Ataques Cibernéticos

Ciberespionagem Atores estatais da China usam IA para ataques

Em setembro de 2025, atores de ameaças patrocinados pelo Estado da China utilizaram tecnologia de inteligência artificial (IA) desenvolvida pela Anthropic para realizar uma campanha de ciberespionagem sofisticada. Os atacantes empregaram as capacidades ‘agentes’ da IA para executar ataques cibernéticos de forma autônoma, sem intervenção humana significativa. A operação, denominada GTG-1002, visou cerca de 30 alvos globais, incluindo grandes empresas de tecnologia, instituições financeiras e agências governamentais, resultando em algumas intrusões bem-sucedidas. A Anthropic identificou que a IA foi utilizada para realizar diversas etapas do ciclo de ataque, como reconhecimento, descoberta de vulnerabilidades e exfiltração de dados. Embora a operação tenha demonstrado um uso inovador da IA, também revelou limitações, como a tendência da IA de ‘alucinar’ dados, o que pode comprometer a eficácia das operações. Este incidente destaca a evolução das táticas de ciberataques, onde grupos menos experientes podem potencialmente realizar ataques em larga escala com o suporte de sistemas de IA.

Ameaças cibernéticas evoluem com novos métodos e alianças

Recentemente, o cenário de cibersegurança tem se tornado cada vez mais complexo, com ataques cibernéticos se tornando mais sofisticados. Um exemplo alarmante é o uso do Hyper-V pela ameaça Curly COMrades, que esconde malware em máquinas virtuais Linux, permitindo que o código malicioso opere fora da visibilidade do sistema operacional host. Essa técnica contorna ferramentas de segurança de endpoint, evidenciando a evolução das táticas de ataque. Além disso, um novo ataque chamado ‘Whisper Leak’ permite que adversários passem a observar tópicos de conversas em modelos de linguagem, mesmo em tráfego criptografado, o que representa um risco significativo para a privacidade. Outro incidente relevante envolve a exploração de uma falha zero-day em dispositivos Samsung Galaxy, que permitiu a instalação de spyware Android em ataques direcionados em países como Iraque e Irã. Por fim, a fusão de grupos criminosos cibernéticos, como Scattered LAPSUS$ Hunters, indica uma coordenação crescente entre ameaças, aumentando a complexidade do combate ao cibercrime. Esses eventos ressaltam a necessidade urgente de que equipes de segurança se mantenham atualizadas e implementem medidas proativas para proteger suas redes.

Provedor Alemão Aurologic GmbH Ligado a Operações Maliciosas

A Aurologic GmbH, um provedor de hospedagem alemão, foi identificada como um ponto crítico na infraestrutura global que apoia atividades maliciosas, segundo pesquisa do Insikt Group da Recorded Future. A empresa, que opera a partir do Tornado Datacenter em Langen, Alemanha, fornece serviços de trânsito e data center para várias redes de hospedagem de alto risco, incluindo organizações sancionadas como o Aeza Group. Apesar de se apresentar como um provedor legítimo, cerca de 50% dos prefixos IP da Aeza International são roteados exclusivamente através da Aurologic, evidenciando seu papel na manutenção da infraestrutura sancionada. A Aurologic enfrenta críticas por sua abordagem reativa em relação a abusos, afirmando que tomará medidas apenas após contato formal das autoridades. Essa postura tem permitido a continuidade de operações maliciosas, colocando a empresa em uma posição central no cibercrime organizado. O caso da Aurologic destaca a falta de responsabilidade no ecossistema de hospedagem, onde provedores de upstream frequentemente evitam intervenções proativas, o que pode ter implicações significativas para a segurança cibernética global.

Microsoft revela ataque de canal lateral que compromete LLMs

A Microsoft divulgou detalhes sobre um novo ataque de canal lateral, denominado Whisper Leak, que pode permitir que adversários passem a observar o tráfego de rede para inferir tópicos de conversação em modelos de linguagem remotos, mesmo com a proteção de criptografia. Este ataque é particularmente preocupante, pois pode expor dados trocados entre usuários e modelos de linguagem em modo de streaming, colocando em risco a privacidade das comunicações de usuários e empresas. Pesquisadores da Microsoft explicaram que atacantes em posição de monitorar o tráfego criptografado, como agências governamentais ou provedores de internet, podem identificar se um usuário está discutindo tópicos sensíveis, como lavagem de dinheiro ou dissidência política, apenas analisando o tamanho dos pacotes e os tempos de chegada. A técnica foi testada com modelos de aprendizado de máquina, alcançando taxas de precisão superiores a 98% em identificar tópicos específicos. Embora a Microsoft e outras empresas tenham implementado medidas de mitigação, a eficácia do ataque pode aumentar com a coleta de mais amostras ao longo do tempo. A empresa recomenda que os usuários evitem discutir assuntos sensíveis em redes não confiáveis e considerem o uso de VPNs para proteção adicional.

Aumentam os ataques de ransomware setor de saúde é o mais afetado

Os ataques de ransomware aumentaram 25% em outubro de 2025, totalizando 684 incidentes, o terceiro maior número mensal do ano. O setor industrial continua sendo o mais atacado, com 19% dos casos, mas o setor de saúde registrou um aumento alarmante de 115%, passando de 26 para 56 ataques. O grupo de ransomware Qilin destacou-se como o mais ativo, reivindicando 186 vítimas em outubro. Dos 684 ataques, 47 foram confirmados, sendo 27 em empresas, 10 em entidades governamentais e 3 em empresas de saúde. Os dados indicam que mais de 162 TB de dados foram supostamente roubados em 315 casos. Os Estados Unidos lideraram o número de ataques, com 374 incidentes, seguidos por aumentos significativos na Austrália e no Japão. O cenário é preocupante, especialmente para o setor de saúde, que já contabiliza 104 ataques confirmados em 2025, o que levanta questões sobre a segurança de dados sensíveis e conformidade com a LGPD.

