Regulamentacao

Nova proposta de controle de chats preocupa especialistas em privacidade

Uma nova proposta de controle de chats, conhecida como Chat Control, foi apresentada ao Conselho da União Europeia, gerando preocupações entre especialistas em privacidade. A proposta revisada, que agora torna a detecção de conteúdo de abuso sexual infantil (CSAM) voluntária, foi recebida com apoio durante uma reunião recente, mas críticos, como o jurista Patrick Breyer, alertam que isso pode ser uma ‘decepção política’. Embora os provedores de serviços de mensagens não sejam obrigados a escanear todas as comunicações, um artigo da proposta sugere que serviços de alto risco podem ser forçados a implementar medidas de mitigação, o que poderia comprometer a natureza voluntária da detecção. Breyer destaca que essa mudança pode levar à quebra de criptografia, uma tecnologia essencial para a segurança das comunicações privadas. Além disso, a proposta pode ampliar o escopo da vigilância, incluindo a análise de textos e metadados de chats privados. A discussão sobre a proposta continua, e a resistência de vários países membros da UE levanta questões sobre a proteção da privacidade dos cidadãos e a segurança das comunicações digitais.

VoP entra em vigor milhões de empresas da UE não estão preparadas

A partir de 9 de outubro de 2025, a União Europeia implementará a verificação de pagador (VoP), exigindo que todos os pagamentos em euros passem por uma checagem de nome. Isso significa que o nome do titular da conta deve corresponder ao IBAN antes que o dinheiro seja transferido. Essa medida visa combater fraudes crescentes, como os golpes de pagamento por autorização (APP), que custaram mais de €2,4 bilhões às empresas da UE em 2024. O VoP funcionará como um ‘bouncer’ para pagamentos, alertando sobre discrepâncias antes que os fundos sejam enviados. Embora a medida tenha sido inspirada em um sistema britânico semelhante, sua implementação na UE será obrigatória desde o início, afetando cerca de 3.000 bancos e provedores de serviços de pagamento. As empresas precisarão garantir que seus registros de fornecedores sejam precisos e consistentes para evitar atrasos nas transações. A falta de conscientização sobre o VoP, especialmente entre empresas fora da zona do euro, pode resultar em complicações financeiras significativas.

Amazon começará a bloquear aplicativos piratas no Fire TV Stick

A Amazon anunciou que começará a bloquear aplicativos instalados ilegalmente no Fire TV Stick, uma medida que visa combater a pirataria e proteger os usuários de ameaças digitais. O bloqueio será implementado inicialmente na Alemanha e na França, com planos de expansão global. A empresa justificou a ação como parte de um esforço contínuo para apoiar criadores de conteúdo e proteger consumidores, uma vez que aplicativos piratas podem ser fontes de malware e fraudes. Os usuários que tentarem acessar esses aplicativos receberão um alerta informando que o acesso não é permitido, seguido pelo bloqueio do aplicativo. A Amazon não especificou quais aplicativos serão afetados, mas garantiu que serviços legítimos como Netflix e Prime Video continuarão funcionando normalmente. Essa iniciativa também está alinhada com um acordo antipirataria da Alliance for Creativity and Entertainment (ACE). Além de combater a pirataria, a medida busca mitigar riscos de ciberataques, já que aplicativos não verificados podem facilitar o acesso de cibercriminosos aos dispositivos dos usuários.

Máfia das VPNs do Irã é culpada por atraso na liberação do Telegram

O Irã continua a manter a proibição do Telegram, que já dura sete anos, e um legislador iraniano atribui essa situação à chamada ‘máfia das VPNs’. O secretário da Comissão de Indústrias e Minas do parlamento, Mostafa Pourdehghan, afirmou que o lobby em favor da venda de VPNs, que movimenta cerca de 50 trilhões de tomans (aproximadamente 450 milhões de dólares), está impedindo a liberação do aplicativo. Desde 2018, os cidadãos iranianos têm acesso ao Telegram apenas por meio de VPNs, devido a restrições impostas em nome da segurança nacional. Apesar de o governo estar em conversações para potencialmente desbloquear o serviço, as condições impostas incluem a limitação de conteúdo considerado provocativo e a colaboração com a justiça iraniana em solicitações de dados. Essas exigências, segundo Pourdehghan, estão em desacordo com os princípios de liberdade de expressão defendidos pelo fundador do Telegram, Pavel Durov. A crescente utilização de VPNs no Irã, que atinge cerca de 90% da população, reflete a repressão à liberdade de acesso à internet, com a maioria das plataformas de redes sociais ainda bloqueadas no país. A situação levanta preocupações sobre a liberdade digital e os direitos dos cidadãos no Irã.

