de educação superior. Esses ataques ocorrem através da violação de contas de funcionários, permitindo acesso não autorizado a plataformas de recursos humanos como o Workday. Os hackers utilizam e-mails de phishing altamente personalizados para enganar os alvos, muitas vezes se passando por autoridades de saúde do campus. Uma vez que as credenciais e os códigos de autenticação multifator (MFA) são coletados, os atacantes conseguem redirecionar os pagamentos salariais para contas bancárias controladas por eles. A falta de controles de autenticação robustos, como MFA resistente a phishing, é um fator crítico que facilita esses ataques. Para mitigar esses riscos, as organizações são aconselhadas a adotar métodos de autenticação sem senha e a monitorar logs de auditoria de sistemas como o Exchange Online e o Workday para detectar atividades suspeitas. A situação destaca a necessidade urgente de fortalecer as defesas contra engenharia social e melhorar a segurança das informações financeiras dos funcionários.

SnakeKeylogger Explora E-mails Maliciosos e PowerShell para Roubo de Dados

Uma nova campanha de ciberataque envolvendo o SnakeKeylogger foi identificada, utilizando e-mails fraudulentos que se passam por comunicações da CPA Global e Clarivate. Os atacantes enviam anexos maliciosos em formatos ISO e ZIP, que, ao serem extraídos, revelam um script BAT que executa um comando PowerShell para baixar um segundo payload. O SnakeKeylogger, uma Trojan que rouba informações, registra as teclas digitadas, credenciais de navegadores e dados do sistema, enviando essas informações para um servidor de comando e controle (C2) via requisições HTTP disfarçadas. Para se proteger, as organizações devem implementar regras rigorosas de filtragem de e-mails, restringir a execução de scripts PowerShell e monitorar atividades anômalas em suas redes. Essa campanha destaca a evolução das ameaças de roubo de informações, que combinam engenharia social com scripts nativos do Windows, exigindo defesas em múltiplas camadas para mitigar riscos.

Botnet RondoDox usa mais de 50 vulnerabilidades para atacar dispositivos

A campanha de botnet RondoDox, identificada pela Trend Micro, tem se expandido para explorar mais de 50 vulnerabilidades em dispositivos de rede expostos à internet, como roteadores, sistemas de CFTV e servidores web. Desde sua primeira detecção em junho de 2025, a RondoDox tem utilizado uma abordagem de ‘shotgun exploit’, atacando múltiplas falhas simultaneamente. As vulnerabilidades exploradas incluem a CVE-2023-1389, que permite injeção de comandos em roteadores TP-Link, e outras como CVE-2024-3721 e CVE-2024-12856, que afetam DVRs e roteadores de diferentes fabricantes. A análise técnica revelou que 50% das falhas exploradas são de injeção de comandos, enquanto as demais incluem problemas de travessia de caminho e corrupção de memória. A campanha representa um risco elevado para organizações que operam dispositivos de rede expostos, permitindo a exfiltração de dados e comprometimento persistente da rede. A rápida evolução das técnicas de exploração exige que as empresas realizem atualizações imediatas e adotem medidas proativas de segurança.

Malware MalTerminal usa tecnologia LLM para gerar código de ransomware

Pesquisadores de segurança da SentinelLABS revelaram o MalTerminal, um novo malware que utiliza modelos de linguagem de grande escala (LLM) para gerar código de ransomware. Este executável para Windows, identificado após um ano de investigação, incorpora um endpoint da API de chat do OpenAI GPT-4, que foi descontinuado em novembro de 2023, indicando que o malware pode ter surgido entre o final de 2023 e o início de 2024. Os analistas desenvolveram regras YARA para detectar padrões de chaves de API exclusivas de provedores de LLM, encontrando mais de 7.000 amostras com mais de 6.000 chaves únicas. O MalTerminal se destaca como o primeiro exemplo conhecido de malware que gera lógica maliciosa dinamicamente em tempo de execução, emitindo um payload JSON estruturado para o endpoint GPT-4 e definindo seu papel como um especialista em cibersegurança. Embora não haja evidências de que o MalTerminal tenha sido implantado em ambientes reais, sua dependência de serviços comerciais de LLM e chaves de API válidas apresenta uma janela estreita para que os defensores aprimorem suas estratégias de detecção antes que arquiteturas mais resilientes sejam adotadas pelos adversários.

Exploração ativa de vulnerabilidade zero-day em produtos Gladinet e TrioFox

A empresa de cibersegurança Huntress identificou a exploração ativa de uma vulnerabilidade zero-day nos produtos Gladinet CentreStack e TrioFox. A falha, classificada como CVE-2025-11371, possui um CVSS de 6.1 e permite a inclusão local de arquivos não autenticados, resultando na divulgação não intencional de arquivos do sistema. Todas as versões do software anteriores e incluindo a 16.7.10368.56560 estão afetadas. A Huntress detectou a atividade pela primeira vez em 27 de setembro de 2025, com três clientes impactados até o momento. Essa vulnerabilidade se conecta a uma falha anterior, CVE-2025-30406, que permitia a execução remota de código. A recomendação imediata para os usuários é desabilitar o manipulador “temp” no arquivo Web.config, embora isso possa afetar algumas funcionalidades da plataforma. A Huntress está retendo detalhes adicionais da falha devido à exploração ativa e à falta de um patch disponível.

