Ataque

Ataque à cadeia de suprimentos afeta gerenciador NuGet com typosquats

Pesquisadores de cibersegurança identificaram um novo ataque à cadeia de suprimentos que visa o gerenciador de pacotes NuGet, utilizando typosquats maliciosos da plataforma Nethereum, que integra o Ethereum com .NET. O pacote malicioso, denominado Netherеum.All, foi projetado para decodificar um ponto de controle e comando (C2) e exfiltrar frases mnemônicas, chaves privadas e dados de armazenamento de carteiras. O pacote foi carregado por um usuário chamado ’nethereumgroup’ em 16 de outubro de 2025 e removido quatro dias depois por violar os termos de uso do NuGet. O ataque se destaca pelo uso de um homoglyph cirílico que substitui a letra ’e’, enganando desenvolvedores desavisados. Além disso, os atacantes inflaram artificialmente as contagens de download, alegando 11,7 milhões de downloads, o que é um sinal de alerta, já que é improvável que uma nova biblioteca alcance tal número rapidamente. A principal funcionalidade maliciosa está em uma função chamada EIP70221TransactionService.Shuffle, que extrai dados sensíveis da carteira do usuário. Este incidente ressalta a vulnerabilidade do NuGet, que não impõe restrições rigorosas sobre esquemas de nomenclatura, ao contrário de outros repositórios de código aberto. Para mitigar riscos, os usuários devem verificar cuidadosamente as bibliotecas antes de baixá-las e monitorar o tráfego de rede anômalo.

Por que as defesas tradicionais contra bots falham na automação inteligente

Com a aceleração da transformação digital, o tráfego de bots representa mais da metade do tráfego na internet, com bots maliciosos sendo responsáveis pela maioria das ameaças. Esses ataques automatizados se tornaram uma das maiores ameaças para empresas online, pois os bots evoluíram para imitar o comportamento humano e se adaptar a medidas de segurança. As defesas tradicionais, como firewalls de aplicações web (WAFs) e detecções baseadas em JavaScript, são reativas e dependem de padrões conhecidos, tornando-se ineficazes contra bots modernos que mudam rapidamente. Além disso, as defesas do lado do cliente introduzem riscos adicionais, pois o código pode ser manipulado por atacantes. O artigo destaca que a detecção do lado do servidor, que analisa o comportamento e a intenção do tráfego, é a única estratégia eficaz para enfrentar essas novas ameaças. Essa abordagem permite que as empresas detectem bots que se disfarçam como usuários legítimos, aumentando a eficácia da segurança em até 33 vezes. A evolução dos bots exige uma defesa igualmente inteligente, pois os danos vão além das perdas financeiras, afetando a integridade dos dados e a competitividade das empresas.

Campanha de Ciberespionagem PassiveNeuron Alvo de Organizações na América Latina

A Kaspersky identificou uma nova campanha de ciberespionagem chamada PassiveNeuron, que visa organizações governamentais, financeiras e industriais na Ásia, África e América Latina. Os ataques foram inicialmente detectados em novembro de 2024, com foco em entidades governamentais na América Latina e na Ásia Oriental. Os invasores utilizam malwares sofisticados, como Neursite e NeuralExecutor, que permitem movimentação lateral na infraestrutura das vítimas e exfiltração de dados. A campanha se destaca pelo uso de servidores internos comprometidos como infraestrutura de comando e controle, dificultando a detecção. Os atacantes têm explorado vulnerabilidades em servidores Windows, possivelmente através de injeções SQL ou força bruta, para implantar backdoors e ferramentas como Cobalt Strike. Desde dezembro de 2024, novas infecções foram observadas, com indícios de que os autores sejam falantes de chinês. A Kaspersky alerta que a campanha é particularmente perigosa devido ao foco em servidores expostos à internet, que são alvos atrativos para ameaças persistentes avançadas (APTs).

Grupo APT Cavalry Werewolf Lança Campanhas em Múltiplos Setores

Entre maio e agosto de 2025, o grupo de ameaça persistente avançada (APT) conhecido como Cavalry Werewolf, também rastreado como YoroTrooper e Silent Lynx, conduziu uma campanha de ciberataques sofisticada, visando o setor público e a infraestrutura crítica da Rússia. As indústrias de energia, mineração e manufatura foram os principais alvos, com o uso de malwares personalizados, como FoalShell e StallionRAT, através de operações de spear-phishing altamente direcionadas, disfarçadas como correspondências oficiais do governo.

Grupo de espionagem cibernética chinês ataca telecomunicações na Europa

Um grupo de ciberespionagem vinculado à China, conhecido como Salt Typhoon, atacou uma organização de telecomunicações na Europa na primeira semana de julho de 2025. Os invasores exploraram uma vulnerabilidade em um dispositivo Citrix NetScaler Gateway para obter acesso inicial. Salt Typhoon, ativo desde 2019, é conhecido por suas táticas de persistência e exfiltração de dados sensíveis em mais de 80 países, incluindo os EUA. Durante o ataque, os hackers utilizaram o Citrix Virtual Delivery Agent (VDA) para se mover lateralmente na rede da vítima, além de empregar o SoftEther VPN para ocultar suas origens. Um dos malwares utilizados foi o Snappybee, que se aproveita de uma técnica chamada DLL side-loading, onde arquivos DLL maliciosos são carregados junto a executáveis legítimos de software antivírus. A atividade maliciosa foi identificada e mitigada antes que pudesse causar danos maiores. A natureza furtiva e a capacidade de reutilizar ferramentas confiáveis tornam o Salt Typhoon um adversário desafiador para as defesas cibernéticas.

Grande queda da AWS interrompe internet - Amazon, Snapchat e mais fora do ar

Na madrugada de 20 de outubro de 2025, a Amazon Web Services (AWS) sofreu uma queda massiva que afetou a infraestrutura digital global. O problema começou por volta de 12h11 PDT, com falhas no serviço de banco de dados DynamoDB, que rapidamente se espalharam para outros serviços essenciais como EC2 e S3. Isso resultou em interrupções em plataformas populares como Snapchat, Amazon Prime Video e Canva, deixando milhões de usuários sem acesso a seus aplicativos e serviços. A AWS, que detém cerca de um terço do mercado global de nuvem, enfrentou críticas sobre a fragilidade da centralização de sua infraestrutura. Embora a empresa tenha declarado que o problema foi resolvido ao meio-dia, o impacto da queda ainda era sentido, com usuários relatando lentidão em serviços e gerando discussões sobre a necessidade de diversificação entre provedores de nuvem. A falha foi atribuída a um problema de resolução de DNS, que cortou a conexão entre os clientes e os gateways da AWS, evidenciando a vulnerabilidade de depender de um único provedor para operações críticas. O incidente levantou preocupações sobre a segurança e a resiliência das infraestruturas digitais, especialmente em setores críticos como saúde e finanças.

