Apt

Grupo ligado à China ataca organização sem fins lucrativos dos EUA

Um ator de ameaças vinculado à China foi identificado como responsável por um ataque cibernético a uma organização sem fins lucrativos dos Estados Unidos, com o objetivo de estabelecer uma presença persistente na rede. O ataque, que ocorreu em abril de 2025, visou uma entidade envolvida na influência de políticas governamentais dos EUA sobre questões internacionais. Os invasores exploraram várias vulnerabilidades conhecidas, como CVE-2022-26134 (Atlassian) e CVE-2021-44228 (Apache Log4j), para obter acesso à rede. Após semanas de atividade, foram detectados comandos que testavam a conectividade e coletavam informações de configuração de rede. Os atacantes configuraram tarefas agendadas para garantir a persistência, utilizando um binário legítimo da Microsoft para executar um payload desconhecido. Além disso, foram observados componentes maliciosos relacionados a grupos de ameaças chineses conhecidos, como o Salt Typhoon. A análise sugere que os atacantes estavam interessados em comprometer controladores de domínio, o que poderia permitir a propagação do ataque em toda a rede. O relatório destaca a tendência de compartilhamento de ferramentas entre grupos de ameaças chineses, dificultando a atribuição precisa de atividades maliciosas.

APT iraniano ataca acadêmicos e especialistas em política global

Pesquisadores da Proofpoint identificaram um novo grupo de ameaças ligado ao Irã, denominado UNK_SmudgedSerpent, que realizou operações de phishing voltadas para acadêmicos e especialistas em política externa entre junho e agosto de 2025. As campanhas utilizaram táticas de engenharia social, ferramentas de colaboração falsificadas e software legítimo de monitoramento remoto para infiltrar alvos focados em questões geopolíticas e domésticas do Irã.

O grupo começou com conversas benignas sobre mudanças sociais no Irã, mas rapidamente evoluiu para o envio de links para coleta de credenciais e cargas administrativas remotas. Um dos ataques mais notáveis envolveu a falsificação do e-mail de Suzanne Maloney, diretora do Brookings Institution, que contatou membros de think tanks com convites para colaboração que levavam a páginas de login falsas do Microsoft 365. O uso de software comercial para gerenciamento remoto, como o PDQConnect, permitiu acesso contínuo aos sistemas das vítimas.

Grupo APT Cavalry Werewolf Lança Campanhas em Múltiplos Setores

Entre maio e agosto de 2025, o grupo de ameaça persistente avançada (APT) conhecido como Cavalry Werewolf, também rastreado como YoroTrooper e Silent Lynx, conduziu uma campanha de ciberataques sofisticada, visando o setor público e a infraestrutura crítica da Rússia. As indústrias de energia, mineração e manufatura foram os principais alvos, com o uso de malwares personalizados, como FoalShell e StallionRAT, através de operações de spear-phishing altamente direcionadas, disfarçadas como correspondências oficiais do governo.

Grupo APT Mysterious Elephant invade organização e rouba informações sensíveis

Um novo ataque de ciberespionagem foi identificado na região Ásia-Pacífico, com o grupo Mysterious Elephant, classificado como uma ameaça avançada persistente (APT), atacando agências governamentais e de política externa. Desde sua descoberta em 2023, o grupo tem se destacado por suas táticas adaptáveis, especialmente ao explorar plataformas de mensagens como o WhatsApp para roubar documentos e arquivos.

A campanha mais recente, iniciada em 2025, mostra uma evolução significativa nas técnicas operacionais do grupo, que agora utiliza malware desenvolvido sob medida e utilitários de código aberto modificados, como BabShell e MemLoader. Os ataques geralmente começam com e-mails de spear-phishing que imitam correspondências oficiais, utilizando temas diplomáticos para enganar as vítimas. Uma vez que o sistema é comprometido, o BabShell estabelece uma conexão de shell reverso, permitindo que os atacantes mantenham controle e executem comandos.