Golpe do SEO hackers manipulam Google para infectar servidores no Brasil

Pesquisadores da Cisco Talos identificaram um grupo de hackers chineses, conhecido como UAT-8099, que manipula mecanismos de busca para infectar servidores, especialmente os da Microsoft (IIS), no Brasil e em outros países. O ataque visa roubar credenciais, arquivos de configuração e certificados de vítimas, incluindo universidades e empresas de tecnologia. O grupo utiliza técnicas de SEO para manter seus sites maliciosos em posições altas nos resultados de busca, empregando malwares como o BadIIS, que possui táticas de evasão de antivírus. Os hackers exploram vulnerabilidades em servidores IIS, como configurações inadequadas e brechas de segurança, criando backdoors para garantir acesso contínuo, mesmo após a remoção de arquivos maliciosos. O uso de ferramentas open-source, como Cobalt Strike, e técnicas de proxy ajudam a evitar a detecção. O impacto ainda não é totalmente claro, mas a situação requer atenção, especialmente para organizações que utilizam servidores IIS.

VPNs gratuitas riscos de privacidade e coleta de dados

O uso de VPNs gratuitas, que antes eram vistas como ferramentas de proteção online, agora levanta sérias preocupações sobre a privacidade dos usuários. Um estudo da Zimperium zLabs revelou que muitas dessas aplicações solicitam permissões excessivas e utilizam códigos desatualizados, expondo os usuários a riscos de vigilância. Algumas VPNs pedem acesso a informações sensíveis, como logs do sistema e localização em tempo real, o que pode transformá-las em ferramentas de espionagem. Além disso, muitas dessas aplicações ainda utilizam bibliotecas OpenSSL vulneráveis, como a que foi afetada pelo bug Heartbleed de 2014, e não validam corretamente os certificados, aumentando o risco de ataques man-in-the-middle. A pesquisa não revelou quais aplicativos estão envolvidos, deixando os usuários em uma posição vulnerável ao escolherem serviços gratuitos. Para garantir a segurança, é aconselhável optar por provedores que realizam auditorias independentes e que têm políticas de privacidade transparentes, evitando permissões invasivas.

Código QR Manipulado Potencializa Novo Ataque Quishing a Usuários da Microsoft

Pesquisadores em cibersegurança identificaram uma campanha de quishing sofisticada que utiliza técnicas avançadas de manipulação de códigos QR para atacar usuários da Microsoft, conseguindo evadir sistemas tradicionais de detecção de segurança. Essa nova abordagem representa uma evolução significativa nas táticas de phishing baseadas em QR codes, empregando múltiplas estratégias de evasão que desafiam as defesas cibernéticas convencionais.

Os atacantes implementaram três mecanismos distintos para evitar a detecção: a primeira técnica envolve a divisão dos códigos QR em dois arquivos de imagem separados, dificultando a análise por ferramentas automatizadas. Além disso, abandonaram os esquemas de cores padrão, utilizando combinações não convencionais que podem confundir sistemas de reconhecimento óptico. A técnica mais sofisticada consiste em desenhar os códigos QR diretamente através da manipulação do fluxo de conteúdo, permitindo que o código malicioso exista dentro do documento, contornando sistemas de detecção baseados em imagens.

Incidente de segurança da Strategic Retail Partners expõe dados pessoais

A Strategic Retail Partners (SRP) confirmou que notificou um número não revelado de pessoas sobre uma violação de dados ocorrida em fevereiro de 2025, que comprometeu informações pessoais sensíveis, incluindo números de Seguro Social, identificações emitidas pelo estado e informações financeiras. O ataque foi reivindicado pelo grupo de ransomware Medusa, que alegou ter roubado 1,35 TB de dados e exigiu um resgate de 1,2 milhão de dólares. Após uma segunda invasão em março, Medusa exigiu um resgate adicional de 1 milhão de dólares, afirmando que a SRP não havia melhorado sua segurança. A empresa ofereceu 12 meses de monitoramento de crédito gratuito para as vítimas. O ataque à SRP é o primeiro do grupo direcionado a uma empresa de varejo, que já havia atacado outras organizações em setores diversos. A pesquisa da Comparitech registrou 17 ataques confirmados de ransomware a varejistas nos EUA em 2025, comprometendo mais de 110 mil registros. Os ataques de ransomware podem causar interrupções significativas nas operações comerciais, além de expor dados pessoais a riscos de fraude.