Ameaças Cibernéticas Brechas Silenciosas e Novas Táticas de Ataque

Recentes incidentes de cibersegurança revelam que brechas silenciosas estão se tornando comuns, com atacantes permanecendo nas redes por longos períodos sem serem detectados. Um dos casos mais alarmantes envolve a F5, que anunciou a violação de seus sistemas por atores desconhecidos, resultando no roubo de códigos fonte do BIG-IP e informações sobre vulnerabilidades não divulgadas. Acredita-se que os atacantes, associados a um grupo de espionagem da China, estavam ativos na rede da F5 por pelo menos 12 meses.

China acusa NSA de ataque cibernético premeditado

No último domingo, a China acusou a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) de realizar um ataque cibernético premeditado contra o Centro Nacional de Serviço de Tempo (NTSC), descrevendo os EUA como um “império hacker”. O Ministério da Segurança do Estado (MSS) afirmou ter encontrado “provas irrefutáveis” da participação da NSA em uma intrusão que teria ocorrido em 25 de março de 2022, embora o ataque tenha sido frustrado. O NTSC, responsável pela manutenção do horário padrão nacional, poderia ter sofrido consequências severas, como falhas em comunicações e interrupções em sistemas financeiros, caso o ataque tivesse sucesso. Segundo o MSS, a NSA teria explorado falhas de segurança em um serviço de SMS de uma marca estrangeira para comprometer dispositivos móveis de funcionários do NTSC, resultando no roubo de dados sensíveis. Além disso, a agência americana teria utilizado credenciais de login roubadas para acessar os computadores do NTSC e implementar uma nova plataforma de “guerra cibernética” entre agosto de 2023 e junho de 2024, ativando 42 ferramentas especializadas para ataques intensos. O MSS também acusou os EUA de realizar ataques cibernéticos persistentes contra diversos países, incluindo a China, e de distorcer a narrativa sobre a “ameaça cibernética chinesa”.

Automação impulsionada por IA na descoberta de vulnerabilidades e geração de malware

O relatório Digital Defense Report 2025 da Microsoft revela que a motivação financeira continua a dominar o cenário global de ameaças cibernéticas, com 52% dos ataques analisados relacionados a extorsão e ransomware. O documento, assinado pelo Chief Information Security Officer da Microsoft, Igor Tsyganskiy, destaca que 80% dos incidentes investigados estavam ligados ao roubo de dados, evidenciando que os cibercriminosos priorizam o lucro em vez da espionagem. A pesquisa também enfatiza o uso crescente de inteligência artificial (IA) em ciberataques, permitindo que até mesmo atores de baixo nível escalem operações maliciosas. A Microsoft processa mais de 100 trilhões de sinais de segurança diariamente, bloqueando cerca de 4,5 milhões de tentativas de malware e analisando 5 bilhões de e-mails para detectar phishing. A automação e a IA mudaram drasticamente a dinâmica dos ataques, com criminosos utilizando modelos de aprendizado de máquina para descobrir vulnerabilidades rapidamente e gerar malware polimórfico. O relatório também menciona o aumento das ameaças de atores estatais, especialmente da China, Irã, Rússia e Coreia do Norte, que estão explorando vulnerabilidades recém-divulgadas com rapidez. A Microsoft recomenda que as organizações integrem a segurança em suas estratégias de negócios e adotem modelos de defesa impulsionados por IA para enfrentar essas ameaças.

Informações secretas do governo britânico podem ter sido acessadas por hackers chineses

Dominic Cummings, ex-assessor do ex-primeiro-ministro Boris Johnson, afirmou que hackers chineses acessaram sistemas de segurança de alto nível do governo do Reino Unido por mais de uma década, obtendo informações classificadas, incluindo dados sensíveis conhecidos como ‘Strap’. Cummings alegou que foi informado sobre a violação em 2020 e que a informação comprometida incluía materiais dos serviços de inteligência e do Secretariado de Segurança Nacional. Em resposta, o Gabinete do Primeiro-Ministro negou as alegações, afirmando que os sistemas utilizados para transferir informações sensíveis não foram comprometidos. O ex-chefe do Centro Nacional de Cibersegurança do Reino Unido, professor Ciaran Martin, também desmentiu as afirmações de Cummings, ressaltando que não houve investigação sobre a suposta violação e que os sistemas em questão são projetados para serem seguros e monitorados de forma diferente de sistemas baseados na internet. As declarações de Cummings geraram um debate acalorado, e ele se ofereceu para testemunhar caso o Parlamento inicie uma investigação sobre o assunto.

Grupo APT Mysterious Elephant invade organização e rouba informações sensíveis

Um novo ataque de ciberespionagem foi identificado na região Ásia-Pacífico, com o grupo Mysterious Elephant, classificado como uma ameaça avançada persistente (APT), atacando agências governamentais e de política externa. Desde sua descoberta em 2023, o grupo tem se destacado por suas táticas adaptáveis, especialmente ao explorar plataformas de mensagens como o WhatsApp para roubar documentos e arquivos.

A campanha mais recente, iniciada em 2025, mostra uma evolução significativa nas técnicas operacionais do grupo, que agora utiliza malware desenvolvido sob medida e utilitários de código aberto modificados, como BabShell e MemLoader. Os ataques geralmente começam com e-mails de spear-phishing que imitam correspondências oficiais, utilizando temas diplomáticos para enganar as vítimas. Uma vez que o sistema é comprometido, o BabShell estabelece uma conexão de shell reverso, permitindo que os atacantes mantenham controle e executem comandos.

F5 Hacked - Ataque permite controle total e download de arquivos

A F5 Networks revelou um incidente de segurança que afetou seus ambientes internos, onde um ator de ameaça sofisticado, possivelmente um agente estatal, obteve acesso persistente e exfiltrou arquivos de sistemas críticos, incluindo o ambiente de desenvolvimento do produto BIG-IP. A empresa confirmou que ações de contenção foram bem-sucedidas e que não houve atividade não autorizada desde o início da resposta em agosto de 2025. Entre os arquivos acessados estão partes do código-fonte do BIG-IP e informações sobre vulnerabilidades não divulgadas em desenvolvimento. No entanto, a F5 assegurou que não há evidências de exploração ativa de falhas críticas ou de manipulação da cadeia de suprimentos. A empresa recomenda que seus clientes apliquem imediatamente atualizações de segurança e implementem práticas de endurecimento para mitigar riscos. A F5 também está colaborando com especialistas em segurança e autoridades para investigar o incidente e melhorar suas defesas. A situação destaca a importância de monitoramento contínuo e resposta rápida a incidentes de segurança.