Ciber-resiliência A Nova Necessidade para Instituições Financeiras

As instituições financeiras enfrentam uma nova realidade em cibersegurança, onde a ciber-resiliência se tornou uma exigência regulatória. Regulamentos como o DORA na UE e o CORIE na Austrália exigem que essas organizações realizem exercícios de gerenciamento de crise e simulações de incidentes cibernéticos. A complexidade da conformidade está na colaboração entre equipes técnicas e não técnicas, onde simulações de incidentes cibernéticos precisam ser integradas a exercícios de mesa. A ferramenta OpenAEV tem se destacado ao permitir a combinação de simulações técnicas e de comunicação humana, facilitando a preparação e execução de cenários de crise. Essa abordagem integrada não só melhora a eficiência logística, mas também permite que as equipes desenvolvam uma memória muscular para responder a crises reais. À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas, as instituições devem se adaptar rapidamente, realizando simulações frequentes e relevantes para garantir a conformidade e a resiliência operacional. O acesso a ferramentas como OpenAEV, que oferece uma biblioteca de cenários de ransomware e integrações técnicas, é crucial para fortalecer as defesas cibernéticas e a conformidade.

Proposta do governo prevê Anatel como agência de cibersegurança no Brasil

Uma nova proposta do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sugere que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) assuma a responsabilidade pela cibersegurança no Brasil. Essa iniciativa surge em meio à crescente preocupação com a segurança digital no país, especialmente após a aprovação da Política Nacional de Cibersegurança em 2023. O GSI, em colaboração com a Anatel e o Ministério da Gestão, está revisando um anteprojeto que, após aprovação pela Casa Civil, será enviado ao Parlamento como um Projeto de Lei. O ministro-chefe do GSI, Marcos Antonio Amaro dos Santos, destacou a necessidade de um marco legal mais robusto para a cibersegurança, e a Anatel, já estabelecida e com ampla capilaridade, é vista como uma solução viável. A proposta original de criar uma nova agência, a Agência Nacional de Cibersegurança (ANCiber), foi descartada devido a restrições orçamentárias. A Anatel demonstrou interesse em assumir essa nova missão, o que fortalece a proposta nos bastidores. Essa mudança pode impactar significativamente a forma como a cibersegurança é gerida no Brasil, refletindo a urgência em enfrentar as ameaças digitais atuais.

Brasil assina convenção da ONU para combater crimes cibernéticos

O Brasil se tornou signatário da Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Cibernético, um tratado que visa fortalecer a cooperação internacional no combate a crimes digitais. A assinatura foi realizada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, durante uma visita ao Vietnã, onde acompanhava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O tratado, que já conta com a adesão de 59 países, busca não apenas combater o aumento dos crimes cibernéticos, mas também garantir a proteção dos direitos humanos no ambiente digital. A Polícia Federal destacou que a convenção facilitará a troca de provas eletrônicas, essencial para o enfrentamento de crimes como a sextorsão e o abuso sexual infantil online. O secretário-geral da ONU, António Guterres, considerou a assinatura um marco histórico na luta contra as crescentes ameaças digitais. Entretanto, os Estados Unidos optaram por não assinar o acordo, citando a necessidade de medidas adicionais para garantir a proteção legal e os direitos humanos dos signatários. A próxima etapa para o Brasil envolve a aprovação do Congresso Nacional, que poderá formalizar as obrigações jurídicas do país em relação ao tratado.