Grupos APT abusam do ChatGPT para criar malware avançado e kits de phishing

Pesquisadores de segurança da Volexity descobriram que grupos de ameaças alinhados à China, identificados como UTA0388, estão utilizando plataformas de inteligência artificial como o ChatGPT para aprimorar suas capacidades de ciberataque. Desde junho de 2025, esses atores têm conduzido campanhas de spear phishing, desenvolvendo malware sofisticado e criando e-mails de phishing multilíngues que visam organizações na América do Norte, Ásia e Europa. As campanhas do UTA0388 demonstram um nível de sofisticação sem precedentes ao usar Modelos de Linguagem Grande (LLMs) para automatizar atividades maliciosas. Através da criação de personas fictícias e organizações de pesquisa inventadas, os atacantes conseguem enganar suas vítimas para que baixem cargas maliciosas. Mais de 50 e-mails de phishing únicos foram observados, cada um com uma fluência impressionante, mas frequentemente sem coerência semântica, indicando uma geração impulsionada por IA. A análise técnica revelou cinco variantes distintas de um malware chamado GOVERSHELL, cada uma sendo uma reescrita completa, sugerindo o uso de geração de código assistida por IA. A integração da IA nas operações cibercriminosas sinaliza uma nova era de atividades de ameaças automatizadas e em larga escala, exigindo que as organizações adotem novas estratégias de defesa, como a detecção baseada em comportamento e o compartilhamento de inteligência sobre ameaças.

Malware NET-STAR é entregue por novo APT chinês em ataques generalizados

Um novo grupo de ameaças persistentes avançadas (APT) alinhado ao Estado chinês, denominado Phantom Taurus, foi identificado após três anos de monitoramento pela Palo Alto Networks. Este grupo tem como alvo principal entidades governamentais e provedores de telecomunicações na África, Oriente Médio e Ásia, e está vinculado a operações de espionagem de longo prazo que apoiam os interesses geopolíticos da República Popular da China.

O Phantom Taurus se destaca por sua combinação de técnicas de infiltração discretas e malware personalizado. Em 2025, o grupo alterou suas táticas, passando de ataques de exfiltração de e-mails para o direcionamento direto de bancos de dados sensíveis. O núcleo de suas operações é a suíte de malware NET-STAR, que inclui backdoors projetados para infectar servidores web Microsoft IIS. O malware utiliza técnicas avançadas de evasão e execução sem arquivos, dificultando a detecção por defesas tradicionais.

Grupo APT russo COLDRIVER lança nova campanha de malware

O grupo de ameaças persistentes avançadas (APT) russo conhecido como COLDRIVER, também chamado de Callisto, Star Blizzard e UNC4057, está por trás de uma nova onda de ataques do tipo ClickFix, que visa entregar duas novas famílias de malware, BAITSWITCH e SIMPLEFIX. Detectada pelo Zscaler ThreatLabz, a campanha multiestágio utiliza BAITSWITCH como um downloader que, por sua vez, instala o backdoor PowerShell SIMPLEFIX. Os ataques têm como alvo uma variedade de setores, especialmente organizações não governamentais e defensores dos direitos humanos, refletindo a estratégia do grupo de focar em membros da sociedade civil conectados à Rússia. A técnica ClickFix, que envolve enganar usuários para executar comandos maliciosos sob a aparência de completar verificações CAPTCHA, continua a ser uma via de infecção eficaz. Além disso, a Kaspersky relatou uma nova campanha de phishing focada em empresas russas, realizada pelo grupo BO Team, que utiliza arquivos RAR protegidos por senha para distribuir backdoors. Outro grupo, Bearlyfy, tem se destacado por ataques de ransomware, inicialmente visando pequenas empresas antes de escalar para alvos maiores. Esses desenvolvimentos ressaltam a crescente sofisticação e a diversidade das ameaças cibernéticas direcionadas à Rússia e seus aliados.

Grupo APT COLDRIVER implanta backdoor BAITSWITCH via PowerShell

Em setembro de 2025, o Zscaler ThreatLabz revelou uma campanha sofisticada do grupo APT COLDRIVER, vinculado à Rússia, que utiliza a técnica de engenharia social ClickFix. Tradicionalmente focado em phishing de credenciais, o grupo agora mira ONGs, jornalistas e defensores dos direitos humanos. A campanha começa com um site malicioso que imita um recurso informativo e induz a vítima a executar um comando malicioso que baixa o backdoor BAITSWITCH. Este backdoor estabelece persistência e se comunica com um servidor de comando e controle (C2) para baixar um segundo payload, o backdoor SIMPLEFIX. O SIMPLEFIX opera em um ciclo de três minutos, permitindo que os atacantes executem comandos e exfiltrarem dados. A campanha destaca a eficácia de vetores de ataque simples e a necessidade de controles de acesso rigorosos e soluções de segurança como o Windows AppLocker. O Zscaler classifica o BAITSWITCH como Win64.Downloader.BAITSWITCH e o SIMPLEFIX como PS.Backdoor.SIMPLEFIX, oferecendo cobertura contra essa ameaça em evolução.