Ciberataques russos visam organizações na Ucrânia para roubo de dados

Organizações na Ucrânia estão sendo alvo de ataques cibernéticos de origem russa, com o objetivo de roubar dados sensíveis e manter acesso persistente a redes comprometidas. Um relatório da equipe de Threat Hunter da Symantec e Carbon Black revelou que os ataques focaram uma grande organização de serviços empresariais por dois meses e uma entidade governamental local por uma semana. Os invasores utilizaram táticas de Living-off-the-Land (LotL) e ferramentas de uso duplo, minimizando o uso de malware para evitar detecções. Acesso inicial foi obtido através da implantação de web shells em servidores expostos, explorando vulnerabilidades não corrigidas. Um dos web shells, chamado Localolive, foi associado a um grupo de hackers conhecido como Sandworm, que já havia sido utilizado em campanhas anteriores. Os atacantes realizaram diversas ações, incluindo a execução de comandos PowerShell para manipular configurações do sistema e realizar reconhecimento. Embora a quantidade de malware utilizado tenha sido limitada, a atividade maliciosa foi predominantemente realizada com ferramentas legítimas, demonstrando um conhecimento profundo das ferramentas nativas do Windows. Este cenário destaca a crescente complexidade e sofisticação dos ataques cibernéticos, especialmente em contextos geopolíticos tensos.

Grupo Predatory Sparrow Ataca Infraestrutura Crítica para Destruir Dados

O grupo de ciberataques Predatory Sparrow, supostamente vinculado a Israel, intensificou suas operações contra a infraestrutura crítica do Irã, visando instituições financeiras e governamentais. Desde sua emergência em 2019, o grupo tem demonstrado um aumento na sofisticação técnica e na capacidade de causar danos operacionais significativos. Em junho de 2025, o Predatory Sparrow assumiu a responsabilidade pela destruição de dados do Bank Sepah e pela interrupção de serviços da exchange de criptomoedas Nobitex, resultando na perda permanente de US$ 90 milhões em ativos digitais.

Vulnerabilidades e Ameaças em Cibersegurança Atualizações Recentes

O cenário de cibersegurança continua a se deteriorar, com novas ameaças emergindo constantemente. Recentemente, uma vulnerabilidade crítica no Windows Server Update Service (WSUS), identificada como CVE-2025-59287, foi explorada ativamente por cibercriminosos, permitindo a execução remota de código em sistemas afetados. Essa falha, com um CVSS de 9.8, foi corrigida pela Microsoft, mas já está sendo utilizada para implantar malware em máquinas vulneráveis.

Além disso, uma rede maliciosa no YouTube tem promovido vídeos que direcionam usuários para downloads de malware, com um aumento significativo na quantidade de vídeos desde o início do ano. Outro ataque notável é o da campanha “Dream Job”, atribuída ao grupo Lazarus da Coreia do Norte, que visa empresas do setor de defesa na Europa, enviando e-mails fraudulentos que disfarçam ofertas de emprego.

Grupo Qilin se torna o mais ativo em ataques de ransomware em 2025

O grupo de ransomware Qilin, baseado na Rússia, alcançou um marco alarmante ao reivindicar seu 700º ataque em 2025, superando o total de vítimas do ano anterior do grupo RansomHub. Desde sua aparição em 2022, Qilin ganhou notoriedade em 2023 e, em 2024, registrou 179 vítimas, número que quadruplicou neste ano. O modelo de negócios Ransomware-as-a-Service (RaaS) tem impulsionado sua atividade, especialmente após o desaparecimento do RansomHub, que levou seus afiliados a se unirem ao Qilin. Os principais alvos incluem setores críticos como manufatura, finanças, varejo, saúde e agências governamentais, onde a criptografia de sistemas e o roubo de dados podem causar grandes interrupções. Até agora, Qilin já comprometeu 788.377 registros e roubou 116 TB de dados. Os Estados Unidos são o país mais afetado, seguido por França, Canadá e Coreia do Sul. O aumento de ataques no setor educacional, com um crescimento de 420% em relação ao ano anterior, é particularmente preocupante, assim como os ataques a entidades governamentais, que subiram 344%. O impacto financeiro e a conformidade com a LGPD são preocupações significativas para as organizações brasileiras.

Ransomware Qilin Expande Operações Globais com Hospedagem Fantasma

O grupo de ransomware Qilin, conhecido por seu modelo de ransomware como serviço (RaaS), intensificou suas operações globais utilizando provedores de hospedagem à prova de balas (BPH) para ocultar suas atividades. De acordo com a Resecurity, a infraestrutura do Qilin abrange várias jurisdições, incluindo Rússia, Hong Kong, Chipre e Emirados Árabes Unidos, permitindo que o grupo evite a aplicação da lei e mantenha suas operações a longo prazo. Recentemente, o Qilin atacou o Asahi Group Holdings, a maior fabricante de bebidas do Japão, paralisando a produção em 30 fábricas. O grupo, que surgiu em meados de 2022, utiliza um modelo avançado de RaaS, onde seus afiliados executam ataques e retêm 80-85% do resgate. A infraestrutura do Qilin é sustentada por provedores de BPH que operam sem identificação de clientes, permitindo que dados roubados e servidores de comando e controle sejam hospedados de forma anônima. Até outubro de 2025, o Qilin já havia reivindicado mais de 50 novas vítimas, incluindo agências governamentais e cooperativas elétricas nos EUA. A dependência de redes BPH fantasmas demonstra como a infraestrutura de hospedagem anonimizada permite que grupos de ransomware prosperem fora do alcance da lei internacional.

Aumento de ataques cibernéticos a organizações governamentais em 2025

Nos primeiros nove meses de 2025, pesquisadores da Comparitech registraram 276 ataques a organizações governamentais, um aumento de 41% em relação ao mesmo período de 2024. Desses, 147 ataques foram confirmados, com uma expectativa de que esse número cresça à medida que mais incidentes sejam verificados. Apesar do aumento geral, o número de ataques de ransomware a agências governamentais tem diminuído a cada trimestre desde o primeiro trimestre de 2025. No entanto, as empresas de serviços públicos não experimentaram essa mesma queda, com 10 ataques confirmados, sendo cinco deles nos últimos três meses. O ataque ao Lakehaven Water & Sewer District em setembro, reivindicado pelo grupo Qilin, exemplifica o impacto que esses incidentes podem ter nos serviços essenciais. Os ataques a organizações governamentais são frequentemente amplamente divulgados, o que aumenta a notoriedade dos grupos atacantes. O relatório também destaca que o grupo Qilin foi responsável pelo maior número de ataques confirmados, com 19 incidentes, e que os Estados Unidos lideram em termos de ataques, seguidos por Brasil e Canadá. O impacto financeiro médio das demandas de resgate foi de aproximadamente $1,95 milhão, com um aumento significativo nas exigências em alguns casos.