Campanha de spyware ClayRat ataca usuários de Android na Rússia

Uma nova campanha de spyware chamada ClayRat tem se espalhado rapidamente, visando usuários de Android na Rússia. Os atacantes utilizam canais do Telegram e sites de phishing que imitam aplicativos populares como WhatsApp, Google Photos, TikTok e YouTube para enganar as vítimas e induzi-las a instalar o malware. Uma vez ativo, o ClayRat pode exfiltrar mensagens SMS, registros de chamadas, notificações e informações do dispositivo, além de tirar fotos com a câmera frontal e enviar mensagens SMS ou fazer chamadas diretamente do aparelho da vítima.

Campanhas de phishing da China visam países ocidentais com GOVERSHELL

Um ator de ameaças alinhado à China, codinome UTA0388, tem realizado campanhas de spear-phishing direcionadas à América do Norte, Ásia e Europa, com o objetivo de implantar um malware conhecido como GOVERSHELL. As campanhas utilizam mensagens personalizadas que se fazem passar por pesquisadores e analistas de organizações fictícias, induzindo as vítimas a clicarem em links que levam a arquivos maliciosos. O GOVERSHELL, um backdoor em desenvolvimento ativo, possui várias variantes, cada uma com capacidades específicas, como execução de comandos via PowerShell. Os ataques têm explorado serviços legítimos como Netlify e OneDrive para hospedar os arquivos maliciosos. Além disso, o UTA0388 tem utilizado o OpenAI ChatGPT para gerar conteúdo das campanhas, o que demonstra um uso inovador de inteligência artificial em operações de ciberespionagem. A campanha também se alinha a interesses geopolíticos da China, especialmente em relação a Taiwan. A atividade do grupo foi observada em setembro de 2025, com um foco em instituições governamentais e setores críticos na Europa.

Exploit de Código Remoto em Firmware do Nothing Phone

Um novo exploit de prova de conceito, denominado Fenrir, foi divulgado, visando uma falha crítica de lógica no processo de inicialização segura dos dispositivos Nothing Phone (2a) e CMF Phone 1. A vulnerabilidade permite que um atacante contorne a autenticação da partição bl2_ext, quebrando a cadeia de confiança e possibilitando a execução de código arbitrário no nível de privilégio mais alto (EL3) em sistemas ARM. Essa falha ocorre devido a um erro na cadeia de inicialização segura da MediaTek, que faz com que o Preloader ignore a verificação da partição bl2_ext quando o bootloader está desbloqueado. Isso significa que qualquer imagem de inicialização pode ser carregada sem validação, permitindo que um invasor desative as proteções de inicialização segura e obtenha controle total do dispositivo. A pontuação CVSS 3.1 para essa vulnerabilidade é de 9.8, indicando um risco crítico. Os usuários afetados devem evitar desbloquear seus bootloaders até que correções oficiais sejam disponibilizadas, e os fabricantes devem atualizar a lógica de verificação de inicialização segura para reforçar as verificações da bl2_ext, mesmo em estado desbloqueado.

VirusTotal atualiza plataforma com acesso unificado e sistema de colaboradores

O VirusTotal, plataforma colaborativa de análise de malware, anunciou uma atualização significativa que visa simplificar o acesso para pesquisadores individuais e recompensar parceiros que enriquecem o ecossistema de detecção. As melhorias incluem uma nova estrutura de preços com quatro níveis: Community, Lite, Contributor e Duet, cada um adaptado a diferentes grupos de usuários. O nível Community permanece gratuito, oferecendo recursos básicos de escaneamento. O Lite, a partir de USD 5.000 por ano, é voltado para pequenas equipes e startups, enquanto o Contributor é um novo nível que reconhece parceiros que contribuem com motores de detecção e inteligência de ameaças, oferecendo acesso gratuito a feeds exclusivos e suporte prioritário. O Duet, por sua vez, é destinado a grandes organizações, oferecendo um conjunto completo de recursos e suporte personalizado. O fundador do VirusTotal, Bernardo Quintero, destacou a importância da colaboração e da transparência, reafirmando que a contribuição de fornecedores de segurança é essencial para fortalecer a defesa pública contra malware. Com essas atualizações, o VirusTotal busca unir a comunidade de segurança na luta contra ameaças emergentes.