Grupo de hackers chineses invade provedor de TI russo

Um grupo de hackers com vínculos à China, identificado como Jewelbug, foi responsável por uma invasão que durou cinco meses, visando um provedor de serviços de TI na Rússia. A atividade ocorreu entre janeiro e maio de 2025 e foi atribuída pela Symantec, que observou que o grupo também está relacionado a outras ameaças cibernéticas conhecidas. A invasão permitiu acesso a repositórios de código e sistemas de construção de software, possibilitando ataques à cadeia de suprimentos que poderiam afetar clientes na Rússia. Os atacantes utilizaram uma versão renomeada do Microsoft Console Debugger para executar código malicioso e contornar medidas de segurança. Além disso, foram observados esforços para exfiltrar dados para o Yandex Cloud. A atividade do Jewelbug destaca a continuidade das operações de espionagem cibernética da China, mesmo com o fortalecimento das relações entre Moscou e Pequim. O grupo também foi associado a uma intrusão em uma organização governamental na América do Sul, utilizando uma nova backdoor em desenvolvimento, o que demonstra suas capacidades em evolução. O uso de ferramentas legítimas e serviços em nuvem para ocultar suas atividades torna a detecção e resposta a esses ataques ainda mais desafiadoras.

Hacktivistas pró-Rússia intensificam ataques a portais e bancos

No período entre 6 e 8 de outubro de 2025, grupos hacktivistas pró-Rússia, especialmente o Sylhet Gang e o NoName057(16), realizaram uma série de ataques cibernéticos coordenados contra sistemas israelenses, em resposta ao aniversário de um evento político significativo. Dados da Radware indicam que mais de 50 alegações de ataques DDoS foram registradas, um aumento de 14 vezes em relação à média diária de setembro. O Sylhet Gang atuou como um núcleo de mobilização, incentivando ações contra a infraestrutura israelense, enquanto o Arabian Ghosts se destacou como o grupo mais ativo, responsável por 40% das declarações de DDoS. Os ataques foram caracterizados por sua brevidade, com a maioria durando menos de 20 minutos, e focaram em alvos de alta visibilidade, como portais governamentais e plataformas de e-commerce. A participação de grupos como o NoName057(16) indica uma ampliação da coordenação entre coletivos hacktivistas com narrativas políticas comuns, refletindo uma nova dinâmica no cenário de cibersegurança global.

Grupo de hackers chineses compromete sistema ArcGIS por mais de um ano

Um novo ataque cibernético atribuído a um grupo de hackers patrocinado pelo Estado chinês, conhecido como Flax Typhoon, comprometeu um sistema ArcGIS, transformando-o em uma porta dos fundos por mais de um ano. De acordo com a ReliaQuest, os atacantes modificaram uma extensão de objeto de servidor Java (SOE) de um aplicativo de geo-mapeamento para criar um shell web, permitindo acesso não autorizado. Essa técnica de ataque, que utiliza métodos de ’living-off-the-land’, permite que os hackers evitem a detecção ao se misturarem ao tráfego normal do servidor. O grupo conseguiu acessar uma conta de administrador de portal público para implantar a SOE maliciosa, que foi ativada através de uma operação REST padrão. Uma vez dentro, os atacantes estabeleceram uma conexão VPN oculta, permitindo que eles se comportassem como parte da rede interna da vítima. O ataque destaca a criatividade dos hackers em usar ferramentas legítimas para contornar medidas de segurança, evidenciando a necessidade de vigilância constante e atualização das práticas de segurança cibernética.

Nintendo é hackeada? Grupo afirma ter roubado dados sigilosos

O grupo de hackers Crimson Collective anunciou, no último sábado (11), que invadiu os servidores da Nintendo, alegando ter acessado arquivos confidenciais, incluindo materiais de produção e dados de desenvolvedores. A gigante japonesa, conhecida por sua rigorosa proteção de informações, não se pronunciou sobre o incidente, o que levanta dúvidas sobre a veracidade da alegação. O Crimson Collective também foi responsável por um ataque recente à Red Hat, onde roubaram cerca de 570 GB de dados e tentaram extorquir a empresa. A Red Hat optou por admitir o vazamento e colaborar com as autoridades, enquanto a Nintendo pode não se manifestar a menos que dados de clientes ou funcionários tenham sido comprometidos, o que exigiria uma divulgação legal. Se confirmada, a invasão pode indicar a prática de ransomware, uma técnica crescente em ataques cibernéticos, especialmente na indústria de jogos, que já enfrentou incidentes semelhantes, como os ataques à Rockstar e à Insomniac Games nos últimos anos. A situação destaca a vulnerabilidade das empresas de tecnologia e a necessidade de medidas de segurança robustas para proteger dados sensíveis.

Pacotes maliciosos transformam Discord em hub C2 encoberto

Pesquisas da Socket revelaram um aumento no uso de webhooks do Discord como canais de comando e controle (C2) em pacotes maliciosos distribuídos por npm, PyPI e RubyGems. Essa técnica permite que atacantes exfiltratem dados sensíveis para servidores do Discord controlados por eles, sem a necessidade de infraestrutura dedicada, o que torna a detecção e prevenção mais difíceis. Os webhooks do Discord são endpoints HTTPS que aceitam cargas JSON para postar mensagens em canais específicos, permitindo que qualquer pessoa com a URL do webhook envie dados sem revelar o histórico do canal. Exemplos incluem pacotes como mysql-dumpdiscord, que coleta arquivos de configuração e os envia para um webhook, e malinssx, que envia mensagens codificadas durante a instalação. O uso de webhooks reduz os custos e aumenta a furtividade das operações dos atacantes, levando a Socket a recomendar controles rigorosos de saída e análise comportamental para proteger a cadeia de suprimentos de software.

Como a IA está transformando a segurança cibernética

O uso crescente da inteligência artificial (IA) está revolucionando a forma como os atacantes realizam a fase de reconhecimento em cibersegurança. Antes de enviar um ataque, os hackers analisam minuciosamente o ambiente da vítima, explorando fluxos de login, arquivos JavaScript, mensagens de erro e documentação de APIs. A IA acelera esse processo, permitindo que os atacantes mapeiem sistemas com maior rapidez e precisão. Embora a IA não execute ataques de forma autônoma, ela otimiza a coleta e análise de informações, ajudando a identificar vulnerabilidades e caminhos de ataque.

Táticas de Roubo de Credenciais por Hacktivistas Pró-Russos em Ambientes OT e ICS

Um grupo hacktivista pró-russo, conhecido como TwoNet, foi identificado atacando uma instalação de tratamento de água durante uma operação de honeypot realizada pelos laboratórios Vedere da Forescout em setembro de 2025. O ataque destacou uma mudança nas táticas de hacktivistas, que estão se afastando da simples desfiguração de sites para intrusões mais sofisticadas em sistemas de tecnologia operacional (OT) e controle industrial (ICS). Os atacantes exploraram a autenticação fraca em uma interface homem-máquina (HMI), utilizando credenciais padrão para obter acesso. Após a invasão, eles realizaram consultas SQL para mapear dados e injetaram JavaScript malicioso, alterando a página de login. Além disso, criaram uma conta separada para realizar ações persistentes, como manipulação de dados e desativação de logs de alarmes. A análise revelou que o ataque foi manual, com IPs associados a entidades sancionadas pela UE, e que houve atividades correlacionadas de grupos aliados, aumentando a escalabilidade da ameaça. Especialistas recomendam medidas de endurecimento, como a eliminação de senhas padrão e a segmentação de redes, para mitigar riscos semelhantes.