Hacktivistas pró-Rússia intensificam ataques a portais e bancos

No período entre 6 e 8 de outubro de 2025, grupos hacktivistas pró-Rússia, especialmente o Sylhet Gang e o NoName057(16), realizaram uma série de ataques cibernéticos coordenados contra sistemas israelenses, em resposta ao aniversário de um evento político significativo. Dados da Radware indicam que mais de 50 alegações de ataques DDoS foram registradas, um aumento de 14 vezes em relação à média diária de setembro. O Sylhet Gang atuou como um núcleo de mobilização, incentivando ações contra a infraestrutura israelense, enquanto o Arabian Ghosts se destacou como o grupo mais ativo, responsável por 40% das declarações de DDoS. Os ataques foram caracterizados por sua brevidade, com a maioria durando menos de 20 minutos, e focaram em alvos de alta visibilidade, como portais governamentais e plataformas de e-commerce. A participação de grupos como o NoName057(16) indica uma ampliação da coordenação entre coletivos hacktivistas com narrativas políticas comuns, refletindo uma nova dinâmica no cenário de cibersegurança global.

Como a IA está transformando a segurança cibernética

O uso crescente da inteligência artificial (IA) está revolucionando a forma como os atacantes realizam a fase de reconhecimento em cibersegurança. Antes de enviar um ataque, os hackers analisam minuciosamente o ambiente da vítima, explorando fluxos de login, arquivos JavaScript, mensagens de erro e documentação de APIs. A IA acelera esse processo, permitindo que os atacantes mapeiem sistemas com maior rapidez e precisão. Embora a IA não execute ataques de forma autônoma, ela otimiza a coleta e análise de informações, ajudando a identificar vulnerabilidades e caminhos de ataque.

Hackers Alvo de Serviços RDP de Mais de 100.000 IPs

Uma campanha massiva e coordenada de botnets está atacando serviços de Protocolo de Área de Trabalho Remota (RDP) nos Estados Unidos. Desde 8 de outubro de 2025, a empresa de cibersegurança GreyNoise identificou mais de 100.000 endereços IP únicos envolvidos nos ataques, que se estendem por mais de 100 países. Os vetores de ataque principais incluem ataques de temporização de autenticação anônima do Microsoft RD Web Access e verificações de enumeração de login do Microsoft RDP Web Client. A análise revelou que a maioria dos IPs participantes compartilha impressões digitais TCP semelhantes, indicando uma infraestrutura centralizada de comando e controle. Os ataques focam especificamente em serviços RDP baseados nos EUA, com nós da botnet distribuídos em regiões como Brasil, Argentina, Irã, China, México, Rússia, África do Sul e Equador. Para se proteger, as organizações devem implementar configurações robustas de segurança RDP, como autenticação em nível de rede e autenticação multifatorial, além de monitorar tentativas de acesso e considerar restringir o acesso RDP através de VPNs.

Ciberataques globais com 175 pacotes npm maliciosos visam empresas de tecnologia e energia

A equipe de pesquisa de ameaças da Socket revelou uma sofisticada campanha de phishing chamada ‘Beamglea’, que utilizou 175 pacotes npm maliciosos para atacar mais de 135 empresas industriais, de tecnologia e de energia em todo o mundo. Esses pacotes acumularam mais de 26.000 downloads, servindo como infraestrutura para ataques de coleta de credenciais. A campanha explorou o registro público do npm e a rede de entrega de conteúdo do unpkg.com para hospedar scripts de redirecionamento que direcionavam as vítimas a páginas de phishing. Diferente dos ataques tradicionais de cadeia de suprimentos, esses pacotes não executam código malicioso ao serem instalados, mas abusam do npm como uma infraestrutura gratuita para ataques de phishing. Os atacantes desenvolveram ferramentas em Python para automatizar a geração e distribuição dos pacotes, utilizando nomes aleatórios e injetando endereços de e-mail das vítimas. A análise identificou mais de 630 iscas de phishing em HTML, disfarçadas como documentos de negócios. A campanha teve como alvo principalmente empresas de manufatura, tecnologia e energia, com foco geográfico na Europa Ocidental. As organizações devem redefinir senhas, habilitar autenticação multifatorial e revisar logs de e-mail para mitigar riscos.

Atores de Ameaça Chineses Usam Nezha para Executar Comandos Remotos

A recente análise de um ataque cibernético revela que atores de ameaça chineses estão utilizando a ferramenta de monitoramento open-source Nezha como um framework malicioso de comando e controle. Originalmente projetada para monitoramento leve de servidores, a Nezha foi adaptada para emitir comandos arbitrários e estabelecer persistência em servidores web comprometidos. Após a implantação inicial de shells web, os atacantes instalaram agentes Nezha disfarçados de binários administrativos em mais de 100 máquinas vítimas, com a maioria dos alvos localizados em Taiwan, Japão, Coreia do Sul e Hong Kong. A infraestrutura dos atacantes apresenta características de campanhas de ameaças persistentes avançadas, utilizando recursos em nuvem como AWS e servidores privados virtuais, o que dificulta a rastreabilidade. A configuração do painel da Nezha em russo sugere uma possível cooperação global ou uso de ferramentas compartilhadas. Para mitigar esses riscos, recomenda-se que as organizações implementem segmentação de rede rigorosa e monitorem o uso anômalo de ferramentas administrativas.

Hackers Usam CSS para Injetar Códigos Maliciosos em Ataques de Phishing

Um novo relatório da Cisco Talos revela uma técnica crescente de ataque cibernético chamada ‘hidden text salting’, que utiliza propriedades de CSS para injetar códigos maliciosos em e-mails, tornando-os invisíveis para os destinatários. Essa técnica foi observada entre março de 2024 e julho de 2025, especialmente em campanhas de phishing e spear phishing, onde os atacantes inserem trechos de texto irrelevantes ou maliciosos em partes dos e-mails, como cabeçalhos e anexos, sem que os usuários percebam. Os hackers manipulam propriedades de CSS, como ‘font-size: 0’ e ‘display: none’, para ocultar o texto malicioso, dificultando a detecção por sistemas de segurança. Além disso, essa abordagem tem sido utilizada para confundir filtros de spam, aumentando a taxa de entrega de e-mails maliciosos. A Cisco recomenda estratégias de mitigação, como a sanitização de HTML e a análise de características visuais, para melhorar a segurança dos e-mails. Diante da evolução dessas táticas, é crucial que as equipes de segurança se adaptem e busquem padrões de texto oculto em todos os componentes dos e-mails.