Cibercriminosos se disfarçam de departamentos de RH para roubar credenciais do Gmail

Recentemente, um sofisticado ataque de phishing tem utilizado notificações de documentos do Zoom para enganar candidatos a emprego e roubar credenciais do Gmail. O ataque começou com um e-mail que parecia legítimo, passando por verificações de segurança como SPF, DKIM e DMARC, e que parecia vir de um endereço confiável. Os destinatários recebiam uma notificação do Zoom informando que ‘departamentos de RH’ os convidavam a visualizar documentos. Ao clicar no link, os usuários eram redirecionados para um domínio falso, onde um ‘gate de proteção contra bots’ os induzia a acreditar que estavam em um site seguro. Após uma breve interação, eram levados a uma página de login falsa do Gmail, onde suas credenciais eram capturadas em tempo real. Os atacantes utilizavam uma conexão WebSocket para transferir as informações imediatamente para seus servidores. Para se proteger, os usuários devem mudar suas senhas e ativar a autenticação em duas etapas. Além disso, é crucial que as organizações monitorem e bloqueiem domínios maliciosos e eduquem seus funcionários sobre os riscos de phishing.

Microsoft Azure enfrenta interrupção global afetando serviços em todo o mundo

No dia 9 de outubro de 2025, a Microsoft Azure, uma das principais plataformas de computação em nuvem, sofreu uma interrupção significativa que afetou clientes na Europa e na África. O problema começou por volta das 07:40 UTC, resultando em uma perda de capacidade de cerca de 30% em instâncias do Azure Front Door, a rede de entrega de conteúdo da empresa. Regiões como Norte da Europa, Oeste da Europa, França Central e partes da África do Sul foram as mais impactadas. Os usuários enfrentaram falhas de conectividade, e muitos não conseguiram acessar o portal do Azure, o que dificultou ações administrativas e de gerenciamento. A Microsoft descartou que as recentes implementações de código fossem a causa do problema, sugerindo que a falha poderia estar relacionada a componentes fundamentais da rede. A empresa se comprometeu a fornecer atualizações regulares e a realizar uma análise detalhada após a restauração dos serviços. Este incidente ressalta os riscos associados à dependência de um único provedor de nuvem e a necessidade de estratégias de resiliência robustas, como implantações em múltiplas regiões e arquiteturas híbridas.

Aumento de ataques de ransomware no setor de saúde em 2025

Nos primeiros nove meses de 2025, foram registrados 293 ataques de ransomware em hospitais e clínicas, além de 130 ataques a empresas do setor de saúde, como fabricantes de produtos médicos e provedores de tecnologia. Embora os ataques a prestadores de serviços de saúde tenham se mantido estáveis em relação a 2024, os ataques a empresas do setor aumentaram em 30%. O aumento da conscientização sobre a ameaça de ransomware, impulsionado por ataques de alto perfil, pode ter levado as organizações a melhorar suas defesas. Além disso, as empresas de saúde lidam com múltiplos prestadores, o que aumenta a vulnerabilidade a ataques. Os dados revelam que 7,4 milhões de registros foram comprometidos em ataques confirmados, com um pedido médio de resgate de cerca de $514.000. Os principais grupos de ransomware identificados foram INC, Qilin e SafePay. Os Estados Unidos lideram em número de ataques, seguidos por Austrália, Alemanha e Reino Unido. O relatório destaca a necessidade urgente de ações de segurança cibernética no setor, especialmente em relação a fornecedores terceirizados, que representam um novo vetor de ataque.

Roubo de Tokens Uma Ameaça Crescente à Segurança de SaaS

Em 2025, o uso de aplicações de software como serviço (SaaS) é comum entre as empresas, mas a segurança dessas plataformas depende de pequenos dados chamados tokens, como tokens de acesso OAuth e chaves de API. O roubo de tokens tem se mostrado uma das principais causas de violações de segurança em ambientes SaaS, permitindo que cibercriminosos acessem sistemas sem a necessidade de senhas, mesmo contornando medidas como a autenticação multifator (MFA). Incidentes recentes, como os ataques à Slack e CircleCI, evidenciam como um único token comprometido pode resultar em acessos não autorizados e vazamentos de dados. A proliferação de SaaS, muitas vezes chamada de ‘SaaS sprawl’, contribui para a dificuldade em monitorar e gerenciar essas integrações, criando uma superfície de ataque não governada. Para mitigar esses riscos, as empresas devem adotar práticas de higiene de tokens, como manter um inventário de aplicativos OAuth, impor processos de aprovação para novas integrações e monitorar a atividade dos tokens. A falta de visibilidade e controle sobre tokens e integrações pode levar a consequências graves, tornando essencial que as equipes de segurança implementem medidas proativas para proteger suas infraestruturas SaaS.