Grupo APT da China compromete empresa militar nas Filipinas com EggStreme

Um grupo de ameaça persistente avançada (APT) da China foi responsabilizado pelo comprometimento de uma empresa militar nas Filipinas, utilizando um malware fileless inédito chamado EggStreme. Segundo a pesquisa da Bitdefender, o EggStreme é uma ferramenta multifásica que permite espionagem discreta, injetando código malicioso diretamente na memória e utilizando técnicas de DLL sideloading para executar cargas úteis. O componente central, EggStremeAgent, atua como um backdoor completo, permitindo reconhecimento extensivo do sistema, movimentação lateral e roubo de dados através de um keylogger.

Grupo APT DarkSamurai Explora Arquivos Maliciosos para Roubo de Dados

O grupo APT DarkSamurai, associado ao Patchwork, tem realizado uma campanha de ataques cibernéticos direcionados a instituições estratégicas no Paquistão. Utilizando arquivos MSC disfarçados como PDFs, os atacantes implantaram trojans de acesso remoto (RATs) para infiltrar redes e exfiltrar dados sensíveis. A operação começa com e-mails de spear-phishing que imitam entidades governamentais, levando as vítimas a abrir um arquivo malicioso que ativa um controle ActiveX. Este controle executa um script JScript que busca um payload JavaScript ofuscado, resultando na instalação de um RAT personalizado. O ataque é caracterizado por técnicas de evasão de detecção, como a polimorfia do script e o uso de tarefas agendadas para manter a persistência. A análise do payload final revelou um RAT chamado Mythic, que se comunica com um servidor de comando e controle usando criptografia AES-256-HMAC. A operação DarkSamurai é, na verdade, uma manobra de falsa bandeira para desviar a atenção das atividades do Patchwork, que tem um histórico de ataques a organizações militares e diplomáticas na Ásia do Sul. Este caso destaca a necessidade de uma investigação rigorosa e atribuição de ameaças para proteger infraestruturas críticas contra espionagem patrocinada por estados.

Grupo de APT Salt Typhoon continua ataques globais

O grupo de ameaças persistentes avançadas (APT) conhecido como Salt Typhoon, vinculado à China, tem intensificado seus ataques a redes em todo o mundo, incluindo setores críticos como telecomunicações, governo, transporte, hospedagem e infraestrutura militar. Segundo um alerta conjunto de autoridades de 13 países, o grupo tem como alvo roteadores de grandes provedores de telecomunicações, utilizando dispositivos comprometidos para acessar outras redes. As atividades maliciosas estão associadas a três empresas chinesas que fornecem produtos e serviços cibernéticos para os serviços de inteligência da China. Desde 2019, o Salt Typhoon tem se envolvido em uma campanha de espionagem, visando violar normas de privacidade e segurança global. Recentemente, o grupo ampliou seu foco para outros setores, atacando mais de 600 organizações em 80 países, incluindo 200 nos Estados Unidos. Os atacantes exploram vulnerabilidades em dispositivos de rede, como roteadores da Cisco e Ivanti, para obter acesso inicial e manter controle persistente sobre as redes. O uso de protocolos de autenticação, como TACACS+, permite que os invasores se movam lateralmente dentro das redes comprometidas, capturando dados sensíveis e credenciais. A familiaridade do grupo com sistemas de telecomunicações proporciona uma vantagem significativa na evasão de defesas.

CISA Lança Guia para Caçar e Mitigar Ameaças Patrocinadas pelo Estado Chinês

Em agosto de 2025, a NSA, CISA e FBI, em conjunto com parceiros internacionais, emitiram um alerta sobre uma campanha de comprometimento de redes patrocinada pelo Estado Chinês, envolvendo atores de Ameaça Persistente Avançada (APT). O guia detalha as táticas, técnicas e procedimentos (TTPs) utilizados para infiltrar redes de telecomunicações, governo, transporte e hospedagem em todo o mundo. Os atacantes exploram vulnerabilidades conhecidas, especialmente em roteadores e dispositivos de borda, utilizando exploits de alta gravidade, como os CVEs que afetam fornecedores como Cisco e Palo Alto Networks. Após a invasão, os atacantes alteram configurações de dispositivos para manter acesso persistente e evitar detecção. O guia recomenda ações como auditoria de tabelas de roteamento, monitoramento de portas de gerenciamento não padrão e isolamento do plano de gerenciamento. A importância da caça a ameaças e resposta rápida a incidentes é enfatizada, com um apelo para que as organizações relatem detalhes de compromissos para melhorar a compreensão coletiva e facilitar a mitigação.