Atores de Ameaça Introduzem Novos Recursos ao Malware WARMCOOKIE

Pesquisadores da Elastic Security Labs identificaram melhorias significativas no malware WARMCOOKIE, que evoluiu de uma ferramenta básica de reconhecimento para uma plataforma sofisticada de entrega de payloads. As novas variantes introduzem quatro manipuladores de comando que ampliam a flexibilidade operacional dos atacantes em sistemas comprometidos, incluindo execução de arquivos PE, DLL e scripts PowerShell. Essa abordagem utiliza processos legítimos do Windows, como rundll32.exe, dificultando a detecção. Além disso, um sistema inovador de “string bank” foi implementado para evitar sistemas de detecção comportamental, selecionando dinamicamente nomes de empresas reais para caminhos de pastas e tarefas agendadas. A análise da infraestrutura revela padrões de persistência preocupantes, com os operadores utilizando um certificado SSL padrão em múltiplos servidores de comando e controle, mesmo após sua expiração. Apesar de esforços de desmantelamento, como a Operação Endgame da Europol, o WARMCOOKIE continua a ser distribuído ativamente por meio de campanhas de malvertising e spam, evidenciando a resiliência dos operadores.

Vulnerabilidade no Zimbra é explorada em ataques ao Exército Brasileiro

Uma vulnerabilidade de segurança agora corrigida no Zimbra Collaboration foi explorada como um zero-day em ataques cibernéticos direcionados ao Exército Brasileiro. Identificada como CVE-2025-27915, essa falha de cross-site scripting (XSS) armazenada permite a execução de código arbitrário devido à sanitização insuficiente de conteúdo HTML em arquivos de calendário ICS. Quando um usuário visualiza um e-mail com uma entrada ICS maliciosa, um código JavaScript embutido é executado, possibilitando que um atacante realize ações não autorizadas, como redirecionar e-mails para um endereço controlado por ele. A vulnerabilidade foi corrigida nas versões 9.0.0 Patch 44, 10.0.13 e 10.1.5, lançadas em 27 de janeiro de 2025. No entanto, um relatório da StrikeReady Labs, publicado em 30 de setembro de 2025, revelou que a falha foi explorada em ataques reais, onde atores desconhecidos se passaram pelo Escritório de Protocolo da Marinha da Líbia para atacar o Exército Brasileiro. O arquivo ICS continha um código JavaScript projetado para roubar dados, incluindo credenciais e e-mails, e adicionar regras de filtro maliciosas no Zimbra. O ataque destaca a necessidade urgente de monitoramento e atualização de sistemas para evitar compromissos semelhantes.

Relatório de Cibersegurança da Bitdefender de 2025 revela preocupações

O Relatório de Avaliação de Cibersegurança de 2025 da Bitdefender apresenta um panorama alarmante sobre a defesa cibernética atual. A pesquisa, que envolveu mais de 1.200 profissionais de TI e segurança em seis países, revelou que 58% dos profissionais foram instruídos a manter a confidencialidade após uma violação, um aumento de 38% em relação a 2023. Essa pressão por silêncio pode comprometer a confiança dos stakeholders e a conformidade regulatória. Além disso, 84% dos ataques de alta severidade utilizam técnicas de ‘Living Off the Land’, que exploram ferramentas legítimas já presentes nas organizações, levando 68% das empresas a priorizarem a redução da superfície de ataque. A pesquisa também destaca um descompasso entre executivos e equipes operacionais, com 45% dos executivos se sentindo confiantes na gestão de riscos cibernéticos, enquanto apenas 19% dos gerentes de nível médio compartilham dessa confiança. O relatório conclui que a resiliência cibernética exige estratégias proativas, como a redução de superfícies de ataque e a melhoria da comunicação entre liderança e equipes de segurança.

Grupo de ransomware Qilin ataca distrito de água em Washington

O grupo de ransomware Qilin reivindicou a responsabilidade por um ataque cibernético ao Lakehaven Water & Sewer District, em Washington, ocorrido em 3 de setembro de 2025. O ataque resultou em uma interrupção significativa no sistema de pagamento de contas do distrito. Em 25 de setembro, Qilin publicou amostras de documentos internos supostamente roubados, mas o Lakehaven não confirmou a veracidade da reivindicação. A investigação sobre o incidente está em andamento, e o distrito informou que não haverá interrupções nos serviços de água e esgoto, apesar das dificuldades no processamento de pagamentos. Qilin, que opera um modelo de ransomware como serviço, já atacou 134 organizações, incluindo 28 entidades governamentais em 2025. Os ataques de ransomware a serviços públicos nos EUA têm se intensificado, com 63 incidentes confirmados até agora neste ano. O impacto desses ataques pode incluir roubo de dados e paralisação de sistemas, colocando em risco a segurança dos clientes e a continuidade dos serviços. O Lakehaven atende cerca de 112.000 pessoas na região.

Cloudflare neutraliza ataque DDoS recorde de 22,2 Tbps

A Cloudflare, empresa de segurança e redes, conseguiu mitigar um ataque DDoS que atingiu o pico recorde de 22,2 terabits por segundo (Tbps) e 10,6 bilhões de pacotes por segundo (Bpps). O ataque, que durou apenas 40 segundos, é considerado o maior já registrado na história da internet. Este tipo de ataque visa sobrecarregar sistemas e recursos de rede, tornando serviços lentos ou indisponíveis. A Cloudflare já havia neutralizado um ataque anterior de 11,5 Tbps há três semanas, e um de 7,3 Tbps dois meses antes. O tráfego gerado pelo ataque recente foi comparado a transmitir um milhão de vídeos em 4K simultaneamente. A identidade da vítima não foi divulgada, mas a botnet AISURU, que infectou mais de 300.000 dispositivos, é apontada como responsável pelos ataques. Essa botnet tem como alvo dispositivos como câmeras IP e roteadores, aumentando sua atividade desde abril de 2025, após uma atualização comprometida de firmware de roteadores Totolink. O aumento de 358% nos ataques DDoS em 2025 destaca a crescente preocupação com a segurança cibernética.