Ameaças cibernéticas em evolução riscos e mitigação

As ameaças cibernéticas estão se tornando cada vez mais sofisticadas, com atacantes utilizando engenharia social, manipulação impulsionada por IA e exploração de nuvem para comprometer sistemas antes considerados seguros. O relatório destaca como o Microsoft Teams tem sido utilizado por grupos de ameaças para extorsão e roubo financeiro, enfatizando a importância de fortalecer a proteção de identidade e a segurança dos endpoints. Além disso, uma nova campanha de malware utiliza arquivos de atalho (.LNK) maliciosos para implantar um dropper de PowerShell, demonstrando a eficácia de técnicas de evasão. O artigo também menciona uma campanha de desinformação apoiada por Israel, visando desestabilizar o Irã, e a investigação da França sobre a coleta de dados de voz da Siri pela Apple. Outro ponto crítico é o roubo de criptomoedas, com hackers norte-coreanos responsáveis por cerca de $2 bilhões em furtos em 2025, destacando a crescente dependência do regime de atividades cibernéticas para financiamento. O artigo conclui com a resistência de empresas de tecnologia à proposta de controle de chat da UE, que exigiria a varredura de comunicações criptografadas, levantando preocupações sobre privacidade e vigilância em massa.

SonicWall revela acesso não autorizado a arquivos de configuração de firewall

A SonicWall anunciou que um grupo não autorizado teve acesso a arquivos de backup de configuração de firewall de todos os clientes que utilizam seu serviço de backup em nuvem. Embora as credenciais contidas nesses arquivos estejam criptografadas, a empresa alertou que a posse desses arquivos pode aumentar o risco de ataques direcionados. A SonicWall está notificando todos os parceiros e clientes e disponibilizou ferramentas para avaliação e remediação dos dispositivos afetados. Os clientes são aconselhados a acessar suas contas no MySonicWall.com para verificar se seus firewalls estão impactados. A empresa classificou os dispositivos afetados em três categorias, com prioridade alta para aqueles com serviços expostos à internet. Este incidente segue um alerta anterior da SonicWall sobre a necessidade de redefinição de credenciais após a exposição de arquivos de configuração em uma violação de segurança que afetou contas do MySonicWall. A SonicWall ainda não revelou quantos clientes utilizam o serviço de backup em nuvem, nem a identidade dos atacantes, mas afirmou que reforçou sua infraestrutura e implementou controles de autenticação mais rigorosos para evitar recorrências.

Atores de Ameaça Chineses Usam Nezha para Executar Comandos Remotos

A recente análise de um ataque cibernético revela que atores de ameaça chineses estão utilizando a ferramenta de monitoramento open-source Nezha como um framework malicioso de comando e controle. Originalmente projetada para monitoramento leve de servidores, a Nezha foi adaptada para emitir comandos arbitrários e estabelecer persistência em servidores web comprometidos. Após a implantação inicial de shells web, os atacantes instalaram agentes Nezha disfarçados de binários administrativos em mais de 100 máquinas vítimas, com a maioria dos alvos localizados em Taiwan, Japão, Coreia do Sul e Hong Kong. A infraestrutura dos atacantes apresenta características de campanhas de ameaças persistentes avançadas, utilizando recursos em nuvem como AWS e servidores privados virtuais, o que dificulta a rastreabilidade. A configuração do painel da Nezha em russo sugere uma possível cooperação global ou uso de ferramentas compartilhadas. Para mitigar esses riscos, recomenda-se que as organizações implementem segmentação de rede rigorosa e monitorem o uso anômalo de ferramentas administrativas.

Sites de vazamento de dados atingem recorde com RaaS e LockBit 5.0

No terceiro trimestre de 2025, a atividade de ransomware atingiu níveis recordes, impulsionada pelo anúncio da plataforma RaaS (Ransomware as a Service) da Scattered Spider e o retorno do LockBit com a versão 5.0, que agora visa explicitamente a infraestrutura crítica. O número de sites ativos de vazamento de dados subiu para 81, com novos grupos emergindo em diversas regiões e setores, apesar do número total de organizações listadas permanecer estável em relação ao segundo trimestre. A Scattered Spider, conhecida por suas táticas de engenharia social, está se preparando para lançar sua plataforma ShinySp1d3r, prometendo uma integração eficiente de exfiltração de dados e criptografia de arquivos. Por outro lado, o LockBit 5.0 permite que seus afiliados ataquem infraestrutura crítica, refletindo uma mudança significativa em sua estratégia após ações de aplicação da lei. O setor de saúde e serviços técnicos viu um aumento nas exposições, enquanto setores como manufatura e construção enfrentaram quedas. A combinação de táticas de extorsão dupla e ataques a sistemas operacionais industriais representa uma ameaça crescente, exigindo que as organizações adotem medidas rigorosas de segurança, como segmentação de rede e monitoramento de sites de vazamento.

