Cibercrime

Rhadamanthys Malware como Serviço em Ascensão no Cibercrime

O malware Rhadamanthys, promovido por um ator de ameaças conhecido como kingcrete2022, se destaca como um dos principais ladrões de informações disponíveis sob o modelo de malware-as-a-service (MaaS). Com a versão 0.9.2, o software agora coleta impressões digitais de dispositivos e navegadores, ampliando suas capacidades além da simples coleta de dados. A Check Point revelou que os desenvolvedores rebranding como ‘RHAD security’ e ‘Mythical Origin Labs’ estão oferecendo pacotes que variam de $299 a $499 por mês, indicando uma profissionalização do serviço. A nova versão inclui recursos para evitar a detecção, como alertas que permitem a execução do malware sem danos ao sistema. Além disso, o malware utiliza técnicas de esteganografia para ocultar seu payload, que é extraído e executado após uma série de verificações para evitar ambientes de sandbox. A evolução do Rhadamanthys, com a adição de um runner Lua para plugins, representa uma ameaça crescente à segurança pessoal e corporativa, exigindo atenção contínua dos profissionais de segurança.

Atores de Ameaça Chineses Explorando Servidores IIS para Manipular Rankings

Um novo relatório da Cisco Talos revela uma campanha de cibercrime em larga escala conduzida pelo grupo de hackers UAT-8099, que tem como alvo servidores vulneráveis do Internet Information Services (IIS) em países como Índia, Tailândia, Vietnã, Canadá e Brasil desde abril de 2025. O foco principal do grupo é manipular rankings de otimização para motores de busca (SEO), redirecionando tráfego valioso para anúncios não autorizados e sites de jogos de azar, enquanto exfiltra dados sensíveis de instituições proeminentes.

Ex-administrador do BreachForums é condenado a três anos de prisão

O Departamento de Justiça dos EUA reavaliou a sentença de Conor Brian Fitzpatrick, conhecido como Pompompurin, ex-administrador do BreachForums, condenando-o a três anos de prisão. Fitzpatrick, de 22 anos, foi preso em março de 2023 e se declarou culpado de várias acusações, incluindo conspiração e posse de material de abuso sexual infantil. Como parte do acordo, ele concordou em renunciar a mais de 100 domínios e dispositivos eletrônicos utilizados na operação do fórum, além de criptomoedas que representavam os lucros ilícitos. O BreachForums, que surgiu após o fechamento do RaidForums, permitia a compra e venda de dados roubados, atingindo um pico de 330 mil membros e armazenando mais de 14 bilhões de registros. Apesar das tentativas de desmantelamento, o fórum foi relançado várias vezes e, recentemente, um novo grupo assumiu o controle após a prisão de Baphomet em 2023. O impacto das atividades de Fitzpatrick é considerado incalculável, tanto em termos de danos financeiros quanto sociais.

Grupos de cibercrime que roubaram US 10 bilhões dos americanos são sancionados

O Departamento do Tesouro dos EUA impôs sanções a várias organizações de cibercrime localizadas na Birmânia e no Camboja, que foram responsáveis por fraudes que resultaram em perdas de mais de US$ 10 bilhões para cidadãos americanos em 2024. Essas organizações operavam principalmente por meio de golpes românticos e oportunidades de investimento falsas, além de estarem envolvidas em trabalho forçado e tráfico humano. As sanções congelam os ativos das entidades afetadas e bloqueiam seu acesso ao sistema financeiro dos EUA, dificultando suas operações globais. O governo dos EUA destacou que as perdas devido a esses golpes aumentaram 66% em relação ao ano anterior, ressaltando a gravidade da situação. Entre os alvos das sanções estão indivíduos que controlam propriedades que abrigam centros de fraude, além de fornecedores de energia e redes de lavagem de dinheiro. O impacto das sanções é significativo, pois impede que cidadãos e empresas dos EUA façam negócios com os indivíduos sancionados, além de desencorajar instituições financeiras internacionais de se envolverem com eles.

INTERPOL prende 1.209 cibercriminosos em operação na África

Em uma operação coordenada pela INTERPOL, 1.209 cibercriminosos foram presos em 18 países africanos, com foco em crimes cibernéticos como ransomware e fraudes online. A operação, chamada de Serengeti 2.0, resultou na recuperação de US$ 97,4 milhões e na desarticulação de 11.432 infraestruturas maliciosas. Entre os destaques, estão a desativação de 25 centros de mineração de criptomoedas em Angola, onde 60 cidadãos chineses estavam envolvidos, e a interrupção de uma operação de fraude de investimento online na Zâmbia, que enganou 65.000 vítimas, resultando em perdas de cerca de US$ 300 milhões. Além disso, uma rede de fraude de herança transnacional originada na Alemanha foi desmantelada. A operação ressalta a necessidade urgente de cooperação internacional no combate ao cibercrime, que não respeita fronteiras. A INTERPOL enfatizou que a colaboração entre países é essencial para aumentar a eficácia das ações contra esse tipo de crime.

Membro do grupo Scattered Spider é condenado a 10 anos de prisão nos EUA

Noah Michael Urban, um jovem de 20 anos, foi condenado a dez anos de prisão nos Estados Unidos por sua participação em uma série de ataques cibernéticos e roubos de criptomoedas, relacionados ao infame grupo de cibercrime conhecido como Scattered Spider. Urban, que se declarou culpado de fraude eletrônica e roubo de identidade agravado, também foi condenado a pagar US$ 13 milhões em restituição às vítimas. Entre agosto de 2022 e março de 2023, ele e seus cúmplices realizaram ataques de SIM swapping, que permitiram o acesso não autorizado a contas de criptomoedas, resultando em um roubo de pelo menos US$ 800 mil de cinco vítimas diferentes. Além disso, o Departamento de Justiça dos EUA revelou que Urban e outros membros do grupo utilizaram técnicas de engenharia social para invadir redes corporativas e roubar dados proprietários, além de desviar milhões de dólares em criptomoedas. O Scattered Spider, que se uniu a outros grupos de cibercrime, está se tornando uma ameaça crescente, utilizando táticas que exploram vulnerabilidades humanas em vez de apenas técnicas. A condenação de Urban destaca a necessidade de vigilância contínua e medidas de segurança robustas para proteger informações sensíveis em um cenário de cibercrime em evolução.

Homem é acusado de operar botnet DDoS nos EUA

Ethan Foltz, um jovem de 22 anos do Oregon, foi acusado de desenvolver e gerenciar uma botnet de DDoS chamada RapperBot, que tem sido utilizada para realizar ataques em larga escala em mais de 80 países desde 2021. O Departamento de Justiça dos EUA informou que Foltz enfrenta uma acusação de auxílio e cumplicidade em intrusões de computador, podendo pegar até 10 anos de prisão se condenado. A botnet RapperBot, também conhecida como ‘Eleven Eleven Botnet’ e ‘CowBot’, compromete dispositivos como gravadores de vídeo digitais e roteadores Wi-Fi, utilizando malware especializado. Os clientes da RapperBot podem emitir comandos para esses dispositivos infectados, forçando-os a enviar grandes volumes de tráfego DDoS para servidores e computadores ao redor do mundo. A botnet é inspirada em outras como fBot e Mirai, e foi documentada pela primeira vez em 2022. A investigação revelou que Foltz e seus cúmplices monetizaram a botnet, realizando mais de 370.000 ataques a 18.000 vítimas únicas, incluindo alvos na China, Japão, EUA, Irlanda e Hong Kong. A operação para desmantelar a RapperBot faz parte da iniciativa internacional Operation PowerOFF.