Mozilla exige transparência na coleta de dados de extensões do Firefox

A Mozilla anunciou novas exigências de transparência para a coleta de dados por extensões do Firefox, que entrarão em vigor em 3 de novembro de 2025. Todas as extensões recém-submetidas deverão declarar se coletam ou transmitem dados pessoais diretamente no arquivo de configuração manifest.json. Essa medida visa aumentar a conscientização dos usuários sobre como as extensões lidam com informações sensíveis. Os desenvolvedores deverão utilizar a chave browser_specific_settings.gecko.data_collection_permissions para especificar suas práticas de coleta de dados, sendo que extensões que não coletam dados devem declarar isso explicitamente. As informações sobre a coleta de dados serão exibidas durante o processo de instalação da extensão e também nas páginas de listagem no addons.mozilla.org e na seção Permissões e Dados da página about:addons do Firefox. Embora as novas regras se apliquem apenas a extensões novas, a Mozilla planeja expandir essas exigências para todas as extensões até o primeiro semestre de 2026. Essa iniciativa reflete o compromisso da Mozilla com a proteção da privacidade dos usuários e a necessidade de um design de navegador centrado na privacidade.

OpenAI enfrenta mandado do DHS por dados de usuários do ChatGPT

O Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS) emitiu um mandado inédito exigindo que a OpenAI forneça informações detalhadas sobre as conversas de usuários do ChatGPT, em um caso criminal relacionado a material de exploração infantil. O mandado, que foi deslacrado em Maine, representa um marco na interseção entre inteligência artificial e justiça criminal. A investigação, que começou em 2019, revelou que o suspeito mencionou o uso do ChatGPT durante comunicações com agentes infiltrados. Embora os dados da OpenAI não tenham sido necessários para identificar o suspeito, a solicitação levanta questões sobre privacidade e a responsabilidade das empresas de IA em relação a dados de usuários. A OpenAI já processou milhares de conteúdos relacionados a exploração infantil e atendeu a várias solicitações governamentais. Este caso destaca a crescente tendência de as autoridades considerarem plataformas de IA como fontes de evidência, exigindo uma reavaliação das práticas de coleta de dados e proteção de privacidade por parte das empresas de tecnologia.

Acordo do GSI com a Amazon pode comprometer dados do governo brasileiro

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Brasil anunciou um acordo com a Amazon para a hospedagem de dados governamentais, incluindo informações classificadas e sigilosas, na Amazon Web Services (AWS). A nova normativa, que substitui uma proibição anterior de 2021, permite que dados sejam armazenados em nuvens de empresas privadas, desde que os data centers estejam localizados no Brasil. Especialistas levantam preocupações sobre a segurança e a soberania dos dados, citando legislações americanas, como o Cloud Act, que podem exigir que empresas entreguem dados sob ordens judiciais, mesmo que estejam fora dos EUA. A AWS, por sua vez, afirma que os clientes têm controle total sobre seus dados e que não pode acessá-los sem autorização. A Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) não participou da elaboração do acordo, mas poderá intervir para garantir a conformidade com a legislação brasileira. Além disso, um recente apagão nos servidores da AWS levantou questões sobre a confiabilidade do serviço, o que poderia afetar a segurança de informações sensíveis do governo brasileiro.

Controle de Chats é comparado a malware pela Signal em proposta da UE

O aplicativo de mensagens Signal criticou a proposta de legislação da União Europeia, conhecida como ‘Chat Control’, que visa escanear mensagens privadas de cidadãos em busca de material de abuso sexual infantil (CSAM). Segundo a Signal, essa exigência funcionaria como spyware, comprometendo a segurança dos dispositivos dos usuários. A proposta exige que plataformas de mensagens realizem a varredura de URLs, imagens e vídeos antes que as mensagens sejam criptografadas, o que, segundo a Signal, anula o propósito da criptografia. A empresa já sinalizou que pode deixar o mercado europeu se a legislação for aprovada, pois isso representaria um risco existencial para seus serviços. A discussão sobre a proposta está marcada para 14 de outubro, e a Alemanha, que tem se mostrado indecisa, é vista como um voto crucial. Especialistas em segurança digital alertam que a implementação de escaneamento em dispositivos pode criar vulnerabilidades que poderiam ser exploradas por agentes maliciosos, além de abrir precedentes para a vigilância em massa. A Signal e outros críticos argumentam que a proposta pode ter consequências globais, permitindo que governos autoritários restrinjam ainda mais os direitos dos cidadãos.