Análise Forense - Como Funciona o EDR-Freeze e Seus Vestígios

O EDR-Freeze é uma ferramenta de prova de conceito que incapacita motores de detecção e resposta em endpoints (EDR) ou antivírus, utilizando componentes legítimos do Windows, como o WerFaultSecure.exe e a API MiniDumpWriteDump. Ao ser executado, o EDR-Freeze_1.0.exe se disfarça como um manipulador de falhas, suspendendo temporariamente processos de segurança, como o MsMpEng.exe (serviço do Windows Defender), sem acionar alertas. Durante a criação de dumps de falha, o EDR-Freeze consegue pausar a coleta de telemetria, mantendo o estado do processo intacto. Após um intervalo configurável, os processos suspensos são retomados, permitindo que os atacantes operem sem serem detectados. Para a investigação, é crucial preservar vestígios do arquivo temporário gerado, t.txt, e analisar a tabela de endereços de importação do WerFaultSecure.exe. A implementação de regras YARA pode ajudar a identificar atividades do EDR-Freeze, destacando a necessidade de análises forenses de memória e caça comportamental em fluxos de resposta a incidentes. Essa técnica demonstra como componentes confiáveis do sistema operacional podem ser explorados para desativar controles de segurança, exigindo uma resposta proativa dos profissionais de cibersegurança.

Atenção JavaScript não monitorado pode comprometer dados de pagamento

Com a aproximação da temporada de compras de 2025, um alerta se destaca na cibersegurança: o uso de JavaScript não monitorado representa uma vulnerabilidade crítica que pode permitir que atacantes roubem dados de pagamento sem serem detectados por sistemas de firewall de aplicativos web (WAF) e detecção de intrusões. O artigo destaca que, durante a temporada de compras de 2024, houve um aumento alarmante de 690% em ataques, com incidentes notáveis como a violação do Polyfill.io, que afetou mais de 500 mil sites, e o ataque Magecart da Cisco, que visou consumidores durante as compras de fim de ano. A pesquisa revela que, embora as defesas do lado do servidor tenham sido fortalecidas, o ambiente do navegador, onde o código malicioso pode operar, permanece vulnerável. Para mitigar esses riscos, recomenda-se a implementação de políticas de segurança de conteúdo (CSP), integridade de sub-recurso (SRI) e monitoramento contínuo do lado do cliente. Com o aumento do tráfego de compras, é essencial que os varejistas online fechem essas lacunas de visibilidade e adotem medidas proativas para proteger os dados dos consumidores.

Hackers Alvo de Serviços RDP de Mais de 100.000 IPs

Uma campanha massiva e coordenada de botnets está atacando serviços de Protocolo de Área de Trabalho Remota (RDP) nos Estados Unidos. Desde 8 de outubro de 2025, a empresa de cibersegurança GreyNoise identificou mais de 100.000 endereços IP únicos envolvidos nos ataques, que se estendem por mais de 100 países. Os vetores de ataque principais incluem ataques de temporização de autenticação anônima do Microsoft RD Web Access e verificações de enumeração de login do Microsoft RDP Web Client. A análise revelou que a maioria dos IPs participantes compartilha impressões digitais TCP semelhantes, indicando uma infraestrutura centralizada de comando e controle. Os ataques focam especificamente em serviços RDP baseados nos EUA, com nós da botnet distribuídos em regiões como Brasil, Argentina, Irã, China, México, Rússia, África do Sul e Equador. Para se proteger, as organizações devem implementar configurações robustas de segurança RDP, como autenticação em nível de rede e autenticação multifatorial, além de monitorar tentativas de acesso e considerar restringir o acesso RDP através de VPNs.

Ataque DDoS derruba Steam, PSN, Xbox, Fortnite e LoL simultaneamente

Na última terça-feira (7), diversas plataformas de jogos online, incluindo Steam, PlayStation Network, Xbox Live, e títulos populares como Fortnite e League of Legends, enfrentaram lentidão e quedas simultâneas, sugerindo um ataque DDoS. O Downdetector registrou mais de 36.000 reclamações de usuários do Steam, com a Epic Games Store e PlayStation também reportando problemas significativos. A Riot Games, responsável por LoL e Valorant, confirmou sobrecarga em seus servidores, coincidindo com os problemas enfrentados por outras plataformas. Embora não haja confirmação oficial, especula-se que a botnet Aisuru esteja por trás do ataque, que visa grandes plataformas para demonstrar sua capacidade de causar interrupções. A Epic Games reconheceu as instabilidades, mas não forneceu detalhes sobre as causas ou possíveis responsáveis. Este incidente destaca a vulnerabilidade das infraestruturas de jogos online e a necessidade de medidas de segurança mais robustas para proteger os usuários e as plataformas.

Nova botnet RondoDox ataca dispositivos conectados globalmente

Pesquisadores de segurança estão alertando sobre a nova botnet RondoDox, que explora 56 vulnerabilidades em mais de 30 tipos de dispositivos conectados à internet. Diferente de botnets tradicionais que costumam focar em uma única vulnerabilidade, RondoDox adota uma abordagem chamada ’exploit shotgun’, atacando múltiplas falhas simultaneamente, o que a torna barulhenta e facilmente detectável por defensores. Os dispositivos afetados incluem roteadores, câmeras de segurança e sistemas de DVR de marcas conhecidas como QNAP, D-Link e Netgear. A maioria das vulnerabilidades já possui patches disponíveis, o que facilita a defesa. As recomendações incluem manter o firmware atualizado, isolar redes e usar senhas fortes. A campanha ainda está ativa, e a rápida evolução das táticas de cibercriminosos indica um futuro preocupante para a segurança cibernética, com a exploração automatizada de infraestruturas antigas em larga escala.

Microsoft Azure enfrenta interrupção global afetando serviços em todo o mundo

No dia 9 de outubro de 2025, a Microsoft Azure, uma das principais plataformas de computação em nuvem, sofreu uma interrupção significativa que afetou clientes na Europa e na África. O problema começou por volta das 07:40 UTC, resultando em uma perda de capacidade de cerca de 30% em instâncias do Azure Front Door, a rede de entrega de conteúdo da empresa. Regiões como Norte da Europa, Oeste da Europa, França Central e partes da África do Sul foram as mais impactadas. Os usuários enfrentaram falhas de conectividade, e muitos não conseguiram acessar o portal do Azure, o que dificultou ações administrativas e de gerenciamento. A Microsoft descartou que as recentes implementações de código fossem a causa do problema, sugerindo que a falha poderia estar relacionada a componentes fundamentais da rede. A empresa se comprometeu a fornecer atualizações regulares e a realizar uma análise detalhada após a restauração dos serviços. Este incidente ressalta os riscos associados à dependência de um único provedor de nuvem e a necessidade de estratégias de resiliência robustas, como implantações em múltiplas regiões e arquiteturas híbridas.