Grupo APT Transparent Tribe ataca sistemas do governo indiano

O grupo de ameaças persistentes avançadas (APT) conhecido como Transparent Tribe, também chamado de APT36, tem direcionado ataques a sistemas Windows e Linux BOSS (Bharat Operating System Solutions) de entidades governamentais indianas. Os ataques são iniciados por meio de e-mails de spear-phishing que contêm arquivos de atalho de desktop maliciosos. Esses arquivos, disfarçados como documentos PDF, ao serem abertos, baixam e executam cargas maliciosas. O malware, que se comunica com um servidor de comando e controle, permite acesso remoto e coleta de dados. Além disso, o malware estabelece persistência através de um cron job, garantindo que a carga maliciosa seja executada automaticamente após reinicializações do sistema. A campanha também visa roubar credenciais e códigos de autenticação de dois fatores (2FA) de usuários, utilizando páginas falsas que imitam comunicações oficiais. A sofisticação do grupo, que adapta suas táticas conforme o ambiente da vítima, aumenta suas chances de sucesso e a dificuldade de detecção por controles de segurança tradicionais. Os ataques recentes têm como alvo organizações de defesa e entidades governamentais, utilizando domínios falsificados para enganar os usuários.

Quebras de Segurança Móveis Direcionadas - APTs Sul-Asiáticas Usam Novas Ferramentas

Um grupo avançado de ameaças persistentes (APT) sul-asiático está realizando uma campanha de espionagem direcionada a indivíduos ligados a forças militares em países como Sri Lanka, Bangladesh, Paquistão e Turquia. A operação combina técnicas tradicionais de phishing com a implantação de malware móvel, comprometendo smartphones de pessoas próximas ao setor militar e extraindo comunicações sensíveis, listas de contatos e documentos operacionais. Os atacantes utilizaram documentos PDF com temas militares como vetores de acesso inicial, redirecionando as vítimas para uma infraestrutura sofisticada de domínios de phishing. Mais de 40 domínios falsos foram identificados, imitando organizações de defesa da região. O componente móvel da APT é centrado em uma versão modificada do Rafel RAT, disfarçada como aplicativos legítimos, que solicita permissões extensivas para comprometer completamente os dispositivos. A análise dos dados comprometidos revelou uma coleta de inteligência significativa, incluindo mensagens SMS e documentos operacionais, com a maioria das vítimas localizadas no Sul da Ásia, especialmente em Bangladesh e Paquistão. A persistência e sofisticação da campanha indicam que se trata de um ator estatal ou próximo a um estado, realizando operações estratégicas de coleta de inteligência no setor de defesa sul-asiático.

Grupo APT chinês ataca infraestrutura web em Taiwan com malware

Um ator de ameaça persistente avançada (APT) de língua chinesa, identificado como UAT-7237, tem atacado entidades de infraestrutura web em Taiwan desde 2022, utilizando ferramentas de código aberto personalizadas para garantir acesso prolongado a ambientes de alto valor. A Cisco Talos atribui a atividade a este grupo, que é considerado um subgrupo de UAT-5918, conhecido por atacar infraestrutura crítica desde 2023. Os ataques se caracterizam pelo uso de um carregador de shellcode chamado SoundBill, que decodifica e lança cargas secundárias como o Cobalt Strike. Diferente de UAT-5918, que rapidamente implanta web shells, UAT-7237 utiliza o cliente VPN SoftEther para manter o acesso e posteriormente acessa os sistemas via RDP. Os atacantes exploram falhas de segurança conhecidas em servidores desatualizados, realizando reconhecimento inicial para determinar o valor do alvo. Além disso, ferramentas como JuicyPotato e Mimikatz são usadas para escalonamento de privilégios e extração de credenciais. A configuração do cliente VPN revela que os operadores são proficientes em chinês simplificado, indicando uma possível origem geográfica. Este cenário destaca a necessidade de vigilância constante e atualizações de segurança em sistemas expostos à internet.