Como escolher uma VPN para verificação de idade

Com a implementação da Lei de Segurança Online no Reino Unido, o interesse em redes privadas virtuais (VPNs) aumentou, especialmente entre novos usuários. As novas regras de verificação de idade limitam o acesso a conteúdos online, como sites para adultos e aplicativos de namoro, levando muitos a buscar VPNs como uma solução. No entanto, especialistas alertam que nem todas as VPNs são confiáveis. O artigo destaca a importância de escolher uma VPN que tenha um histórico de auditoria transparente e protocolos de segurança robustos, como OpenVPN e WireGuard. VPNs como NordVPN e ExpressVPN se destacam por suas políticas rigorosas de não registro e auditorias independentes. Além disso, é crucial considerar a localização dos servidores, pois isso impacta a capacidade de contornar restrições geográficas. O uso de VPNs gratuitas é desaconselhado, pois muitas comprometem a privacidade do usuário. A escolha de uma VPN amigável ao usuário também é fundamental, especialmente para aqueles que não têm experiência técnica. O artigo conclui que, com as novas leis, a escolha de uma VPN confiável é mais importante do que nunca para proteger a privacidade online.

Afeganistão desliga completamente a internet nem VPNs ajudam

A partir de 29 de setembro de 2025, o Afeganistão sofreu um desligamento total da internet, uma medida justificada pelas autoridades como uma forma de ‘prevenir a imoralidade’. Especialistas, no entanto, acreditam que o verdadeiro objetivo é silenciar a dissidência e restringir a comunicação entre os cidadãos. A organização de monitoramento da internet, NetBlocks, observou uma queda drástica na conectividade desde o início de setembro, culminando em um apagão total de comunicação. Neste cenário, as VPNs, que normalmente ajudam a contornar restrições governamentais, não conseguem funcionar, pois dependem de uma conexão ativa à internet. A única alternativa viável para os afegãos são a internet via satélite e cartões SIM estrangeiros, que, no entanto, apresentam barreiras de custo e disponibilidade. A situação é alarmante, pois a falta de acesso à internet impacta negativamente todos os aspectos da vida dos cidadãos, incluindo educação, saúde e emprego. A especialista Felicia Anthonio, da Access Now, destaca que essa medida é uma tentativa de controle da informação e um ataque aos direitos humanos, especialmente para mulheres, jornalistas e comunidades marginalizadas. A comunidade internacional é chamada a agir em apoio aos direitos humanos no Afeganistão, onde o uso de desligamentos de internet se torna uma prática comum entre regimes autoritários.

Banalização da privacidade app paga para você vender sua voz para IAs

O Neon Mobile é um aplicativo que permite aos usuários venderem suas gravações de voz, gerando polêmica sobre privacidade e ética. O app grava ligações telefônicas e paga US$ 0,30 por minuto, com um limite diário de US$ 30. Embora os usuários possam decidir o que fazer com seus dados, a política de privacidade do Neon levanta preocupações sobre o uso e a venda dessas gravações para empresas de inteligência artificial. O app afirma que remove informações pessoais antes de vender os dados, mas não esclarece como os parceiros utilizarão essas gravações. A prática é legal em alguns lugares, mas suscita debates sobre a conscientização dos usuários em relação ao que estão compartilhando. A questão central é se os usuários realmente entendem os riscos envolvidos em vender suas conversas privadas por valores baixos, considerando o potencial uso malicioso por terceiros. O caso do Neon Mobile reflete uma tendência preocupante em que a privacidade é sacrificada em troca de recompensas financeiras mínimas.

Projeto de lei em Michigan ameaça o discurso político e o uso de VPNs

Um projeto de lei em Michigan, conhecido como ‘Anticorruption of Public Morals Act’, propõe a proibição do uso e promoção de ferramentas de contorno, como VPNs, para acessar conteúdos restritos. Essa legislação, que visa a verificação de idade para acesso a conteúdos adultos, pode transformar provedores de serviços de internet (ISPs) em responsáveis por monitorar e bloquear o acesso a essas ferramentas, resultando em multas de até $500.000 por não conformidade. A proposta gera preocupações sobre a segurança na internet e a liberdade de expressão, pois pode criar um precedente perigoso para a censura online nos Estados Unidos. A Proton VPN expressou sua preocupação, afirmando que a medida pode prejudicar a privacidade e segurança dos usuários, além de potencialmente abrir caminho para legislações mais restritivas em outros estados. Embora a proposta ainda não tenha sido aprovada, seu impacto pode ser significativo, afetando a forma como os cidadãos acessam informações e se comunicam online.