Ameaças cibernéticas em evolução riscos e mitigação

As ameaças cibernéticas estão se tornando cada vez mais sofisticadas, com atacantes utilizando engenharia social, manipulação impulsionada por IA e exploração de nuvem para comprometer sistemas antes considerados seguros. O relatório destaca como o Microsoft Teams tem sido utilizado por grupos de ameaças para extorsão e roubo financeiro, enfatizando a importância de fortalecer a proteção de identidade e a segurança dos endpoints. Além disso, uma nova campanha de malware utiliza arquivos de atalho (.LNK) maliciosos para implantar um dropper de PowerShell, demonstrando a eficácia de técnicas de evasão. O artigo também menciona uma campanha de desinformação apoiada por Israel, visando desestabilizar o Irã, e a investigação da França sobre a coleta de dados de voz da Siri pela Apple. Outro ponto crítico é o roubo de criptomoedas, com hackers norte-coreanos responsáveis por cerca de $2 bilhões em furtos em 2025, destacando a crescente dependência do regime de atividades cibernéticas para financiamento. O artigo conclui com a resistência de empresas de tecnologia à proposta de controle de chat da UE, que exigiria a varredura de comunicações criptografadas, levantando preocupações sobre privacidade e vigilância em massa.

Atores de Ameaça Chineses Usam Nezha para Executar Comandos Remotos

A recente análise de um ataque cibernético revela que atores de ameaça chineses estão utilizando a ferramenta de monitoramento open-source Nezha como um framework malicioso de comando e controle. Originalmente projetada para monitoramento leve de servidores, a Nezha foi adaptada para emitir comandos arbitrários e estabelecer persistência em servidores web comprometidos. Após a implantação inicial de shells web, os atacantes instalaram agentes Nezha disfarçados de binários administrativos em mais de 100 máquinas vítimas, com a maioria dos alvos localizados em Taiwan, Japão, Coreia do Sul e Hong Kong. A infraestrutura dos atacantes apresenta características de campanhas de ameaças persistentes avançadas, utilizando recursos em nuvem como AWS e servidores privados virtuais, o que dificulta a rastreabilidade. A configuração do painel da Nezha em russo sugere uma possível cooperação global ou uso de ferramentas compartilhadas. Para mitigar esses riscos, recomenda-se que as organizações implementem segmentação de rede rigorosa e monitorem o uso anômalo de ferramentas administrativas.

Estrutura da APT35 e Operações de Espionagem com Ligações ao IRGC Reveladas

Um recente vazamento de documentos internos do grupo de ameaças patrocinado pelo Estado iraniano, APT35, revelou detalhes sobre suas operações de espionagem e conexões com o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC). O conjunto de dados, obtido de um repositório do GitHub, contém mais de 100 documentos em persa que incluem listas de pessoal, ferramentas utilizadas, relatórios de campanhas e detalhes de infraestrutura. As operações do grupo abrangem setores governamentais, jurídicos, acadêmicos, de aviação, energia e financeiro, com alvos prioritários nos EUA, Cingapura e Índia.

Aumento de ataques aos portais de login do Palo Alto GlobalProtect

Um aumento significativo nos ataques aos portais de login do Palo Alto Networks GlobalProtect foi registrado, com mais de 2.200 endereços IP únicos envolvidos em tentativas de acesso em 7 de outubro de 2025. A GreyNoise, empresa de monitoramento de cibersegurança, observou que o número de IPs únicos que realizavam varreduras nos portais subiu de aproximadamente 1.300 em 3 de outubro para mais de 2.200 em apenas quatro dias. Essa atividade sugere uma campanha de ‘credential stuffing’, onde listas extensas de credenciais, possivelmente obtidas de vazamentos anteriores, estão sendo utilizadas. A análise geográfica revelou que 91% dos IPs que realizavam as varreduras estavam localizados nos Estados Unidos, com outros clusters significativos no Reino Unido, Países Baixos, Canadá e Rússia. O aumento repentino de tentativas de login, que coincide com um evento semelhante de varredura em dispositivos Cisco ASA, indica uma possível coordenação entre os atacantes. Para mitigar esses ataques, recomenda-se que as organizações bloqueiem ou monitorem os IPs identificados pela GreyNoise, implementem autenticação multifatorial e revisem os logs de login em busca de combinações incomuns de nome de usuário e senha.

Coletivo Crimson Explora Serviços da AWS para Exfiltrar Dados Sensíveis

Um novo grupo de hackers, denominado Crimson Collective, representa uma ameaça significativa à infraestrutura de nuvem, com foco especial em ambientes da Amazon Web Services (AWS). De acordo com a pesquisa da Rapid7, o grupo se especializa em operações de roubo de dados e extorsão, utilizando credenciais de acesso de longo prazo comprometidas e políticas IAM excessivamente permissivas para infiltrar sistemas corporativos.

Os ataques começam com a exploração de chaves de acesso AWS vazadas, frequentemente obtidas de repositórios expostos ou ambientes mal configurados. Utilizando a ferramenta TruffleHog, os atacantes localizam e validam credenciais utilizáveis. Uma vez dentro do sistema, eles estabelecem persistência e elevam privilégios, ganhando controle administrativo total sobre o ambiente da vítima.

Palo Alto Systems em alerta devido a aumento de ataques de varredura

Recentemente, a GreyNoise, uma empresa de pesquisa em segurança cibernética, relatou um aumento de 500% nos IPs realizando varreduras em busca de perfis do Palo Alto Networks GlobalProtect e PAN-OS. Em média, cerca de 200 IPs realizam esse tipo de varredura, mas no dia 3 de outubro, esse número saltou para mais de 1.280. A maioria dos IPs maliciosos se originou dos Estados Unidos, com alvos principalmente nos EUA e no Paquistão. Apesar do aumento nas varreduras, a Palo Alto Networks afirmou que não encontrou evidências de comprometimento em seus sistemas e se mantém confiante em suas defesas, que são suportadas pela plataforma Cortex XSIAM, capaz de bloquear 1,5 milhão de novos ataques diariamente. Especialistas alertam que esse tipo de atividade pode indicar que um ator malicioso está tentando descobrir vulnerabilidades nos portais de login da empresa. A GreyNoise também observou que 7% dos IPs envolvidos nas varreduras são considerados maliciosos, enquanto 91% são classificados como suspeitos. A empresa continua monitorando a situação e assegura que suas infraestruturas permanecem seguras.

Hackers abusam do AWS X-Ray como canal oculto de comando e controle

Um novo framework chamado XRayC2 demonstra como atacantes podem transformar o serviço de rastreamento distribuído AWS X-Ray em um canal de comando e controle (C2) furtivo, contornando os controles de segurança de rede convencionais ao utilizar tráfego legítimo da API da AWS. Ao explorar a infraestrutura da nuvem, o XRayC2 utiliza a funcionalidade de anotação do AWS X-Ray para embutir dados criptografados em segmentos de rastreamento, roteando todas as comunicações através de domínios legítimos da AWS, como xray..amazonaws.com. Essa técnica mistura cargas maliciosas com dados de monitoramento padrão, dificultando a detecção por ferramentas que se concentram apenas na origem ou volume do tráfego.