Grupos APT abusam do ChatGPT para criar malware avançado e kits de phishing

Pesquisadores de segurança da Volexity descobriram que grupos de ameaças alinhados à China, identificados como UTA0388, estão utilizando plataformas de inteligência artificial como o ChatGPT para aprimorar suas capacidades de ciberataque. Desde junho de 2025, esses atores têm conduzido campanhas de spear phishing, desenvolvendo malware sofisticado e criando e-mails de phishing multilíngues que visam organizações na América do Norte, Ásia e Europa. As campanhas do UTA0388 demonstram um nível de sofisticação sem precedentes ao usar Modelos de Linguagem Grande (LLMs) para automatizar atividades maliciosas. Através da criação de personas fictícias e organizações de pesquisa inventadas, os atacantes conseguem enganar suas vítimas para que baixem cargas maliciosas. Mais de 50 e-mails de phishing únicos foram observados, cada um com uma fluência impressionante, mas frequentemente sem coerência semântica, indicando uma geração impulsionada por IA. A análise técnica revelou cinco variantes distintas de um malware chamado GOVERSHELL, cada uma sendo uma reescrita completa, sugerindo o uso de geração de código assistida por IA. A integração da IA nas operações cibercriminosas sinaliza uma nova era de atividades de ameaças automatizadas e em larga escala, exigindo que as organizações adotem novas estratégias de defesa, como a detecção baseada em comportamento e o compartilhamento de inteligência sobre ameaças.

Vazamento de Dados do Discord 1,5TB e 2M de Fotos de Identidade em Risco

O Discord confirmou um vazamento de dados significativo após um ataque cibernético que comprometeu o ambiente de atendimento ao cliente da Zendesk, seu provedor de suporte terceirizado. Os atacantes, identificados como Scattered Lapsus$ Hunters (SLH), acessaram uma conta de agente de suporte e mantiveram o controle por 58 horas, durante as quais exfiltraram aproximadamente 1,5 terabytes de dados sensíveis. Embora os hackers tenham afirmado ter em mãos mais de 2 milhões de fotos de identificação, a investigação interna do Discord revelou que cerca de 70 mil imagens de identificação foram realmente expostas. Os dados roubados incluem nomes de usuários, endereços de e-mail, transcrições de mensagens de suporte e informações de pagamento limitadas. Após o incidente, o Discord revogou o acesso da Zendesk e notificou as autoridades competentes. O ataque destaca a vulnerabilidade das empresas em relação a ataques à cadeia de suprimentos, especialmente quando dependem de fornecedores com segurança menos robusta. O impacto total do vazamento ainda é incerto, mas o Discord se recusa a pagar o resgate exigido pelos atacantes e está monitorando a situação de perto.

Hackers russos usam inteligência artificial em ataques cibernéticos na Ucrânia

No primeiro semestre de 2025, hackers russos intensificaram o uso de inteligência artificial (IA) em ataques cibernéticos contra a Ucrânia, conforme relatado pelo Serviço Estatal de Comunicações Especiais e Proteção da Informação (SSSCIP). A agência registrou 3.018 incidentes cibernéticos, um aumento em relação aos 2.575 do segundo semestre de 2024. Os ataques incluem campanhas de phishing e o uso de malware gerado por IA, como o WRECKSTEEL, que visa a administração estatal e infraestrutura crítica. Além disso, grupos como UAC-0218 e UAC-0226 têm direcionado suas ações a forças de defesa e órgãos governamentais, utilizando táticas sofisticadas como arquivos RAR armadilhados e técnicas de engenharia social. O SSSCIP também observou a exploração de vulnerabilidades em softwares de webmail, permitindo ataques sem interação do usuário. A utilização de serviços legítimos como Dropbox e Google Drive para hospedar malware também tem crescido, evidenciando a adaptação dos atacantes às tecnologias disponíveis. O cenário de guerra híbrida se intensifica, com operações cibernéticas sincronizadas a ataques físicos no campo de batalha.

iFood sofre ataque de espionagem corporativa por engenharia social

O iFood, um dos principais aplicativos de delivery do Brasil, está enfrentando um ataque coordenado de espionagem corporativa, conforme relatado pelo CEO Diego Barreto. Nos últimos meses, mais de 170 mensagens foram enviadas a funcionários da empresa, principalmente executivos das áreas de Negócio, Tecnologia e Comercial, com ofertas de pagamento que variavam de US$ 250 a R$ 5,5 mil em troca de informações sensíveis. As comunicações, que se apresentavam como consultas de mercado, rapidamente se transformaram em solicitações de dados críticos, como faturamento e estratégias de precificação. Barreto enfatizou que essas abordagens são antiéticas e ilegais, levando o iFood a implementar novos protocolos de segurança e a notificar as autoridades. Concorrentes como Ketta e 99Food negaram envolvimento em espionagem, enquanto a Rappi não comentou o caso. O incidente destaca a vulnerabilidade das empresas a ataques de engenharia social e a necessidade de reforço nas medidas de segurança interna.