Top 10 Melhores Softwares de Gestão de Conformidade em Cibersegurança em 2025

Em 2025, a conformidade em cibersegurança se torna uma prioridade crítica para as organizações, que buscam alinhar suas operações a padrões regulatórios em constante evolução. Com a crescente aplicação de frameworks como SOC 2, ISO 27001, GDPR e HIPAA, as empresas necessitam de soluções robustas de gestão de conformidade que automatizem controles, simplifiquem auditorias e reduzam o risco de penalidades regulatórias. O artigo apresenta uma análise dos 10 melhores softwares de gestão de conformidade em cibersegurança, destacando suas capacidades principais, usabilidade e eficiência para empresas de médio e grande porte.

Um grande retrocesso para a privacidade a indústria de VPN se manifesta contra o Chat Control

A indústria de VPNs expressou forte oposição ao projeto de lei dinamarquês conhecido como Chat Control, que visa obrigar serviços de mensagens a escanear chats de usuários em busca de material de abuso sexual infantil (CSAM). A VPN Trust Initiative (VTI), um consórcio de provedores de VPN, alertou que a proposta pode comprometer os padrões de criptografia, essenciais para a privacidade digital. O projeto exige que mensagens sejam escaneadas antes de serem criptografadas, o que, segundo especialistas, cria vulnerabilidades de segurança. Críticos, como Emilija Beržanskaitė da VTI, afirmam que a criptografia deve proteger todos ou ninguém. A proposta, que já enfrenta resistência de vários países da UE, pode ser aprovada em breve, com um prazo até 14 de outubro. Mais de 500 cientistas em criptografia assinaram uma carta alertando sobre os riscos da proposta. Apesar do apoio de 15 países, a oposição está crescendo, com oito nações já se manifestando contra. A VTI defende que a solução para a segurança infantil deve ser baseada em investigações direcionadas e não em escaneamento indiscriminado que compromete a privacidade de todos.

Controle de Chats Alemanha se opõe à varredura obrigatória de conversas privadas

A Alemanha e Luxemburgo se juntaram a um crescente grupo de países que se opõem ao projeto de lei controverso que propõe a varredura obrigatória de mensagens privadas em busca de material de abuso sexual infantil (CSAM). O projeto, conhecido como ‘Chat Control’, exige que serviços de mensagens na Europa escaneiem chats, mesmo que criptografados, para identificar conteúdos conhecidos e desconhecidos relacionados a CSAM. O escaneamento deve ocorrer diretamente nos dispositivos antes da criptografia das mensagens, o que levanta preocupações sobre a privacidade e segurança das comunicações dos cidadãos. O governo alemão, que anteriormente apoiava a criptografia, agora expressa resistência a quebrar essa proteção, destacando que a introdução de ‘backdoors’ para facilitar a vigilância pode resultar em vulnerabilidades de segurança. O debate sobre a proposta está se intensificando, com 15 países da UE apoiando a medida, enquanto oito, incluindo Alemanha e Luxemburgo, se opõem. A decisão da Alemanha pode influenciar significativamente o resultado das votações futuras sobre o projeto.

A Vigilância Online e o Impacto da Lei de Segurança no Reino Unido

Desde a introdução da Lei de Segurança Online (OSA) no Reino Unido, em 2022, houve um aumento significativo no uso de VPNs e na busca por métodos alternativos para acessar conteúdo restrito. A OSA, que visa proteger crianças e adultos online, resultou em um aumento de 56% nas buscas por informações sobre VPNs e um impressionante aumento de 1.800% nos downloads do ProtonVPN. No entanto, a lei também gerou preocupações sobre privacidade, especialmente com a exigência de verificação de idade para sites pornográficos e a possibilidade de escaneamento de mensagens em aplicativos de mensagens antes da criptografia. Essa abordagem levanta questões sobre a segurança dos dados pessoais dos usuários e a eficácia das tecnologias de verificação. Além disso, a OSA pode levar a um aumento na busca por identidades falsas e acesso à dark web, o que representa um risco adicional. Embora a OSA não imponha uma censura total, suas implicações para a privacidade e a segurança online são significativas e podem servir como um alerta para outros países, incluindo o Brasil, sobre os desafios da regulamentação da internet.