Aumento de atividades de varredura em portais de login da Palo Alto Networks

A empresa de inteligência em ameaças GreyNoise relatou um aumento significativo nas atividades de varredura direcionadas aos portais de login da Palo Alto Networks, com um crescimento de quase 500% no número de endereços IP envolvidos em apenas um dia, em 3 de outubro de 2025. Este aumento representa a maior atividade registrada nos últimos três meses, com cerca de 1.300 endereços IP únicos participando da varredura, sendo 93% classificados como suspeitos e 7% como maliciosos. A maioria dos IPs está geolocalizada nos EUA, com clusters menores no Reino Unido, Países Baixos, Canadá e Rússia. GreyNoise observou que essa atividade de varredura apresenta características semelhantes a um aumento recente de varreduras em dispositivos Cisco ASA, sugerindo uma possível interconexão entre as ameaças. Em abril de 2025, a empresa já havia alertado sobre atividades de varredura suspeitas direcionadas a gateways GlobalProtect da Palo Alto. O relatório de GreyNoise também indica que picos em atividades de varredura maliciosa frequentemente precedem a divulgação de novas vulnerabilidades (CVE) relacionadas. Recentemente, a Cisco divulgou duas vulnerabilidades zero-day em seus dispositivos ASA, que foram exploradas em ataques reais. A situação exige atenção das empresas que utilizam essas tecnologias, especialmente no Brasil, onde a Palo Alto e a Cisco têm presença significativa.

Novo ataque CometJacking compromete navegadores de IA

Pesquisadores de cibersegurança revelaram um novo ataque denominado CometJacking, que visa o navegador de IA Comet da Perplexity. Este ataque utiliza links maliciosos que, ao serem clicados, injetam comandos ocultos no navegador, permitindo que dados sensíveis, como informações de e-mail e calendário, sejam extraídos sem o conhecimento do usuário. A técnica de injeção de prompt se aproveita de uma URL manipulada que, em vez de direcionar o usuário para um site legítimo, instrui o assistente de IA a acessar sua memória e coletar dados, que são então codificados em Base64 e enviados para um servidor controlado pelo atacante. Embora a Perplexity tenha minimizado o impacto da descoberta, o ataque destaca a vulnerabilidade de ferramentas nativas de IA, que podem contornar as proteções tradicionais de segurança. Especialistas alertam que os navegadores de IA representam um novo campo de batalha para a segurança cibernética, exigindo que as organizações implementem controles rigorosos para detectar e neutralizar esses tipos de ataques antes que se tornem comuns.

Atores de Ameaça Chineses Explorando Servidores IIS para Manipular Rankings

Um novo relatório da Cisco Talos revela uma campanha de cibercrime em larga escala conduzida pelo grupo de hackers UAT-8099, que tem como alvo servidores vulneráveis do Internet Information Services (IIS) em países como Índia, Tailândia, Vietnã, Canadá e Brasil desde abril de 2025. O foco principal do grupo é manipular rankings de otimização para motores de busca (SEO), redirecionando tráfego valioso para anúncios não autorizados e sites de jogos de azar, enquanto exfiltra dados sensíveis de instituições proeminentes.

Governo britânico empresta R 10,7 bi para salvar Jaguar Land Rover de ciberataque

Em setembro de 2025, a Jaguar Land Rover sofreu um ataque cibernético severo que resultou em interrupções significativas em suas operações e produção. O governo do Reino Unido anunciou um empréstimo de £1,5 bilhões (aproximadamente R$ 10,7 bilhões) para ajudar a empresa a retomar suas atividades. O Secretário de Negócios, Peter Kyle, destacou que o ataque não apenas impactou a Jaguar, mas também afetou o setor automotivo britânico, que é vital para a economia local, empregando cerca de 154.000 pessoas. O grupo Scattered Lapsus$ Hunters reivindicou a autoria do ataque, que pode ter sido facilitado por uma vulnerabilidade explorada anteriormente pela gangue HellCat. A Jaguar Land Rover ficou quase um mês sem operar, resultando em perdas estimadas de £50 milhões (cerca de R$ 360 milhões) por semana. As autoridades britânicas já prenderam três membros da gangue envolvida, e a investigação continua para entender melhor as circunstâncias do ataque e suas consequências. O governo pode considerar um novo empréstimo para evitar a falência de fornecedores da Jaguar Land Rover, que são essenciais para a cadeia de produção.

Cibersegurança Vulnerabilidades e Ameaças em Tecnologia Atual

O cenário de cibersegurança se torna cada vez mais complexo, com ataques direcionados a diversas tecnologias, desde carros conectados até servidores em nuvem. Recentemente, observou-se um aumento significativo em tentativas de exploração da vulnerabilidade crítica CVE-2024-3400, que afeta firewalls PAN-OS, permitindo que atacantes não autenticados executem códigos maliciosos. Além disso, uma campanha sofisticada tem como alvo servidores Microsoft SQL mal gerenciados, utilizando o framework XiebroC2 para estabelecer acesso persistente. Por outro lado, a inteligência artificial está sendo utilizada para bloquear ataques de ransomware em tempo real, com o Google Drive implementando detecções automáticas que interrompem a sincronização de arquivos durante tentativas de ataque. Outro ponto crítico é a atuação do grupo UNC6040, que realiza campanhas de phishing por voz (vishing) para comprometer instâncias do Salesforce, manipulando usuários para autorizar aplicativos maliciosos. As implicações para a segurança de dados e conformidade com a LGPD são significativas, exigindo atenção redobrada das organizações.

Hackers Chineses Patrocinados pelo Estado Coletam Dados Sensíveis

Um relatório de inteligência consolidado revelou operações de espionagem sofisticadas realizadas por um grupo de hackers conhecido como Salt Typhoon, vinculado ao Ministério da Segurança do Estado da China. Desde 2019, o grupo tem explorado vulnerabilidades em dispositivos de rede, como roteadores e firewalls, para implantar rootkits personalizados. Utilizando técnicas como a execução de binários legítimos para baixar cargas úteis disfarçadas de atualizações de firmware, os hackers conseguem manter a persistência em sistemas comprometidos por longos períodos.

