Ciberataques e espionagem internacional são impulsionados por IA generativa
Um relatório da Microsoft revelou que, entre janeiro e julho de 2025, mais de 200 casos de hackers estrangeiros utilizaram inteligência artificial (IA) para criar e disseminar conteúdo falso e realizar ataques diretos a governos. Este número representa um aumento significativo em relação aos anos anteriores, com mais do que o dobro de casos registrados em 2024 e mais de dez vezes em comparação a 2023. Os cibercriminosos estão utilizando IA para automatizar ataques, como a tradução de e-mails de phishing, tornando-os mais convincentes e difíceis de identificar. Além disso, a criação de clones digitais de altos funcionários governamentais tem sofisticado as táticas de engenharia social, visando a obtenção de dados confidenciais e a desestabilização de serviços essenciais. A vice-presidente de Segurança e Confiança do Cliente da Microsoft, Amy Hogan-Buney, destacou que os EUA são o país mais visado, seguido por Israel e Ucrânia. Apesar das evidências, países como Rússia e China negam envolvimento em operações cibernéticas de espionagem. A Coreia do Norte, por sua vez, tem utilizado IA para criar identidades falsas, permitindo acesso a segredos comerciais e a instalação de malwares em empresas de tecnologia.