A Importância da Cibersegurança nas Decisões Empresariais

Com a chegada da temporada orçamentária, a cibersegurança frequentemente enfrenta questionamentos e despriorização nas empresas. Um estudo da Gartner revela que 88% dos conselhos administrativos veem a cibersegurança como um risco de negócios, não apenas uma questão de TI. Para que os líderes de segurança consigam elevar o perfil da cibersegurança, é crucial que comuniquem sua importância em termos de continuidade de negócios, conformidade e impacto financeiro. Estratégias como alinhar a segurança com os objetivos empresariais, construir um framework focado em riscos e utilizar padrões da indústria são essenciais. Além disso, a validação contínua da segurança, através de testes automatizados, ajuda a identificar vulnerabilidades antes que se tornem problemas. A comunicação clara e adaptada para diferentes públicos dentro da organização é fundamental para demonstrar como as decisões de segurança impactam diretamente a receita e a reputação da empresa. Em um cenário de ameaças cibernéticas em constante evolução, a cibersegurança deve ser vista como um facilitador de negócios, e não apenas como um centro de custo.

Disney pagará R 54 milhões por coleta indevida de dados de crianças

A Walt Disney Company concordou em pagar US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 54 milhões) à Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) devido à coleta indevida de dados pessoais de crianças no YouTube, sem o consentimento dos pais. A questão gira em torno da falha da Disney em marcar corretamente o conteúdo infantil na plataforma, o que levou à coleta de informações de crianças abaixo de 13 anos, em violação à Regra de Proteção de Privacidade Online Infantil (COPPA). A Disney havia marcado seus vídeos como ‘Feito Para Crianças’ (FPC) a nível de canal, mas muitos vídeos individuais foram erroneamente classificados como ‘Não Feito Para Crianças’ (NFPC). Isso resultou na exibição de publicidade direcionada a crianças, o que é proibido pela COPPA. Além da multa, a Disney terá que implementar um novo programa para garantir a correta classificação de seus vídeos e notificar os pais antes de coletar dados pessoais. Este caso destaca a importância da conformidade com as regulamentações de privacidade, especialmente em plataformas que atendem a um público jovem.

França multa Google e Shein por violação de regras de cookies

A Comissão Nacional de Informática e Liberdade (CNIL) da França impôs multas significativas a Google e Shein por violarem as regras de consentimento de cookies. Google foi multada em €325 milhões (cerca de R$ 379 milhões) e Shein em €150 milhões (aproximadamente R$ 175 milhões) por instalar cookies de publicidade nos navegadores dos usuários sem obter consentimento adequado. A CNIL destacou que, ao criar uma conta no Google, os usuários eram incentivados a aceitar cookies para anúncios personalizados, sem serem devidamente informados de que essa aceitação era uma condição para acessar os serviços da empresa. Embora Google tenha introduzido uma opção de recusa de cookies em outubro de 2023, a falta de consentimento informado ainda persistiu. Além disso, a CNIL criticou a prática do Google de exibir anúncios em e-mails do Gmail sem o consentimento explícito dos usuários, o que também contraria o Código Postal e de Comunicações Eletrônicas da França. A CNIL deu um prazo de seis meses para que o Google se adeque às normas, sob pena de multas diárias de €100 mil. O caso ocorre em um contexto mais amplo de crescente vigilância sobre a privacidade dos dados, com ações semelhantes sendo tomadas contra outras empresas, como a Disney nos EUA, por violações de privacidade infantil.

Google evita divisão do Chrome e deve compartilhar dados de busca

Em uma decisão histórica proferida em 3 de setembro de 2025, o Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia determinou que o Google deve implementar mudanças significativas em suas práticas monopolistas relacionadas à busca e publicidade de busca, sem exigir a venda do navegador Chrome. A corte proibiu o Google de firmar contratos de distribuição exclusiva para seus produtos principais, como Google Search e Chrome, visando aumentar a concorrência no setor. Além disso, o Google foi ordenado a compartilhar dados de busca, incluindo acesso ao seu índice de busca e dados de interação do usuário, com concorrentes, permitindo que eles desenvolvam suas próprias tecnologias de busca. Essa decisão é vista como um passo importante para restaurar a escolha do consumidor e estimular a inovação, já que o Google detém cerca de 90% do mercado de buscas nos EUA. O procurador-geral dos EUA, Pamela Bondi, elogiou a decisão, que foi apoiada por 49 estados e dois territórios, sinalizando um novo capítulo na promoção de mercados competitivos.