Grupo de ciberespionagem RedNovember é associado à China

Um novo relatório da Recorded Future revela que um grupo de ciberespionagem, anteriormente conhecido como TAG-100, foi reclassificado como RedNovember, supostamente patrocinado pelo Estado chinês. Entre junho de 2024 e julho de 2025, o grupo atacou organizações governamentais e do setor privado em várias regiões, incluindo América do Norte, América do Sul e Ásia. Utilizando ferramentas como o backdoor Pantegana e Cobalt Strike, RedNovember explorou vulnerabilidades em dispositivos de segurança de grandes empresas, como Check Point e Cisco. O foco do grupo inclui setores sensíveis, como defesa, aeroespacial e organizações de segurança. Recentemente, o grupo foi associado a ataques a contratantes de defesa dos EUA e a um ministério de relações exteriores na Ásia Central. A utilização de ferramentas de código aberto e serviços de VPN para ocultar suas atividades é uma estratégia comum entre grupos de espionagem, dificultando a atribuição de suas ações. O relatório destaca a necessidade de vigilância contínua e medidas de mitigação para proteger as organizações contra essas ameaças emergentes.

Técnica de Domain Fronting Permite Túnel para Google Meet e YouTube

Pesquisadores demonstraram, durante os eventos Black Hat e DEF CON, como a técnica de domain fronting pode ser utilizada para ocultar tráfego malicioso por meio de plataformas populares como Google Meet, YouTube e servidores de atualização do Chrome. Essa técnica explora a discrepância entre os cabeçalhos Server Name Indication (SNI) e HTTP Host em requisições HTTPS, permitindo que atacantes disfarcem suas atividades como chamadas legítimas a domínios confiáveis. Em testes de prova de conceito, foi possível invocar funções maliciosas em infraestrutura controlada por atacantes dentro do Google Cloud Platform (GCP) ao manipular esses cabeçalhos. Essa abordagem representa uma nova forma de ataque, especialmente relevante para equipes de segurança, que agora precisam desenvolver capacidades de inspeção mais profundas para identificar padrões de roteamento incomuns, mesmo em tráfego que parece legítimo. A liberação de um redirecionador de código aberto para facilitar a adoção dessa técnica por equipes vermelhas destaca a necessidade urgente de vigilância e mitigação por parte das organizações, que devem equilibrar a utilização de serviços do Google com a detecção de anomalias para evitar que atacantes se escondam em tráfego aparentemente seguro.

Ameaça de LNK Stomping contorna segurança do Windows

Hackers estão utilizando uma nova técnica chamada LNK Stomping para contornar a funcionalidade de segurança Mark of the Web (MoTW) do Windows. Essa técnica explora arquivos de atalho (LNKs), que, embora tenham sido criados para facilitar a vida do usuário, agora são usados para implantar cargas maliciosas disfarçadas de processos legítimos. Apesar das melhorias na política de bloqueio de macros da Microsoft em 2022, os atacantes continuam a explorar LNKs, frequentemente enviados como anexos de e-mail ou dentro de arquivos compactados. A estrutura dos arquivos LNK contém metadados que, quando manipulados, podem remover a etiqueta MoTW, permitindo que o código malicioso seja executado sem alertar o usuário. A pesquisa da Elastic Security Labs revelou que a normalização de caminhos no Windows pode ser manipulada para eliminar esses metadados de segurança. As organizações devem atualizar suas regras de detecção de endpoint para monitorar eventos de canonização de arquivos LNK e educar os usuários sobre os riscos de executar atalhos não solicitados. A evolução dos ataques exige uma pesquisa contínua sobre as fraquezas dos formatos de arquivo e ajustes proativos nas regras de segurança.

Autoridades do Reino Unido prendem hackers do grupo Scattered Spider

Duas prisões foram realizadas no Reino Unido em conexão com um ataque cibernético ao Transport for London (TfL) em agosto de 2024. Thalha Jubair, de 19 anos, e Owen Flowers, de 18, foram detidos pela National Crime Agency (NCA). Flowers já havia sido preso anteriormente, mas liberado sob fiança, e agora enfrenta novas acusações por ataques a empresas de saúde nos EUA. O ataque ao TfL causou grandes prejuízos financeiros e interrupções significativas, afetando a infraestrutura crítica do Reino Unido. Jubair, por sua vez, foi acusado de conspiração para fraudes cibernéticas e lavagem de dinheiro, com envolvimento em mais de 120 intrusões em redes e extorsão de 47 entidades nos EUA, resultando em pagamentos de resgate que totalizam mais de 115 milhões de dólares. As investigações revelaram que os hackers usaram técnicas de engenharia social para obter acesso não autorizado às redes, roubando e criptografando informações. O Departamento de Justiça dos EUA também apresentou queixas contra Jubair, que pode enfrentar até 95 anos de prisão se condenado. Este caso destaca o aumento das ameaças cibernéticas e a necessidade de vigilância constante por parte das autoridades e empresas.

Grupo cibercriminoso Scattered Spider ataca setor financeiro dos EUA

Pesquisadores de cibersegurança da ReliaQuest identificaram uma nova onda de ataques cibernéticos direcionados ao setor financeiro, atribuídos ao grupo de cibercrime conhecido como Scattered Spider. Este grupo, que havia anunciado uma suposta interrupção de suas atividades, agora demonstra um foco renovado em instituições financeiras, conforme evidenciado por um aumento no registro de domínios semelhantes e uma recente invasão direcionada a um banco nos EUA. Os atacantes conseguiram acesso inicial por meio de engenharia social, comprometendo a conta de um executivo e utilizando o Azure Active Directory para redefinir senhas. A partir daí, acessaram documentos sensíveis e comprometeram a infraestrutura de VMware ESXi, permitindo a extração de credenciais e a infiltração na rede. Além disso, tentaram exfiltrar dados de plataformas como Snowflake e AWS. A ReliaQuest alerta que a alegação de aposentadoria do grupo deve ser vista com ceticismo, já que a história mostra que grupos cibercriminosos frequentemente se reagrupam ou rebatizam para evitar a pressão da lei. A situação destaca a necessidade de vigilância contínua por parte das organizações, especialmente em um cenário onde a segurança cibernética é cada vez mais crítica.