Grupo Phantom Taurus Espionagem Cibernética Alinhada à China

Nos últimos dois anos e meio, organizações governamentais e de telecomunicações na África, Oriente Médio e Ásia têm sido alvo de um ator de ameaças de estado-nacional alinhado à China, conhecido como Phantom Taurus. O foco principal do grupo inclui ministérios das relações exteriores, embaixadas e operações militares, com o objetivo de coletar informações confidenciais e realizar espionagem. O grupo, que foi inicialmente identificado como CL-STA-0043, demonstrou uma capacidade notável de adaptação em suas táticas e técnicas, utilizando ferramentas personalizadas, como um malware chamado NET-STAR, desenvolvido em .NET para atacar servidores web IIS. As operações do Phantom Taurus frequentemente coincidem com eventos geopolíticos significativos, refletindo um interesse estratégico por informações de defesa e comunicações diplomáticas. A abordagem do grupo inclui a exploração de vulnerabilidades conhecidas, como ProxyLogon e ProxyShell, em servidores Microsoft Exchange e IIS, além de um método inovador que permite a extração de dados diretamente de bancos de dados SQL. A complexidade e a sofisticação das técnicas empregadas pelo Phantom Taurus representam uma ameaça significativa para servidores expostos à internet, exigindo atenção redobrada de profissionais de segurança cibernética.

Ciberataque interrompe operações da Asahi, produção suspensa temporariamente

A Asahi Group Holdings, gigante japonesa do setor de bebidas, suspendeu as operações em suas 30 fábricas no Japão devido a um ciberataque severo. O ataque, detectado na noite de domingo, comprometeu sistemas críticos de planejamento de recursos empresariais (ERP) e de execução de manufatura (MES), resultando na paralisação das linhas de engarrafamento e embalagem. A empresa confirmou que não há evidências de vazamento de dados pessoais de clientes ou funcionários, mas está avaliando a extensão dos danos. Especialistas em cibersegurança foram contratados para realizar uma análise forense do incidente. A interrupção da produção afeta marcas icônicas como Asahi Super Dry e Nikka Whisky, e pode levar a escassez de produtos no mercado. A Asahi planeja implementar medidas de segurança aprimoradas, incluindo monitoramento avançado e gerenciamento acelerado de patches, para evitar futuros incidentes. Este evento destaca a vulnerabilidade das cadeias de suprimento e da infraestrutura digital no setor de manufatura japonês, que já enfrentou uma série de ataques cibernéticos de alto perfil neste ano.

Grupo APT Patchwork usa PowerShell para criar tarefas agendadas

O grupo de ameaças Patchwork APT, também conhecido como Dropping Elephant, tem aprimorado suas técnicas de espionagem utilizando um carregador baseado em PowerShell. Este método envolve a criação de tarefas agendadas e ofuscação em múltiplas etapas para garantir persistência e furtividade. Desde 2015, o grupo tem como alvo organizações políticas e militares na Ásia, utilizando engenharia social em vez de exploits zero-day. O ataque começa com um documento de spear-phishing que ativa uma macro maliciosa, baixando um arquivo LNK que, ao ser executado, ativa um script PowerShell. Este script baixa um executável disfarçado de VLC e um DLL acompanhante, além de criar uma tarefa agendada para garantir que o carregador seja executado continuamente. O método fStage é utilizado para estabelecer comunicação criptografada com o servidor do atacante, coletando informações do sistema e enviando-as de volta. A exfiltração de dados é realizada através de técnicas de codificação e execução de comandos em um processo oculto. A arquitetura complexa deste ataque destaca a adaptabilidade do Patchwork, exigindo que as organizações mantenham suas soluções de segurança atualizadas e monitorem tarefas agendadas anômalas.

Jaguar Land Rover detalha reinício operacional após ataque cibernético

A Jaguar Land Rover (JLR) anunciou a retomada controlada e gradual de suas operações de fabricação após um incidente significativo de cibersegurança que interrompeu a produção no início de setembro de 2025. A empresa está reativando seções-chave de suas linhas de montagem, priorizando áreas de produção não críticas para minimizar a interrupção aos clientes e concessionárias. A JLR está colaborando com especialistas em cibersegurança, agências governamentais e forças de segurança para garantir que o reinício ocorra de forma segura. A primeira fase da recuperação permitirá a fabricação gradual de modelos de alta demanda, com a condição de que todos os sistemas e redes sejam validados quanto à segurança antes da reativação. Embora a JLR não tenha divulgado detalhes sobre a natureza do ataque, a empresa assegurou que dados críticos de clientes e negócios permaneceram seguros durante o incidente. O Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido está apoiando a análise forense da infraestrutura de TI da JLR para identificar a causa raiz do ataque e fortalecer as defesas contra futuras ameaças. A JLR também está reforçando seus protocolos de resposta a incidentes cibernéticos e investindo em ferramentas de monitoramento aprimoradas para detectar anomalias em tempo real.

Pesquisadores Revelam Conexões entre LAPSUS, Scattered Spider e ShinyHunters

Um estudo da empresa de cibersegurança Resecurity revelou evidências de colaboração entre três grupos de cibercrime de língua inglesa: LAPSUS$, Scattered Spider e ShinyHunters. Esses grupos formam um ecossistema de crime cibernético adaptável, que tem como alvo corporações da Fortune 100 e agências governamentais entre 2023 e 2025. Em agosto de 2025, eles uniram forças em um canal do Telegram para coordenar ameaças e oferecer um novo serviço de ransomware chamado ‘shinysp1d3r’. A pesquisa indica que Scattered Spider fornece acesso inicial aos alvos, enquanto LAPSUS$ participa de campanhas coordenadas, incluindo ataques a ambientes da Salesforce e Snowflake. Os ataques recentes demonstraram táticas semelhantes entre os grupos, como engenharia social avançada e técnicas de SIM swapping. Entre as vítimas estão grandes companhias aéreas e marcas de luxo, com impactos financeiros significativos. Além disso, há preocupações sobre a violação de sistemas de aplicação da lei, o que representa uma escalada nas ações contra os grupos. Apesar de anunciarem sua ‘aposentadoria’, a Resecurity acredita que eles continuam a operar de forma discreta, exigindo atenção contínua das empresas em relação a essas ameaças emergentes.

Cloudflare neutraliza ataque DDoS recorde de 22,2 Tbps

A Cloudflare, empresa de segurança e redes, conseguiu mitigar um ataque DDoS que atingiu o pico recorde de 22,2 terabits por segundo (Tbps) e 10,6 bilhões de pacotes por segundo (Bpps). O ataque, que durou apenas 40 segundos, é considerado o maior já registrado na história da internet. Este tipo de ataque visa sobrecarregar sistemas e recursos de rede, tornando serviços lentos ou indisponíveis. A Cloudflare já havia neutralizado um ataque anterior de 11,5 Tbps há três semanas, e um de 7,3 Tbps dois meses antes. O tráfego gerado pelo ataque recente foi comparado a transmitir um milhão de vídeos em 4K simultaneamente. A identidade da vítima não foi divulgada, mas a botnet AISURU, que infectou mais de 300.000 dispositivos, é apontada como responsável pelos ataques. Essa botnet tem como alvo dispositivos como câmeras IP e roteadores, aumentando sua atividade desde abril de 2025, após uma atualização comprometida de firmware de roteadores Totolink. O aumento de 358% nos ataques DDoS em 2025 destaca a crescente preocupação com a segurança cibernética.