A Dura Realidade da Adoção de IA nas Empresas

Um relatório do MIT revelou que 40% das organizações adquiriram assinaturas de LLMs empresariais, mas mais de 90% dos funcionários utilizam ferramentas de IA no dia a dia. A pesquisa da Harmonic Security indica que 45,4% das interações sensíveis com IA ocorrem em contas de e-mail pessoais, o que levanta preocupações sobre a chamada ‘Economia de IA Sombra’. Essa situação ocorre porque a adoção de IA é impulsionada pelos funcionários, e não por diretrizes corporativas. Muitas empresas tentam bloquear o acesso a plataformas de IA, mas essa estratégia falha, pois a IA está integrada em quase todos os aplicativos SaaS. Para mitigar riscos, as equipes de segurança precisam entender e governar o uso de IA, tanto em contas autorizadas quanto não autorizadas. A descoberta da IA Sombra é essencial para manter a conformidade regulatória e proteger dados sensíveis. A Harmonic Security oferece soluções para monitorar o uso de IA e aplicar políticas de governança adequadas, permitindo que as empresas se beneficiem da produtividade da IA, enquanto protegem suas informações.

Bluesky sai do Mississippi devido a lei de verificação de idade

A plataforma de mídia social Bluesky anunciou sua saída do estado do Mississippi em resposta a uma nova lei que exige a verificação de idade de todos os usuários antes de conceder acesso. A partir de 22 de agosto de 2025, a Bluesky bloqueará todo o tráfego proveniente de endereços IP do Mississippi. A empresa argumenta que a lei, que obriga plataformas a verificar se os usuários têm mais de 18 anos e a obter consentimento dos pais para menores, impõe desafios significativos à liberdade de expressão e à privacidade. Além disso, a Bluesky expressou preocupações sobre os custos e recursos necessários para implementar os sistemas de verificação exigidos, que poderiam prejudicar especialmente plataformas menores. Embora a lei tenha como objetivo a segurança infantil, a Bluesky acredita que suas implicações são amplas e podem afetar todos os cidadãos do estado. A empresa também alertou que a coleta e o armazenamento de informações sensíveis podem representar riscos à privacidade. Para contornar a restrição, os usuários do Mississippi podem usar serviços de VPN para acessar a plataforma, embora a Bluesky recomende cautela ao escolher provedores de VPN confiáveis.

Google exigirá verificação de desenvolvedores de apps Android

O Google anunciou que começará a verificar a identidade de todos os desenvolvedores que distribuem aplicativos no Android, incluindo aqueles que o fazem fora da Play Store. A medida visa aumentar a responsabilidade e dificultar a distribuição de aplicativos maliciosos. A partir de outubro de 2025, convites para a verificação serão enviados gradualmente, com a implementação total prevista para setembro de 2026 em países como Brasil, Indonésia, Cingapura e Tailândia. A vice-presidente do Android, Suzanne Frey, destacou que todos os aplicativos instalados em dispositivos Android certificados nessas regiões precisarão ser registrados por desenvolvedores verificados. Embora os desenvolvedores que já utilizam a Play Store não enfrentem grandes mudanças, a nova exigência busca impedir que atores maliciosos se façam passar por desenvolvedores legítimos. Além disso, a Google já havia implementado outras medidas de segurança, como a exigência de um número D-U-N-S para novos registros de contas de desenvolvedores organizacionais. Essas mudanças visam proteger os usuários de malware e fraudes, mantendo a escolha do usuário enquanto reforçam a segurança do ecossistema Android.