Botnet DDoS L7 sequestra 5,76 milhões de dispositivos para ataques massivos

Em 1º de setembro de 2025, a Qrator.AntiDDoS conseguiu neutralizar um dos maiores ataques de negação de serviço distribuído (DDoS) da camada 7 já registrados, que envolveu 5,76 milhões de endereços IP únicos. O alvo foi uma organização do setor público, e o ataque ocorreu em duas ondas distintas. A primeira onda, com 2,8 milhões de dispositivos comprometidos, lançou um ataque de inundação HTTP, enquanto uma segunda onda, com cerca de 3 milhões de dispositivos, se juntou uma hora depois para intensificar o ataque. A Qrator bloqueou todos os IPs maliciosos, garantindo a continuidade dos serviços. Desde sua primeira aparição em março de 2025, a botnet cresceu rapidamente, com um aumento de 25% em três meses, sendo o Brasil o maior contribuinte, seguido por países como Vietnã e Estados Unidos. A botnet utiliza técnicas avançadas para contornar medidas de mitigação, ajustando dinamicamente os cabeçalhos das requisições e alternando entre ataques de alta intensidade e tráfego sustentado para esgotar os recursos dos servidores. Especialistas alertam que a rápida evolução dessa botnet exige que as organizações adotem estratégias de defesa em múltiplas camadas para se proteger contra esses ataques.

Autoridades australianas revelam operações de grupos de ransomware

Um estudo abrangente realizado ao longo de três anos em Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Reino Unido revelou tendências alarmantes nas operações de ransomware, com organizações australianas registrando 135 ataques documentados entre 2020 e 2022. A pesquisa analisou 865 incidentes de ransomware e destacou a evolução sofisticada das empresas cibernéticas, que agora adotam modelos de ransomware-as-a-service (RaaS). Nesse modelo, grupos principais desenvolvem o malware e gerenciam os pagamentos, enquanto afiliados realizam as invasões e negociações de resgate. O grupo Conti foi o mais ativo, com 141 ataques, seguido pelas variantes do LockBit, que contabilizaram 129 incidentes. O setor industrial foi o mais afetado, com o estudo utilizando inteligência artificial para classificar as organizações atacadas em 13 setores, alcançando 89% de precisão. Os resultados ressaltam a necessidade urgente de medidas de cibersegurança aprimoradas nas infraestruturas críticas australianas, à medida que os grupos de ransomware continuam a evoluir suas táticas e expandir suas capacidades operacionais.

Relatório aponta que Microsoft recorreu à China para corrigir falhas no SharePoint

A Microsoft enfrenta crescente escrutínio após a revelação de que a empresa utilizou engenheiros baseados na China para corrigir falhas no SharePoint, um produto que foi alvo de hackers apoiados pelo Estado. O ataque cibernético afetou centenas de empresas e agências governamentais dos EUA, incluindo o Departamento de Segurança Interna (DHS) e a Administração Nacional de Segurança Nuclear (NNSA). As vulnerabilidades permitiram que os invasores acessassem completamente o conteúdo do SharePoint, executando código remotamente e implantando ransomware. Embora a Microsoft tenha emitido um patch rapidamente, ele foi insuficiente para conter os ataques. A empresa confirmou a participação de uma equipe de engenharia da China, mas afirmou que o trabalho era supervisionado por engenheiros dos EUA. Especialistas em cibersegurança expressaram preocupações sobre as leis chinesas que permitem que agências estatais exijam cooperação de empresas privadas, levantando temores sobre a coleta de inteligência. Em resposta à pressão, a Microsoft anunciou que encerrará o uso de engenheiros da China em projetos do Pentágono e está avaliando sua presença em outros projetos governamentais. A empresa também planeja descontinuar o suporte para o SharePoint On-Premises em julho de 2026, incentivando a migração para seu serviço em nuvem, Azure.

Ransomware SafePay ataca 73 organizações em um único mês

O cenário global de ransomware em 2025 está em constante evolução, com o grupo SafePay se destacando como uma das ameaças mais ativas e disruptivas. Em junho, o grupo assumiu a responsabilidade por ataques a 73 organizações, um recorde mensal que o posicionou no topo do ranking de ameaças da Bitdefender. Em julho, mais 42 vítimas foram divulgadas, totalizando mais de 270 organizações atacadas até agora neste ano. O SafePay, que surgiu em setembro de 2024 após a desarticulação de grandes grupos de ransomware, adota uma abordagem diferente ao rejeitar o modelo de ransomware como serviço (RaaS) e realizar seus próprios ataques, visando empresas de médio e grande porte, especialmente em setores como manufatura, saúde e construção. O grupo utiliza táticas como credenciais comprometidas e ataques de força bruta para obter acesso inicial, seguido por movimentos laterais na rede e exfiltração de dados. A criptografia dos arquivos é realizada com o algoritmo ChaCha20, e os resgates variam amplamente, podendo ultrapassar US$ 100 milhões. A eficiência e a rapidez das divulgações do SafePay destacam a necessidade urgente de medidas de segurança em múltiplas camadas e monitoramento proativo.

Cloudflare neutraliza ataque DDoS recorde de 11,5 Tbps

A Cloudflare, empresa especializada em infraestrutura digital, anunciou a neutralização do maior ataque DDoS da história, que atingiu um pico de 11,5 terabits por segundo (Tbps). O ataque, que durou aproximadamente 35 segundos, foi realizado a partir de uma combinação de fontes, incluindo Google Cloud e dispositivos da Internet das Coisas (IoT), como câmeras de segurança e computadores comprometidos. Este incidente é parte de um aumento alarmante nos ataques DDoS, que cresceram 358% em 2025 em comparação ao ano anterior. A Cloudflare também relatou que mitigou 21,3 milhões de ataques DDoS em 2024, com um aumento significativo de 509% nas tentativas de ataque a nível de rede. O aumento na frequência e na intensidade desses ataques levanta preocupações sobre a segurança digital, especialmente para empresas que dependem de serviços online. O Brasil, em particular, se tornou um dos principais alvos de ataques DDoS na América Latina, o que destaca a necessidade de medidas de segurança robustas para proteger a infraestrutura digital do país.