Hackers chineses patrocinados pelo Estado invadem telecomunicações

Desde 2019, o grupo de hackers APT Salt Typhoon, apoiado pelo Estado chinês, tem conduzido uma campanha de espionagem altamente direcionada contra redes de telecomunicações globais. Este grupo, alinhado ao Ministério da Segurança do Estado da China, utiliza implantes de firmware personalizados e rootkits em roteadores para manter acesso persistente e discreto em ambientes de telecomunicações nos EUA, Reino Unido, Taiwan e na União Europeia.

As operações começam com a exploração de vulnerabilidades conhecidas em dispositivos de rede, como roteadores e firewalls. Após a invasão, o grupo implanta ferramentas que sobrevivem a atualizações de software, permitindo a coleta de dados sensíveis, como registros de chamadas e informações de roteamento SS7. Um ataque em 2024 resultou no roubo de terabytes de metadados de operadoras como AT&T e Verizon.

Relatório Gcore Radar revela aumento de 41 em ataques DDoS em 2025

O relatório Gcore Radar, publicado em setembro de 2025, revela um aumento alarmante de 41% no volume total de ataques DDoS em comparação ao ano anterior, com um pico de ataque atingindo 2,2 Tbps. O número total de ataques subiu de 969 mil no segundo semestre de 2024 para 1,17 milhão no primeiro semestre de 2025. Além do aumento em volume, os ataques estão se tornando mais sofisticados, com durações mais longas e estratégias em múltiplas camadas, refletindo uma mudança nos setores-alvo. O setor de tecnologia agora é o mais atacado, superando o de jogos, enquanto os serviços financeiros continuam a ser alvos frequentes devido ao seu alto potencial de interrupção. Os ataques de camada de aplicação também estão em ascensão, representando 38% do total, um aumento significativo em relação a 28% no final de 2024. O relatório destaca a necessidade urgente de defesas proativas e adaptativas para enfrentar essa nova realidade de cibersegurança.

Grupo de ciberespionagem RedNovember é associado à China

Um novo relatório da Recorded Future revela que um grupo de ciberespionagem, anteriormente conhecido como TAG-100, foi reclassificado como RedNovember, supostamente patrocinado pelo Estado chinês. Entre junho de 2024 e julho de 2025, o grupo atacou organizações governamentais e do setor privado em várias regiões, incluindo América do Norte, América do Sul e Ásia. Utilizando ferramentas como o backdoor Pantegana e Cobalt Strike, RedNovember explorou vulnerabilidades em dispositivos de segurança de grandes empresas, como Check Point e Cisco. O foco do grupo inclui setores sensíveis, como defesa, aeroespacial e organizações de segurança. Recentemente, o grupo foi associado a ataques a contratantes de defesa dos EUA e a um ministério de relações exteriores na Ásia Central. A utilização de ferramentas de código aberto e serviços de VPN para ocultar suas atividades é uma estratégia comum entre grupos de espionagem, dificultando a atribuição de suas ações. O relatório destaca a necessidade de vigilância contínua e medidas de mitigação para proteger as organizações contra essas ameaças emergentes.

Técnica de Domain Fronting Permite Túnel para Google Meet e YouTube

Pesquisadores demonstraram, durante os eventos Black Hat e DEF CON, como a técnica de domain fronting pode ser utilizada para ocultar tráfego malicioso por meio de plataformas populares como Google Meet, YouTube e servidores de atualização do Chrome. Essa técnica explora a discrepância entre os cabeçalhos Server Name Indication (SNI) e HTTP Host em requisições HTTPS, permitindo que atacantes disfarcem suas atividades como chamadas legítimas a domínios confiáveis. Em testes de prova de conceito, foi possível invocar funções maliciosas em infraestrutura controlada por atacantes dentro do Google Cloud Platform (GCP) ao manipular esses cabeçalhos. Essa abordagem representa uma nova forma de ataque, especialmente relevante para equipes de segurança, que agora precisam desenvolver capacidades de inspeção mais profundas para identificar padrões de roteamento incomuns, mesmo em tráfego que parece legítimo. A liberação de um redirecionador de código aberto para facilitar a adoção dessa técnica por equipes vermelhas destaca a necessidade urgente de vigilância e mitigação por parte das organizações, que devem equilibrar a utilização de serviços do Google com a detecção de anomalias para evitar que atacantes se escondam em tráfego aparentemente seguro.

Jaguar Land Rover adia reabertura de fábrica após ciberataque

A Jaguar Land Rover (JLR), pertencente ao grupo Tata, anunciou um novo adiamento na reabertura de suas fábricas no Reino Unido devido a um ciberataque sofisticado que interrompeu suas operações de manufatura. As plantas de Solihull, Castle Bromwich e Halewood permanecerão fechadas até 1º de outubro de 2025, enquanto a empresa intensifica sua investigação e análise forense, além de reforçar suas defesas contra possíveis novas ameaças. O ataque explorou uma vulnerabilidade zero-day em uma ferramenta de acesso remoto de terceiros, permitindo que os invasores penetrassem em sistemas críticos. Embora a JLR não tenha confirmado a violação de dados de clientes, padrões de tráfego anômalos indicam tentativas de exfiltração de dados. Durante a paralisação, equipes de cibersegurança internas e especialistas externos trabalharão para reconstruir a linha do tempo do ataque e validar a integridade dos sistemas. A empresa também está auditando as credenciais de seus fornecedores e reforçando as obrigações contratuais de cibersegurança. Apesar da interrupção, a rede de varejo global da JLR continua operando normalmente, e a empresa garantiu que os serviços de pós-venda e pedidos em andamento não serão afetados.

Serviço Secreto dos EUA desmantela rede de dispositivos ameaçadores

O Serviço Secreto dos EUA anunciou a desarticulação de uma rede de dispositivos eletrônicos na área metropolitana de Nova York, que eram utilizados para ameaçar oficiais do governo e representavam um risco iminente à segurança nacional. A investigação revelou mais de 300 servidores SIM e 100.000 cartões SIM distribuídos em várias localidades, concentrados em um raio de 56 km da Assembleia Geral da ONU. Os dispositivos não apenas emitiram ameaças anônimas, mas também poderiam ser utilizados para atacar a infraestrutura de telecomunicações, desativando torres de celular e facilitando comunicações criptografadas entre potenciais ameaçadores e organizações criminosas. A investigação, conduzida pela Unidade de Interdição de Ameaças Avançadas do Serviço Secreto, também indicou comunicações celulares entre atores de ameaças de estados-nação e indivíduos conhecidos pelas autoridades federais. Embora os detalhes sobre os oficiais ameaçados e as nações envolvidas não tenham sido divulgados, a situação destaca a vulnerabilidade das telecomunicações e a necessidade de vigilância constante. O diretor do Serviço Secreto enfatizou a importância da prevenção e a determinação da agência em neutralizar ameaças iminentes.