VPNs gratuitas com vínculos chineses e russos levantam preocupações

Um relatório do Tech Transparency Project revelou que mais de 20 das 100 principais VPNs gratuitas nas lojas de aplicativos dos EUA têm indícios de propriedade chinesa, sem divulgações claras sobre esses vínculos. Após a publicação do relatório, a Apple removeu alguns aplicativos suspeitos, mas muitos permanecem disponíveis. A Comparitech analisou 24 aplicativos de VPN, tanto para Android quanto para iOS, e encontrou que seis deles se comunicam com domínios chineses, enquanto oito se conectam a IPs russos. Esses sinais não confirmam a propriedade, mas levantam preocupações sobre a privacidade dos usuários, já que as leis da China e da Rússia podem forçar VPNs a monitorar dados. A análise também revelou que algumas VPNs utilizam SDKs chineses ou russos, o que pode indicar controle ou desenvolvimento por entidades desses países. A Comparitech recomenda que os usuários verifiquem a origem de suas VPNs, já que a falta de transparência pode ser um sinal de alerta. VPNs baseadas na China ou na Rússia não podem garantir serviços de ‘sem registros’, o que é essencial para a proteção da privacidade do usuário.

Governo do Reino Unido desiste de exigir backdoor da Apple

O governo do Reino Unido abandonou suas tentativas de forçar a Apple a enfraquecer suas proteções de criptografia, que incluiriam a implementação de um backdoor para acesso a dados criptografados de cidadãos americanos. A decisão foi anunciada pela Diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, que destacou a importância da proteção das liberdades civis dos americanos. A Apple havia desativado sua funcionalidade de Proteção Avançada de Dados (ADP) para iCloud no Reino Unido em fevereiro de 2025, em resposta a exigências governamentais por acesso a dados criptografados. A empresa reiterou que nunca construiu um backdoor para seus produtos e serviços. A ordem secreta que exigia a implementação do backdoor foi emitida pelo Ministério do Interior do Reino Unido sob a Lei de Poderes de Investigação, visando acesso irrestrito a dados criptografados, incluindo backups. Críticos alertaram que tal acesso poderia ser explorado por cibercriminosos e governos autoritários. Enquanto isso, o Google e a Meta afirmaram não terem recebido solicitações semelhantes do governo britânico. A situação destaca a tensão entre segurança digital e privacidade, especialmente em um contexto de crescente preocupação com violações de dados e privacidade do consumidor.

Conformidade regulatória em cibersegurança um guia essencial

Organizações que lidam com dados sensíveis ou informações pessoais identificáveis (PII) devem seguir padrões de conformidade regulatória, especialmente em setores regulados como saúde, finanças e educação. Padrões como PCI DSS, GDPR e HIPAA são cruciais para proteger contra riscos cibernéticos e evitar multas. Para atender a esses requisitos, as empresas devem revisar regularmente as normas aplicáveis, designar um responsável pela conformidade e treinar funcionários. O Wazuh, uma plataforma de segurança de código aberto, oferece suporte na implementação dessas normas, com recursos como monitoramento de eventos de conformidade, visualização de alertas e documentação atualizada. A conformidade não apenas protege as organizações, mas também facilita processos de licenciamento e reduz riscos financeiros. O artigo destaca a importância de plataformas como o Wazuh para garantir que as empresas permaneçam em conformidade com as regulamentações, ajudando a mitigar riscos e a melhorar a postura de segurança.

Google exige aprovação oficial para desenvolvedores de aplicativos de criptomoeda

O Google implementou novas exigências regulatórias para desenvolvedores de aplicativos de criptomoeda que desejam distribuir suas aplicações na Google Play Store. Agora, é necessário que esses desenvolvedores obtenham licenciamento oficial do governo antes de publicar seus aplicativos em várias jurisdições ao redor do mundo. Essa atualização de política reflete a resposta da empresa ao panorama regulatório em rápida evolução em relação a ativos digitais e serviços financeiros.

Os requisitos de licenciamento variam significativamente entre regiões. Nos Estados Unidos, por exemplo, os desenvolvedores devem se registrar como Empresas de Serviços Monetários (MSBs) e obter licenças estaduais, enquanto na União Europeia, é necessário autorização como Prestadores de Serviços de Criptoativos (CASP) sob a regulamentação MiCA. O Japão e a Coreia do Sul têm suas próprias exigências específicas, como registro com a Agência de Serviços Financeiros e relatórios à Unidade de Inteligência Financeira, respectivamente.