Hackers exploram vulnerabilidades zero-day em minutos com Hexstrike-AI

O recente lançamento do framework Hexstrike-AI representa uma mudança significativa na ofensiva cibernética, permitindo que hackers explorem vulnerabilidades zero-day em questão de minutos. O Hexstrike-AI, que combina mais de 150 agentes de IA especializados, foi rapidamente utilizado para explorar falhas críticas no Citrix NetScaler ADC e Gateway, resultando em execução remota de código não autenticado. Essa ferramenta, inicialmente projetada para testes de segurança, agora serve como um motor escalável para ataques reais, reduzindo o tempo de exploração de dias para menos de dez minutos. As vulnerabilidades identificadas incluem CVE-2025-7775, que já está sendo explorada ativamente, e outras duas, CVE-2025-7776 e CVE-2025-8424, que ainda não foram confirmadas, mas apresentam riscos significativos. A rápida adoção do Hexstrike-AI por atores maliciosos destaca a necessidade urgente de as organizações implementarem defesas mais robustas, como sistemas de detecção baseados em IA e ciclos de patching mais curtos, para se protegerem contra essa nova realidade de ataques cibernéticos.

Rede ucraniana é flagrada em ataques cibernéticos massivos

Pesquisadores de cibersegurança identificaram uma rede de IPs ucranianos envolvida em campanhas massivas de força bruta e ‘password spraying’ direcionadas a dispositivos SSL VPN e RDP entre junho e julho de 2025. A atividade se originou de um sistema autônomo baseado na Ucrânia, o FDN3 (AS211736), que faz parte de uma infraestrutura abusiva mais ampla, incluindo outras redes ucranianas e um sistema baseado nas Seychelles. Essas redes, alocadas em agosto de 2021, frequentemente trocam prefixos IPv4 para evitar bloqueios e continuar suas atividades maliciosas. Os ataques, que atingiram um pico recorde entre 6 e 8 de julho de 2025, são utilizados por grupos de ransomware como vetor inicial para invadir redes corporativas. A análise também revelou conexões com provedores de hospedagem ‘bulletproof’, que oferecem anonimato e facilitam a continuidade das atividades maliciosas. A situação é preocupante, pois destaca a vulnerabilidade de tecnologias amplamente utilizadas, como VPNs e RDPs, que são alvos frequentes de ataques cibernéticos.

Alerta Crítico - Ataques Ucranianos Intensificam Assaltos a VPNs e RDP

Entre junho e julho de 2025, uma campanha coordenada de ataques de força bruta e password-spraying visou dispositivos SSL VPN e RDP em todo o mundo, com foco em sistemas interconectados registrados na Ucrânia e nas Seychelles. Analistas de segurança identificaram a atividade como sendo atribuída ao FDN3 (AS211736), controlado por Dmytro Nedilskyi, que realizou centenas de milhares de tentativas de login em um curto período. Os ataques utilizaram listas de credenciais conhecidas e visaram portas RDP e SSL VPN, com uma taxa de tentativas de 5.000 a 10.000 por hora. A infraestrutura dos atacantes é altamente evasiva, utilizando trocas de prefixos para evitar bloqueios e manter a pressão sobre os alvos. As organizações são aconselhadas a adotar estratégias proativas de detecção e resposta, utilizando serviços de inteligência de ameaças para mitigar esses ataques antes que ocorram. A situação representa um risco significativo para empresas que utilizam essas tecnologias, especialmente em um cenário onde a proteção de dados é crucial.

Aumento de ataques de ransomware em agosto de 2025

Os ataques de ransomware aumentaram em agosto de 2025, subindo de 473 em julho para 506, representando um crescimento de 7%. Este é o segundo mês consecutivo de alta após uma queda de março a junho. Um ataque inédito atingiu o Estado de Nevada, afetando serviços essenciais e deixando cidadãos sem acesso a informações críticas. Embora os ataques a governos continuem a ser uma preocupação, o setor de manufatura registrou um aumento significativo de 57% nos ataques, totalizando 113 incidentes. Em contraste, os setores de saúde e educação tiveram apenas um ataque confirmado cada, mas um número maior de ataques não confirmados. O grupo de ransomware mais ativo foi o Qilin, responsável por 86 ataques, seguido por Akira e Sinobi. No total, 30 ataques foram confirmados, com 17 direcionados a empresas e 11 a entidades governamentais. O impacto financeiro e operacional desses ataques é significativo, exigindo atenção especial dos CISOs, especialmente em setores críticos como saúde e manufatura.

Salesforce Publica Guia de Investigação Forense Após Ataques Cibernéticos

A Salesforce lançou um guia de investigação forense em resposta a uma série de ataques cibernéticos, enfatizando a importância de as organizações que utilizam sua plataforma estarem preparadas para investigar e remediar incidentes de segurança rapidamente. O guia sugere a combinação de logs de atividade, análise de permissões e dados de backup para reconstruir eventos, avaliar impactos e fortalecer a resiliência contra ameaças futuras. Para uma análise forense mais profunda, recomenda-se habilitar o Shield Event Monitoring, que oferece três fontes de log distintas: Real Time Event Monitoring (RTEM), Event Log Objects (ELO) e Event Log Files (ELF). A análise inicial do impacto deve considerar o acesso e as permissões dos usuários comprometidos, utilizando ferramentas como o Who Sees What (WsW) Explorer. Além disso, a automação de respostas em tempo real através de Transaction Security Policies (TSP) é sugerida para bloquear ameaças imediatamente. O guia destaca a importância de monitorar continuamente as permissões e os logs para reduzir o tempo de permanência de incidentes e minimizar a perda de dados, garantindo a recuperação rápida de ambientes críticos da Salesforce.