Cuidado hackers criam sites falsos do Amazon Prime Day para roubar dados

Com a aproximação do Amazon Prime Day, os cibercriminosos estão intensificando suas atividades fraudulentas, criando sites falsos para roubar dados dos usuários. Um estudo da Check Point Software revelou que, nas três primeiras semanas de setembro, foram registrados 727 novos domínios relacionados à Amazon, com 1 a cada 18 sendo classificado como malicioso. Entre esses, 1 a cada 36 continha a expressão ‘Amazon Prime’. Dois casos de phishing foram destacados: um e-mail que simula um ‘Pagamento não autorizado’, redirecionando para um site de login falso, e um PDF com o título ‘Assinatura Suspensa’, que leva a um portal de pagamentos fraudulento. Para se proteger, os especialistas recomendam verificar os domínios, evitar anexos suspeitos, ativar a autenticação multifator e usar soluções de segurança em camadas. A situação é alarmante, pois as fraudes já começaram antes mesmo do evento oficial, exigindo atenção redobrada dos consumidores.

Kit de Phishing Automatiza Ataques ClickFix e Evita Medidas de Segurança

Pesquisadores da Palo Alto Networks identificaram um novo kit de phishing chamado IUAM ClickFix Generator, que automatiza a criação de páginas de phishing enganosas. Este kit, ativo desde julho de 2025, permite que até mesmo atacantes com pouca habilidade criem iscas convincentes que induzem as vítimas a executar comandos maliciosos. O IUAM ClickFix Generator simula desafios de verificação de navegador, comuns em provedores de segurança em nuvem, e inclui uma função de injeção de clipboard que copia comandos maliciosos para a área de transferência das vítimas. Os atacantes podem personalizar as páginas de phishing para se parecerem com desafios legítimos, aumentando a eficácia do ataque.

As 10 Melhores Ferramentas de Proteção Contra Roubo de Conta em 2025

Os ataques de roubo de conta (Account Takeover - ATO) estão se tornando uma das ameaças cibernéticas mais rápidas e crescentes, afetando tanto empresas quanto indivíduos em todo o mundo. Os atacantes utilizam bots automatizados, phishing e tentativas de força bruta para comprometer contas de usuários. Para enfrentar essa ameaça, as organizações estão adotando ferramentas avançadas de proteção contra ATO, que combinam gerenciamento de bots, autenticação multifatorial (MFA), análises comportamentais e monitoramento impulsionado por inteligência artificial (IA). Em 2025, as melhores ferramentas de ATO oferecem velocidade, precisão e escalabilidade, além de defesa contra ataques sofisticados. O artigo destaca as dez principais ferramentas de proteção contra ATO, explicando suas especificações, características e adequação a diferentes tipos de organizações. A utilização dessas ferramentas é crucial para reduzir os riscos de roubo de credenciais e ataques baseados em bots, além de melhorar a confiança do cliente e a conformidade regulatória. As empresas nos setores financeiro, e-commerce, saúde e SaaS enfrentam riscos significativos se as contas de usuários forem comprometidas, resultando em perdas financeiras e danos à reputação.

As 10 Melhores Ferramentas de Monitoramento da Pegada Digital para Organizações em 2025

Com a crescente presença digital das organizações, o monitoramento da pegada digital se tornou essencial para a cibersegurança e a proteção da marca. Em 2025, as ferramentas de monitoramento não apenas garantem a segurança, mas também ajudam na gestão da reputação, detecção de ameaças e conformidade. Essas soluções inteligentes permitem que as empresas acompanhem onde sua marca, funcionários e dados sensíveis aparecem na web aberta, redes sociais e dark web. O artigo apresenta as 10 melhores ferramentas de monitoramento da pegada digital, destacando suas especificações, razões para compra e funcionalidades. A demanda por essas ferramentas aumentou devido à alta taxa de vazamentos de dados, roubo de identidade e danos à reputação online. As ferramentas analisadas oferecem valor em áreas como inteligência de ameaças cibernéticas e gestão da reputação da marca. A escolha da plataforma certa pode reduzir riscos de negócios e melhorar a credibilidade da marca.

As 10 Melhores Empresas de Prevenção à Fraude em 2025

A prevenção de fraudes é uma prioridade crítica para empresas de todos os tamanhos em 2025, à medida que os cibercriminosos evoluem suas táticas e exploram novas vulnerabilidades. Proteger dados sensíveis, garantir a segurança das transações e manter a confiança do cliente são essenciais no cenário digital atual. Este artigo apresenta as dez melhores empresas de prevenção à fraude de 2025, selecionadas com base em suas tecnologias avançadas, soluções abrangentes e sucesso comprovado no combate à fraude. As empresas listadas utilizam inteligência artificial, aprendizado de máquina, biometria comportamental e análises em tempo real para detectar e prevenir atividades fraudulentas de forma rápida e precisa. As soluções não apenas protegem as empresas contra perdas financeiras, mas também ajudam a manter a conformidade com as regulamentações em evolução e a preservar a reputação da marca. A escolha da melhor empresa de prevenção à fraude permite que as organizações se mantenham à frente das tendências de fraude e protejam suas operações de forma eficaz, reduzindo falsos positivos e otimizando fluxos de trabalho de fraude, melhorando a experiência do cliente.

As 10 Melhores Empresas de Segurança em Inteligência de Cadeia de Suprimentos em 2025

No contexto atual da economia global interconectada, a segurança das cadeias de suprimentos se tornou uma prioridade crítica para empresas em todo o mundo. O aumento de ciberataques, vazamentos de dados e interrupções geopolíticas ameaça a estabilidade das cadeias de suprimentos e a continuidade dos negócios. Para enfrentar esses riscos, empresas especializadas em segurança de inteligência de cadeia de suprimentos utilizam tecnologias avançadas como inteligência artificial (IA), aprendizado de máquina, inteligência de ameaças e análises de risco. Essas soluções permitem que as organizações identifiquem proativamente vulnerabilidades, monitorem fornecedores e mitiguem ameaças em tempo real. O artigo apresenta uma análise das dez melhores empresas de segurança em inteligência de cadeia de suprimentos em 2025, avaliando-as com base em critérios como especificações, recursos, razões para compra, prós e contras. A lista destaca empresas que se destacam em precisão, capacidade de integração e insights acionáveis, ajudando os gestores de risco a responder rapidamente e reduzir potenciais interrupções ou violações na cadeia de suprimentos.

Instituto de Educação Culinária sofre vazamento de dados em 2025

O Instituto de Educação Culinária (ICE) notificou 33.342 pessoas sobre um vazamento de dados ocorrido em abril de 2025, que comprometeu informações pessoais sensíveis, incluindo números de Seguro Social, datas de nascimento e números de registro de estrangeiros nos EUA. O grupo de ransomware Payouts King reivindicou a responsabilidade pelo ataque, alegando ter roubado 1,5 TB de dados. Embora o ICE tenha confirmado a violação, não há informações sobre o pagamento de resgates ou como os atacantes conseguiram acessar a rede da instituição. O ICE está oferecendo monitoramento de crédito gratuito para as vítimas afetadas. Este incidente é parte de uma tendência crescente de ataques de ransomware em instituições educacionais nos EUA, com 34 ataques confirmados em 2025, comprometendo mais de 183 mil registros. O ataque ao ICE é o terceiro maior em termos de registros comprometidos, atrás de incidentes em distritos escolares que notificaram mais de 46 mil e 35 mil pessoas, respectivamente. O ICE, fundado em 1975, possui campi em Nova York e Los Angeles.

Campanha de Malware Alvo de Sites WordPress com Injeções Maliciosas

Pesquisadores de cibersegurança alertam sobre uma campanha maliciosa que visa sites WordPress, injetando JavaScript malicioso para redirecionar usuários a sites suspeitos. A empresa de segurança Sucuri iniciou uma investigação após um de seus clientes relatar que seu site WordPress estava servindo conteúdo JavaScript de terceiros. Os atacantes modificaram um arquivo relacionado ao tema (‘functions.php’), inserindo código que faz referência ao Google Ads para evitar detecção. O código atua como um carregador remoto, enviando requisições HTTP para o domínio ‘brazilc[.]com’, que responde com um payload dinâmico. Este payload inclui um arquivo JavaScript hospedado em ‘porsasystem[.]com’, que realiza redirecionamentos, e um iframe oculto que imita ativos legítimos do Cloudflare. Além disso, um novo kit de phishing, chamado IUAM ClickFix Generator, permite que atacantes criem páginas de phishing personalizáveis, aumentando a eficácia dos ataques. A técnica de ‘cache smuggling’ também foi identificada, permitindo que scripts maliciosos sejam armazenados no cache do navegador sem a necessidade de downloads explícitos. A situação destaca a importância de manter sites WordPress seguros e atualizados, além de reforçar a necessidade de senhas fortes e monitoramento constante.

VPNs gratuitas podem ser porta de entrada para hackers

Uma pesquisa da Zimperium zLabs analisou 800 aplicativos de VPN gratuitos para Android e iOS, revelando falhas críticas de segurança. Muitos desses aplicativos apresentam comportamentos maliciosos, como vazamento de dados pessoais e falta de privacidade. Três aplicativos ainda utilizam uma versão desatualizada da biblioteca OpenSSL, tornando os usuários vulneráveis ao bug Heartbleed, que permite acesso remoto a informações sensíveis. Além disso, 1% dos aplicativos analisados são suscetíveis a ataques man-in-the-middle, possibilitando a interceptação de dados. A pesquisa também destacou problemas de permissões excessivas, como um aplicativo de iOS que solicita acesso à localização o tempo todo, o que é desnecessário para uma VPN. A falta de transparência é um problema recorrente, com 25% dos aplicativos na App Store não apresentando um manifesto de privacidade válido. Essa situação é preocupante, especialmente para empresas que adotam políticas de BYOD (Bring Your Own Device), pois os dispositivos pessoais podem comprometer a segurança dos sistemas internos.