Desafios de Segurança em Navegadores O Caso do Scattered Spider

À medida que as empresas transferem suas operações para navegadores, os desafios de segurança cibernética aumentam. Um estudo recente revela que mais de 80% dos incidentes de segurança têm origem em aplicações web acessadas por navegadores como Chrome, Edge e Firefox. O grupo de hackers conhecido como Scattered Spider, também chamado de UNC3944, tem se destacado por sua abordagem focada em roubar dados sensíveis diretamente dos navegadores. Suas táticas incluem a exploração de credenciais salvas, manipulação do ambiente do navegador e uso de técnicas avançadas como injeção de JavaScript e extensões maliciosas. Para combater essas ameaças, os CISOs devem adotar uma estratégia de segurança em múltiplas camadas, que inclui proteção contra roubo de credenciais, governança de extensões e monitoramento de atividades no navegador. O artigo serve como um alerta para que os líderes de segurança elevem a segurança do navegador a um pilar central de defesa, considerando a crescente sofisticação dos ataques cibernéticos.

Novo ataque de engano de cache explora descompasso entre cache e servidor web

O ataque de engano de cache é uma técnica sofisticada que permite que atacantes manipulem regras de cache para expor conteúdos sensíveis. Ao explorar inconsistências entre uma rede de entrega de conteúdo (CDN) e o servidor web de origem, os invasores conseguem enganar o cache, armazenando endpoints privados sob regras de ativos estáticos e, posteriormente, recuperando essas informações.

As CDNs geralmente diferenciam entre ativos estáticos (como imagens e arquivos CSS) e páginas dinâmicas, aplicando cabeçalhos permissivos a arquivos estáticos e restrições a páginas dinâmicas. No entanto, quando um caminho de URL imita um recurso estático, a CDN pode armazená-lo, enquanto o servidor de origem o trata como uma página dinâmica. Técnicas de exploração incluem confusão de extensão, discrepâncias de delimitadores e confusão de travessia de caminho, permitindo que os atacantes acessem conteúdos que deveriam ser privados.

Nova campanha de phishing usa mensagens falsas para espalhar malware

Pesquisadores de cibersegurança identificaram uma nova campanha de phishing que utiliza mensagens de voz e ordens de compra falsas para disseminar um carregador de malware chamado UpCrypter. Os ataques têm como alvo setores como manufatura, tecnologia, saúde, construção e varejo, com maior incidência em países como Áustria, Canadá e Índia. A campanha se inicia com e-mails de phishing que induzem os destinatários a clicar em links que levam a páginas de phishing convincentes, onde são solicitados a baixar arquivos JavaScript maliciosos. O UpCrypter atua como um canal para ferramentas de acesso remoto, permitindo que atacantes assumam o controle total de sistemas comprometidos. O malware é distribuído em arquivos ZIP que contêm scripts ofuscados, que realizam verificações para evitar a detecção por ferramentas de análise forense. Além disso, a campanha se insere em um contexto mais amplo de ataques que exploram serviços legítimos, como o Google Classroom, para contornar protocolos de autenticação de e-mail. A situação destaca a necessidade de vigilância contínua e medidas de mitigação eficazes para proteger as organizações contra essas ameaças emergentes.

Cibersegurança Brechas e Ameaças em um Mundo Conectado

O cenário atual de cibersegurança é profundamente influenciado pela dinâmica política global, onde uma única violação pode impactar cadeias de suprimento e alterar o equilíbrio de poder. Recentemente, vulnerabilidades em gerenciadores de senhas foram descobertas, permitindo ataques de clickjacking que podem comprometer credenciais e dados financeiros. Além disso, hackers russos estão explorando uma falha antiga em dispositivos Cisco, coletando arquivos de configuração e alterando configurações para obter acesso não autorizado a redes críticas. A Apple também lançou correções para uma vulnerabilidade zero-day em seus sistemas operacionais, que estava sendo ativamente explorada. Outro ator, conhecido como Murky Panda, tem abusado de relações de confiança na nuvem para invadir redes empresariais. A INTERPOL anunciou a prisão de mais de 1.200 cibercriminosos na África, destacando a necessidade de cooperação internacional no combate ao cibercrime. Esses incidentes ressaltam a importância de uma abordagem estratégica em cibersegurança, onde as decisões de segurança transcendem a TI e se conectam a questões de negócios e confiança.

Grupo de espionagem cibernética da China explora vulnerabilidades na nuvem

Pesquisadores de cibersegurança alertam sobre atividades maliciosas do grupo de espionagem cibernética Murky Panda, vinculado à China, que utiliza relacionamentos de confiança na nuvem para invadir redes empresariais. O grupo é conhecido por explorar vulnerabilidades de dia zero e dia N, frequentemente obtendo acesso inicial por meio de dispositivos expostos à internet. Murky Panda, que já atacou servidores Microsoft Exchange em 2021, agora foca na cadeia de suprimentos de TI para acessar redes corporativas. Recentemente, o grupo comprometeu um fornecedor de uma entidade norte-americana, utilizando o acesso administrativo para criar uma conta de backdoor no Entra ID da vítima, visando principalmente o acesso a e-mails. Outro ator relacionado, Genesis Panda, tem explorado sistemas de nuvem para exfiltração de dados, enquanto Glacial Panda ataca o setor de telecomunicações, visando registros de chamadas e dados de comunicação. A crescente sofisticação desses grupos destaca a necessidade de vigilância contínua e medidas de segurança robustas para proteger ambientes de nuvem.

Gangue de ransomware Interlock ataca governo de Box Elder County, Utah

A gangue de ransomware Interlock reivindicou a responsabilidade por um ataque cibernético ao governo local de Box Elder County, em Utah, ocorrido em 6 de agosto de 2025. O ataque resultou em interrupções em alguns serviços do condado, embora os processos eleitorais não tenham sido afetados. A Interlock afirma ter roubado 4,5 TB de dados, totalizando cerca de 2,1 milhões de arquivos, e publicou amostras desses documentos em seu site de vazamento. Até o momento, Box Elder County não confirmou a veracidade das alegações da gangue, e não se sabe se um resgate foi pago ou como os atacantes conseguiram invadir a rede do condado. A investigação sobre o incidente ainda está em andamento. A Interlock, que começou a operar em outubro de 2024, já reivindicou 25 ataques confirmados, afetando quase 2,6 milhões de registros. Os ataques de ransomware a entidades governamentais nos EUA têm aumentado, com 47 incidentes confirmados apenas neste ano. Esses ataques não apenas sequestram dados, mas também podem causar paralisações prolongadas e riscos de fraude para os cidadãos.